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História Between me and you. - Capítulo Único.


Escrita por: yuksiphist

Capítulo 1 - Capítulo Único.


 

O tempo lá fora era cinza e nublado, Sungjong olhava pela janela enquanto segurava em suas mãos uma caneta e uma folha em branco. Ele tremia por conta da medicação que havia tomado junto de bebida alcoólicas, sua visão estava desfocada, mas no papel em branco, começou uma carta com a caligrafia um tanto torta, mas legível. 

"03/10/2016. ━ 00h30.

Hyung... Será que ainda posso me dirigir assim a você? De qualquer forma, essa será a última vez.

Eu não sei quando tudo isso começou, eu não sei quando foi que eu te perdi. Sunggyu, por que está sendo tão dolorido? Por que cada vez que eu te olho, sinto como se meu mundo fosse desabar? Sinto que como uma parte de mim faltasse, e essa parte é você. Eu já tentei de tudo pra te esquecer: álcool, drogas, transar com outros caras, tentar com outro alguém. Mas eu não consigo. Eu não consigo viver desde nossa última briga, desde o nosso término. Suas palavras ainda ecoam na minha mente, "imaturo", "idiota" e a frase que eu nunca me esqueci: "Sungjong, eu odeio você." Hyung, isso me destruiu. E me mata por dentro até hoje. Será que só eu carrego as boas lembranças que tivemos? Lembra de quando a gente saiu pela primeira vez? Você me levou em um lugar maravilhoso, você tocou piano pra mim, a gente escreveu nossos desejos em um avião de papel e os soltamos ao céu para que alcançassem Deus, parecíamos duas crianças. E aquele foi o dia em que tive certeza que te amava, de que você era a pessoa ideal pra mim. Lembra de quando a gente fez sexo pela primeira vez? Você foi carinhoso, você se preocupou comigo e não me tratou como uma puta qualquer. O que sempre faziam comigo. Você me salvou, você me tratou como um príncipe, e você... Você era meu tudo, e ainda é. Eu me lembro de cada detalhe: seu sorriso bobo, o modo com que arrumava a franja freneticamente quando estava nervoso, quando tentava esconder que estava manhoso por vergonha de parecer frágil pra mim. Cada vez que se escondeu para chorar quando algo ruim acontecia, e fingia estar bem na minha frente. Hoje isso não passa de copos cheios de bebida e um Sungjong chorando enquanto se mata lentamente dentro de um quarto de hotel. Hotel esse, que pretendíamos casar. Eu me lembro até hoje quando você me pediu em casamento, e lembro que você riu da minha cara por ter chorado como uma criança que acabava de ganhar um brinquedo novo... Mas pra onde isso tudo foi? Onde você está? Você está bem? Você está feliz com sua mulher e filhos? Com a casa e o sonho de se tornar um diplomata realizados? Eu espero que esteja bem, hyung. Por mais que eu quisesse, eu nunca conseguiria lhe desejar mal, nunca. Meu coração dói toda vez em que apenas ouço ou falo o teu nome. Eu sinto sua falta, eu sinto muito a sua falta. Eu sinto falta de dormir em seus abraços e acordar olhando pro lado à sua procura; e você sempre estava lá, ao meu lado, adormecido. E eu ficava te admirando ali por longos minutos, aquela serenidade no teu semblante enquanto dormia, aquilo era meu motivo de viver. Saber que eu te fazia feliz era a coisa mais gratificante da minha vida. Cada beijo, cada abraço, cada toque... Eu consigo me lembrar de tudo. Todas as vezes em que você me ajudou durante crises de choro na madrugada, quando meus pais morreram em um acidente, quando eu me senti atingido durante o ensino médio por fazerem comentários sobre minha aparência afeminada. Eu lembro de tudo isso. E sou muito grato a você, Kim Sunggyu. Mas o destino nos prega peças, e hoje a gente não se fala, a gente não tem um mínimo contato, e você me odeia. Eu queria te odiar, eu queria te esquecer. Mas o que fazer, quando minha droga é você? Eu espero que esteja feliz, eu espero que tenha uma ótima vida, e que um dia, possa parar de me odiar. Eu decidi mandar essa pequena carta apenas pra dizer que... Eu estou indo. Eu vou embora pra sempre, hyunggie.

Eu te amo,

com amor, Lee Sungjong."

O pequeno já tremia, e então sem perceber pegou em um "sono profundo". O quarto tinha um odor forte de álcool e cigarro, e na "decoração", Sungjong fazia parte, Ele estava no sofá, com a carta em mãos, adormecido; sem vida.



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