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História Between Truth and Lies - Seventeen


Escrita por: wtfmar

Notas do Autor


hey

Capítulo 17 - Seventeen


LAURENPOV

Aquela era uma das piores sensações do mundo e eu não poderia fazer nada para reverter.

Fazia mais de uma hora que Camila estava dentro daquela sala de operações e ninguém me dava informação sobre seu estado.

Eu me sentia fraca. Por mais que tivessem me dado algo para comer, eu ainda estava fraca. Eu estava cansada daquela história toda. Será que eu não seria feliz? Eu até entendo que a minha história de amor com Camila tenha começado por conta de uma mentira, mas mesmo assim, eu merecia ser feliz.

Passei a mão pela minha – ainda super pequena – elevação no ventre, lembrando todas as vezes que eu e Camila ensaiamos para fazer esse bebê e como cada uma delas foi com amor e carinho, mesmo as mais selvagens. Era tão bom estar ao seu lado que eu não saberia se iria viver se algo acontecesse com ele.

As portas do corredor se abriram e eu vi quando Chris entrou. Todas as lágrimas que eu segurei desde que vi Camila, de repente saíram dos meus olhos. Chris correu até mim e envolveu seus braços ao meu redor enquanto eu chorava compulsivamente. Eu não era uma pessoa forte. Nunca fui e nunca serei. E aquele abraço dele só me fez provar isso. Eu precisava de todos eles na minha vida. Sofia, Bella, Ally, Alejandro, Sinuh, Chris e, mais do que tudo, Camila e meu bebê.

Ali, nos braços do meu irmão, eu me deixei levar por todo o sofrimento que havia me rondado durante esse tempo em que me vi afastada do meu mundo cor de rosa. As lágrimas caiam dos meus olhos sem dó nem piedade e meus soluços ficavam cada vez mais altos. Chris alisava minhas costas, me passando toda a segurança que ele me dava desde a morte dos meus pais.

Eu não queria dizer adeus para Camila. Eu a queria comigo agora e sempre. Ela havia me prometido que não iria me deixar, então ela deveria cumprir aquilo.

Enquanto os meus soluços eram controlados, eu pedia para o mesmo cara lá de cima, que me colocou no caminho do amor da minha vida, que salvasse Camila. Nossa história não poderia terminar assim. Não depois de tudo que a gente passou para ficar junto.

— Não deixa ela ir embora, Chris. – sussurrei ainda agarrada a ele com toda força.

— Ela não vai, Lo. – ele também sussurrou, fazendo círculos nas minhas costas. – Ela não vai.

Fiquei assim com Chris até que a porta da sala de cirurgia foi aberta e o médico que estava fazendo a cirurgia em Camila, saiu. Assim que eu o avistei, levantei-me, seguida por Chris.

— Sra. Cabello?

— Sou eu.

E então silêncio. Eu não estava mais suportando aquilo. Camila não poderia estar morta. Eu não teria uma vida sem ela.

O médico ainda me encarava, mas seus olhos estavam iluminados e um breve sorriso apareceu em seu rosto.

— Sua esposa está bem. – tive que me segurar no Chris para não cair, eu não poderia estar mais feliz. –  Ela está bem, mas precisara ficar no hospital durante uma semana para observação.

— Quando poderei vê-la? – perguntei já não conseguindo me conter por conta da alegria que se alastrava por todo meu corpo.

— Daqui meia hora. – ele sorriu. – Será o tempo suficiente para transferi-la para um quarto e o efeito da anestesia já terá passado. Agora, com licença.

Assim que o médico saiu do corredor abracei Chris, chorando. Mas dessa vez minhas lágrimas eram de felicidade. Minha  Camila estava viva e nós iríamos recomeçar nossa vida. Minha felicidade estava transbordando e eu só não gritava, porque não estava no lugar certo para isso.

— Vamos lá fora avisar os outros? – perguntei enquanto limpava as lágrimas do meu rosto. – Eles devem estar pirando agora.

E eu me sentia mal por não ter deixado ninguém ficar ali daquele corredor comigo. Eles eram a família dela, mas eu precisava desse tempo sozinha e também precisava estar o mais perto possível dela. Eu sei que eles me entendiam, por mais que meu pedido fosse o mais ridículo.

Passamos pela porta do corredor abraços e com sorrisos no rosto. Sofia foi a primeira a nos ver e se aproximou. A pergunta que estava em seu olhar não precisou ser dita em voz alta. Eu apenas assenti e depois ela caiu no choro e veio me abraçar. Retornei seu abraço e chorei mais um pouco junto com ela. Depois começamos rir, deixando toda a felicidade que tínhamos transparecer naquele simples gesto.

Os demais Cabello’s vieram me abraçar, mas o que mais me tocou foi o de Sinuh. Era como se eu sofresse por ela e com ela, sabendo como era ter uma filha baleada e não poder fazer nada para ajudá-la, apenas rezar e esperar. Toda aquela preocupação de mãe havia passado para mim.

Depois de esperar e conversar com Alejandro sobre o imbecil do Ashton, enquanto transferiam Camila para o quarto, eu pude entrar.

Vê-la deitada naquela cama fez meu coração apertar, mas eu sabia que seria por pouco tempo. Camila voltaria para mim em poucos dias e, enfim, seriamos felizes para sempre.

Sentei-me na cadeira que tinha ao lado de sua cama e segurei sua mão com força, esperando que ela abrisse olhos.

No começo eu tive vontade de chorar, mas eu me segurei. Agora não tinha mais motivos para chorar, ela estava bem e em uma semana sairia daquele hospital.

Nossos olhos se encontraram e com a mão livre ela afagou meu rosto. Ver seu sorriso novamente foi a melhor coisa que aconteceu comigo nas últimas semanas e quase fez eu me jogar em cima dela e beijá-la com toda paixão que estava guardada dentro de mim, mas eu me controlei, queria minha esposa saudável para praticarmos algumas coisas futuramente.

Ri com o pensamento nada decente.

— É tão bom ouvir sua risada. – ela disso com a voz rouca. – Posso saber o porquê dela?

— Nada demais. – sorri. – Você está bem?

— Estaria melhor se estivesse em casa com você na minha cama e de preferência em baixo de mim, mas eu posso sobreviver a isso.

— Você não pode se controlar um pouquinho, Sra. Cabello? – perguntei fazendo cara de séria, mas com diversão na voz.

— Eu poderia. – ela sorriu. – Se minha mulher não fosse tão gostosa e eu não tivesse sem fazer sexo há quase três semanas.

— Resolveremos isso depois. – eu ri. – Mas você precisa descansar agora. Não é fácil passar por uma cirurgia e ainda sentir dores nas costas.

— Eu já tomei remédio para dor, Lauren. – ele segurou minha mão firmemente. – Fica aqui comigo, quero conversar com você.

— Tudo bem, sobre o que você quer conversar?

— Prenderam Ashton? – ela foi direto e aquele nome me fez arrepiar.

Depois que aquele desgraçado atirou em Camila, saiu correndo. Mas não conseguiu ir muito longe, pois a policia conseguiu pega-lo. Fiquei extremamente grata por aquilo, Ashton merecia ir para cadeia ou lugar pior.

— Sim. A policia conseguiu pegar ele depois que atirou em você.

— Então foi ele! – ela concluiu, mas eu levei aquilo como uma pergunta.

— Foi. Bom, Ashton foi preso. – suspirei alto e ele estudou atentamente meu rosto. – Mas Ariana não. A policia foi atrás dela em alguns lugares que ela costumava frequentar e não a encontraram. Parece que ela sabia que, justo hoje, a policia iria procurar por ela. – ela assentiu e segurou minha mão com mais força. – É tudo que eu sei, Alejandro sabe mais, pois ele pediu para um amigo dele que é advogado cuidar das coisas enquanto nós não podemos ir à delegacia depor.

Os minutos seguintes foram tomados pelo silêncio. Não era algo constrangedor, mas aquele tempo serviu para que eu pudesse admirar Camila, agora mais detalhadamente. Eu nunca dei valor suficiente ela, agora eu percebo isso. É como aquele ditado: “Nós só damos valor a algo, quando o perdemos”. Eu não precisei perder, mas levei um susto que já deixou isso bem claro. Eu tenho minha segunda chance agora.

— Eu te amo. – ela disse depois de um tempo. – Nada pode nos separar agora nem nunca mais. Você. – ela parou e olhou para minha barriga, depois retornou seu olhar para mim novamente, com um sorriso. – Vocês são muito importantes pra mim. Eu não seria nada sem vocês.

— Eu também te amo, minha vida. – sorri e acariciei seu rosto. – Obrigada por cumprir sua promessa.

Ela sorriu e a porta do quarto foi aberta.

A enfermeira entrou com uma seringa e se colocou do outro lado da cama dela.

— Hora de descasar. – ela disse e injetou a seringa no soro que Camila.

Quando ela se retirou eu me inclinei e beijei suavemente os lábios dela. Ela sorriu e seus olhos se fecharam aos poucos. Quando sua respiração ficou tranquila, eu me levantei e me aproximei de seus lábios mais uma vez.

— Eu te amo.

Disse antes de sair do quarto e deixá-la dormir.

Agora reconstruiríamos nossa vida, dessa vez sem mentiras.
 


Notas Finais


;)


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