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História Between Two Lines - Confiança


Escrita por: KatherineWaldor

Notas do Autor


Começando a maratona com um capítulo especial.

Qualquer erro corrijo depois!

Capítulo 42 - Confiança


Fanfic / Fanfiction Between Two Lines - Confiança

 

POV CAMILA

No domingo quase não fizemos nada, porque tivemos que ir embora cedo, a Lauren tinha ensaio na segunda e eu também, né? Já que o Simon tinha colocado uma ideia louca na cabeça de que eu faria uma participação especial no show delas no Brasil.

Segunda chegou rápido. Lauren tinha me mandado uma mensagem dizendo que me esperava. Vesti uma calça de lycra, um casaco de moletom do Pernalonga e uma tênis. Passei pela copa para me despedir dos meus pais.

- Família, vou indo! A Lauren já chegou. - Beijei a cabeça de Sofi.

- Não vai almoçar, filha? - Mamãe me perguntou enquanto beijava o seu rosto.

- Vou comer com a Lauren. - Beijei o rosto de papai. - Nos vemos mais tarde.

- Camila, juízo! - Papai disse enquanto eu já estava na porta.

Entrei no carro e dei um selinho em Lauren. O caminho foi como de costume, como sempre é quando saímos com o carro da Lauren. Minha mão boba que teimava em apertar aquelas coxas. E que coxas! Não demoramos muito e chegamos naquela mesma casa de sempre. Já estavam todos lá, as meninas, o coreógrafo e Simon. Cumprimentei todas as meninas, até mesmo a Alexa.

O ensaio começou. Primeiro era só as meninas, ensaio com coreografia. Ficamos ali durante umas duas horas, o coreógrafo toda hora interrompia mostrando como queria a coreografia, as meninas apenas o copiavam, mas cada uma tinha o seu jeito, por mais que a coreografia fosse a mesma, cada uma tinha o seu jeito de executá-la. Finalmente o ensaio delas acabaram. Simon se aproximou e entregou a letra da música para cada uma. Quando olhei para o papel tive uma surpresa. Era aquela música, aquela música que Lauren e eu fizemos para o meu trabalho de inglês. Olhei para Lauren que estava do outro lado da sala. Lauren piscou para mim.

- Então? Vamos lá. Eu vou soltar o instrumental e vocês entram com a letra, ok? - Simon pediu. E as meninas assentiram. - A música foi toda dividida e tem o nome de vocês apontando o que cada uma tem que cantar.

A instrumental começou. Cada uma foi cantando a sua parte. Vira-e-mexe Simon parava e reclamava de algo. Simon tinha cara de durão, mas no fundo eu sabia que ele era uma boa pessoa, por mais que eu não conhecesse-o a muito tempo, eu sabia que ele fazia a Lauren bem.
 

POV LAUREN

O ensaio acabou e como sempre foi muito produtivo. Dessa vez um pouco diferente, pois tínhamos digamos que uma nova integrante passageira. Camila e Normani conversavam. Alexa, Simon e o Coreógrafo já tinham saído. Fui até Ally.

- Ally, queria conversar com você.

- Pode falar, Laur. - Ally bebia água.

- Não, agora não! Posso te encontrar mais tarde?

- Claro!

- CAMILA? - Escutei Normani gritar ganhando toda a minha atenção. Fui correndo até Camila que parecia que ia desmaiar.

- Camz? - Segurei Camila de lado e sentei com ela no chão.

- Eu tô bem. - Camila falava com dificuldade, seu rosto pálido. Camila suava frio. - Só me senti tonta, mas já passou. - Camila forço um sorriso.

- Camila, você se alimentou hoje? - Comecei a ficar preocupada.

- Claro, almocei antes de vir. - Camila deu um sorriso.

- Bebe um pouco de água. - Ally entregou uma garrafa a Camila. Camila começou a beber.

- Você tá bem mesmo? - Normani perguntou em pé na nossa frente.

- Tô sim. - Camila estava voltando a sua cor normal.

- Eu vou indo então. Qualquer coisa me liguem, meninas. E te vejo mais tarde, Laur. - Ally deu dois beijinhos em nas nossas bochechas, menos na Camila, que ela beijou sua cabeça.

- Eu também vou indo. Qualquer coisa podem me ligar também. - Normani fez o mesmo e elas se retiraram.

- Camz, vou te levar ao médico. Vem! - Tentei levantar Camila e ela me ajudou.

- Não, Lolo. Eu tô bem, deve ter sido queda de pressão. Não tô acostumada com esse ritmo. - Camila deu um sorriso.

- Tem certeza? - Tirei uma mecha de cabelo que cobria o seu rosto.

- Absoluta, mãe. - Camila riu e foi andando até a porta.
 

Eu não estava satisfeita com aquilo. Camila não estava bem, eu sabia. Mas dizem que quando a pessoa tem bulimia - anorexia você não pode forçar ela ao tratamento, ela precisava querer. Então tentei contorna a situação. Parei no Subway contra a vontade de Camila e lanchamos. Camila comeu tudo o que me deixou muito feliz de certa forma, sabia que aquele não era o melhor lanche, ela precisa se alimentar de verdade, mas eu tinha que ir devagar. Depois levei-a para casa. Antes de Camila sair do carro, resolvi tocar novamente no assunto.

- Camz, eu queria que você fosse ao médico. - Toquei em sua mão acariciando-a. - Eu não entendo disso direito, mas sei que no seu caso um psicólogo não é apenas o que você precisa.

- Lauren...

- Por favor? - A interrompi. - Por mim.

- Tá bom. Amanhã vou ter que ir mesmo ao meu psi e ai eu peço pra ele me indicar um médico. Pode ser?

- Perfeito! - Sorri.
 

Estava de noite. Liguei para Allyson avisando que eu estava a caminho, não demorou muito e eu já estava em sua casa. Ally como sempre muito carinhosa comigo, quando me viu me abraçou de uma forma cuidadosa. Entramos em sua linda casa. Troy seu namorado não estava, o que eu achei perfeito, porque realmente queria conversa com Ally e a sós. Sentei no sofá e Ally fez o mesmo.

- Então, o que minha guerreira quer? - Ally tinha uma áurea incrível, sua voz era calma, protetora, me acalmava só de ouvi-la.

- Eu não sei como começar... - Sentei com perninhas de índio virada para Ally, vi a tornozeleira e comecei a mexer nela, no cadeado. - Acho que tô sentindo uma coisa que nunca senti.

- Você tá bem? - Ally soou preocupada.

- Tô. Quer dizer, eu acho que sim. - Continuei olhando para baixo.

- Me diz o que você tá sentindo. - Ally tocou na minha mão e levou para ela. Ally acariciava minha mão direita com suas duas mãos.

- É uma coisa estranha. Tem uma pessoa... - Gaguejei, não sabia como falar. - Eu no começo achei que fosse a mesma coisa de sempre. Ficava um pouco e depois acabava, mas com essa pessoa tá sendo diferente. Eu não consigo ficar um dia longe, um hora, um minuto, um segundo. Isso tá tomando conta de mim.

- Isso se chama amor, Laur. - Ally sorria enquanto eu continuava séria.

- Amor? Eu jurei que depois do David nunca sentiria mais isso. O amor te faz fraca... - Encarei Ally e ela me interrompeu.

- O amor também te faz forte. O amor verdadeiro, o amor sincero e puro te faz a pessoa mais feliz do mundo. O amor pode doer e muito, mas ele pode te curar de tudo. O amor é o sentimento mais puro que existe, Laur. Poucas são as pessoas que conseguem senti-lo. Se permita, Laur. Não seja como essas outras pessoas. Ame esse menino, mostre a ele que você pode fazê-lo feliz.

Eu não tinha coragem de contar quem eu estava amando, até porque era muita informação para mim, aceitar que eu podia amar de novo já era um bom avanço. Ally era bem séria com isso de religião, eu tinha medo que minha melhor amiga se afastasse de mim, por causa disso. Sim, Ally estava se tornando minha melhor amiga naqueles últimos anos. Eu queria contar logo, mas não era a hora. Eu queria primeiro me acertar com a Camila, primeiro me acertar comigo mesma.

As belas palavras de Ally invadiram meu corpo, eu estava feliz em ouvir aquilo tudo, não vou ser hipócrita e dizer que não tinha mais medo, eu tinha e ele estava presente o tempo todo, mas eu queria encará-lo, eu queria me dar uma nova oportunidade de amar, de ser feliz, de encontrar essa felicidade que só encontra quem se permite amar. Meus olhos se encheram de lágrimas.

- Deita aqui, Laur. - Ally bateu nas suas pernas e eu apenas obedeci.

Deitei com a cabeça em suas pernas e me permiti chorar. Um choro bom, um choro de alivio, um banho de lágrimas, um banho necessário. Ally acariciava meu cabelo e não dizia nada, apenas me deixava chorar.
 

No dia seguinte depois de deixar Camila no psicologo, fui para a minha consulta. Keana estava na minha frente pegando um livro em sua enorme estante. Resolvi tirar a prova do que eu sentia. Olhei bem para a bunda dela - sua bonda redondinha -, fui subindo o olhar por suas costas, seu corpo de menina, seus cabelos castanhos escuro ondulados que iam próximo a sua bunda. Pera aí! Cabelos castanhos escuro e grande? Mas a Keana tinha cabelos castanhos claros e não eram tão grandes assim. A jovem se virou para mim e era a Camila. Neguei com a cabeça e voltei ver a Keana. Definitivamente algo estava acontecendo comigo. E eu precisava me permitir.

A consulta começou. Contei a Keana de quando eu bebi por causa da Camila. Sim, eu contei tudo sobre a Camila. Existia um sigilo entre paciente e psicólogo, o que me permitiu então contar tudo. Sai da consulta alivia, sem aquele peso todo que eu sentia. Sai sorrindo como uma criança feliz.
 

POV CAMILA

Depois do tal psicólogo, a semana foi como na segunda-feira... Terça e quarta passamos ensaiando. Mas quinta foi um pouco diferente. Lauren cismou que tínhamos que ir no lago mesmo sabendo que iríamos viajar na madrugada de quinta para sexta. Pediu para eu avisar a minha mãe que não dormiria em casa. Lauren e suas ideias malucas de dormi naquela lago, que dizer, dormir mais ou menos porque teríamos que estar de madrugada no aeroporto. Confiei.
 

Lauren olhava para o lago já há alguns minutos. Seu braços solto pelo corpo. Lauren vestia um short preto curto de couro, uma camisa branca, com o pano um pouco transparente, com uma estampa escrita "Let it Rock" em cima e "1994" em baixo, entre as duas escritas uma guitarra com asas. E para finalizar uma bota cano baixo. Eu? Um short preto de seda, uma camisa social branca, também de seda, com a manga transparente. Botões preto e gola preta. Completando com um lacinho preto na cabeça e uma bota cano baixo e sem salto. Me aproximei de Lauren e a abracei por trás.

- É tão bom ficar aqui com você sabia? - Sorri.

- É mas a gente não vai ficar aqui. Não exatamente aqui.

- Ah, não? - Virei Lauren para mim.

- Não. - Lauren sorriu saindo do abraço. - Vem comigo? - Lauren esticou a mão e eu peguei. Fomos andando em direção a cabana abandonada que ficava próxima ao lago.

- Lauren, para onde a gente tá indo? - Perguntei assustada.

- Pra cabana.

- Negativo! - Parei a um metro da porta. - Eu não vou entrar ai por nada!

- Por que não? - Soltei da mão de Lauren.

- Porque eu não vou entrar em um lugar nojeto, pode ter bichos ai. - Olhei com cara de nojo para a porta.

- Eu te protejo. - Lauren riu.

- Não, Jauregui! Não vou. - Cruzei os braços.

- Por favor! Confia em mim. - Lauren pediu com uma voz manhosa que me derreteu.

- Eu tenho medo. - Fiz bico.

- Por favor? - Lauren fez um gesto de preces com as mãos.

- Tá bom, mas se eu encontrar qualquer bichinho, mesmo que seja bem pequenino, eu vou embora na hora. ok? - Lauren apenas assentiu.

Eu não estava acreditando no que eu ia fazer. Aquela cabana abandonada nojenta, que devia hospedar vários bichos tão nojentos quanto ela. Mas resolvi confiar. Confiança, essa era a palavra que eu tinha sobre a Lauren naquele momento. Abri a porta. É... Eu realmente não estava acreditando. Meus olhos se encheram de lágrimas, uma sensação louca tomou conta do meu corpo, minhas pernas estavam bambas, minhas forças acabando, uma vontade louca de sentar no chão e deixar que as lágrimas falassem por mim. Resolvi ir por parte, se não poderia ter um infarte mesmo jovem.

Caminhei até um caminho feito por balões vermelhos presos no teto. Cada balão tinha um fio pendurado que levava a uma foto. A primeira foto era uma minha sentada no colégio, segurando o iPhone, com um fone de ouvido, atrás dela estava escrito: "Quando te vi pela primeira vez." Sorri e fui para a segunda foto, que era uma foto minha com as meninas da Harmony, Ashley e Lauren: "Nossa primeira foto." - Foi quando Lauren tocou minha cintura pela primeira vez, quando senti a conexão dos nossos corpos pela primeira vez. Continuei... A terceira foto era uma foto da Lauren com a bochecha roxa: "A primeira vez que você me deixou roxa. rs" Lembrei do meu desespero de cobri aquele roxo com maquiagem, aquele roxo que eu fiz com uma bolinha de ping-pong no camarim dela. Deixei escapar uma risada por causa da lembrança. Quarta, era uma foto do lago: "Eu não tinha uma foto da gente nesse dia, mas acho que você lembra quando você dormiu nos meus braços pela primeira vez." - Lauren estava bêbada, mas me abraçou de uma forma tão doce, tão amável que parecia que tudo era um teatro. Quinta foto era do churrasco da Verônica para comemorar a vitória dos meninos: "A primeira vez que você tentou me beija/ Seu primeiro porre." Não aguentei e soltei um risinho. Continuei andando e fui para a sexta foto. Era a foto do suposto beijo que a Lauren tinha me dado na boate: "A melhor foto da minha vida. Sabe por que? Porque foi graças a ela que você tá aqui agora!" Uma única lágrima escorreu pelo meu rosto. Sétima foto era do papel do meu caderno com a letra da música Who Are You. Minha letra, minha escrita: "Nossa primeira música." Oitava foto era uma selfie que a Lauren tinha tirado da galera na pracinha, momentos antes da sua mãe chegar: "Queria ter uma foto do nosso primeiro beijo, mas só tenho essa foto de antes." Nona e penúltima foto. Uma foto da gente no hotel antes do Ano Novo. "Nosso primeiro Ano Novo juntas e digamos que nossa primeira foto juntas." Décima e última, não era uma foto era uma caixinha com um bilhete: "Não abra agora." Obedeci, apenas segurei a caixinha vermelha de veludo.

Meus olhos estavam cheios de lágrimas, entrei em um pequeno corredor que tinha um caminho com corações vermelhos colados no chão. Segui os corações. Finalmente cheguei em um quarto. Quer dizer, em um cômodo, porque não tinha cama, apenas um colchão coberto com um cobertor de veludo azul marinho e petalas de rosas vermelhas em volta. em frente ao colchão tinha a coisa mais linda da minha vida. Várias velas brancas, redondas e baixas, uma próxima da outra formando a única palavra que fazia sentindo na minha vida.

CAMREN

Me permiti chorar admirando aquela palavra, aquela junção dos nossos nomes. Meu coração acelerado, minhas pernas mais bambas que antes. Senti Lauren me abraça por trás, segurando suas mãos em frente a minha barriga. Lauren encaixou o seu queixo no meu ombro. Passei meus dedos em baixo dos meus olhos em uma tentativa falha de limpar minhas lágrimas. Posei minhas mãos sobre as suas, que ainda me envolviam.

- Por que? Por que, Lolo? - Foi a única coisa que consegui dizer.

- Porque hoje faz um mês que você me beijou pela primeira vez. Porque você me faz feliz. Porque eu quero te ver feliz. Porque você merece. Porque eu gosto de você. - Me virei para ela, precisava olhá-la. Lauren continuou me abrçando pela cintura e eu coloquei minhas duas mãos em seu rosto.

- Eu te amo, Lauren Jauregui. - Mais lágrimas teimosa escorreram pelo meu rosto. E pela primeira vez criei coragem e disse as três palavrinhas que me assustavam.

- Não chora, Camz. - Lauren olhava para minhas lágrimas e tentava enxugá-las. Tirei suas mãos e ela me olhou.

Continuei olhando para ela. Ela. Lauren Jauregui. Lolo. Princesa. Que garota. Que menina. Lauren não podia imaginar a felicidade que eu estava sentindo. Aquelas lágrimas eram de felicidade, de paixão, de amor. Fechei os olhos, encostei meus lábios nos seus e a beijei. Um beijo calmo, um beijo molhado pelas minhas lágrimas, um beijo de apenas lábios. Deixei a caixinha de veludo cair no chão sem perceber e fui com as mãos em seu rosto.

Sim! Eu estava tendo o dia mais feliz da minha vida, eu nunca tinha imaginado que teria um dia assim, que alguém poderia fazer aquilo por mim. Uma alegria tomava conta do meu corpo, queria que o tempo parasse naquele momento. Queria ir para um universo onde só existisse ela e eu.

Lauren levou a mão a minha cintura massageando-a levemente. Mordi seu lábio de uma forma carinhosa, envolvi meus dedos em seus cabelos e dei um leve puxão. Ela soltou um gemido. Comecei a beijar seu pescoço. Lauren começou abri os botões da minha camisa. Parei de beijá-la e por um segundo eu me assustei, pensei em sair correndo, em gritar, mas ao contrário de tudo, permiti, permiti ficar de sutiã na frente dela, que desabotoou. Seus olhos intensos em sua ação. Continuei encarando-a enquanto tirava minha camisa passando suas mãos sobre os meus ombros e dando leve beijinhos neles em seguida. Fui com minhas mãos até a cintura dela e ela levantou os braços. Lauren esperava que eu tirasse a sua camisa e foi o que eu fiz. Apenas tirei. Olhei para o seu corpo e que corpo lindo, não que eu nunca tivesse visto-a sem camisa, de biquíni, mas era diferente. Ela usava um sutiã de renda preto, parecido com o meu, a diferença que o meu era vermelho. Desejei tocar aquele corpo, mas tinha uma força maior que não me deixava. Ela me deu um selinho, tirou meu cabelo jogado sobre o meu ombro esquerdo e juntou com os que estavam no direito, deixando toda a curva do meu pescoço esquerdo livre para os seus beijos. Beijava lentamente e intensamente toda a região. Suas mãos foram descendo do meu ombro até a curva da minha cintura. Lentamente suas mãos retiraram meu short. Ergui a cabeça e separei um pouco os meus lábios em busca de ar que eu não conseguia encontrar. Emaranhei minha mão em seus cabelos e dei uma leve puxadinha. Lauren soltou um gemido que me arrepiou toda.

Ela voltou a me beijar, um beijo mais rápido. Sua língua invadiu a minha boca sem pudor algum. Apertava minha cintura me fazendo arrepiar cada vez mais. Uma chama subiu pelo meu corpo, um desejo logo e incontrolável. Eu estava a ponto de explodir, mas um medo tomava conta de mim. Um medo maior quando as mãos de Lauren subiram e pousaram no fecho do meu sutiã.

- Não! - Me afastei. Lauren me olhou assustada. - Eu não posso!

- Eu fiz alguma coisa errada?

- Não! Você é perfeita, mas é que... - Olhei para os lados buscando respostas.

- Mas...? - Lauren segurou meu rosto fazendo carinho.

- Mas eu nunca fiz isso, tenho medo! - Confessei em meio de um suspiro.

- Camz, - Lauren sorria. - e se eu disser que nunca fiz isso nem com a Melanie, nem com a Alexa? - Lauren tirou uma mecha de cabelo que caía no meu rosto. - Que é como se fosse minha primeira vez?

- Tô com medo. - Disse por um fio.

- Confia em mim? - Assenti. - Eu vou continuar, quero te fazer feliz, te fazer sentir prazer. Mas se isso te incomodar e você não quiser, você me avisa que eu paro.

- Eu te amo. - Sorri enquanto a olhava.

- Vem. - Lauren segurou minha mão e foi até o colchão comigo. Ficamos de joelhos uma de frente para a outra.

Ela envolveu meus cabelos em seus dedos, com a outra mão segurava minha nuca, encostou seus lábios nos meus iniciando um beijo. Apertei sua cintura de leve. Ela me deitou lentamente sobre o colchão e se colocou sobre meu corpo. Corri minhas mãos até o fecho do seu short e ela me ajudou a tirá-lo sem parar de me beijar. Passei minha mão do seu quadril até a sua bunda, dei uma leve apertada. Ela desceu seus beijos até o meu pescoço, meu colo. Juntei seus cabelos em minhas mãos, em uma forma de rabo de cavalo e a observei me beijando entre os meus seios, seus beijos foram descendo até a minha barriga. Me permiti olhá-la novamente e tive uma visão inexplicável, ela estava com uma linda calcinha e um belo sutiã, ambos preto e de renda. Lauren levou suas mãos a minhas costas, me inclinei para cima para facilitar o que ela iria fazer. Tirou lentamente meu sutiã, sem tirar seu olhar do meu corpo, soltou o sutiã ao meu lado. Ela deu uma pequena mordida em seu lábio inferior e me encarou. Dei um sorriso tímido. Ela voltou a olhar para o meu corpo, passou a língua na minha barriga e veio subindo bem devagar. Meu corpo já estava completamente arrepiado, sua mão subia junto com seu rosto, passando a mão em cada espaço da minha cintura. Sua língua quente passou levemente pelo meu seio direito. Senti minha calcinha molhar na hora. Pousei meus braços em volta do meu corpo, quando ela começou a dar leve beijos em volta do meu mamilo que já estava enrijecido. Lentamente começou a chupá-lo e com uma de suas mãos massageava o meu seio esquerdo. Curvei minha cabeça para cima/trás e soltei um tímido gemido. Senti os olhos dela me queimando. A encarei com uma tentativa falha de sorriso, quando ela trocou. Começou a chupar levemente meu seio esquerdo enquanto sua outra mão acariciava o meu seio direito. Outro gemido tomou conta de mim, me fazendo erguer a cabeça novamente.

Seus beijos foram descendo até minha barriga. Depois passaram direto para minhas coxas. Olhei para ela mordendo o meu lábio inferior, enquanto ela passava a língua cuidadosamente pelas minhas virilhas. Suas mãos foram até a minha cintura. Me olhou e tocou nas laterais da minha calcinha, mas antes de tirar voltou a beijar minha virilha, até chegar em meu sexo. Lauren deu uma pausa e deu um sorriso cafajeste. Meu corpo começou a formigar, uma chama tomava conta de mim, com apenas alguns toques que ela tinha me dado.

- Vai, Lolo... - Pedi com uma voz falha.

Lauren tirou minha calcinha lentamente, inclinei meu corpo para cima, para facilitá-la. Finalmente tirou e passou a língua pela minha virilha direita até chegar em cima do meu sexo. Sua língua tocou o meu clitóris. Apertei com força o edredom. Ela começou a fazer pressão com a língua. Soltei um gemido nada tímido. Eu estava perdendo o controle. Inclinei minha cabeça para cima, coloquei uma mão sobre sua cabeça e pressionei ela contra o meu sexo. Eu achava que meu corpo não podia formigar mais do que já estava, mas eu estava enganada, eu estava explodindo, precisava dela, precisava que ela fizesse logo.

- Vai logo, Lauren... Pelo amor de Deus.

- Calma, Camz. - Lauren riu. Parei de pressionar sua cabeça e a levei até a entrada do meu sexo. - Lauren me olhava com um sorriso cafajeste. Lauren tocou a língua de leve na minha entrada. - É isso que você quer? - Mordi meu lábio inferior e levantei a cabeça, enquanto assentia. - Assim?

- Não! Vai logo, Lauren.

Voltei a pressionar sua cabeça contra o meu sexo, senti sua língua me invadir. Ela tirava e colocava a língua rapidamente, balançava de um lado para o outro. Soltei sua cabeça e voltei a aperta o edredom com força, uma loucura tinha tomado conta do meu corpo. Senti um formigamento correr do meu pé até o meu sexo. Um calor tomando conta do meu corpo. Lauren intercalava suas lambidas com leves chupões.

- Lauren... Eu... Vou... - Gaguejei.

- Você vai? - Lauren parou para falar.

- Não para, por favor. - Meus olhos fechados com força. Pedi em desespero.

- Fala pra mim, Camz? - Lauren subiu até o meu rosto e sussurrou no meu ouvido. - Me diz o que você vai fazer. - Com uma de suas mãos ela pressionava o meu clitóris.

- Ah... - Gemi alto. - Eu vou... gozar. - Falei por um fio, um sussurro em meio dos gemidos.

Lauren desceu de novo até o meu sexo e voltou a chupá-lo enquanto seu polegar continuava pressionando meu clitóris. Sua língua entrava e sai. Eu já não aguentava mais, minhas forças estavam acabando, me contorci, tentei fechar as pernas por causa da pressão que eu sentia no meu ventre.

- Não fecha, Camz! - Lauren reclamou.

Obedeci, tentei relaxar meu corpo, o que era quase impossível, separei minhas pernas com a maior dificuldade do mundo. Ela voltou a adentra sua língua em meu sexo, meu corpo começou a tremer sem parar, um liquido finalmente conseguiu achar o caminho da saída. Ela deu um sorriso e  uma leve e última chupada nos lábios do meu sexo. Meu corpo foi jogado, largado no colchão. Eu não tinha forças para mais nada. Meus lábios separados buscando por ar. Lauren deitou do meu lado. Meus olhos permaneciam fechados, enquanto ela acariciava meu rosto.

- Seu gosto é perfeito. Você é perfeita, Camz. - Lauren selou meus lábios.

- Você me fez tremer, me deixou com as pernas bambas. - Sorri ainda de olhos fechados.

- Quero te deixar assim todas as noites. - Abri os olhos e a encarei com um sorriso.

- Vou cobrar! - Sorri.

- Pode cobrar. - Lauren selou de novo os meus lábios.

Encostei minha cabeça em seus seios ainda cobertos pelo sutiã e Lauren me abraçou, envolvendo minhas costas com o seu braço. A abracei pela cintura.

Eu nunca imaginei que eu pudesse me sentir tão viva. Lauren teve cuidado, me deixou a vontade, entendeu o meu medo, me ajudou a superá-lo. Fez com que eu pudesse ter uma noite importante e perfeita. Foi romântica como precisou ser e me fez sentir prazer. Me fez esquecer de todos e de tudo. Me fez ir a um mundo que eu não conhecia. Lauren fez com que eu me sentisse a pessoa mais feliz do mundo.

POV LAUREN

Depois de admirar o nosso fiel amigo, nosso confidente. Senti Camila me abraçar e resolvi levá-la logo para a minha surpresa. Foi difícil convencê-la de entrar naquela cabana que aparentemente estava abandonada. Na verdade aquela cabanda era meu refúgio, era onde eu costumava ficar quando queria fugir do mundo. Então de certa forma eu a mantinha limpinha, com algumas coisas, tinha até um colchão nela, mas nunca quis mostrar para ninguém, nunca levei ninguém lá. Mas Camila tinha se tornado especial e eu queria compartilhar aquilo com ela.

Depois de eu pedir por confiança, Camila confiou e entrou. Eu queria ter registrado cada minuto depois que ela entrou por aquela porta, mas a minha vontade de admirá-la era maior que o meu capricho de filmá-la. Camila tinha um sorriso ainda tímido em seu rosto, enquanto observava a primeira foto pendurada por um balão vermelho. Da segunda até a nona e penúltima foram apenas lágrimas, seu olhos me descreviam a felicidade que ela sentia. Na última tinha uma caixinha que pedi por meio de um cartão que ela não abrisse ainda. Camila apenas obedeceu.

No corredor Camila caminhava lentamente, parecia que estava com as pernas bambas, que não tinha controle do seu corpo. Chegando no cômodo que eu posso dizer que era o meu quarto, os olhos de Camila brilhavam mais que as estrelas que iluminava aquele lago. Ao olhar o nosso Shipper - acho que é assim que os fãs chama - escrito por velas no chão, Camila não se segurou e se permitiu chorar. O que me deu uma vontade louca de me juntar a ela e chorar.

Meu coração estava explodindo de felicidade. Eu nunca tinha feito aquilo por ninguém, eu nunca tinha me imaginado fazendo aquilo. Mas Camila estava me mudando, Camila estava me fazendo sentir e fazer coisas que eu tinha vergonhada e medo. Camila estava me mostrando o que era amar de novo. Você deve estar me julgando por ter medo de amar, por não querer me permitir a isso, mas só quem já sofreu por um amor de verdade sabe que o amor não é tão fácil quanto parece. Amar uma única vez pode até ser fácil, mas amar e ser abandonado faz com que você se feche e deixe de querer sentir isso de novo. Isso que pode te fazer a pessoa mais feliz do mundo, mas também pode te fazer a pessoa mais infeliz do mundo.

- Eu te amo, Lauren Jauregui.

Cinco palavras que eu nunca pensei que escutaria, muito menos da Camila. Meu coração acelerou, minhas pernas ficaram bamba, meus lábios formigando, o ar me faltando. Coragem me faltava. Camila estava chorando.

- Não chora, Camz. - Foi a única coisa que consegui dizer sem encará-la, enquanto enxugava suas lágrimas.

Palavras? Palavras são apenas palavras, as vezes alguns atos dizem mais do que simples palavras. Foi o que eu fiz, dei carinho para ela, a beijei, cuidei dela. Camila no começou se sentiu insegura, mas mal sabia ela que eu estava muito mais nervosa do que ela. Camila era um doce, uma menina e Sinu sempre me pediu para cuidar dela, então além de desejo de cuidá-la, tinha a responsabilidade de não fazê-la sofrer.

Pedi novamente por confiança e Camila confiou. Fomos até o colchão coberto por um edredom de veludo azul marinho e com pétalas de rosa vermelha em volta dele. E ali a fiz se sentir a mulher mais feliz do mundo. Tudo foi calmo, lendo, cuidadoso. As vezes a Lauren cafajeste aparecia e pedia para que ela falasse coisas em meu ouvido, mas a Lauren da Camila, a Lauren que eu abandonei a anos atrás, sempre vencia e fazia cada segundo, cada momento o mais bonito e prazeroso.

Sim! Fizemos A.M.O.R. Fizemos amor da forma mais bonita, mais cuidadosa, mais carinhosa. Camila não precisou tocar em mim, para me satisfazer, olhá-la sentindo prazer e saber que o motivo era eu, foi o suficiente para mim, foi o suficiente para eu perceber que ela me fazia feliz.
 


Notas Finais


Não vou dizer muita coisa, vou deixar que você comentem.

Espero de verdade que vocês tenham gostado. Não diferente do primeiro beijo, fiz várias pesquisas para que essa digamos que primeira vez delas pudesse ser a mais realista e bonita. Não queria que fosse um conto de fadas - deixando o realismo que eu tanto luto por, de lado, mas também não queria perder a magia.

Novamente espero que tenham gostado.

1/7


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