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História Between Two Lines - Perdão


Escrita por: KatherineWaldor

Notas do Autor


E só faltam mais dois Capítulos. :'(

Sobre Segunda temporada, isso é coisa de série não? História não tem isso. Quer dizer, acho que se chama Saga, certo? IAHAUIHAI

amos ao próximo capítulo e depois dele teremos mais dois... Qualquer erro corrijo depois!

Capítulo 48 - Perdão


Fanfic / Fanfiction Between Two Lines - Perdão

 

POV LAUREN

Uma semana. Uma semana naquele hospital tentando me recuperar, ainda andava com muita dificuldade. Uma semana sem ver se quer a unha do dedo mindinho de Camila. Uma semana sem poder comer coisas gordurosas. Uma semana sem poder cantar com a Harmony. E ainda faltava mais uma semana. Essa uma semana só me serviu para uma coisa, me aproximar da minha mãe.

Estava caminhado com dificuldade no corredor com a ajuda da minha mãe. Andar parece ser tão fácil, mas quando você fica um mês em coma andar parece ser a coisa mais difícil do mundo. Minhas pernas doíam, parecia que eu ia cair a qualquer momento. Sinu estava na recepção, achei estranho, pensei em voltar para o quarto, mas ela me viu e veio até nós.

- Oi, Laur. Como você tá? - Sinu sorria.

- Aprendendo a andar. - Forcei um sorriso.

- Ela tá bem melhor, viu? Já tá até saindo do quarto. - Minha mãe dizia orgulhosa.

- Mas o que você tá fazendo aqui? Aconteceu alguma coisa? - Perguntei preocupada.

- Não. Camila tem médico uma vez por semana e ela transferiu tudo pra cá enquanto você tava em coma, ela não queria ficar longe de você. - Sinu forçou um sorriso.

- E não ficou. Camila, foi uma grande amiga. - Minha mãe sorriu. Fiquei surpresa com a reação dela.

- E ela tá se cuidando direitinho? - Resolvi perguntar. - Se alimentando?

- Tá sim. Depois de tudo, Camila virou outra menina. Ela prometeu que faria o possível pra ficar boa logo. - Sinu sorria.

- Acho melhor a gente voltar pro quarto, mãe. - Olhei para ela.

- Eu também já vou indo. Camila deve estar saindo da consulta. - Sinu nos cumprimentou e se virou para sair.

- Sinu? - Ela se virou para mim.

- Oi?

- Não fala pra Camila que você me encontrou, não. Por favor. - Sinu apenas sorriu e se retirou.

- Por que isso, Lauren? - Mamãe me olhava séria.

- Porque a Camila me magoou muito. - Abaixei a cabeça.

- Olha eu não sei o que ela te fez, mas a Camila conseguiu fazer com que eu mudasse, sei que ainda é difícil pra mim aceitar isso, mas vê-la tão preocupada com você... Ela dormiu todos os dis aqui. Ela dormiu no chão, Lauren.

- Mãe, eu fico muito feliz de verdade por você tá mudando seu jeito de pensar, mas Camila e eu.. - Fiz careta. - Não agora.

Virei de costa e fui tentando andar apoiada na parede, mamãe bufou, parecia até eu. Ri sem deixá-la ver, ela se aproximou e me ajudou a voltar para o quarto, onde fiquei assistindo alguns desenhos, o que me fez lembrar de Sofia. De tarde recebi algumas visitas, como: papai, meus irmãos, Verônica e Keegan, Alexa e Austin e para minha surpresa, Melanie.

- Eu não esperava por você aqui. - Sentei na cama. Melanie se aproximou e se encostou na parede na minha frente.

- E como você tá? - Melanie cruzou os braços.

- Melhorando. Tô me sentindo um bebê.

- Como se você não fosse, né? - Sorri sem jeito. Melanie suspirou. - Olha eu só vim te dizer que não sou eu quem tá te mandando essas mensagens, a Camila veio falar comigo quando você tava...- Melanie suspirou de novo. - Em coma, mas eu realmente não fiz nada, não sei quem pode ter feito isso com você, só acho que você deve tomar cuidado, Lauren. Falar isso é muito difícil pra mim, mas quando a gente ama a gente quer ver a pessoa amada feliz e eu nunca te vi tão feliz como eu te vejo com a Camila.

- A gente terminou. - Abaixei a cabeça.

- Mas não deviam, isso é o que essa pessoa tá querendo e vocês tão deixando acontecer. - Melanie limpou uma lágrima que caía do seu rosto. A olhei. - Eu preciso ir. Melhoras, Laur. - Melanie me deu um beijo no rosto e saiu. 

Aquela conversa tinha me deixado enjoada, falar da Camila depois de tudo que ela me falou era difícil, doía demais. Como eu queria voltar ao passado e ter me entregado a ela antes, tê-la levado para longe. Que falta me fazia seu carinho. Mas sempre que eu pensava na possibilidade de conversar com ela eu lembrava de tudo e a dor voltava.
 

No dia seguinte foi a mesma coisa, fisioterapia, algumas visitas, a dor do nosso afastamento, a saudade do seu abraço e a melhor coisa que eu fazia naquele hospital, minha caminhada pelo corredor. Dessa vez fui sozinha. Enquanto caminhava sentia algumas pessoas me olhando, uma menininha se aproximou pedindo uma foto, tirei com um enorme sorriso, confesso que estava sentindo falta daquilo. Voltei a andar, mas não por muito tempo, senti uma mão no meu ombro, virei e a vi.

- Lauren Jauregui. - Keana sorria.

- Keana. - Mordei meu lábio inferior de nervoso. - Tá fazendo o que aqui? O Simon não disse que... - Ela me interrompeu.

- Eu tenho uma consulta. Uma paciente do Marcelo pediu para ter suas consultas aqui, perto dele e agora eu venho pra cá toda quarta.

- Ah, sim! - Sorri.

- Pelo visto você tá bem melhor. - Keana sorria.

- Tô sim, daqui a seis dias eu saio daqui. Graças a Deus. - Fiz uma careta. 

- Keana? Camila já está te esperando. - Um jovem a chamou e ela o olhou.

- Já tô indo. - Keana voltou a me olhar. - Tenho que ir. Espero te ver mais vezes. - Keana me deu um beijo e ia sair.

- Keana? - Ela me olhou. - Cabello? - Keana fez uma cara de quem não estava entendendo. - Camila Cabello? - Ela apenas assentiu e saiu.

Saber que a Camila estava se cuidando me deixava mais tranquila, ainda mais com a Keana, que por mais que eu a conhecesse a pouco tempo, eu sabia que ela era uma boa pessoa. Tá! Tudo bem que eu estava magoada com tudo que a Camila me disse, mas não desejava o mal a ela, pelo contrario, queria vê-la bem.
 

Finalmente tinha chegado o grande dia. O dia de poder voltar para minha casa, acredite, eu estava louca para voltar para minha casa, meu quarto. Era de noite e estava ventando, um frio gelado tomava conta de todo hospital. Mamãe tinha trago algumas roupas de frio para mim, vesti uma calça de moletom preta, um sneaker sem salto branco, uma camisa branca. Olhei para minha cama e lá estava o casaco de moletom do Pernalonga. Sorri e vesti.

- Vamos, filha? - Papai me chamou. Olhei em volta do quarto, dei um sorriso e fui até ele.

Caminhávamos papai, mamãe, Tay e Chris. Tay e Chris mais a frente com papai. Mamãe segurando minha mão. Passamos pelo corredor onde encontramos alguns enfermeiros, nos despedidos deles, pegamos o elevador e logo estávamos na recepção. Parei na mesma hora.

- Mãe, o que é isso?

- Repórteres, paparazzi. Lauren, você tem uma girlband, esqueceu?

- Acho que vou tirar meu casaco, tá calor. - Coloquei a mão no fecho do casaco, mas minha mãe me impediu.

- Tá maluca? Tá muito frio, vai acabar ficando doente e tendo que voltar pra cá. - Mamãe me repreendeu.

Suspirei e orei para que ninguém tirasse uma foto minha, mas acho que era inútil. Assim que saímos, vários microfones invadiram o meu espaço, flashes e mais flashes me faziam fechar os olhos, uma luz foi jogada em minha direção, perguntas e mais perguntas.

- Lauren, o que foi que aconteceu com você? - Um homem de terno perguntou.

- Um acidente de carro. - Como sempre bem curta.

- E como você tá? Algum ferimento? - Agora foi uma ruiva

- Tô ótima.

- Filha, coloca essa capuz, tá muito frio. - Mamãe colocou o capuz do Pernalonga.

- Mãe. - Tentei a repreender, mas ela não se importou.

- Lauren, - Uma jovem loira chamou minha atenção. - me chamo Chelsea Briggs. A um mês atrás mais ou menos a atriz Camila Cabello, saiu do hospital chorando e pelo que foi dito foi quando você acordou, depois nunca mais a vimos aqui, quer dizer, parece que ela apareceu para algumas consultas pessoas. Ela parecia um pouco mal. Aconteceu alguma coisa?

- É...

Senti o chão tremer, minha boca seca, meus olhos se encheram de lágrimas, um frio na barriga, separei os lábios a procurar de ar, fiquei tonta. Olhei em volta e tudo parecia embaçado e lento, não consegui ouvir mais nada, apenas minha mãe me puxando para o estacionamento.
 

POV CAMILA

Peguei o controle e desliguei a tv. Meus olhos estavam dominados por lágrimas que escorriam pelo meu rosto sem pudor algum. Dinah colocou sua mão sobre a minha coxa e começou acariciá-la, uma dor forte toma conta do meu coração. Me abaixa e deitei em seu colo. Estávamos no meu quarto, na minha cama.

- Por que ela faz isso? Por que usar meu casaco se ela não me quer por perto?

Dinah não me disse nada, apenas acariciou minha cabeça, ficou ali me escutando chorar, um choro calmo, mas as vezes não conseguia impedir uma fungada. Acabei dormindo.
 

Era de manhã, eu precisava ir a aula, mesmo que eu não quisesse, chequei o celular e tinha uma mensagem de Dinah falando dos dois filmes e de uma novela que me chamaram para fazer, li o perfil de cada personagem. Desci e tomei café da manhã com minha mãe, depois do que aconteceu comigo, eu prometi a mim mesma que nunca mais faria os meus pais sofrerem, eu já tinha aceitado que estava doente e realmente precisava de ajuda. Minhas consultas com o Marcelo e com a Keana estavam me fazendo muito bem.

Como sempre fui caminhado para o colégio, aquela rotina normal de sempre. Aula da senhorita Pieterse que pela primeira vez não tentou implicar comigo, o que eu achei meio estranho, mas acho que ela percebeu que eu não estava bem. Intervalo, eu estava indo para o meu lugar de sempre quando meu olhar encontrou com o dela. Não sabia que ela tinha voltado para o colégio. Ela me olhava séria, abaixei a cabeça passei a língua pelos meus lábios para molhá-los e me virei, voltando para a sala. Sentei na minha cadeira e abaixei a cabeça.

- Cabello? - Estava demorando. Continuei com a cabeça baixa.

- Sim? - Percebi que a senhorita Pieterse sentou na cadeira a minha frente, de lado. Dei uma olhada rápida e voltei a abaixar a cabeça.

- Tá difícil, né? - Levantei meu rosto e limpei meu rosto com as costas das mãos.

- Do que você tá falando? - A encarei.

- Camila, independente do que tenha acontecido. Nada melhor que uma boa conversar.

O sinal tocou. Os alunos começaram a entrar na sala, a senhorita Piertese foi para o seu lugar. Eu não entendi o porque daquilo naquela hora, mas eu fiquei pensando a aula toda no que ela me disse.
 

Já era de noite, eu estava saindo do banho e meu celular não parava de tocar, era o pentelho do Chay me chamando no Skype, terminei de me arrumar, deitei na cama e peguei o celular. Aceitei a ligação.

- Hi, pentelho. - Forcei um sorriso. Chay tinha um sorriso angelical.

"Hey, monk! Como tá? Como tá a Lauren? Vi que ela saiu do hospital."

- Tá bem. Eu acho.

"Como assim eu acho? Você devia ter certeza do que tá falando. Qual foi, Camila? Vou te dar um tapa."

- É que... - Suspirei. - Depois que a Lauren acordou, ela me mandou embora.

"Tá certa. Tá certa."

- Como assim tá certa? Ela me mandou embora, vou escutou bem? - Me sentei na cama.

"Eu acho que ela tá certa, ué. Camila, se você realmente disse tudo pra ela que você me contou, ela tá mais que certa. Além de um gelo você devia ter tomado uns tapas na bunda."

- Chay, ela me traiu. - Olhei séria.

"Te traiu da mesma forma que você traiu ela?"

- Chay.

"Camila, a gente errou, mas não sentimos nada, mas se você acha que o beijo que ela deu no zé lá foi traição, o nosso também foi. Cê tá errada, bicho."

- Cala a boca.

"Você vai perder sua menina."

- Já perdi. - Abaixei o olhar.

"Olha que eu pego o primeiro voo pra L.A. só pra te dar uns tapas. Acorda mulê. Agora é a sua vez de correr atrás dela."

- A Lauren não quer me ver nem pelada. - Fiz careta.

"Pois então vá de roupa. Camila, agora é sério. Lembra que aqui você ficou puta com ela e ela veio atrás de você, fez uma homenagem que eu achei linda e fiquei atrás da coxia torcendo por um gol que não rolou?"

- Você tava atrás da coxia? - Franzi a sobrancelha.

"Cê acha que eu ia armar aquilo tudo e não ia dar uma conferida?"

Chay caiu na gargalhada e eu não pude me segurar, me rendi  e me deixei rir, nem que fosse por um pouco.

"Mas se liga, monk. Eu acho que é a sua vez de ir atrás dela. Vocês se amam."

- É... Eu a amo. - Forcei um sorriso. - Tive uma ideia. Me ajuda?

"Opa! vou pegar meu jatinho agora."

Caímos na gargalhada.
 

Ficamos a semana toda conversando sobre o meu tal plano. Assim que eu saía do colégio eu ligava para Chay, Dinah e Ashley, meus três anjos, ficávamos conversando sobre a tal ideia. Eu até queria chamar Verônica para me ajudar, mas eu não sabia como chegar nela, mas com o tempo fui contornando e acabei contando toda a minha ideia, ela se empolgou  e entrou para nossa equipe, junto a Keegan.
 

POV LAUREN

Sexta-feira estava sendo um pouco estranha. Meu amigos cochichavam e quando eu me aproximava, paravam de falar, algumas pessoas me olhavam, tudo bem que Harmony estava crescendo, mais pessoas me conhecendo, mas aquelas pessoas me viam todos os dias, podia ser por causa do meu acidente. Suspirei e caminhei até a saída do colégio, mas algo estranho aconteceu, algo bem estranho. Um grupo de jovens que deviam ser da quinta, sexta e sétima série se amontoaram em frente a saída.

"As long as you love me."

(Contanto que você me ame)

Normani surgiu cantando do lado direito da multidão, ficando um pouco mais a frente. Enquanto isso o grupo de jovens repetiam a frase "Love me". Cada hora um diferente.

"As long as you love me"

(Contanto que você me ame)

Dinah a assessora de Camila apareceu também cantando do lado esquerdo, ficando na mesma altura de Normani.

"As long as you love me"

(Contanto que você me ame)

Minha pequenina Ally Brooke saiu do meio da multidão com sua voz inesquecível. As três ficaram um pouco mais a frente dos jovens e juntos em um coro lindo começaram a cantar.

"We're under pressure
Seven billion people in the world trying to fit in
Keep it together
Smile on your face even though your heart is frowning"

"But hey now, you know, girl
We both know it's a cruel world
But I will take my chances"

"As long as you love me
We could be starving
We could be homeless
We could be broke
As long as you love me
I'll be your platinum
I'll be your silver
I'll be your gold"

(Estamos sob pressão
Sete bilhões de pessoas no mundo tentando se encontrar
Mantenha-se firme
Sorriso em seu rosto mesmo que seu coração esteja triste)

 

(Mas, ei, agora você sabe garota

Nós dois sabemos que é um mundo cruel

Mas eu arriscarei)


(Contanto que você me ame
Poderíamos estar passando fome
Poderíamos estar sem casa
Poderíamos estar sem dinheiro
Contanto que você me ame
Serei sua platina
Serei sua prata
Serei seu ouro)

Ally se aproximou segurando  um pequeno envelope enquanto todos continuavam cantando.

"As long as you love me, love me, love me

As long as you love me, love me, love me"

(Contanto que você me ame, me ame, me ame

Contanto que você me ame, me ame, me ame)

Abri o envelope e dentro dele tinha o cartão com o cheiro dela, pude sentir assim que o abri, mas fiz questão de aproximar meu nariz dele e inalar todo aquele perfume. Olhei para o cartão novamente e ele dizia: "O jogo começou, princesa." Sorri feito boba e quando voltei a olhar aqueles jovens que tinham se dispersados. Agora um grupinho formavam uma fila com um papel que tinha uma seta apontando para a pracinha que costumávamos ficar. Fui correndo até ela. Cheguei lá e vi Verônica que sorria com uma caixa de veludo pequena na mão, ela me entregou sorrindo junto a um cartãozinho. Abri a caixinha e eram dois pingentes de corações, sorri lembrando das nossas pulseiras, fechei a caixinha e guardei no bolso da frente da calça, peguei o cartão.


"Some people live for the fortune
Some people live just for the fame
Some people live for the power, yeah
Some people live just to play the game
Some people think that the physical things
Define what's within."


(Algumas pessoas vivem para a fortuna
Algumas pessoas vivem apenas para a fama
Algumas pessoas vivem para o poder, yeah
Algumas pessoas vivem apenas para jogar o jogo
Algumas pessoas pensam que as coisas materiais
Definem o que elas são por dentro)

Olhei para Verônica sem reação e ela aponto com a cabeça para frente, olhei para a direção e outro grupo de jovens seguravam uma seta que apontava para uma rua, fui até ela e mais uma seta que me levava até o parque, cheguei ao parque e vi pelo o incrível que pareça, Melanie, Alexa, Austin e Cody juntos, aqueles meus amigos de infância, dei um sorriso fraco, Austin e Cody se aproximaram, Austin me deu um caixa, abri e  tinha uma caixa de lasanha congelada, tive que rir. Cody me entrou o cartão que dizia.


"And I've been there before
But that life's a bore
So full of the superficial"


(Eu já me senti assim antes
Mas a vida era sem graça
Tão cheia de coisas superficiais)

Melanie me virou assim que eu acabei de ler e vi um grupo de jovens pulando com setinhas que apontavam para a casa de Camila, atravessei a rua e caminhei até o senhor e a senhora Cabello que sorriam feito bobos. Sofia se aproximou com o mesmo sorriso, ela segurava dois sorvetes, um ela me deu e o outro ela se lambuçava, dei uma pequena lambida no sorvete lembrando do dia do parque, Sinu segurava um outro cartão, dei meu sorvete para um dos jovens que segurava a seta e peguei o cartão.


"Some people want it all
But I don't want nothing at all
If it ain't you, baby
If I ain't got you, baby
Some people want diamond rings
Some just want everything
But everything means nothing
If I ain't got you, yeah"


(Algumas pessoas querem tudo
Mas eu não quero absolutamente nada
Se não for você, querida
Se eu não tiver você, querida
Algumas pessoas querem anéis de diamante
Algumas apenas querem tudo
Mas tudo não significa nada
Se eu não tiver você, yeah)

Olhei para Sinu que me olhava sorrindo,  depois olhei para Alejandro que se aproximou e me deu um beijo na cabeça, em seguida apontou com a cabeça para que eu continuasse, Sinu o abraçou, olhei para o lado e mais setas, essas demoraram um pouco, caminhei algumas quadras e era tão engraçado porque parecia que os jovenzinhos não acabavam, eram muitos, cheguei em minha casa e tinham vários fotógrafos - paparazzi, Cody, Austin, Dinah, Ally e Normani tentavam entrar na frente para atrapalhá-los, ri e fui até minha família, papai abraçava mamãe de lado, ela tinha uma pequena rosa vermelha em sua mão, Tay e Chris sorriam como se quisessem doces. Papai me abraçou forte, sai do abraço e mamãe me deu a flor, olhei para ela que me olhava com um olhar de cúmplice, meus olhos se encheram de lágrimas. Tay me entregou um cartão.


"Some people search for a fountain
That promises forever young
Some people need three dozen roses
And that's the only way to prove you love them
Hand me the world on a silver platter
And what good would it be?
And no one to share
With no one who truly be cares for me"


(Algumas pessoas procuram por fontes
Que prometam a juventude eterna
Algumas pessoas precisam de três dúzias de flores
E este é o único jeito para provarem seu amor por elas
Me sirva o mundo em um prato de prata
E o quão bom isso seria?
Sem ninguém para compartilhar
Sem ninguém que realmente se importa comigo)

Chris pegou uma folha de oficio com uma seta e apontou para Keegan, que estava em frente ao meu carro, fui até ele com o maior sorriso. Abracei Keegan com a maior força do mundo, ele retribui o abraço e sussurrou em meu ouvido.

- Você sabe onde deve ir.

Keegan saiu do abraço, me deu um beijo na testa e me entregou a chave do meu carro, olhei em volta e tinham vários paparazzi, aquele grupo enorme de jovens entraram na frente do meu carro fechando a passagem de todos que queriam passar.

- Vai logo, Jauregui. Não vamos aguentar por muito tempo. - Ally gritou comigo.

Assenti com a cabeça, entrei no carro, liguei-o, coloquei a rosa no banco do carona, manobrei o carro, olhei pelo retrovisor e vi alguns paparazzi tentarem conseguir passagem, mas ninguém deixava, eles literalmente fecharam a rua. Buzinas e mais buzinas, mas ninguém se movia, dei partida e segui ao meu destino.

Aquilo tinha sido a coisa mais linda que eu tinha presenciado, eu sorria feito boba, sentia aquelas famosas borboletas em minha barriga, achava isso idiota, achava que era impossível existir, entender, mas naquele momento eu entendi perfeitamente.

Cheguei ao meu fiel amigo, dessa vez ele não estava acompanhado pelas estrelas, muito menos iluminado pela lua, mas ele não estava sozinho, seu amigo sol fazia questão de sorrir para ele. Um silêncio tomava conta daquele lago, só podia escutar o barulho dos passarinhos e do vento. Caminhei até a cabana e entrei. Camila estava em pé de costa, mas assim que escutou o barulho da porta se fechando, se virou para mim.

- Andou assistindo muitos clipes do Bieber. - A encarei com uma expressão neutra.

- E deu certo? - Camila também tinha uma expressão neutra.

- Muita gente, participações especiais, pessoas chorando, muitas câmeras. - Olhava para o lado tentando pensar em mais alguma coisa.

- E a mocinha apaixonada? - Camila não se movia.

- Por que If I Ain't Got You?

- Porque foi com essa música que você conquistou Simon.

- Camila, você tem noção de quantos paparazzi tinham? Sabe que isso pode dá merda... - Camila me interrompeu.

- Não tenho noção, mas posso tentar imaginar. Infelizmente tudo que a gente pensa em fazer vai ter sempre um, somos pessoas públicas, mas eu tenho certeza que a  Dinah, Verônica e o Keegan fizeram alguma coisa pra nos ajudar. Ah, Ashley e Chay me ajudaram também, então eles são culpados.

- Por que eu não consigo te odiar?

- Porque a gente tá no estágio de se amar e não de se odiar. E porque eu sou muito fofa.

- E convencida.

- Convívio. - Camila sorriu.

- Camila, a gente não pode simplesmente esquecer... - Ela me interrompeu.

- Você tem razão. Eu achei que eu nunca fosse errada na minha vida, mas eu errei e errei feio, magoei a pessoa que eu mais amo nesse mundo, quer dizer, uma das... - A interrompi.

- Uma das?

- É, porque tem meus pais e a Sofi também. - Sorri. - Então... Quando te vi naquele hospital, toda branquinha, parecendo um pinguinho de neve, meu coração começou a bater errado, minha garganta ficou seca, minha vontade de viver foi diminuindo... - A interrompi.

- Não fala isso, Camz.

- Pedia todos os dias que você acordasse e voltasse pra mim, mas eu estava sendo egoísta, então pedi pra papai do céu fazer você voltar pra viver a sua vida bem, voltar com sua mãe e ser feliz, independente se fosse ao meu lado ou não. Quando a gente ama quer ver a pessoa bem, seja lá com quem for. E aí você acordou e aconteceu o que eu mais temia, você tinha magoa de mim e eu já me senti assim, sabia que o que você precisava era de um espaço e foi o que eu fiz, quando te vi saindo com o meu casaco, alguns fãs comentando sobre você estar usando ele, aquilo me fez ter esperança de novo, o Chay também veio conversar comigo, dizendo que eu precisava tentar, pelo menos mais uma vez. E foi o que eu fiz, eu sei que te devo mais que uma simples surpresa. Então... Eu... Eu queria te perdir perdão, Lauren. Perdão por beijar uma pessoa achando que assim eu poderia te esquecer, perdão por mentir, omitir sobre isso, perdão por te deixar preocupada enquanto eu andava pelas ruas do Brasil, perdão por ser infantil e brigar com você por um vídeo que aconteceu antes da gente se conhecer, perdão por ser essa menina mimada e sempre brigar com você por ciúmes bobos, mas ciúmes que eu não vou conseguir deixar de brigar, porque eu te amo, mas prometo que vou ser mais calminha, perdão por falar aquelas palavras horríveis que mulher nenhum merece ouvir, perdão por me afastar de você, perdão por todas as burradas que eu fiz. Só não posso pedir perdão por te amar, porque disso eu não me arrependo, se isso de vidas futuras existirem, eu tenho certeza que em todas elas eu irei te amar, porque as nossas diferenças nos completam, porque você é a pessoa certa pra mim, porque eu te amo.

Uma única lágrima caiu pelo meu rosto, não consegui falar nada, continuei a olhando séria. Camila suspirou fundo e ficamos em silêncio nos olhando durante longos minutos, até ela abaixar a cabeça se rendendo, me aproximei dela, segurei seu queixo e trouxe seu olhar para mim, um olhar triste, um olhar de saudade, de quem precisava de proteção, trouxe seu rosto para mais perto, minha outra mão em sua cintura, desci minha outra mão, para que eu pudesse abraçá-la, encaixei meu rosto no volta do seu pescoço, escondendo-o em seus cabelos, podendo inalar todo o seu cheiro que tanto me fazia falta.

- Eu te perdoo se você prometer nunca mais se afastar de mim. - Sussurrei em seu ouvido e ela me abraçou pelo pescoço.
 


Notas Finais


As Long As You Love Me - Justin Bieber
If Aind't Got You - Alicia Keys


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