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História Between Two Lines - Recaída


Escrita por: KatherineWaldor

Notas do Autor


Eu iria postar essa capítulo no aniversário da Ally, mas como sou ansiosa não aguentei esperar então ai vai meus parabéns para esse anjo que eu tanto adoro, que Deus a abençoe sempre.
Agora quero agradecer a todos que estão divulgando a NOSSA fic e comentando, que é muito importante.

Agora vamos ao capítulo, eu ia por um capítulo fofinho, mas como ele tinha muita informação decidi dividir, esse vai ser mais uma formação para o próximo que será super fofinho, PROMETO!

Vamos ao capítulo e qualquer erro corrijo depois.

Capítulo 58 - Recaída


Fanfic / Fanfiction Between Two Lines - Recaída

POV LAUREN

Senti meus olhos arderem, meu estomago revirava, me pedida por algo, minha boca abriu em um pequeno bocejo, abri meus olhos lentamente e me deparei com a figura do meu pai sentado ao meu lado na cama, com os olhos fechados, olhei para os lados e não reconheci o local. Moveis de madeira e antigos, porém bem cuidados. Me mexi na cama fazendo Michael acordar e me encarar assustado.

- Aonde estamos? - Perguntei enquanto me ajeitava na cama, sentando.

- Você desmaiou, o médico disse que foi pelo susto e por conta da sua imunidade baixa, você precisa se alimentar.

- Aonde estamos? - Insisti.

- Na casa da sua avó! - Meu pai abaixou seus olhos.

- E cadê ela? - Continuei com a voz serena.

- Ela... Ela faleceu, filha.

- Não pode ser! - Soltei um sorriso nasal de nervoso. - Isso é mentira.

- Laur, ela está em um lugar melhor. - Michael tentou tocar em minha cabeça, mas eu desviei.

- Não existe lugar melhor do que na casa dela, com a gente. - Parei de encarar o homem ao meu lado e vaguei com o olhar.

- Laur... - Meu pai tentou mas eu o interrompi.

- Me deixe sozinha.

- Lauren, vamos descer e comer algo. - Ele insistiu.

- Me deixe sozinha. - Minha voz ficou mais firme.

- Camila te ligou, devia ligar para... - O interrompi.

- Será que você não consegue entender que eu quero ficar sozinha? - O encarei, com os olhos queimando, minha voz bem mais elevada.

Observei o homem ao meu lado até ele finalmente sair do cômodo que estávamos dividindo. Abracei o travesseiro com força, cravei minhas unhas nele com tanta forma que podia sentir meus dedos arderem, mordi o lábio inferior tentando abafar o choro com a mesma força, com a mesma intensidade, pude sentir o gosto de sangue em minha boca, mas isso não me fez parar.

Sabe quando você está caindo em um buraco sem fundo? Então... Eu estava me sentindo pior que isso, me sentia em um beco sem saída, ou melhor, em um cômodo onde as paredes começavam a me encurralar, o teto abaixava, a falta de luz me fazendo ver pouco o que iria acontecer, o que me deixava mais desesperada, já estava deitada no chão e sentia tanto a parede me encurralar quanto o tempo me espremer no chão.
 

POV CAMILA

Pela vigésima ou talvez trigésima vez, eu estava ligando para Lauren naquele dia, uma tentativa falha, pois o celular dela chamava e ninguém atendia, depois e seu desmaio, Michael me passava todas as informações e foi para ele que eu liguei.

"- Olá, Mila. Tudo bem?"

- Oi, senhor Michael.

"- Mike, apenas Mike."

- Está certo. A Lauren já acordou? Estou ligando para ela, mas não atende.

"- Acordou sim, mas ela não estava querendo falar com ninguém, mas como é você, irei falar com ela."

- Por favor.

Pude escutar a respiração e os passos de Michael, escutei também suas batidas na porta para logo depois pedir permissão para entrar.

"- Laur, a Mila está no telefone e quer falar com você."

"- Pelo amor de Deus, eu não quero falar com ninguém."

Ninguém. Foi exatamente o que ela disse, como se eu não fosse nada para ela, aquilo de certa forma acabou comigo, uma única lágrima escorreu pelo meu rosto ao escutá-la gritar, mas eu tentei compreender, ela estava mal e eu estava longe, precisava de alguma forma estar com ela.

"- Desculpa, Mila. Mas a Laur não está bem..." - O interrompi.

- Eu escutei, Michael. Eu a entendo. Vocês estão em Los Angeles?

"- Não, estamos em Miami ainda. Vamos resolver as coisas amanhã pela manhã e de tarde já estaremos em casa."

- Tudo bem, qualquer coisa me avise, por favor. Amanhã tento ligar para ela novamente.

"- Obrigada por se preocupar com a minha filha."

- Obrigada o senhor.. Quer dizer, você, por cuidar da Lauren, obrigada de verdade. Sua filha é muito importante para mim.

"- E você também é muito importante para ela."

- Acredito.

Após nos despedirmos sentei na cama recebendo o abraço da Cheechee que me olhava atenciosa, um carinho gostoso em minha cabeça, Pri como sempre continuava séria, em pé nos olhando de braços cruzados.

- Estou me sentindo um lixo, impotente. Ela está tão mal. Michael me disse que ela não quer falar com ninguém, nem comigo ela quis. Ela deve estar me odiando.

- Claro que não, Chancho. Lauren te ama e muito, ela só está precisando de um tempo.

- Preciso vê-la, protegê-la, alimentá-la, dar carinho a ela.

- Você vai fazer tudo isso. - Dinah e eu automaticamente encaramos a menina em pé a nossa frente.

- Leonardo nunca deixaria.

- O que você tem que fazer amanhã e depois de amanhã?
 

[...]

Já era de manhã e coloca manhã nisso, devia ser umas seis horas e já estávamos todos prontos para a sessão de fotos, todos com as roupas dos personagens. Priscilla com uma saia preta, uma camiseta rosa, e uma bota cano alto preta, uma meia calça na mesma cor. Rodrigo com uma calça skinny branca, uma camiseta preta e uma jaqueta verde escuro. Chay com uma calça vermelha, uma camiseta branca e um chapéu cinza com a aba redonda. E eu estava com uma calça preta jeans, uma regata branca e uma jaqueta preta, o que sempre me fazia lembrar de Lauren, era bem o estilinho dela.

Dinah, Leonardo e Giovanna estavam sentados nos observando, estávamos dando o último retoque na maquiagem. Giovanna se levantou e foi falar com os meninos que foram os primeiros a fotografar, ela parecia mais empolgada que todos nós, dava vários toques. Flashes e mais flashes.

Senti meu braço ser puxado, era Priscilla, olhei para a menina sem entender nada. Caminhamos até Leonardo que conversava qualquer besteira com Dinah. Assim que chegamos, puxamos toda a atenção para nós, pude perceber uma troca cúmplice de olhar de Priscilla com Dinah.

- Leo, eu sei que é complicado pedir isso, mas é de suma importância. A avó de Lauren, uma amiga minha e... - Priscilla me olhou séria e eu apenas assenti. - namorada da Camila, faleceu.

- Existe alguma possibilidade da liberação da Camila por dois dias? - Dinah completou. Leonardo olhou para os lados parecendo procurar resposta, me olhou sério.

- Meninas, vocês sabem que a agenda da Camila está cheia, passei toda ela para Priscilla e para o Rodrigo, - Ele olhou para minha assessora. - por conta da sua ausência, acredito que ambos tenham passado para você Dinah. Eu não posso liberar a Camila assim. Temos gravações essa semana, não podemos atrasar.

- As gravações da Camila nesses dois dias são comigo, Rodrigo e Chay, tenho certeza que eles não se importaram em gravar depois. - Priscilla encarou Leonardo.

- Mas a questão não é essa Pri, vamos nos atrasar.

- Podemos adiantar as outras cenas com nós três, temos várias sem a Camila.

- Leonardo. - Dinah puxou a atenção para ela. - Camila é uma menina, ela não tem muita vivência, mas ela é super profissional, não estaríamos te pedindo isso se fosse de suma importância. Camila sofreu Bulimia e anorexia e se não fosse por Lauren ela estaria sofrendo ainda. Ninguém havia percebido essa doença, foi Lauren que a ajuda a se tratar, que levou ela a um profissional e cuidou dela. Lauren está tracada em um quarto, sem comer, sem falar com ninguém. Por favor.

- Tudo bem. Mas vou precisar dos três adiantando as cenas, sem hora para acabar! - Leonardo encarou Priscilla.

- Pode deixar comigo. Assim que acabar as fotos falo com os meninos.

Dinah me deu um abraço e Priscilla apenas uma piscada. Essas duas conseguiram pela primeira vez naquele dia me tirar um sorriso, um sorriso rápido, mas um sorriso. Saber que eu veria minha menina foi a melhor notícia que eu havia recebido.

O fotografo chamou pelos nossos nomes e nos aproximamos, primeiro iriamos tirar fotos das duas juntas, uma coisa mais de rivalidade, aquela coisa de briga de irmãs. Começamos com as duas de costas uma para a outra, encostadas, fazendo uma arminha com as mãos, depois apertei o pescoço de Pri e ela fez cara de desespero. Depois das fotos das irmãs tiramos os quatros juntos e depois foto em casal com o Chay, primeiro viria fotos de Priscilla com Rodrigo, mas eles aceitaram fazer as deles no final, para me dar mais tempo.

Assim que a sessão acabou, Dinah e eu fomos direto para o aeroporto. Quando recebi a liberação de Leonardo, Cheechee rapidamente havia ido em casa para pegar suas coisas já que ela ficaria por Los Angeles e aproveitou para pegar o meu passaporte, não levei roupa já que eu tinha varias na casa dos meus pais, na minha antiga casa.
 

POV LAUREN

Depois de uma manhã de despedida da minha velinha, voltamos para L.A. A primeira coisa que fiz foi ir para o meu quarto, eu ainda não queria ver ninguém, estava sendo difícil digerir aquilo tudo, sempre que eu tentava me aproximar de alguém vinham aquelas frases irritantes: "Meus pêsames." "Eu sinto muito."

Que saco! Será que as pessoas não conseguem entender que isso só nos faz chorar mais ainda? Será que as pessoas não conseguem entender que o que queremos é carinho e não palavras, as mesmas palavras?

Deitei na cama, mas de forma inútil, Verônica logo chegou e me fez levantar, me perturbou dizendo para irmos para a casa de Austin, o que achei loucura, mas entre ficar em casa recebendo visitas que iriam falar aquelas frases que me irritavam, preferia estar com meus amigos, coisa que eu não fazia a muito tempo.
 

[...]

Estava entardecendo, o sol estava indo embora, dando a hora da lua assumir seu posto. Estávamos Verônica, Alexa, Cody, Austin e eu sentados no jardim dos fundos da casa do Mahone, algumas garrafas de vodkas e de energéticos já estavam vazias ao nosso redor, minha cabeça girava, meus olhos estavam se fechando e eu só escutava risos.

Fazia tempo que eu não me entregava a minha velha amiga e aquele era o melhor momento para aquilo. Fizemos uma promessa que não iriamos tocar no assunto proibido, que eu queria esquecer do ocorrido, que eu queria apenas estar com eles e foi isso que eles fizeram. Risos tomavam conta do local.

- Não acha que bebeu demais? - Verônica tocou em meu ombro.

- Larga de ser chata, Verônica e se junte a nós. - Alexa tocou na minha coxa rindo e passou um copo para Verônica que apenas pegou.

- Vira logo isso. - Austin riu.

Cody por sua vez virava o copo de uma vez, Verônica acabou se juntando a nós. Alexa já não estava se aguentando e acabou deitando em meu colo, fiquei mexendo em seu cabelo enquanto entornava mais e mais aquele líquido pela minha garganta.
 

POV CAMILA

Depois de uma longa viagem finalmente estava abrindo a porta da minha casa e para minha surpresa não tinha ninguém. Tudo bem que era dia de semana, mas já era tarde, meu pai já devia estar em casa e mamãe não era de sair com Sofia a noite, não dia de semana. 

Resolvi ir direto para a casa de Lauren, ela já devia ter chegado, já que o senhor Jauregui havia me dito que eles só ficariam em Miami pela manhã.

Fiz sinal para um táxi que passava já que Dinah já havia ido para a sua casa, entrei no táxi e disse para onde eu iria. Não demorou muito e já estávamos em frente a casa dos Jauregui, paguei o taxista e me retirei. Caminhei pelo jardim de entrada e toquei a campainha, que não demorou muito e foi atendida por Chris, que já era um "homem". O menino sorriu, me abraçou e me deu espaço, passei por ele vendo a senhora Clara próxima a entrada.

- Boa noite, senhora Jauregui. Eu gostaria de falar com a Lauren.

- Lauren, não quer falar com ninguém. - A mulher me encarou séria.

- Acredito que comigo ela queira.

- Ela não está Camila. É melhor você ir embora.

Escutei algumas vozes familiares se aproximar, olhei para o lado e vi o Senhor Jauregui vindo da cozinha junto a meus pais, Taylor e Sofia. A pequena quando me viu veio correndo em minha direção, me abaixei um pouco e a abracei, um abraço forte, carinhoso, dei um beijo em sua cabeça e voltei a ficar com o corpo ereto.

- Que saudade, minha filha. - Papai me abraçou e me deu um beijo na cabeça.

- Também estou, papa.

- Oh, Camila! Não sabia que havia vindo, poderia ter te buscado no aeroporto. - Mamãe fez o mesmo que o meu pai.

- Foi tudo muito rápido, mas não vim sozinha, vim com Dinah, mas ela teve que resolver algumas coisas. Na verdade vim ver Lauren.

- Ela foi para causa do Austin. - Clara resolveu se pronunciar.

- Austin? - A olhei sem entender.

- Ela estava mal e queria se distrair um pouco, ficar aqui só iria piorar, sabe como a Laur é! Ai, Verônica levou ela para lá, já que em sua casa está com visitas. - Tay me olhou serena.

- Então vou para lá.

- Eu te levo. - Michael sorriu e foi em direção a porta.

- Posso ir? Por favor, Kaki. - Sofi segurou minha mão sorrindo.

- Claro!
 

Não demorou muito e já estávamos em frente a casa de Austin. O senhor Jauregui disse que ficaria no carro, então peguei a mão da pequenina e fomos apenas as duas em direção a porta, toquei a campainha e logo o próprio Austin atendeu a porta.

- Mila. - O mesmo que fedia a álcool me abraçou sorrindo feito besta.

- Oi. - Forcei um sorriso.

- E essa pequena. Tudo bem? - Austin se abaixou para falar com Sofia.

- Tudo! - Sofia falou super seca.

- A Lauren está ai? - Olhei para ele ainda do lado de fora.

- Está sim, entra ai. Estão todos nos fundos. - Austin nos deu espaço.

Sofia parecia ansiosa para ver Lauren, ela segurava minha mão firme e não parou de pular durante o caminho da sala até a porta dos fundos. Quando ganhamos o jardim me deparei com a cena mais ridícula do mundo: Alexa estava deitada no colo de Lauren que por sua vez estava com a coluna curvada em direção a ela recebendo carinho em seu rosto, com a outra mão Alexa levou uma pequena espécie de papel em forma de canudo a sua boca e deu uma tragada, passando em seguida para Lauren que sorriu ao pegar, ela já levava o pequeno baseado em direção a sua boca, mas foi interrompida por Sofia.

- LAUR. - Sofi gritou enquanto corria em direção a morena que a olhou surpresa.

- Pequenina. - Alexa se levantou dando espaço para Lauren abri os braços para Sofia que abraçou com força. Verônica pegou o baseado da mão de Lauren. - Que saudades.

- Eu também estava com saudade de você. - Minha irmã lhe deu um beijo no rosto e eu me aproximei de braços cruzados fitando-as.

- Sofi, vamos comigo lá dentro. - Verônica estendeu a mão para minha irmã que a encarou séria sem se mexer. - Tenho vários chocolates e preciso da sua ajuda para come-los.

- Oba! - Sofia deu um pulo dos braços de Lauren e segurou a mão de Verônica que passou o baseado presente na sua outra mão para Alexa para logo sair com minha irmã.

- Eu acho que vou lá dentro também. - Cody disse se levantando rindo.

- Por que não vai com ele, Alexa? - Encarei a menina que tragava da maconha em sua mão.

- Porque não estou afim. - Ela me olhou séria.

- Quero falar com a Lauren, por favor.

Alexa revirou os olhos, deu um beijo no rosto da minha namorada, se levantou me encarando, eu apenas a observei, ela me lançou um sorriso para logo se retirar. Suspirei assim que ela saiu e olhei para Lauren que estava sentada no chão rindo.

- Droga, Lauren! Por que isso?

- Não começa! Só quero me distrair.

- Não vai ser assim que você vai se distrair, Lauren. Pelo amor de Deus, olha o seu estado. - Apontei para ela.

- Não enche o saco, Camila!

Suspirei, olhei para o céu, fechei os olhos, passei a língua sobre os lábios tentando umedecê-los, respirei fundo, abri os olhos novamente fitando o céu, abaixei o olhar vendo a minha namorada jogada no chão, com os olhinhos vermelhos e pequenos, me agachei em sua frente, toquei em sua coxa suavemente, fazendo um carinho calmo.

- Me desculpa! - Lauren olhava para baixo com a cara fechada, levei minhas duas mãos em seu rosto, trazendo seu olhar para mim. - Eu sei que errei ficando longe de você esses dias que você tanto precisou. Infelizmente não consegui liberação, mas graças a Deus consegui vir hoje. Prometo que nunca mais vou te abandonar, nunca mais, mas me promete que você vai se cuidar, que não vai deixar isso acontecer de novo, por favor, meu amor? - Meus olhos se encheram de lágrimas.

- Para, Camz! Para de dizer essas coisas, pegar um copo, vai. - Lauren começou a rir.

Fechei os olhos sentindo uma lágrima escorrer pelo meu rosto, mordi o lábio inferior, abri os olhos vendo minha menina naquele estado horrível, dei um beijo em sua cabeça, me levantei e estendi minha mão para ela.

- Vem, princesa. Vamos para casa comigo.

Lauren não disse nada, apenas pegou minha mão e com muita dificuldade se levantou, a abracei de lado e fomos caminhando para dentro da casa, pegamos Sofia na sala com Verônica, nós despedimos de cada um e fomos em direção ao carro do senhor Jauregui, abri a porta sem soltar de Lauren que não parava de rir, Sofi foi a primeira a entrar, entrei em seguida e logo depois Lauren que fechou a porta, percebi o senhor Jauregui olhar pelo retrovisor e logo depois da partida no carro.

- Lauren, você bebeu? - O senhor Jauregui parecia sério.

- Eu? - Lauren apontou para ela com a maior cara de cínica. - Claro que não, pai! Não faço essas coisas. - A morena começou a rir.

- Lauren, pelo amor de Deus! Olha como você está! Tenha juízo nessa sua cabeça. Sabe que está doente e não pode fazer essas coisas. - Lauren continuava rindo. - Que droga, Lauren! Eu estou falando com você. - A morena continuou rindo sem parar, o que deixava o senhor Jauregui mais irritado.

- Michael, se o senhor me permite, não vai adiantar falar nada com ela agora, no momento Lauren precisava apenas de um banho e de uma cama.

O homem em nossa frente não disse nada, apenas assentiu com a cabeça e deu um suspiro, Lauren por sua vez fechou a cara e ficou olhando pela janela, senti um dedinho cutucar a minha coxa, olhei para o lado e Sofia me puxou pela camisa me fazendo curva, a pequena colocou a mãozinha em frente ao rosto, próxima a sua boca e sussurrou em meu ouvido.

- A Laur está dodói, Kaki?

Ela se afastou e me olhou preocupada, percebi Mike nós olhar pelo retrovisor. O sussurro de Sofi não tinha sido tão baixo, quer dizer, o silêncio no carro era tão grande que podíamos ouvir o batimento dos nossos corações. Olhei para a pequenina com um sorriso de lado.

- Está sim, Sofi, mas a Kaki vai cuidar dela, tá bom?

- Promete? - Sofia me olhava com uma carinha triste.

- Prometo. - Beijei a cabeça de minha irmã e recebi um abraço.
 

Não demorou muito e o senhor Jauregui já estava estacionando próximo ao jardim de frente dos Jauregui. Sofi abriu a porta saindo do carro, sai do seu lado, dei a volta no carro e abri a porta ajudando Lauren sair, Sofi deu a mão para Michael e os dois entraram juntos, logo depois Lauren e eu entramos. Todos estavam na sala conversando, Clara fitou Lauren que estava me abraçando de lado, mexendo no meu rosto com um sorriso bobo no rosto.

- Camz, vamos para o quarto? - Lauren pediu e me deu um beijo na bochecha. A senhora Jauregui se aproximou.

- Lauren, você está fedendo a álcool e a ... - Ela ia continuar a frase, mas olhou para Sofi ao meu lado e parou.

- Senhora Jauregui, queria pedir permissão para ficar com sua filha essa noite. - Ela parou de olhar para minha irmã e me fitou.

- É melhor você ir para sua casa, Camila. - Clara me olhava séria.

- Não, Camila ficará. - Michael tocou em minhas costas fazendo com que eu o fitasse. - Leve Lauren para cima e dê um banho nela, por favor. - Assenti com a cabeça. - Taylor, vá com Camila e ajude-a.

Essa foi a deixa que eu precisava para ajudar Lauren a subir as escadas. Ala estava quieta, mas ainda não tinha controle de seu corpo, apoiava na parede para que pudesse conseguir subir as escadas, Taylor subia logo atrás. Minha cunhada tinha apenas treze anos, mas era como se fosse mais velha, como se tivesse nossa idade, era uma menina madura.

Chegamos ao quarto de Lauren, onde ela e eu fomos em direção ao banheiro, tirei a camisa dela, logo depois o short jeans com muita dificuldade, por conta dele estar bem justo. Ela sozinha tirou o seu chinelo, a observei de calcinha e sutiã em minha frente, suspirei.

Se Taylor não estivesse ali com certeza já tinha tirado as duas peças restantes, mas com a presença dela acabei ficando sem graça, resolvi dar banho em minha namorada assim mesmo.

Olhei para porta e vi Taylor nos observando com um sorriso fraco, retribui o mesmo, voltei a olhar para Lauren, dei um passo para dentro do box e puxei cuidadosamente a morena junto comigo, abri a água e falei um pouco mais alto.

- Tay, pega uma roupa para Lauren, por favor!

A menina nada me disse, apenas me obedeceu, dei um banho rápido em Lauren, a enxuguei, Taylor a levou para o quarto para arrumá-la enquanto eu tomava um banho. Não demorei muito por preocupação de deixar Taylor sozinha com ela, não que eu não confiasse em minha cunhada, mas eu queria cuidar da minha namorada. Vesti uma roupa de Lauren que a minha cunhada havia separado para mim. Sai do banheiro e me deparei com a morena caminhando pelo quarto reclamando e Taylor sentada na cama, com os braços cruzados, com um enorme bico.

- Eu não estou me sentindo bem, é sério. - Lauren tinha suas mãos na cabeça.

- Lógico, bebeu como se o mundo fosse acabar.

- Fica quieta, Taylor. Sua voz está fazendo minha cabeça explodir.

- Pode deixar que eu cuido da fera. - Toquei no ombro de Taylor.

- Boa sorte. - A menina respondeu caminhando em direção a porta.

- Camz, - Lauren levou a mão a boca. - eu não estou bem.

- Lolo, vamos ao banheiro.

Segurei sua mão e caminhei junto a ela em direção ao banheiro. Ela se abaixou em frente ao vaso sanitário, levantei a tampa, ela me olhou com um olhar super triste, segurei seu cabelo em um alto rabo de cavalo, com rapidez ela se virou para o vaso e... e vocês já sabem.

Depois do ocorrido, Lauren se quer me olhou, percebi suas bochechas ficarem vermelhas de vergonha. A morena escovou os dentes e caminhou em direção a cama onde deitou de costas para mim, olhei para ela sorrindo, cheguei mais perto, apoiei o cotovelo esquerdo na cama,  depois a minha cabeça na mão esquerda e comecei uma carícia em seu rosto com minha mão direita.

- É melhor você ir embora, Camz!

Confesso que senti uma pontada com aquele pedindo, por um minuto achei que Lauren ainda estava brava comigo e que não queria mais me ver, mas o fato de ter me chamado de "Camz" no final me fez ficar firme e perguntar com a voz mais manhosa possível.

- Por que? O que eu fiz, Lolo? - Curvei meu corpo para olhá-la, mas ela se quer se virou para mim.

- Porque sou uma idiota e estou morrendo de vergonha. - Sorri de alivio com sua resposta.

- Não diga isso, Lolo! Você não é idiota, é um ser humano como todos os outros, digno de um erro. - Beijei seu bochecha.

- Não, Camz! Eu prometi nunca mais fazer isso e não cumpri. Tive essa bosta de recaída. - Ela estava se olhos fechados.

- Olha para mim, Lolo! - Ela não disse nada, apenas negou com a cabeça. - Olha para mim, Lauren! - Insisti.

A morena não disse nada, apenas abriu os olhos, me fitou sobre os ombros, fiquei em silêncio olhando para ela que virou seu corpo ficando de frente para mim, toquei seu rosto, fiz um carinho suave, observando a minha movimentação, voltei a olhar seus olhos verdes intensos que me fitavam com a mesma intensidade da primeira vez que eu a vi.

- Para de se cobrar, meu amor. Você erra como eu erro, como todos nós erramos. O importante é que você está reconhecendo esse erro e que isso sirva de aprendizado tanto para você quanto para mim.

- Por que, Camz? Por que você é tão perfeita? - Ela me olhava séria.

- Eu estou longe de ser perfeita. Apenas te amo e quero estar sempre ao seu lado, independente se o momento é bom ou ruim.

Lauren não disse mais nada, apenas fitou minha boca me dizendo com seus olhos o que ela queria. Eu? Apenas a obedeci, levei a mão ao seu rosto em uma leve carícia, curvei meu corpo para cima do dela e com um toque de delicadeza selei nossos lábios. Passamos a noite assim, trocando carinho, nada além de carinho.
 

[...]

POV LAUREN

Dia 07 de junho, aniversário da minha grandona, quer dizer, da pequenina que sempre cuidava de mim durante nossas turnês. Antes de irmos vê-la, Camila havia comprado uma grande briga com minha mãe dizendo que eu iria com ela para o Brasil durante essas duas semanas que Simon havia me dado, uma pedida por Verônica e outra pedida pelo meu pai.

Estávamos na sala da pequenina, enquanto Troy levava as coisas da pizza que havíamos acabado de comer para a cozinha, Camila pegou alguns copos e os levou para cozinha, ajudando a Troy.

- Novamente, parabéns Ally, que Deus te abençoe sempre, eu te amo muito. - Abracei a pequenina e senti seus braços envolverem minha cintura.

- Amém. Eu também te amo muito, Laur! Nunca esqueça disso. God Bless!

"- Então... Não queria atrapalhar, mas precisamos ir." - Escutei a voz da Camila atrás de mim, fazendo-nos sair do abraço.

- Tem certeza que não querem ficar? Vamos sair a noite com o pessoal! - A pequenina insistiu.

- Gostaríamos muito, mas daqui a pouco nosso voo sai. - Beijei a testa dela.

- Verdade, mas podemos marcar um dia de você e Troy irem ao Brasil.

Ally me encarou de uma forma analisadora quando Camila me abraçou de lado e encosto sua cabeça em meu ombro, envolvi minha namorada com o braço esquerdo e dei um sorriso de lado para a loira, recebendo um outro sorrido da mesma.
 

[...]

Depois de uma longa viagem estávamos finalmente no Brasil. Algumas fotos no aeroporto, algumas perguntas com segundas intensões o que me preocupou, mas tentei ignorar, alguns vídeos para pessoas que nunca vi em minha vida.

 

Estávamos os quatro reunidos na sala assistindo um filme que passava na tv, Priscilla dividia um sofá com Rodrigo e no outro Camz dividia comigo, eu estava deitada com as pernas abertas e ela no meio, encostada em mim. Enquanto Camz parecia estar super ligada no que acontecia, eu acariciava o seu cabelo e a observava.

Olhei para tela e estava no exato momento em que o mocinho vai beijar a mocinha, devia estar no final do filme que eu confesso que não estava prestando atenção. No exato momento em que eles tocam os lábios a campainha tocou, arrancando um "Ah" de Camz e Priscilla, acabei rindo com a cena.
 

POV CAMILA

Eu não estava acreditando que a campainha havia tocado exatamente na hora do beijo, acabei soltando um "Ah" junto com Pri, que também não se movimentou para atender a porta, Rodrigo tampouco se levantou. Acho que a única que não estava prestando atenção no filme era Lolo, que percebendo que ninguém iria levantar acabou se levantando, me fazendo sentar no sofá. Escutei o barulho da porta abrindo para logo escutar uma voz de uma mulher.

"- Boa noite, a Priscilla está?"

"- Está sim." - A voz da minha namorada se fez presente. Continuei olhando para tv, mas algo me chamou mais atenção.

"- MAMÃE." - Escutei a voz de uma criança preencher a sala.

Estava me virando para trás o que não foi preciso, pois o belo menininho baixinho, branquinho feito neve de cabelos castanhos enroladinhos, passou em minha frente correndo para cair nos braços de Priscilla em um abraço forte, um abraço de que parecia ser de saudade.

Mamãe? Como assim? Priscilla nunca havia dito nada que tinha um filho, ela se quer comentou algo sobre ele. Tudo bem que nunca stalkeei suas redes sociais e também nunca reparei em seu quadro de fotos no quarto, mas mesmo assim, mesmo que eu visse uma foto dela com o garotinho, nunca imaginaria que poderia ser seu filho.

A senhora deu um passo para dentro da sala, Lauren fechou a porta e nos fitou, Priscilla saiu do abraço se levantou e fitou a mulher que continuava parada em frente a porta, olhei para ambas e eu confesso que eu não sabia o que fazer, Lauren sentou ao meu lado segurando minha mão, Rodrigo abraçou o pequenino

- Ei, Rafa, vamos brincar? - Rodrigo disse para o garotinho que provavelmente se chamava Rafael.

- Mãe, o que vocês estão fazendo aqui? - Priscilla se aproximou da senhora.

- Eu vim deixar o Rafael!

- Como assim? - O olhar de Pri era uma mistura de surpresa, saudade e desespero.

- Eu precisar ir a Espanha com seu irmão, ele vai fazer um teste em um time de lá e não vou poder levar o Rafa.

- Mas mãe, eu tenho convenção pelo Brasil essa semana toda, não posso levar o Rafa, fora que se eu levasse a mídia cairia em cima dele como foi da última vez, ele não pode passar por isso de novo.

- Desculpe, filha! Mas não posso levá-lo.

Eu não estava entendendo bem o que estava acontecendo, mas algo bom não devia ser. Priscilla pelo pouco que eu entendi abriu mão de ficar todos os dias com seu filho por conta de alguma confusão do passado com a mídia, mas e o pai? Não poderia ficar com ele.

- Desculpe me meter, mas o pai do Rafa não pode ficar com ele? - Me levantei me aproximando.

- Rafa, vamos para o quarto brincar? - Rodrigo pegou Rafael no colo e se retirou, o pequeno pulava sem parar, parecia empolgado. Priscilla os observou saírem para enfim falar.

- O pai do Rafa faleceu no ano passado!

- Sinto muito. - Abaixei o olhar lamentando pela minha ideia.

- Mãe... - Priscilla ia continuar pedindo, mas foi interrompida.

- Pri, me desculpe! Mas dessa vez não posso.

- Mas eu posso. - A voz da minha namorada tomou conta do local fazendo todos a fitarem.

- Lolo, você precisa descansar, veio para o Brasil para isso.

- Preciso me distrair e tenho certeza que vou me divertir bastante com o Rafa. - Lauren pela primeira vez tinha um sorriso bobo em seu rosto.

Eu tinha achado a ideia de Lauren meio louca, cuidar de uma criança não era bem a cara dela, mas ai me lembrei de como ela era com Sofia, ela tinha jeito para aquilo. No começo foi difícil as duas se aturarem, mas com o tempo Sofia e Lauren tinham se tornado grandes amigas. De certa forma essa chegado do Rafael poderia ajudar Lauren a se concentrar em sua recuperação, em se distrair com a tristeza que ocupava o seu coração.


Notas Finais


Olha o Rafa chegando... rsrs O que estão achando?
Tem uma galera me pedindo pra por BTL no WP, mas eu sinceramente fui ver uma vez e não gostei do site, prefiro o social, mas prometo ver essa questão, porém não deixarei de postar aqui, pois gosto mais do social, ainda mais por eu ter começado aqui.
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