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História Between Truth and Lies - Seven


Escrita por: wtfmar

Notas do Autor


hey

Capítulo 7 - Seven


Entramos na casa de Camila e a única coisa que senti foi ser puxada e prensada na parede, sua ereção era grande contra meu baixo-ventre. Camila começou beijar meu pescoço enquanto suas mãos apertavam minhas coxas.

Por Deus, o que era isso? Quando eu disse sem sexo eu estava falando sério.

Reuni todas as minhas forças e empurrei Camila para longe de mim. Ela me olhou confusa e eu suspirei.

— Camila, o que foi isso? – perguntei arqueando a sobrancelha.

— Você disse que queria vir logo para casa para curtir nossa lua de mel. – ela sorriu e se aproximou. – Só estou cumprindo seu desejo. – ela beijou novamente o meu pescoço, só que dessa vez foi mais rápido, indo direto para os meus seios e os apertando suavemente.

Mordi o lábio inferior com força, sentindo o gosto de sangue na minha boca. Camila sugou fortemente meu pescoço e dessa vez eu não consegui conter o gemido. Senti-me molhada instantaneamente. Ela trilhou o caminho de beijos pela minha mandíbula e, enfim, beijou meus lábios. Sua língua explorava minha boca enquanto suas mãos desciam pela lateral do meu corpo até chegar à barra do vestido e levantado, deixando a mostra minha calcinha.

Ele segurou o elástico da calcinha, foi quando me toquei do que estava fazendo e o empurrei novamente, abaixando o vestido rapidamente. Eu sentia meus lábios inchados e o chupão no meu pescoço piscando “Sou da Camila”.

— Quando eu disse “Sem Sexo” eu não estava brincando. – eu disse séria.

— Desculpa Lauren. – ela sentou-se no sofá e passou a mão pelo cabelo. – Você me deixa completamente maluca.

— Camila eu não estou brincando. – eu me sentei ao lado dela. – Nós estamos fingindo, dentro dessa casa não somos casadas.

— Mas quando estávamos na festa você falou com tanta convicção que eu achei que era verdade. – ela olhou pra mim com um olhar frustrado.

— Ariana estava dando em cima de você. – eu disse sinceramente. – Já disse que na frente dos outros, você é minha esposa e não uma solteira que pode pegar qualquer uma.

— Lauren você me deixa excitada e depois joga um balde de água fria em cima de mim. – Ela riu. – Eu estou sem sexo há quase quatro semanas e você me faz uma coisa dessas? Vou precisar ir ao banheiro. Sinta-se a vontade.

Ela se levantou me deixando de boca aberta. Eu estava até me sentindo culpada por não fazer isso por ela...

“Não”. Dei um tapa na minha cara. “Acorda Lauren”.

Sorri, balancei a cabeça e fui em direção as escadas para o andar de cima, onde ficavam os quartos. Havia três e o meu era o que ficava de frente para o de Camila, no final do corredor.

Andei pelo corredor morrendo de curiosidade para saber se Camila faria o que eu estava imaginando. Pensei em ir até o quarto dela bem de vagar, mas mudei a rota indo direto para o meu. Já tinha tido emoções demais por hoje.

Tomei um banho quente e demorado. Tentando relaxar meus músculos tensos e esquecer um pouco Camila. Infelizmente, eu não estava tendo muita sorte na tentativa de esquecê-la.

Depois das tentativas frustradas resolvi ir dormir. Coloquei um roupão e fui para o quarto. Abri o closet e quase chorei quando vi que minhas roupas – ou a maioria delas – haviam sido substituídas por roupas que provavelmente Sofia gostava. Vestidos curtos e colados no corpo. Saias curtas e baby dolls mais curtos ainda. Eu me pergunto onde ela achava que iria usar uma lingerie como essas.

Procurei roupas que eu gostava de dormir. Como calças de moletom e blusões que meu pai usava. Encontrei apenas a blusa e peguei uma das calcinhas minúsculas que tinha ali. Coloquei-as e fui direto para cama.

Rolei de um lado para o outro, mas não conseguia dormir. Camila não saia dos meus pensamentos. Suas mãos ainda queimavam no meu corpo, por onde ela havia passado e meu núcleo palpitava querendo o contado com ela.

Eu estava, com certeza, ficando louca.

Levantei-me da cama e abri a porta do meu quarto. O corredor estava vazio. Desci as escadas indo direto para cozinha. Abri a geladeira e peguei o pote de sorvete que tinha ali dentro. Vasculhei as gavetas da cozinha até que achei uma colher e fui pra sala. Senti-me no sofá e fiquei olhando fixamente para onde tínhamos nos pegado mais cedo, enquanto levava pequenas colheradas de sorvete a boca.

De repente senti lábios molhados depositando beijos na minha nuca. Arrepiei-me toda e fechei os olhos aproveitando as sensações que os lábios dela me proporcionavam. Sua mão afastou o meu cabelo dando mais passagem para sua boca e sua língua fazerem um trabalho maravilhoso ali. Quando ia virar o rosto para tomar seus lábios com os meus, Camila riu e se afastou de mim sentando ao meu lado.

— Por que você está acordada, Lauren? – ela perguntou enquanto pegava a colher da minha mão para pegar sorvete.

— Não estava conseguindo dormir. – respondi simplesmente, foi quando olhei pra ela.

Camila estava apenas com uma camisa grande e de boxer preta. Seu cabelo parecia mais bagunçado que o normal. Ela estava tão... Gostosa. Mordi o lábio inferior pra conter o gemido. Eu não estava acreditando que só de olhar aquela mulher daquele jeito eu já me sentia excitada.

— Então somos duas. – ela sorriu e eu me assustei, parecia que ela estava respondendo aos meus pensamentos. – Vou fazer companhia pra você.

— Ótimo.

Ficamos um tempo em silêncio. Era bom não ficar preenchendo o vazio com conversas tolas. Às vezes conviver com Camila era muito fácil.

— Lauren... Posso te fazer uma pergunta? – olhei pra ela e assenti. – Como seus pais morreram?

A dor que eu senti no meu peito foi inexplicável. Era como se um fosse atingida por cem lanças uma de cada vez, aumentando ainda mais meu sofrimento. Camila deve ter percebido minha dor, pois passou o braço pelos meus ombros e me trouxe para um abraço. As lágrimas nos meus olhos começaram cair. Camila ficou em silêncio enquanto eu deixava as lágrimas rolarem por meu rosto.

Minutos depois, eu estava deitada no colo de Camila. Ela alisava meus cabelos e afagava minhas costas, tentando me acalmar. Funguei algumas vezes e olhei para seu rosto.

— Eu prefiro não falar disso agora, Camila. – funguei novamente. – Dói muito.

— Tudo bem, Lauren. – ela sorriu e acariciou meu rosto. – Não vou te forçar a nada, mas posso te fazer outra pergunta? – ela sorriu.

— Claro. – retribui o sorriso. Era meio difícil não sorrir com Camila desse jeito.

— Qual é sua cor preferida? – eu ri.

— Azul.

— Por quê?

Eu percebi que ela estava querendo realmente saber. Sorri.

— Não tenho um motivo. Acho que é porque combina comigo.

— É verdade. – ela pareceu lembrar alguma coisa, mas o que veio na minha mente foi ela levantando meu vestido azul, mais cedo. Eu corei e ele percebeu. Camila riu e acariciou minha bochecha. – Você corou. Por quê?

— Prefiro não falar sobre isso. – eu ri.

— Por que não? É tão ruim assim?

— Acredite, não é. Mas é estranho falar disso pra você. – eu ri novamente e peguei uma colher de sorvete. – Agora é minha vez.

— Pode mandar.

— Qual foi a coisa mais constrangedora que você já passou?

— Eu tinha 17 anos e estava saindo com uma garota da escola. Nós resolvemos ir à praia. O mar estava muito agitado nesse dia, mas a praia estava lotada. Eu resolvi ir nadar um pouco e bom... Eu acabei perdendo minha sunga. Eu tive que esperar a praia esvaziar para sair da água. A essa altura eu já estava parecendo uva-passa. A menina não foi me procurar, parece que ela tinha encontrado uma amiga e acabou esquecendo-se de mim lá dentro. Depois desse dia eu evitei praia e a menina.

Eu estava rindo descontroladamente. Imaginando a cena da Camila nua, em uma praia e a menina esquecendo ela. Só ela mesmo pra fazer rir com uma coisa dessas. Eu juro que tinha me matado se isso acontecesse comigo.

— Nossa, Camila... – eu disse limpando as lágrimas surgidas por conta da risada. – Só você para passar por uma coisa dessas.

— É verdade. Eu acabei pegando trauma de praia por causa disso.

— Você é ridícula. – eu ri.

— Agora você tem que responder uma pergunta minha. – Assenti. – Quantos namorados você já teve?

— Eu nunca tive um namorado pra ser sincera. – olhei pras minhas mãos entrelaçadas na minha frente. – Eu não encontrei alguém por quem suspirasse alto.

— Mas isso não é desculpa.

— Pra você pode não ser, mas pra mim é. Eu tenho medo de me entregar a alguém 100%. Pode ser besteira, mas é como me vejo.

— Você já pensou em acabar com essa “besteira”? – seus olhos estavam intensos no meu rosto.

— Eu nunca dei muita importância pra isso. – bocejei. – Acho que preciso dormir.

Camila se deitou no sofá ao meu lado e me puxou para apoiar minha cabeça em seu ombro. Envolveu os braços em volta da minha cintura e beijou o topo da minha cabeça.

— Boa noite, Lauren.

— Boa noite? – perguntei confusa. Não era ali que eu estava pensando em dormir.

Camila riu e suspirou. A última coisa que me lembro de ter ouvido foi a batida tranquila de seu coração.


Notas Finais


:)


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