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História Between The Living Deads - Capitulo 8


Escrita por: megandelacour

Capítulo 9 - Capitulo 8


Fechei os olhos e entreabri os lábios, a sensação do molhado do meu cabelo e o gelado do piso fez com que eu me arrepiasse. Sorri, mesmo depois do que havia feito, pela primeira vez não tinha que me preocupar com nada. Sem risco de morte, apenas eu e minha toalha coladas ao chão.

— Confortável? – o xerife perguntou me pegando de surpresa.

— Caramba! Rick você me assustou! - pulei ajeitando a toalha para que não perdesse o que restava da minha dignidade.

— Posso sentar aqui? – apontou para o lugar vazio ao meu lado.

Assenti, Grimes sorriu, parecia sereno. Vestia uma calça de moletom cinza e o cabelo estava molhado, aos poucos se abaixou até sentar próximo a mim.

— Saudades do uniforme. – mordi a bochecha e encarando-o com humor.

— Falou a garota de toalha.. – Rick sorriu de lado e escorou a cabeça na parede.

— O que esta fazendo por aqui? Acho que a maioria já está nos quartos, incluindo Lori e Carl.

— Só queria conversar com alguém.. – os olhos cor de safira perderam o foco por instantes – Alguém que não fosse minha esposa ou Shane.

— E porque isso?

— Eles colocam muita pressão sobre mim, da pra ver nos olhos deles. Lori me acha irresponsável por nos trazer aqui sem mais nem menos e ele também.

— Não ligue pra eles, ninguém tinha certeza sobre Fort Benning também. – brinquei com a ponta da toalha.

— Me disseram que chegou com os Dixon, conhecia eles antes?

— Não, Daryl e Merle me salvaram em uma estrada, depois disso.. apenas ficamos juntos.

Rick assentiu e então se espreguiçou, parecia pensar em outras maneiras de puxar assunto.

— O que você fazia antes disso tudo? – seu semblante era curioso.

—Bem.. eu fiz uma faculdade de enfermagem – soltei um risinho – mas, eu acabei indo trabalhar de bartender no The Red Door em Atlanta.

— Meio longe da área de atuação, foi por opção?

— Sim, meu pai foi muito rígido com a minha criação quando eu era nova e eu não queria fazer algo convencional.

Mudei de posição, esticando as pernas, não estava frio e nem quente e eu já estava completamente seca.

— Não se podem culpar os pais – dessa vez foi Rick quem soltou um riso baixo – Carl gosta muito de você.

— O que ele disse?

— Falou sobre como você é absolutamente incrível, que brinca e cuida dele.

— Ele está exagerando – senti as bochechas esquentarem - eu realmente gosto do seu filho xerife, ele é muito especial pra mim.

Grimes segurou a minha mão e olhou fundo nos meus olhos.

— Obrigado – fiquei confusa – pelo que fez na pedreira. Eu vi que você quase foi mordida, tudo para proteger meu filho.

— Imagina, não precisa agradecer, eu amo o seu filho e sempre que puder eu vou ajudá-lo. – dei meu melhor sorriso – Sabe cowboy, acho que ele ia gostar de usar aquele seu chapéu.., não contei a ninguém que fomos a Atlanta só para buscarmos isso.

Grimes gargalhou e então algo mudou em sua expressão, parecia contemplar meu rosto com um tipo de.., na verdade eu sequer conseguia decifrar.

— Mesmo assim eu agradeço.

— Xerife – cutuquei seu ombro de forma divertida – chega desse papo ok? Eu não estou em juízo perfeito pra conversar sobre algo sério.

— Está bêbada? - ele pareceu se divertir ainda mais com aquela informação.

— Talvez..

— Sabe, gosto quando me chama de xerife.. soa bem vindo de você. - seu olhar agora era diferente, quase desejoso, sua atenção se voltou para as minhas pernas.

Rick não era daquele jeito, o álcool estava mexendo com os parafusos de todo mundo. Seu rosto se aproximou do meu..

— Pare. - desviei meu olhar do seu. – Sabe que não quer fazer isso, você é casado.

A expressão de culpa atingiu seu rosto e eu levantei, já não estava sequer tonta, deixei Grimes para trás seguindo pelo corredor, entrei no quarto e vesti uma camiseta preta e uma calça qualquer, sentei na cama e levei as mãos até os cabelos.

Eu havia feito sexo com Daryl, aquilo tinha acabado comigo, eu queria sumir no mundo e agora Rick estava me deixando confusa. Não costumava chorar, então simplesmente suspirei e senti saudade da única pessoa que conseguia explicar para mim mesma meus problemas, Meredith. Com 21 anos eu tinha me mudado para Atlanta e começado a trabalhar, Mery era uma das garçonetes com as quais fiz amizade, depois de alguns meses tínhamos nos tornado unha e carne.  Ela sempre conseguia simplificar as coisas para mim. Uma batida na porta me fez pular.

— Pode entrar.

Pressionei os lábios em uma linha tensa quando Dixon cruzou a porta cambaleando com uma garrafa nas mãos.

— O que quer? Tem quartos o suficiente para todos nós.

— Yeah.. eu sei.. - ele sentou ao meu lado e sem dizer uma palavra começou a tirar a camisa, até ficar somente de boxers.

— Mas o que?! - pulei ficando de pé, mas aparentemente ele havia desmaiado no segundo que deitou. - Era só o que me faltava mesmo – murmurei.

Caminhar. Caminhar era a resposta.. Droga, como eu sentia falta de estar perto da floresta; O corredor era um caminho longo, com várias portas pelas quais eu passava, mas um barulho em uma delas me chamou a atenção. Shane estava gritando, porque diabos ele faria isso? Abri a porta e espiei pela fresta.

— … Não sei o que foi, mas era impossível de ele sobreviver.

— Ele conseguiu. - Lori respondeu.

— Mas eu pensei em vocês, não foi? Pensei em você e no Carl.. - ele a empurrou até que ela sentasse em um banco alto – Levá-los em segurança para Atlanta, eu precisava fazer isso..— Lori começou a tentar tirar as mãos do policial de si – Pare! Se pensasse por um segundo que ele estava vivo, você viria? - a mulher ficou em silêncio - Então eu salvei a sua vida, a sua e do seu filho. Fiz isso.

Ah deus, aquele era definitivamente o lugar errado pra eu estar. Eu não tinha nada contra o Shane, exceto por algumas divergências de comando do tipo: ninguém te elegeu o líder então não preciso te obedecer e Lori, bem.. não éramos melhores amigas e eu não me metia em suas coisas.

— Eu te amo – Shane envolveu o rosto da mulher com as mãos.

— Não, você está bêbado.

— Algumas coisas também provam que você me ama também. - ele começou a beijar o pescoço dela – Não havia como ter ficado comigo como ficou.

— Shane, Shane, pare! - Lori começou a se debater.

— Você me ama. - ele voltou a tentar beijá-la.

— Tire as mãos de mim!

Meu sangue ferveu e eu abri a porta de supetão, assustando ambos.

— Larga ela.

— Não se mete Campbell. - rosnou.

— Você está fazendo uma merda da qual vai se arrepender.

Lori tentou se mexer, mas o policial a segurou no lugar, aquela sala era provavelmente a sala de estar do CDC, havia várias estantes, mesinhas e sofás.

— Shane, por favor – a mulher implorou, mas ele simplesmente ignorou e voltou a tentar beijá-la.

Eu pulei o sofá e o puxei pelos cabelos afastando seu rosto do dela.

— Tira as mãos dela, eu não vou repetir.

Shane reagiu me empurrando, mas segurei seu braço passando por baixo e ficando entre ele e Lori.

— Não me obrigue a reagir Shane! - cerrei os dentes.

O policial contraiu o maxilar e saiu pela porta, deixando um rastro de cheiro de bebida. Relaxei o corpo e soltei a respiração, virei-me para Lori.

— Vou falar só uma vez – apontei o dedo em sua cara – Rick Grimes é um marido fiel, dedicado que está tentando salvar este grupo inteiro e ele, por algum motivo que eu não posso imaginar, ama você e não merece o que você fez com ele, porque convenhamos Lori, transar com o melhor amigo do seu marido com menos de um mês de viúva.. me poupe – ela tentou falar mas ergui a mão – Nem tente explicar, porque eu não poderia ligar menos, você não passa de uma vagabunda na minha opinião, uma vagabunda que nem seu filho nem seu marido merecem. Portanto se eu pegar você olhando para o Shane ou qualquer outro homem que não seja o Rick, eu vou abrir o jogo pra todo mundo. - sorri com sua cara de chocada – Passar bem.

Por fim, fiz meu caminho de volta ao quarto, tirei a roupa e deitei ao lado do caipira, acostumada com seu calor e seu cheiro, adormeci.


Notas Finais


Mais um capitulo pra vcs gurias!!


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