1. Spirit Fanfics >
  2. Between Two Lines >
  3. Rafael

História Between Two Lines - Rafael


Escrita por: KatherineWaldor

Notas do Autor


Pessoinhas, andei um pouco ocupada e provavelmente continuarei ocupada, então tentei escrever o mais rápido possível esse capítulo, acabei terminando onde eu não iria terminar, mas de certa forma acabei em um momento interessante. Não achei o capítulo muito bom, mas farei de tudo para a próxima parte ser melhor.
Queria continuar agradecendo aos comentários, e a galera que está seguindo no twitter, tivemos um probleminha e tivemos e refazer a conta, mas com o mesmo user @betweentwolines.
Sejam bem vindos os nosso seguidores e vamos ao capítulo.
Qualquer erro, corrijo depois.

Capítulo 59 - Rafael


Fanfic / Fanfiction Between Two Lines - Rafael

POV LAUREN

Depois do ocorrido a senhora Pugliese foi embora, Camila e Priscilla foram para o quarto da Priscilla, Rodrigo, Rafa e eu ficamos na sala brincando com uma bolinha, chutando um para o outro.

Eu queria que o Rafa se acostumasse comigo, por isso pedi para o Rodrigo me deixar participar da brincadeira e pedi para que ele ficasse com a gente para o Rafa não estranha, o pequenino tinha apenas três anos, ainda estranhava ficar longo da avó ou da mãe, ainda mais com uma estranha, que no caso eu ainda era.

O pequenino tocou a bola para mim, mas não ficou parado, veio correndo em minha direção, na verdade ele sempre fazia isso, ele chutava a bola para qualquer lado e não esperava, ia atrás dela, o que achei uma graça. Ele novamente tocou a bola para mim e eu a prendi com o pé, Rafa tentou tirar a bola, mas eu não deixei, então ele sentou no chão, cruzou suas pernas sobre a minha perna esquerda, a que me servia de apoio e abraçou a mesma, eu tentei andar, mas era quase impossível. Consegui tocar a bola para Rodrigo, mas o pequenino não me soltou, acabei caindo de leve no chão e comecei a fazer cosquinha nele, que por sua vez soltou rapidamente a minha perna, sem força de tanto rir.
 

POV CAMILA

Eu tinha carregado Priscilla para o seu quarto, eu queria conversar, queria entender, não apenas por curiosidade, mas para poder ajudá-la e percebi também, que de certa forma ela queria conversar, desabafar. Pri estava sempre rodeada de amigos homens, poucas eram as mulheres de sua idade, de repente era isso que ela precisava, alguém que pudesse ser do seu sexo e da sua idade, no meu caso, quase da sua idade, já que tínhamos mais ou menos quatro anos de diferença.

Estávamos sentadas em sua cama, com as pernas cruzadas, pernas de índio, uma de frente para a outra. Um silêncio tomava conta do ambiente, Pri estava com a cabeça baixa, mexia em um anel em sua mão, a mesma mão que eu tomei entre as minhas e comecei um carinho leve. Eu não sabia bem como começar, eu não sabia bem se era eu quem precisava começar. Suspirei, fitei seu rosto que continuava abaixado e não precisei dizer nada, ela teve o seu momento.

- Eu tinha dezessete anos quando conheci o Thiago, a gente se conheceu no projac, fazíamos uma novela juntos. Em poucas semanas viramos o casal teen do momento, eu nunca vi tanto paparazzi no Brasil. Aqui não é igual lá fora, sabe? Aqui quase não tem essas coisas, mas acho que por Thiago e eu sermos reservados, qualquer flagra daria uma ótima fortuna. Tudo porque éramos o casal do momento.

Olhei para a menina que naquela hora me olhava, seus olhos brilhavam, em seu rosto um sorriso bobo, mostrando que ela gostava realmente do tal Thiago. Acariciei sua coxa de leve e voltei a segurar a sua mão, ela passou a língua sobre os lábios e continuou.

- Quando o Rafinha nasceu, o Thiago decidiu que nossa atenção em não aparecer na mídia seria maior ainda, então existia uma super proteção da parte dele, eu cheguei a concorda, sabe? Mas depois o Thiago ficou obcecado com isso, ninguém podia tirar foto do Rafa, nem mesmo nossos amigos. Ai um dia...

Priscilla deu uma pausa, seus olhos rapidamente se encheram de lágrimas, como se estivesse lembrando de uma cena ruim, seus lábios se afastaram a procura de ar. Uma vontade forte de abraçá-la bateu em meu peito, eu até hesitei ir, mas antes que eu me aproximar, ela suspirou e continuou.

- O Rafinha estava completando dois anos, foi uma grande festa, choveu paparazzi no local. Thiago decidiu entrar pelos fundos, o que deu certo, mas na hora de sair... - Lágrimas escorriam pelo seu rosto sem pudor algum, seu olhar para baixo como se estivesse lembrando de toda a cena. - Na saída estava tudo tomada por repórteres, paparazzi, a impressa toda tinha descoberto a outra saída. Thiago ficou furioso com um fotografo que havia conseguido tirar foto do Rafa, eu tentei acamá-lo, mas ele só dizia para eu entrar no carro e foi o que eu fiz.

Ela deu uma pausa, passou os dedos próximos aos olhos, limpando suas lágrimas, forçou um sorriso, suspirou, voltou a olhar para baixo, ficou um pouco em silêncio, mordeu o lábio inferior e continuou.

- Eu estava no banco de trás com o Rafa. O Thiago entrou furioso no carro sem dizer nada e deu partida, ele bufava com raiva, estava em alta velocidade... Um carro deu uma fechada nele, mas ele conseguiu desviar. Eram um dos paparazzi. Thiago ficou furioso e começou a buzinar e xingar o homem, Rafa começou a chorar na cadeirinha, eu só conseguia pedir por calma, mas ele parecia não me ouvir, continuou xingando o paparazzi e só aumentou a velocidade. De repente um clarão tomou conta do nosso campo de visão, não sei ao certo se era um carro, um caminhão, eu nem se quer sei se estávamos na contra mão ou se era o outro veículo, só sei que ele perdeu o controle do carro. - Ela deu uma pausa para uma suspirada pesada. - Por um milagre de Deus, Rafa e eu sobrevivemos, mas...

Pri fechou os olhos deixando uma lágrima solitária escorrer pelo seu rosto, mordeu o lábio inferior com força. Se ela continuasse assim com certeza iria sangrar. Apertei sua mão com força em uma tentativa de mostrá-la que eu estava ali.

- Mas o Thiago não resistiu.

- Eu...

Eu ia falar, não sei o que, mas eu precisava falar, falar alguma coisa que a confortasse, mas ai o pequenino entrou no quarto segurando com a mão direita o seu cobertorzinho que arrastava no chão, na boca a sua chupeta e com a mão esquerda ele coçava os olhinhos. Rafa caminhou até a cama, onde subiu e deitou ao lado de sua mãe.

- Acho que alguém está com sono. - Sorri para o pequenino.

- Ele está cansadão, brigou bastante comigo e com o Rodrigo. - Lauren também entrou no carro.

- Imagino. - Pri olhou para o filho sorrindo para logo fitar a minha namorada. - Obrigada, Lauren.

- Que nada, é um prazer tem a companhia desse manézinho. - Os olhinhos da minha namorada brilhava admirando o pequenino.

- É, acho que também estou cansada. - Me levante e fui até a minha namorada, a abracei e dei um beijo em seu pescoço. - Vamos? - A encarei.

- Vamos sim. - Recebi um selinho. - Boa noite, Pri. - Lauren sorriu.

Pela primeira vez minha namorada havia chamado Priscilla daquela forma - ela não tinha ido com a cara da morena, mas acho que acabou aprendendo a gostar. Estávamos já de costas quase saindo do quarto quando a morena me chamou.

- Mila? - Me virei para fitá-la. - Obrigada!

- Imagina, sempre que precisar vou estar aqui. Obrigada por confiar em mim. - Dei uma piscada recebendo um sorriso, para logo depois sairmos.
 

[...]

Já estava bem de manhã, fiz tudo que eu sempre fazia pela manhã, tomei banho, higiene matinal, café da manhã e estava só esperando Pri e Rodrigo para irmos trabalhar, era bem de manhã mesmo, sabe? O sol nem havia saído. Com a viagem deles para as convenções, precisávamos adiantar as gravações e quanto mais cedo começar era melhor.

Pri saiu do quarto com Rafa no colo, ela deu um último beijo em seu filho, disse pela milésima vez que o amava e quanto iria sentir sua falta. Pri via seu filho duas vezes na semana, ela sumia toda quarta e domingo e eu nunca sabia o que ela fazia, ela nunca foi de dizer, mas ali estava explicado seus sumiços, ela ia para a casa da mãe ficar com seu filho.

Peguei Rafa de seu colo, fui até o meu quarto onde Lauren ainda dormia de bruços, usava apenas uma camiseta e uma calcinha box, por conta do calor que era no Rio de Janeiro. Coloquei Rafa em seu lado, Lauren abri os olhos toda manhosa deixando um sorriso escapar, mas logo voltou a fechar os olhos. Coloquei alguns travesseiros em volta do pequenino que não largava seu cobertorzinho e quando me afastei me deparei com a cena mais linda, o pequeno virou de lado se aconchegando nos braços de Lauren que o envolvia em um abraço de proteção.
 

[...]

POV LAUREN

Acordei sentindo um calorzinho humano próximo ao meu corpo, acordei com um menininho que não parava de se mexer na cama, ele me olhava atencioso, voltei a fechar os olhos com um sorriso no rosto e senti sua pequena mãozinha mexer no meu rosto, o barulho da sucção na sua chupeta me fez sorrir mais ainda. O abracei com mais força trazendo-o para perto, senti seu dedinho cutucando meu rosto.

- Tia Lou, voxê tá me esmagandu. Tá apetadu. - Sua vozinha enrolada me fez rir. 

- Me deixe dormi um pouquinho mais, agarradinha com você. - Usei do meu espanhol para me comunicar com o pequeno.

- Que? - Ele continuou catucando o meu rosto.

Aquilo séria um pouco difícil. Me comunicar com o Rodrigo e com a Priscilla era mais fácil, pois eles entendiam o espanhol, então era só eu usar da língua que eu conhecia bem, mas com o Rafa ia ser diferente, o pequeno mal entendia o português ainda mais espanhol. Eu teria um trabalho maior pela frente, teria que conhecer o famoso portuñol.

Abri os olhos fitando o menino que me olhava atencioso, dei um beijo em sua testa, sentei na cama e em um choque de surpresa o pequeno se pendurou em minhas costas, envolvendo seus bracinhos em meu pescoço, quase perdi o equilíbrio caindo por cima dele, mas consegui me segurar na cama.

- Ah, quer brincar de cavalinho? - Ele assentiu com a cabeça encostando o queixo em meu ombro direito. - Então esse cavalinho vai começar com um bom banho.

Não sei bem se ele entendeu, mas eu estava fazendo o máximo para tentar algo em português. Me levantei com Rafa pendurado em minhas costas, segurei com cuidado em seus costas, quase me contorcendo, fui andando em direção ao banheiro e o coloquei em cima do vaso sanitário, ele custou me soltar, mas com um pouco de cosquinha consegui me livrar de seus bracinhos.

- Que vai tomar banho para ficar cheirozinho?

Fitei o pequenino na minha frente que continuava com sua chupeta e seu inseparável cobertorzinho em mão. Com o dedinho indicador Rafa apontou para mim, sorrindo atrás da chupeta.

- Ah, eu que vou tomar banho? - Perguntei sorrindo. O pequenino apenas assentiu com a cabeça morrendo de rir. - Negativo mocinho, você quem vai tomar banho primeiro.

Fui em direção ao pequenino para tirar a sua roupa, mas fui impedida. Rafa começou a se sacudir morrendo de rir, me fazendo afastar para ver a ceninha. Acabei me pegando rindo e fazendo o pequeno rir mais ainda. Depois de muito tentar consegui tirar sua roupa e fazer com que ele deixasse o cobertorzinho e a chupeta por alguns minutos para finalmente tomar banho.

Assim que terminei, coloquei o pequenino de novo na cama, liguei a televisão em algum canal de desenho e dei o que ele tanto me pedia, a chupeta e seu cobertorzinho, aproveitei o momento e tomei um banho rápido.

Após o banho me certifiquei que o Rafa estava bem, continuava quietinho vendo desenho. Fui em direção a cozinha e preparei dois achocolatados e dois pães, separei também duas maçãs.

- RAFA? - Berrei da copa. Não demorou muito para o pequeno vir correndo, ainda segurando seu cobertorzinho e sua chupeta. - Está com fome?

- Que? - O pequeno coçou a cabeça e me olhou franzindo as sobrancelhas. Acabei rindo com a situação.

- Fome? Está com fome? Quer comer? - Com um gesto de abrir e fechar as mãos em direção a boca perguntei novamente.

O pequeno sorriu, deixou o cobertor em uma das cadeiras e com um pouco de dificuldade subiu na outra, deixando a chupeta em sua frente na mesa, sorri e sentei ao seu lado.

- Tia Lou? - Sua vozinha de bebê me fez sorrir.

- Oi? - Perguntei colocando o seu achocolatado em um copinho com tampa de bico.

- Pu que voxê fala englaçadu? - Acabei rindo com sua pergunta.

- Porque a tia Lou não é daqui. Eu moro nos Estados Unidos.

- É longi? - Ele perguntou colocando o copinho na boca.

- Muito! - Sorri dando a primeira mordida no pão.

- E pu que voxê veio pla cá? - O pequeno soltou o copo para pegar a maçã e dar sua primeira mordida com dificuldade.

- A tia Lou estava dodói, ai ela veio para cá para a tia Mila cuidar dela.

O pequenino me olhou curioso, mas depois disso não disse mais nada, apenas tomou seu café da manhã sem parar de se mexer, parecia que tinham mil formigas em sua cadeira, achei até graça.

Depois do café da manhã, escovamos os dentes, Rafa deitou no sofá para assistir desenho enquanto eu tirava a mesa, o que não demorou muito, logo depois o chamei e juntos saímos do apartamento.
 

Estávamos no parquinho, ou talvez um playground do condomínio, na área externa. Os brinquedos ficavam em um grande círculo de areia e em volta um gramado verde claro baixinho, não sei explicar bem como era o parquinho, mas era enorme, uma especie de castelinho grande, acho que posso dizer assim. Nesse castelinho tinham varias entradas, algumas escadas e uns três escorregas, cada um de um tamanho diferente, alguns balanços embutidos no mesmo castelo, era tudo junto o que dava um ar legal.

Rafa tirou os chinelos e saiu correndo, eu até tentei gritar, mas ele não se importou. Agachei pegando o chinelo e fui em sua direção dando um pequeno pique para chegar mais próxima a ele. Fiquei atrás dele com medo que caísse, coloquei a mão em suas costas enquanto ele subia as escadas, mas não deu muito certo, porque o pequenino reclamou, cheguei para trás rindo e fiquei apenas o observando.

Uma criança passou correndo por mim, esbarrando em minha perna, o que me fez cambalear para o lado, me segurei no brinquedo para que não caísse, senti uma mão apoiar a minha cintura, me segurando.

- Desculpa, minha irmãzinha não é mole. - O jovem sorriu, tratei de me afastar e senti sua mão sair do meu corpo.

- Imagina, está tudo bem! - Voltei a fitar o Rafa, que naquele momento estava brincando com algumas crianças, correndo para um lado e para o outro.

- Seu filho?

- Ah? - O fitei surpresa.

- O pequeno de cabelo enroladinho.

- Ah, sim. Não.

- Eu vi sua preocupação com ele, você daria uma boa mãe. - Ele me olhava sorrindo, seu olhar me comia.

- Obrigada. - Me afastei do jovem sem dizer mais nada e fui em direção ao Rafa. - Ei, Rafa.

- Oi, tia Lou.

- Acho que está na hora de irmos.

- Só mais um pouquinho. - Ele fez biquinho e eu apenas assenti.

Me virei para procurar um lugar para sentar, mas me deparei com o jovem que não parava de me olhar de longe, virei para o outro lado e vi duas meninas conversando empolgadas olhando em minha direção, ignorei os dois fatos em fui em direção as meninas, sentando em um banco bem a frente delas.

"- Lauren Jauregui." - Escutei uma voz me chamar me fazendo virar para trás rapidamente.

- Oi? - As duas meninas agora estavam bem perto.

- Eu não acredito que é você. - A jovem ruiva estava com as mãos no meio dos seios.

- Meu Deus, é você mesma. - A loira estava com os olhos cheios de lágrimas.

- Olá, meninas. - Me levantei e dei um beijo em cada uma, em uma forma de cumprimento.

- Será que a gente pode tirar uma foto? - A ruiva perguntou.

Atendi de forma atenciosa cada uma delas que depois de se afastarem de mim, começaram a chorar, o que de certa forma eu ainda não estava acostumada. No Brasil o pessoal era bem caloroso e na maioria das vezes tudo terminava em lágrimas, não lágrimas tristes, mais lágrimas de felicidade.
 

Depois do parquinho leve o pequenino para almoçar, foi até engraçado, porque o menino estava começando a aprender a comer sozinho, então ele não me deixava ajudá-lo, mas também não conseguia comer direito. Eu acabava rindo da sua tentativa falha de levar a comida da colher até a boca. Durante o nosso almoço, recebemos uma ligação de Priscilla querendo saber como o pequenino estava, disse que estava tudo bem e passei o celular para o Rafa, seus olhinhos brilhavam só de falar com sua mãe, achei a cena linda e me permiti admirá-lo enquanto falava com sua mãe.
 

[...]

A tarde estava chegando, o sol estava indo embora. Decidimos dar um passeio pela praia antes de irmos para o condomínio. Fomos a praia que ficava ali em frente mesmo, não estaria com Camila, então não ligava para as fotos que poderiam sair. Priscilla tinha me permitido sair com Rafa e me disse para que se tivesse algum paparazzi para não me importa, ela não ligava mais para esse assédio, na hora eu não entendi nada, mas depois Camila me contou o que aconteceu.

Eu estava dessa vez quietinha sentada na cama, Rafa corria até a beirinha do mar e quando vinha uma onda, ele saía correndo, fugindo da água que as vezes pegava em seu pézinho, o que fazia-o cair na gargalhada. Passei meu dedo indicador na areia e comecei um desenho que nem mesmo eu sabia o que era. Um labrador de tamanho médio da cor caramelo passou correndo para pegar uma bolinha vermelha, mas o cão foi enganado por Rafa que pegou primeiro que ele, o cachorro continuo correndo e sem querer derrubou o pequeno no chão que acabou morrendo de rir, me levantei assustada e corri atrás dos dois. O labrador dava lambidas no rostinho de Rafa que tentava se livrar com suas mãozinhas sem parar de rir.

"- RALF -"

Escutei uma voz feminina berrar, fazendo com que o labrador se afastasse de Rafa e corresse para sua dona, uma bela dona, ela era alta, loira, seus cabelos eram lisos e grandes, seu corpo perfeitamente estruturado, devia ter por volta de vinte e poucos anos.

- Me desculpe. - Ela se abaixou próxima do Rafa que agora estava sentado sorrindo com a bolinha vermelha em mãos.

- Imagina! A culpa foi desse mané aqui que pegou a bolinha do Ralf. - Fiz carinho no cachorro que estava entre a mulher e eu.

Rafa jogou a bolinha vermelha e o labrador saiu correndo para buscá-la. Sentei aonde estava mesmo e percebi a mulher sentar ao meu lado.

- Beatriz. - A loira estendeu a mão em minha direção, fitei a sua mão e sorri.

- Lauren. - Apertei com delicadeza e sorri para ela, fitando pela primeira vez os seus olhos azuis.

- Eu vou indo, está ficando tarde e preciso por o campeão para tomar banho. - Me levantei e bati um pouco as mãos na minha roupa para tirar a areia.

- A gente se esbarra por ai. - A loira deu uma piscada e eu apenas sorri.

Caminhei em direção ao Rafa, pegando-o no colo com muito custo, porque o baixinho não queria mesmo soltar a bolinha vermelha para o labrador que voltou a lambê-lo. Atravessamos a rua e já estávamos próximos ao condomínio, passei cumprimentando os porteiros que já me conheciam.
 

Estava com Rafa na banheira, pronta para dar banho no pequenino, peguei um patinho de plástico e dei para o pequenino que estava sentado no enorme banheira branca e retangular. Me sentei na escadinha que antecedia a banheira e comecei a banhá-lo. O pequeno estava distraído com o patinho.

- Rafa, espera um minuto, vou só pegar seu shampoo que está dentro do box.

O baixinho apenas assentiu com a cabeça, me levantei e fui em direção ao box dando as costas para ele, peguei o shampoo e quando me virei de frente me deparei com a cena mais engraçada, o baixinho estava girando as torneiras  fazendo com que a banheira se enchesse rapidamente e começasse a alagar o banheiro, misturando com a espuma do sabonete líquido que ele passou a derramar.

- RAFAEL. - Berrei tentando correr até ele, mas acabei escorregando e caindo de bunda, o que o fez rir mais ainda. Não aguentei e ri junto. - EU VOU TE PEGAR SEU PIMENTINHA. - Gritei tentando me levantar.

- Não vai nada, tia Lou.

Com muita dificuldade consegui desligar tudo. Balancei a cabeça negativamente pensando no estrago que ele tinha feito, fitei o pequenino que me olhava com uma cara de menino sapeca assustado.
 

POV CAMILA

E depois de um longo dia de trabalho estávamos de volta a nossa casa, quer dizer, mais ou menos, Rodrigo estava esperando Priscilla na portaria, que resolveu subir rapidinho só para dar um beijinho de despedida em Rafa, antes de ir para São Paulo, o primeiro estado que eles dois fariam a convenção.

Passamos pela sala e estava um silêncio absurdo, caminhamos juntas em direção ao meu quarto e nos deparamos com a cena mais linda, Lauren e Rafa estavam deitados abraçados, dormindo feito dos anjinhos, Rafa com sua inseparável chupeta e seu cobertorzinho.

Pri sentou na cama, se aproximou do filho, deu um beijo demorado em sua cabecinha e ficou velando por seu sono durante alguns minutos, sorri admirando a cena. A morena me deu dois beijos na bochecha, conforme costumavam fazer no Rio de Janeiro e com muita dificuldade se despediu de seu filho.

Aproveitei que estavam todos dormindo e que os dois já tinham ido, fui tomar banho, me deparando com uma banheira e um chão cheio de espumas, podia imaginar o que havia acontecido ali, mas tentei ignorar e tomei um banho no box. Maria teria um grande trabalho.

Vesti meu babydoll de seda, dei a volta na cama e deitei no espaço livre, deitei virada de lado para os dois, encostei o cotovelo esquerdo na cama e apoiei minha cabeça em minha mão esquerda. Fiz um carinho de leve na cabecinha do pequenino, admirei os dois por alguns minutos, curvei meu corpo para frente e depositei um selinho nos lábios de minha namorada que resmugou por conta do meu cabelo que caiu em seu rosto. Sorri e me juntei a eles.
 

[...]

Minha boca abriu em um enorme bocejo, levei meus braços a cima da cabeça e me espreguicei, cocei meus olhos e com muita dificuldade os abri, olhei para o lado da cama e percebi o pequeno Rafa assistindo desenho e a falta da minha namorada.

Me levantei, fui até o banheiro e fiz minha higiene matinal. Passei pelo quarto novamente, conferi o pequeno que continuava atento ao desenho, ganhei o corredor e logo depois a sala, escutei um barulho de algo batendo, continuei caminhando estranhando a situação e me deparei com a minha linda namorada de costas esticando uma massa em cima da bancada da cozinha americana, caminhei com calma para que ela não percebesse minha presença e a abracei por trás, afastei seu cabelo e depositei um beijinho na curva do seu pescoço, fazendo-a se arrepiar.

- Que forma ótima de receber bom dia. - Lauren se virou ficando de frente para mim.

- Posso fazer isso todos os dias se você quiser. - A abracei com mais força, forçando seu corpo contra o meu, apoiando-o na bancada.

- Adorei a ideia.

Lauren levou suas duas mãos sujas de farinha em direção ao meu pescoço, pensei em evitar, mas eu não iria resistir ao que ela queria fazer. Senti seus lábios tocarem nos meus, com delicadeza ela depositou vários selinhos, fechei meus olhos para logo aprofundar o beijo, que não foi tão profundo por conta de uma vozinha que invadiu a cozinha fazendo com que a gente se separasse rapidamente.

- Tia Lou, o desenho acabou. - Rafa segurava o seu cobertorzinho que arrastava no chão, a chupeta em sua mão logo voltou para sua boca assim que acabou de falar.

- Sabe o que a tia Lou está fazendo para você? - Lauren pegou o pequeno no colo e eu apenas os admirei. O pequenino negou com a cabeça. - Pizza!

- EBA! - Rafa abraçou Lauren envolvendo seu pescoço com os bracinhos dele.

- Enquanto a pizza não fica pronta, que tal um suco de laranja?

Peguei a jarra que estava em cima da bancada, depositei em um copo de plástico e fui em direção aos dois. Levei o copo em direção a boca do pequeno e o virei para que ele bebesse, mas acho que não deu muito certo, pois o pequeno começou a tossir espalhando o líquido para tudo quanto é lado e para piorar ele foi levantar as mãos e fez com que o copo caísse sobre mim.

- Rafa! - O repreendi.

O pequeno mesmo sem parar de tossir começou a rir de forma incansável.

- Camz, a culpa foi sua. - Olhei de forma indignada para a minha namorada que me olhava sorrindo. - Primeiro por não ter colocado no copinho dele, segundo por quase matar o menino afogado. Você é muito estabanada.

- Ah, agora eu sou estabanada? - Encarei-os estreitando os olhos.

- XIM! - Rafa gritou. Peguei o saco de farinha e afoguei minha mão nele.

- Vocês vão ver que é a estabanada agora.

- Camz, não! Camz. - Lolo colocou Rafa no chão que saiu correndo para atrás da porta.

Dei um sorriso de lado para minha namorada e taquei uma boa quantidade de farinha em seu rosto, Lauren com rapidez passou a mão no rosto e me olhou séria.

- Você vai me pagar, Camila. - Lauren pegou um ovo que estava em cima da mesa.

- Lauren Jauregui, ovo não.

- Ovo, xim! - Rafael apareceu do lado de Lauren rindo.

O pequenino pegou um outro ovo e tacou em mim, mas consegui me desviar, dei careta para ele, mas logo senti uma coisa bem gosmenta escorregando pela minha cabeça, olhei para o lado e lá estava minha namorada rindo com a mão toda suja.

Ah, Lauren. Eu havia dito que ovo, não. Fiquei uma fera, peguei um ovo e taquei, mas ela desviou, olhei para o pequeno que estava com outro ovo em mão e sorri para que ele tacasse em Lauren, mas logo senti o treco gosmento em minha perna. Os dois bateram as mãos e começaram a rir.

Ali eles haviam declarado uma aliança, mas eu não estava nem ai, os dois iriam me pagar. E quem disse que haviaria pizza aquela manhã? Farinha para lá, ovo para cá, usamos todos os ingredientes em uma boa guerra de comida.
 

[...]

POV LAUREN

Depois do ocorrido na cozinha, Camz foi tomar banho para ir trabalhar e Rafa e eu fomos arrumar a cozinha, tudo bem que Maria arrumaria quando nós saíssemos, mas era chato deixar aquilo tudo ali. Na verdade o pequeno bagunçou mais do que me ajudou, mas ele estava tentando coitado. Depois foi a nossa vez de tomar banho.

 

O sol estava bom no Rio de Janeiro, não estava nem tão quente e também não estava frio, estava um tempo gostoso, um bom tempo para um banho de piscina, que era exatamente o que Rafa e eu estávamos fazendo.

Eu estava deitada na espreguiçadeira, observando Rafa brincar na piscina rasa com algumas crianças. A Piscina não estava muito cheia, era dia de semana, tinham umas duas crianças brincando com Rafa, um homem nadando sem parar na piscina maior/ funda e duas mulheres conversando próximas a piscina menor/ rasa. Olhei para o lado e me deparei com um lindo corpo, sua pele morena por conta do sol, na verdade era quase um vermelho, não sei bem a cor, suas pernas turbinadas, seu bumbum perfeitamente empinado, sua barriga lisa, seus seios de volumes agradáveis e seu rosto... Pera! Ela era a loira de olhos azuis que havíamos esbarrado na praia.

Neguei com a cabeça e voltei a olhar para o Rafa na piscina rasa, mas para o meu azar o pequenino não estava ali, me sentei rapidamente olhando para os lados a procura do baixinho, balancei a cabeça umas duas vezes até encontrá-lo perto da piscina grande, onde ele logo tratou de pular.

Meus olhos lentamente acompanharam sua movimentação, uma piscada lenta tomou conta do meu olhar, meu coração começou a bater errado, minhas mãos suaram, meus lábios se separaram, não apenas a procura de ar, mas soltando um grito que estava agarrado em minha garganta.

- RAFA!


Notas Finais


Aí, fiquei com o coração na mão agora!

Queria pedir o apoio de vocês para ler a FANFIC do meu amigo, Marcos. Tenho certeza que vão amar : https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-merlin-all-magic-3535883

Twitter: @betweentwolines
Grupo no whats: Procurar por Marcos... 04 896 293 856 - Ficou separado assim para não bloquear.
DOS HOGARES (Fanfic Camren de Suspense e Drama): https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-demi-lovato-dos-hogares-3960181
Twitter da Produtora que produzirá o nosso curta-metragem: @pontoacaoprod


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...