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História Between Truth and Lies - Eight


Escrita por: wtfmar

Notas do Autor


hey

Capítulo 8 - Eight


CAMILAPOV

Acordei no meio da noite e percebi que Lauren não estava mais do meu lado e sim, em cima de mim. Sua respiração era leve. Sorri e sentei-me, colocando ela no sofá.

Passei a mão pelo cabelo e olhei o relógio. Ainda eram duas horas da manhã. Coloquei-me de pé e peguei Lauren nos braços. Subi as escadas indo direto para seu quarto e a coloquei na cama.

Admirei a linda mulher com que eu estava casada. Era estanho como eu me sentia ao lado dela. Meu coração palpitava mais forte e tudo que eu queria era beijá-la e abraçá-la para nunca mais soltar. Passei meu olhar por seu corpo e arfei quando cheguei ao fim da blusa.

Ela só poderia estar querendo me matar. Sua calcinha estava a mostra e mal cobria suas partes íntimas. Eu tinha uma bela visão da sua bunda firme e de suas coxas brancas. Controlei-me ao máximo para não passar a mão naquela parte que estava me chamando e a cobri rapidamente.

Sai de seu quarto indo para o meu. Eu estava ficando completamente louca. Pensei que seria fácil ter Lauren na minha cama, mas não foi bem assim que aconteceu. Eu ainda a queria pra mim, isso não tinha duvidas, mas havia a vontade de protegê-la de todo o mal que poderia vir contra ela, esse sentimento estava ficando cada vez maior, deixando de lado a vontade de tê-la.

Eu nunca havia sentindo isso por nenhuma outra mulher. Eu sabia que Lauren não era como as outras, mas mesmo assim.

Hoje quando eu a vi chorando por conta dos pais, eu quase chorei junto. Era muito ruim vê-la sofrendo. Eu quis que todos os problemas dela passassem pra mim, para deixá-la livre, mas eu não pude fazer muita coisa, por mais vontade que eu tivesse.

Na verdade eu estava muito surpresa comigo mesmo. Não tinha esse sentimento tão forte por ninguem e tudo que eu queria era proteger Lauren e mais nada. Era estranho tudo que estava acontecendo comigo.

Deitei na cama e tentei tirar todos os pensamentos da minha cabeça, mas uma cena que eu, particularmente, gostei muito, não queria me deixar em paz. Lauren e sua crise de ciúmes. Ela me veio com uma desculpa de que não queria ser chifruda antes do casamento, mas não me enganou. Eu posso não conviver muito com ela, mas sei quando ela está mentindo. Fingi acreditar.

Sorri e deixei minha mente vagar por suas curvas. Ela era tão linda. Tão perfeita...

Não sei quando dormi, mas acordei com os raios de sol entrando pela janela. Andei até o banheiro e fiz minha higiene matinal. Sai do quarto e parei de frente do dela. A porta ainda estava meio aberta como eu deixei ontem. Olhei pra dentro e vi que Lauren ainda estava dormindo.

Desci as escadas para fazer o café da manhã para minha esposa.

                                                              LAURENPOV

As imagens na minha cabeça eram nítidas. Como se tudo estivesse se passando novamente.

Olhei em volta e percebi que eles estavam no mesmo lugar onde tudo aconteceu. Minha antiga casa.

Eu, quando mais nova, estava no chão ao lado do meu pai, brincando com os meus ursinhos e minha mãe estava na cozinha. Fazendo a comida preferida de Chris, que estava jogando futebol com os amigos.

De repente ouvi um estrondo e olhei diretamente para porta. Ali havia dois homens – não pareciam ser muito velhos por conta da firmeza no corpo, no máximo dezessete anos –. Ambos escondendo a cabeça com uma meia fina ou coisa parecida, mas pude ver um pouco de seus rostos – um pouco deformado –, se eu os visse, certamente reconheceria. Minha mãe entrou na sala correndo e meu pai se levantou colocando-me atrás dele.

Foi quando descobri que eles eram assaltantes. Ou talvez não. Apenas quisessem matar meus pais. E a única coisa que vinha na minha cabeça era o vermelho do sangue.

Eles estavam atirando em meus pais na minha frente e eu era apenas uma criança indefesa que não poderia fazer nada para salvar a vida das pessoas que eu mais amava. O sangue do meu pai caia sobre mim, me deixando vermelha e aquilo me fez chorar como nunca havia chorado na vida. Eu comecei a gritar para deixarem meus pais, mas eles não me escutavam.

Eu me vi assustada atrás do meu pai, com lágrimas grossas escorrendo pelo meu rosto. Ninguém ali me via e eu me sentia agoniada.

— PAREM – gritei. – DEIXEM MEUS PAIS.

Mas ninguém me escutava. Parei de frente de um dos caras que estava atirando, mas era como se eu fosse invisível. Tentei tocá-lo, mas não consegui. Eu era apenas uma miragem, dentro de uma coisa que aconteceu na minha vida.

Quando eles foram embora, corri para ver meus pais. Eles estavam mortos e cobertos de sangue. A sala, já não tinha a cor branca, apenas o vermelho. Deixei as lágrimas escorrer pelo meu rosto, o rosto da miragem, pelo menos chorar eu podia.

— NÃO – gritei novamente. – MEUS PAIS, NÃO.

Olhei pro lado e vi a pequena Lauren agarrada ao ursinho que minha mãe havia me dado quando eu tinha completado um ano, chorando, olhando para os pais mortos, cheios de furos pelo corpo. E aquela imagem nunca saiu da minha cabeça.

— NÃO. – gritei, sacudindo meu pai, e foi um choque quando consegui tocá-lo. – VOCÊ PROMETEU QUE NÃO IRIA ME DEIXAR. NÃO, POR FAVOR.

— Lauren... – chamavam minha voz de longe. – Lauren, acorda meu amor.

— NÃO. – A voz me sobressaltou e eu sentei na cama ofegante, com o rosto molhado por conta do choro compulsivo em meu sonho.

Abri meus olhos e vi Camila na minha frente. A abracei fortemente, deixando minhas lágrimas molharem a camisa dela. Os meus soluços eram altos. Camila afagava meu cabelo dizendo que iria ficar tudo bem, mas não, não iria ficar tudo bem, eu não tinha meus pais.

— Apenas me abrace, Camila, não me deixe. – consegui dizer entre os soluços.

— Não Lauren, eu não vou te deixar.

— Você... – funguei. – Você me promete?

— Prometo. – ela suspirou e beijou o topo da minha cabeça.

A abracei com mais força. Era bom ter Camila ali comigo. Sempre quando eu tinha esses pesadelos com Chris, eu evitava chorar ou contar qualquer coisa do que tinha acontecido naquele dia, mas com Camila eu poderia chorar, contar não, mas chorar livremente. Ela não me faria perguntas.

Deixei o silêncio fluir livremente. Eu não queria soltar Camila nem se minha vida dependesse disso. Ela estava se tornando um porto segura pra mim naquele momento. Sempre que a história dos meus pais vinha à tona, eu precisava de um ombro pra chorar, ela estava fazendo esse papel de amiga.

Tomei uma atitude que poderia trazer todos os sentimentos que eu estava tentando esconder. Levantei minha cabeça, olhando diretamente para os olhos de Camila, que me encaravam com compaixão. A puxei contra mim e encostei meus lábios aos dela. Passei minha língua pelo lábio inferior, antes de pedir passagem e ser atendida prontamente. Camila deitou por cima de mim enquanto nossas línguas se enrolavam uma a outra.

Suas mãos foram de encontro com o meu quadril e as minhas envolveram seu pescoço. Nossas pernas se entrelaçaram e o beijo se tornou mais urgente, cheio de desejo. Um podia sentir meus mamilos ficando rijos e as mãos de Camila se moveram sutilmente para a barra da minha blusa, subindo-a.

Um sorriso involuntário surgiu nos meus lábios e Camila se afastou, seus olhos brilhando. O sorriso dela ainda foi maior que o meu. Seus lábios desceram para o meu pescoço, distribuindo beijos molhados por ali.

Quando eu ia levantar meus braços para ela tirar minha blusa, a campainha soou alto. Camila grunhiu e soltou uma parte do seu peso por cima de mim. Eu ri a acariciei suavemente os cabelos dela.

— Acho que precisamos descer. – ela sorriu contra pele do meu pescoço e se levantou. Seu olhar passou minuciosamente pelo meu corpo. Corei violentamente.

— Você é linda. – ela sorriu e me puxou pelo braço. A campainha soou novamente.

Nós saímos do quarto e descemos as escadas. Quando Camila ia abrir a porta eu sorri e peguei sua mão.

— Obrigada por tudo. Principalmente por me prometer não me deixar.

— Tudo pela Sra. Cabello. – ela sorriu e abriu a porta.

Sofia entrou toda saltitante com as mãos cheias de presente e Bella entrou atrás, com cara de desculpas. Sorri pra ela, tentando mostrar que estava tudo bem com a visita repentina. Olhei para Camila e percebi que só estava tudo bem pra mim.

— Sofia, o que você está fazendo aqui...?

— Camila relaxa. – ela olhou pra mim de cima a baixo, parou no meu rosto com um sorriso. – Vocês já poderão voltar ao que estavam fazendo, só vim trazer os presentes.

“Eu te falei.” – Silabou e eu tive que me controlar muito para não rir.

— Agora que você já atrapalhou. – Camila murmurou, mas eu entendi muito bem.

Balancei a cabeça e sorri. Sentei-me no sofá, olhando Alice e Bella  colocar os presentes na mesa de centro da sala.

— Bom, só passei aqui para deixar os presentes, era caminho de casa mesmo. – ela deu os ombros. – Vocês podem se divertir. – ela sorriu novamente e revirou os olhos. – Parece que não se cansa. Tchau.

Alice saiu de casa e Camila se virou pra mim com um sorriso malicioso. Ela andou até mim, mas eu me afastei e balancei o dedo negativamente na sua frente.

— Não vamos continuar nada. – sorri – Vamos sair pra passear. Quero ir à praça.

Subi as escadas indo direto para o quarto. Não queria nem imaginar como Camila estaria agora.

 


Notas Finais


;)


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