Justin Bieber POV
- Nós temos que sair daqui - Falei pegando o celular.
- Não Justin, eu não vou arriscar.
- Amor a nossa filha vai nascer, temos que sair daqui - Comecei a discar o número do León, fiquei feliz em chamar ele? Não, mas isso não vem ao caso.
Só precisou chamar uma vez e ele logo atendeu.
- Ainda estou na rua de trás - Ele disse assim que atendeu.
- León a bolsa da Clarke estourou, a Julie vai nascer. Preciso que você veja quantos atiradores tem.
- Certo, me dê cinco minutos. Desliguei o telefone e me voltei para Clarke.
- O médico avisou que caso a bolsa estourasse teríamos pelo menos dez horas até a dilatação chegar ao ponto, temos tempo - Ela disse afundando a cabeça no meu ombro, nem precisei a tocar para sentir a temperatura do seu corpo e a respiração descompensada.
- Você está ardendo em febre, isso não é normal.
O celular tocou e pensei ser León mas era o Ryan.
- O que houve? - Perguntei.
- Eles armaram para a gente, a garota acabou de morrer. O médico disse que provavelmente foi envenenamento.
- Droga!
- O que nós vamos fazer agora Justin?
- Fiquem onde estão, a Clarke está em trabalho de parto, quando conseguir chegar a um hospital com ela te mando o endereço.
Assim que desliguei a ligação com o Ryan recebi a mensagem do León:
"Saia pelos fundos, só tem um homem na frente. Quando você conseguir entrar no carro com a Clarke saia dirigindo o mais rápido possível e eu o mantenho ocupado"
- Vem amor, consegue subir as escadas? - Perguntei e ela assentiu iniciando a dolorosa subida - Mantenha-si abaixada.
Ela fez o que eu pedi mas ainda gemendo de dor, meu coração estava partido em vê-la naquele estado mas eu precisava me manter forte e tentar pensar direito.
Ouvi dois tiro no lado de fora e mandei que ela ficasse atrás da mesa, me encostei na parede colocando o menos que podia da minha cabeça para fora tentando olhar o que estava acontecendo e vi os corpos no chão, um em particular estava agonizando e deduzir que seria o alvo dos tiros que tinha acabado de ouvir.
Olhei para o lado e vi a loira alta segurando uma arma. Amy. Ela me viu e andou mais rápido em direção a casa, peguei a arma dentro da gaveta o mais rápido que consegui e assim que ela adentrou o escritório apontei para ela.
- Eu vim ajudar - Ela disse colocando a arma no chão e em seguida levantou a mão lentamente.
- E por que eu acreditaria nisso?
- Porque eu estou disposta a ajudar, não se preocupe, eu sei que a minha irmã já está morta.
- Como eu vou saber que não é um joguinho?
- Sou sua única chance e a sua filha precisa nascer logo, olhe para Clarke, as duas irão morrer sem a minha ajuda - Disse apontando para a Clarke que estava muito fraca para conseguir falar alguma coisa.
- O León está vindo.
- O León pode ir ajudar o Ryan e a Emily os caras estão indo atrás dele também - Ela disse mas eu continuei na defensiva - Justin, você sabe que eu conheço bem a área médica e eu sei que qualquer segundo pode ter fatal para elas.
- Vou pegar o carro.
- Eles acabaram com os pneus de todos os carros, temos que ir no meu - Eu decidi não hesitar em mais nada, peguei a Clarke no colo e a coloquei no banco traseiro, Amanda se sentou do lado dela e eu fui dirigindo.
No caminho mandei León ajudar o Ryan e continuei dirigindo o mais rápido que podia.
- O corpo dela está muito quente, se apresse mais Justin, ela não pode ter uma convulsão agora - Ela disse se ajeitando e levantando o vestido da Clarke, vi minha mulher recuar mas estava desorientada demais para conseguir impedir algo.
- Ela não está dilatando, e o pulso está fraco - Amy murmurou analisando ela.
- E o que isso quer dizer? - Perguntei.
- A bebê não está recebendo o oxigênio necessário - Depois de ouvir aquilo comecei a correr mais ainda.
Depois de três minutos chegamos na clínica que a Clarke fazia o acompanhamento, a peguei no colo e adentrei o hospital gritando o doutor, Amy veio atrás de mim e puxou a primeira enfermeira que estava na nossa frente.
- O bebê pode não estar respirando o suficiente pelo cordão umbilical - Ela disse e naquele instante a mulher começou a acionar um código e vários funcionários vieram ver a Clarke, logo em seguida o médico dela chega com a maca.
- Sala de parto agora - Ele praticamente gritou com todos em volta.
- Eu preciso do Justin comigo - A Clarke disse segurando forte a minha mão.
- Vá vestir uma roupa própria e esterilizar suas mãos.
Uma enfermeira me ajudou com as roupas e depois me levou para a sala que a Clarke estava.
- Vai ficar tudo bem amor - Cheguei perto dela enxugando as lágrimas que escorria.
- Quero os batimentos da criança - O homem de branco disse e logo os outros trouxeram um aparelho, até para mim era visível que os batimentos não estavam no normal.
Houve um silêncio e a Clarke foi fechado os olhos.
- Doutor - Chamei a atenção dele.
- Os aparelhos não estão resolvendo - Ele resmungou e então voltou a falar alto com todo mundo - APARTIR DE AGORA A SITUAÇÃO É DE PERIGO FETAL, CHAMEM O ANESTESISTA, A PACIENTE VAI FAZER O PARTO CESARIANA. ENTUBEM ELA PARA ESTABILIZAR A RESPIRAÇÃO.
- Senhor vou precisar que se afaste - Uma enfermeira me puxou para longe da cama.
Levei minhas mãos a cabeça, tinha mais de cinco pessoas ao redor dela. Logo um cara passou pela porta e tiveram que vira-la de lado para injetar alguma coisa nas costas dela.
Não sei quantos minutos passaram depois que o médico disse que os batimentos da Julie já estavam voltando ao normal e já estava na hora de nascer.
Comecei a suar frio, a enfermeira disse que agora ficaria tudo bem e me chamou para assistir de perto o nascimento da minha filha.
De repente, do outro lado do vidro Ryan, Emily, Amanda e León aparecem. Ryan sorriu para mim e gesticulou que estava tudo bem do lado de fora. Emily chorava que bem boba e a Amy mantinha a expressão séria junto ao León.
O médico começou a cortar a barriga da Clarke o que me deu um pouco de agonia mas continuei assistindo, ele cortou os tecidos mais uma vez e então eu comecei a ver o corpinho da minha pequenina saindo.
Não segurei o choro, primeiro as pernas e depois o resto do corpo, a enfermeira segurou ela e o médico cortou o cordão umbilical.
- Essas duas são umas guerreiras - A mulher com minha filha no colo a levou para um lugar e começou a limpa-la, eu estava ansioso para pegar aquele corpinho pequeno no colo.
- Já podem tirar o tubo dela, agora só falta terminar aqui e dentro de alguns minutos ela irá acordar - O médico disse fechando o corte da barriga.
- Pronto papai já pode pegar sua pequena - A enfermeira me entregou a garotinha.
Falar dos meus sentimentos naquele momento seria como escrever várias poesias de amor.
- Seja bem vinda princesa - Deixei a lágrima cair e a levei para perto da Clarke, a mesma abriu os olhos devagar e me olhou orgulhosa.
Aquele era o melhor sentimento do mundo!
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