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História Between Two Lines - Minha Garota Da Disney


Escrita por: KatherineWaldor

Notas do Autor


Pessoinhas, como estão?
Hoje nem estou para muita conversa, só gostaria de agradecer a todos pelos comentários, favoritos e etc...

Espero que gostem... Qualquer erro corrijo depois.

Capítulo 71 - Minha Garota Da Disney


Fanfic / Fanfiction Between Two Lines - Minha Garota Da Disney

POV CAMILA

- Não vim aqui apenas para reproduzir uma cena de um dos seus filmes favoritos. Eu vim aqui porque eu quero... - Lauren deu uma pausa, olhou para o lado pegando uma caixinha preta que estava dentro de um vaso de planta. Era incrível como ela planejou tudo perfeitamente para que parássemos exatamente naquele local. - Quero te dizer uma coisa. Hoje a gente faz três meses de namoro, Camz e eu não posso mais ficar longe de você. - Ela abriu a caixinha e ali dentro haviam dois anéis quase iguaizinhos, ambos de ouro branco, a diferença é que um tinha metade de coração da cor dourada e o outro com a outra parte do coração da cor cinza escuro, quase preto. - Camila Cabello, aceita voltar a ser minha namorada?

- Lauren...  - A chamei de forma inútil, colocando a mão em seus ombros em uma tentativa de levantá-la

- Eu sei que não sou a melhor pessoa do mundo, sei também que eu vacilei muito com você... - Lauren parecia que tinha engolido um rádio, não parava de falar.

- Lauren, eu aceito. - Tentei.

- Mas por favor, me entenda, tudo isso é novo para mim, eu nunca me apeguei tanto a uma pessoa assim... Eu já sofri tanto na minha vida que tive esse bloqueio... - Ela fitava o chão enquanto falava, me ajoelhei a sua frente, ficando do seu tamanho.

- Lolo, eu quero ser sua namorada. - Tentei novamente com um sorriso enorme no rosto.

- Por favor, Camz. Pelo menos diz que vai... - Lauren para de falar e me fita, seus olhos estavam arregalados, como se estivesse sendo surpreendida. - Como é que é? Você disse que... - Lauren travou.

- Eu disse que aceito, eu disse que quero ser sua namorada novamente. Que por mais que tenha sido ótimo esse tempo para você e para mim também, para refletirmos por tudo que passamos, eu não posso ficar mais nem um segundo longe de você, do seu cheiro, do seu toque. - Segurei seu rosto e acariciei com os dois polegares. - Hoje posso dizer que estou amando, que sei o que é amar. Só você despertou isso em mim, Lauren. Não quero nunca mais ter que passar tanto tempo sem você. Brigas nós teremos muitas, brigas pelas quais iremos aprender muitas coisas, mas a cima de tudo existe nosso amor, e ele com toda a certeza do mundo é maior que qualquer ciúme, qualquer briga, qualquer desentendimento. Eu te amo, princesa. - Os olhos de Lauren já estavam banhados em lágrimas. Confesso que os meus não estavam tão diferentes.

- Camz, - Ela segurou meu rosto com suas delicadas mãos e depositou um selinho em meus lábios. Abaixei minha mão e as levei em sua cintura. - Eu... - Mais um selinho. - Te... - Mais um. - Amo. - Outro. - Muito... Muito... Muito. - Ela repetiu diversas vezes enquanto me enchia de selinho.

Acabei sorrindo com o amor que transbordava. Era tão gostoso ter Lauren daquele jeito comigo, tão carinhosa, tão entregue, tão ela. Não aquela Jauregui durona que intimidava só de passar perto de você, mas sim a Lolo que só eu conhecia, que só a mim importava. A minha princesa.

Ela meu a caixinha, colocou o anel com o coração mais escuro em meu anelar direito, peguei o outro anel com  a parte do coração na cor branca e coloquei também em seu anelar direito, Lauren voltou a me encher de selinhos. Senti meu corpo ser deitado no chão de uma forma rápida e dolorosa, acabei soltando um gemido. Lauren se afastou e me fitou preocupada, ela ia abrir a boca para dizer algo, mas a puxei pela nunca e voltei a beijá-la, sutilmente deitou seu corpo sobre o meu. Minha mão acariciava sua nuca enquanto meus lábios maltratavam os dela, como na maioria das vezes, minha língua comandava a dela. As mãos bobas de Lauren tomavam conta de minha cintura. Apertavam... Acariciavam... Arranhavam... Com delicadeza, ela foi subindo minha camisa, fazendo todo meu corpo se arrepiar, senti o vento bater em meus seios quase expostos, se não fosse pelo sutiã e por parte da camisa que ainda os cobriam.

- Lolo... - Falei por um fio. - Estamos no colégio, alguém pode nos ver. - Suspendi o pescoço quando senti que ela começou a beijá-lo.

- Só mais um pouquinho. - Sua voz saía abafada na curva de meu pescoço. Aonde logo uma mordida leve foi dada.

- Ah. - Soltei um gemido misto de dor e prazer. - V-vamos... para minha c-casa. - Gaguejei quando seus lábios chegaram em meu ouvido.

- Só mais um pouquinho. - Lauren repetiu de forma decorada, enquanto dava uma chupada o lóbulo da minha orelha para logo descer sua língua por meu pescoço.

- A casa está vazia... - Segurei sua mão que ainda teimava em tirar minha camisa. Lauren pela primeira vez me fitou.

- Vazia? - Ela deixou escapar um sorriso cafajeste.

 

[...]

POV LAUREN

Resolvemos, ou melhor, eu resolvi que Camz dirigiria dessa vez, pois minhas mãos estavam bem ocupadas acariciando suas coxas, enquanto meus lábios tratavam de arrepiar toda a curva de seu pescoço, as vezes eu levava alguns tapinhas de Camz que questionava o fato de estar dirigindo e de estarmos em um local público, mas o carro tinha isulfilm e ninguém poderia nos ver... E vamos lá, né? A saudade era grande, não estava aguentando esperar, por mais que a casa de Camz fosse a duas quadras do colégio.

Quando ela abriu sua porta, eu já esperava do lado de fora, Camz acabou rindo com minha situação de necessidade e como se eu não estivesse ali, ela começou a caminhar em direção a porta. Ri indignada com o ato dela, mas logo corri em sua direção, a agarrando pela cintura, enquanto meus lábios faziam uma das coisas que eles mais gostavam: Beijar a curva de seu pescoço, fazendo-a se arrepiar de uma forma surreal.

Puta merda. Você tem noção do que é ter a mulher da sua vida se declarando para você? Mostrando que com todas as dificuldades vocês podem - sim - ficar juntas? De que o amor de vocês é maior que tudo nesse mundo? Você tem noção do que é estar ao lado de Camila Cabelo?

Ela parecia com dificuldade para abrir a porta, posso apostar que estamos ali a alguns minutos, sem exagero. Finalmente Camz conseguiu abri a porta, ela virou me dando espaço para entrar, o que não foi preciso, pois eu já estava dentro, bem atrás dela. Comecei a levantar sua camisa, ela levantou os braços me ajudando, joguei a peça em algum lugar que confesso não lembrar aonde. Ela se virou ficando de frente para mim, dessa vez segurei sua nuca e comecei a beijá-la. Camz deu alguns passos para atrás batendo as costas na porta que acabou se fechando com seu contato.

- Ai. - Ela gemeu com o contato. Me afastei e fitei-a.

- Te machuquei? - Perguntei preocupada.

- Não. 

Dessa vez foi a vez dela me puxar pela nunca e me beijar. A segurei pela cintura, a suspendi um pouco e comecei a girar com ela pela sala. Camz sorriu entre o beijo, a enchi de selinhos, colocando-a no chão, com rapidez caminhando em direção ao sofá, aonde a deitei, sem descolar meu corpo do dela. Desci meus lábios por seu pescoço, até chegar em seu colo. Camz passou suas mãos em minhas coxas, me fazendo gemer com tanta excitação. Ela foi levantando meu vestindo e quase tirou...

Quase... 

Porque...

"- CAMILA." - A voz menos esperada soou e logo depois o barulho da porta batendo.

Dei um pulo do sofá, com os olhos arregalados, abaixei o vestido e fitei o homem em minha frente que me fuzilava com o olhar, Camz levantou olhando para os lados, provavelmente a procura de sua camisa, mas como não encontrou desistiu e ficou do meu lado. Sutilmente - medrosamente, caminhei para atrás da morena.

- Papa, não é bem o que você estava pensando... - A minha namorada tentou explicar da forma mais clichê possível, mas os olhos de Alejandro estavam fixos a mim, senti minhas bochechas arderem, aposto que estavam vermelhas.

- Você não tem amor a vida, Jauregui. - A voz de Alejandro parecia aquelas de filme, quando o vilão está prestes a matar o mocinho.

- A gente nem estava fazendo nada demais. - Tentei me defender, o encarando por cima do ombro esquerdo de Camz, mas me arrependi, pois parecia que eu iria morrer só pelo seu olhar.

- Você estava em cima da minha filha, você estava ESMAGANDO a minha menina. - Ele deu ênfase na palavra esmagando.

- Desculpe. Prometo que dá próxima vez eu fico por baixo. - Dei um passo para o lado, ficando do lado dela.

- COMO É QUE É? - Alejandro estava quase soltando fumaça pelo nariz.

- Q-quer dizer... E-eu nunca fico por cima... - Gaguejei enquanto via os olhos do homem ficarem vermelhos. - N-ão, pera! E-eu...

- Eu vou cortar os seus dedos. - Alejandro deu um passo para frente.

- NÃO, OS DEDOS NÃO! - Camila gritou se colando entre nós. Alejandro olhou para ela com os olhos arregalados.

- Eu vou fingir que não ouvi isso. Minha filha é um anjo. Não é, senhor? - Ele olhou para o teto. - Me diga que minha filha é um anjo.

- Oh, e que anjo. - Soltei sem querer. O homem me fitou sério e logo meu sorriso malicioso saiu de meu rosto.

 

POV CAMILA

Eu juro que estava vendo a hora que meu pai fosse arrastar Lauren para fora de nossa casa. Tudo bem que a gente nem estava fazendo o que costumávamos fazer, mas acho que o que mais estava o tirando do sério era as besteiras que Lauren deixava escapar. E digamos que a minha indignação com os "dedos" o deixou um pouco menos controlado. Se é que pode dizer que eles estava se controlando.

Lolo me segurava pelos ombros atrás de mim, suca cabeça escondida em minha nunca, deixando sua respiração ofegante bater sobre meus cabelos, me dando um baita arrepio. Depois de um diálogo tenso, ela ficou ao meu lado, tentando se recompor. Papa não me olhava a nenhum momento, apenas a fuzilava, como se fosse preciso o contato visual com ela para a sobrevivência dele.

- Eu vou fingir que não ouvi isso, minha filha é um anjo. Não é senhor? - Papa fitou o teto a procura de uma resposta. - Me diga que minha filha é um anjo. - Ordenou mais do que pediu.

- Oh, e que anjo. - Lauren fez o comentários mais infeliz da noite. 

Seu sorriso malicioso se desfez assim que meu pai voltou a fuzilá-la. Parecia que ele a qualquer momento iria pular no pescoço da monera, que naquele momento já se escondia atrás de mim, como um filhote que se esconde em sua mãe.

- E-eu quis d-dizer... Q-que... É... - Ela tentava se corrigir enquanto olhava para o meu pai por cima de meus ombros.

- VAI EMBORA, JAUREGUI. - Papai apontou para a porta.

- Papa...

- VAI EMBORA AGORA, JAUREGUI. - Ele se quer me olhou.

- Acho melhor eu ir, amor. - Me virei para Lauren enquanto ela oscilava seu olhar entre meus olhos e os do meu pai.

Eu não disse nada, assenti com a cabeça, levei minhas mãos no rosto de Lauren, fiz uma carícia de leve e fui aproximando meu rosto do dela, para logo começar a beijá-la delicadamente, suas mãos apertaram minha cintura e colaram nosso corpo, logo nosso beijo aumentou a velocidade, se tornando mais urgente. 

Um gemido se fez presente, fazendo com que nossos corpos se afastassem. Papa segurava Lauren pela nuca, seu polegar e indicado apertava o local.

- PAPA! - Gritei desesperada, com medo que ele a machucasse, por mais que não parecesse estar doendo.

- Está tudo bem, está tudo bem. - Lauren tentou me acalmar enquanto fazia umas caretas de dor, eu acho.

- Eu disse para ela se cuidar. - Papa continuava a segurando pela nuca.

Ele abriu a porta, soltou Lauren e apontou para o lado de fora da casa. A morena me olhou com um bico no rosto, da mesma forma que eu fazia, forçou um sorriso, dei uma piscada para ela e logo meu pai sutilmente, ou não, a empurrou para fora e fechou a porta com força. Acabei fechando os olhos por conta do barulho.

 - Meus Deus. - Papa soltou assim que encostou na porta. Seu rosto estava completamente vermelho.

Me joguei no sofá bufando de raiva, olhei para ele que estava com as mãos acariciando as têmporas, em uma tentativa falha de se acalmar, pois para a nossa surpresa a campainha tocou fazendo-o dar um pulo para a frente. Ele me fitou sério antes de abrir a porta. E adivinha quem era? Ela.

- O que você quer? - Papa como sempre rude.

- Esqueci uma coisa. - Lauren pelo contrário parecia muito simpática.

A morena com um sorriso de orelha e orelha, veio em minha direção, me levantei rapidamente. Ela me girou, me deixando de costas para o meu pai, segurou meu rosto e me beijou. Sim, ela me beijou de forma provocativa, mordia os meus lábios sem pudor algum, seus olhos como os meus estavam abertos, atentos. Um sorriso mais que cafajeste tomava conta do seu rosto, acabei rindo junto com ela. De repente Lauren me afastou com cuidado - mas rápido, pelos meus ombros. Ela olhava sobre um deles com os olhos arregalados. Só então me virei dando de cara com um senhor Alejandro bufando e muito... muitooo... mais muito perto da gente. Lauren me roubou um selinho, se desvencilhou de meu pai e tomou o caminho da rua.

 

[...]

Depois dos momentos tensos e digamos que divertidos, recebi uma ligação de Dinah que não quis me dizer nada, pediu para que eu fosse em seu escritório para que nós pudéssemos conversar. E foi exatamente o que eu fiz. 

Sentei no sofá da sala de Dinah enquanto ela preparava um drink para ela, minha paciência estava se esgotando, eu estava muito curiosa para saber o que era essa tal urgência da Cheechee, cruzei os braços e fiz bico quando a vi pegar novamente a garrafa de whisky e depositar em seu copo.

- Então, Dinah Jane. O que temos para hoje? - Sorri enquanto Dinah sentava na poltrona em minha frente.

- Então, tenho uma novidade. - Ela deixou escapar um enorme sorriso.

- Conte-me. - Descruzei os braços e peguei o copo de suco que estava em cima da mesa de centro já que Dinah não me deixou escolher um drink.

- Estou indo para Londres.

- Como é que é? - Perguntei quase cuspindo o líquido que estava em minha boca.

- O negócio está se expandindo, Chancho. Vamos abrir uma filial em Londres. Estamos com alguns atores Ingleses, sendo um deles Emma Watson... - Não me contive e novamente quase cuspi o líquido novamente.

- Emma? Watson? - Passei as costas da minha mão direita tentando limpar a minha boca. - Meu Deus, eu a amava em Harry Potter.

- Exatamente, Chancho. Ela agora será sua colega de trabalho.

- Meu Deus, Cheechee, estou muito feliz por você. - Me levantei e me joguei em seu colo em um abraço.

- E tem mais uma que está com a gente que aposto que você vai amar.

- Quem? - Perguntei me sentando no braço do sofá.

- Ashley.

- Ashley? Minha Ashley? - Arregalei os olhos.

- Exatamente! Ashley Benson.

Me joguei novamente no colo de Dinah e comecei a enchê-la de beijos na bochecha. Eu estava tão orgulhosa dela, orgulhosa por vê-la crescer com tanta luta, orgulhosa de saber que Ashley estaria com a gente como sempre esteve, orgulhosa por saber que ela tinha uma grande estrela com ela, orgulhosa por saber de suas conquistas, mas senti meu coração apertar, senti um vazio estranho ao olhar para Dinah e ver que ela forçava um sorriso. Me levantei e sentei no sofá.

- O que foi, Cheechee?

- Tem um porém, Mila.

- Qual? - Franzi as sobrancelhas sentindo um arrepio percorrer pela minha pele.

- Eu vou ter que ficar no mínimo um ano em Londres.

- Como assim? 

- E estou indo hoje a noite!

- Hoje? Mas já está de noite! - Um pequeno silêncio se fez presente. Senti minha boca secar, um nó doentio em minha garganta. - D-dinah... E-e eu? - Levantei a cabeça ainda com medo de fitá-la.

- Digamos que tenho dois substitutos. Eles vão cuidar de alguns assessorados que temos aqui em Los Angeles, e um deles ficará com você. Mila, - Dinah se levantou, sentou ao meu lado e segurou minha mão com delicadeza. - Eu realmente preciso ir, preciso resolver isso, é uma oportunidade enorme.

- Entendo. - Forcei um sorriso e abaixei a cabeça.

- Eu quero que você escolha um dos dois para cuidar de você, mas isso não quer dizer que eu não falarei com você durante esse período, sempre que quiser poderá me ligar, eu estarei muito ocupada, mas sempre vou te responder, te atender, vou estar sempre a sua disposição.

- Então, não preciso deles, ué. - Levantei o rosto e fiz bico.

- Não é bem assim, Mila. Alguém precisa cuidar da sua carreira, eu vou estar longe, não poderei fazer isso, apenas irei te orientar quando for preciso. - Permaneci em silêncio. - Você pode escolher entre o Sean e o Ryan. Sean está começando, não tem muita experiência, mas posso garantir que ele cuidará bem de você, como eu. Já o Ryan é o magnata dos negócios, ele faz de tudo para conseguir o que quer e ele consegue, e essa solução pode ser um problema, ele é ganancioso, ele seria excelente para conseguir o papel para Disney, coisa que talvez Sean por não ter muito nome possa não conseguir, mas ele tem uma alma pura e cuidará de você como eu está acostumada.

- Eu quero o Ryan! - Falei de forma firme.

- Mila, você tem certeza disso? - Dinah me olhava preocupada.

- Dinah, eu cresci e sei me cuidar sozinha, agora preciso de alguém que vá saber cuidar da minha carreira. E atuar pela Disney é um sonho, é uma oportunidade única.

- Tudo bem! Eu confio em você. Marcarei um almoço com vocês dois para amanhã.

 

[...]

POV LAUREN

Camila estava em um misto de alegria e tristeza. Alegria por estar indo para um almoço/reunião que poderia definir um grande futuro para sua vida e tristeza por saber que ficaria no mínimo um ano longe de Dinah, logo ela que era como uma irmã mais velha para Camila, alguém que cuidava dela, não só profissionalmente, mas da vida pessoa também. Dinah era um anjo na vida de Camz.

Depois de tanto Camila insistir acabei aceitando almoçar com ela e com o tal de Ryan, não que eu não quisesse estar ao seu lado em um momento tão importante, mas achava que não tinha nada a ver eu ir no almoço deles, era coisa de trabalho, não é? Fiquei com medo dele deixar de falar algo por eu estar presente.

Estávamos cerca de vinte e sete minutos a espera do tal do Ryan Good no restaurante do meu pai - um pedido de Camila. Até que o mesmo rapaz que recebeu Camila da última vez, conduziu um jovem loiro de cabelos arrepiado, e razoavelmente alto se aproximou de nós. Camila se levantou nervosa e eu senti minhas pernas bambearem quando fiz o mesmo movimento.

- Camila Cabello? - Ele olhou para minha morena e sorriu.

- Ryan Good? 

- Exatamente. - Os dois trocaram dois beijinhos e assim que se separaram ele me fitou.

- Ah, essa daqui é Lauren Jauregui. - Camila apontou para mim. - Ela é minha... mi-minha... - Camila me fitou e eu dei um sorriso de lado. - Amiga.

- Como não reconhecer a senhorita Jauregui? Uma das estrelas do pop. - Ele sorriu e me cumprimentou.

Por um momento achei que fosse escutar namorada da boca de Camila, eu podia ver o quanto ela ficou nervosa e constrangida por ter que mentir, talvez eu tenha ficado decepcionada, ou talvez eu quisesse gritar aos quatro ventos o quanto estamos em um relacionamento sério, mas talvez fosse melhor deixar assim.

Dei um sorriso fraco assim que saímos do cumprimento. Um garçom se aproximou rapidamente e enquanto sentávamos fizemos os pedidos. Resolvemos primeiro comer e falar sobre a vida de Los Angeles. Até que foi divertido o almoço, Ryan parecia ser uma garoto bem bacana. Garoto. Quer dizer, um homem, mas é que ele era tão novo que parecia estranho o chamar de homem, senhor ou algo do tipo.

- Então... - Ryan tirou um ipad de sua bolsa e colocou em cima da mesa. - Camila Cabello, dezessete anos. Vamos começar por Little Liars.

- Perfeito! - Foi o que Camila conseguiu dizer, podia ver nitidamente que o nervosismo estava voltando.

- Você fez essa séria com Ashley, não foi?

- Sim! - A morena sorriu enquanto eu apenas os observava.

- Little Liars foi um sucesso enorme. Por que você não continuou? - Ele parou de olhar seu ipad e fitou a morena.

- Recebi algumas propostas atentadoras e uma delas foi fazer uma série digamos assim, no Brasil, o que era um sonho para mim.

- Entendo. Between Two Lines. Parece que você fez uma bela escolha, já que a série ganhou uma grande dimensão e hoje é produzida pelas duas maiores indústrias da tv e do cinema. A Globo e a Warner.

- É... Parece que sim. - Camila me olhou e deixou um sorriso escapar de seu rosto. Sorri de volta.

- Então digamos que você já tem um público considerável, nos Estados Unidos e no Brasil. O que é ótimo, pois as oportunidades estão aqui, em Los Angeles e o público que mais tem... Como eu poderia dizer? - Ryan olhou para o lado procurando por resposta. - Poder? Influência? Talvez os dois. Os brasileiros quando querem levar um ídolo a ganhar um prêmio você pode ter certeza que eles conseguem. E você já tendo o seu público lá fica mais fácil de ser tornar a queridinha.

- Ryan, eu só quero poder trabalhar, não preciso... - Camila ia tentar questionar, mas Ryan cortou.

- Camila, você está no mundo das celebridades, não basta ser uma ótima atriz para fazer o seu tão sonhado filme da Disney, eles precisam vender a bilheteria, precisam vender produtos do tal filme, se você não tem público, se você não é queridinha, não tem fama, a probabilidade de eles lotarem o cinema ou vender uma camiseta com o seu rosto é muito menor. 

- Isso quer dizer? - Pela primeira vez me intrometi. 

- Isso quer dizer que precisamos de uma bela jogada de marketing. Camila precisa se tornar a queridinha de todos, o jeito de se vestir, aparecer em alguns locais públicos com algumas celebridades, até mesmo com você, Jauregui, você tem bastante influência.

- Não acho que seja necessário usufruir da fama dos outros. - Camila disse meia sem jeito.

- Quando se começa, tudo é necessário, Camila. A não ser que você queira sempre estar fazendo uma pequena série, um filme para internet. - Ele deu uma pausa e se ajeitou na cadeira. - Camila, eu sei que pode parecer complicado, mas não é. Eu tenho certeza que você vai adorar tudo isso, não é como ter que ir a palestras, é como ir ao shopping com suas amigas, com Lauren, com Ashley. Não é como usar uma roupa brega, é fazer a sua marca, é escolher um estilo de roupa para você, uma forma de usar seu cabelo.

- Tudo bem! - Camila parecia insegura.

- Eu vou ser bem sincero com você. Sua bagagem é ótima, como eu disse você tem o público brasileiro, que é apaixonado, que vai levantar hastag para você, que vai votar para você ganhar um prêmio, eles farão maratona, ficarão dias sem dormir e você tem o curriculum brasileiro e na Warner, que já é um passo para a Disney, mas a concorrência é boa, é forte. Só que eu te garanto que com uma boa jogada de marketing e com você andando na linha, esse papel será seu. Você só precisa ser uma tipica garota da Disney. Sair com as amigas, não para encher a cara e ficar doidona, apenas sorrir para os paparazzi e ter a cara mais inocente do mundo.

- Isso é fácil para Camz. - Novamente me pronunciei, fazendo com que os dois me fitassem.

 

[...]

POV CAMILA

O almoço tinha sido tenso, mas ao mesmo tempo maravilhoso, eu não tinha gostado muito dessa ideia de marketing, até porque a última vez que ouvi uma proposta dessa deu um grande problema no meu relacionamento, mas me senti aliviada em saber que não era preciso um namoro de marketing.

Lolo e eu estávamos em seu carro e pela primeira vez as duas deixaram escapar um suspiro juntas, nos encaramos no mesmo momento e acabamos gargalhando. Lauren fez um carinho em meu rosto, se aproximou e depositou um selinho em meus lábios.

- Estou tão orgulhosa de você. - Lolo tinha aqueles olhos intensos novamente.

- Isso é tão bom, estou tão feliz. - Encostei a cabeça no encosto do banco.

- Queria tanto sair para comemorar com você. - Fitei Lauren no mesmo momento que tinha um bico lindo no rosto.

- E por que não saímos?

- Porque tenho compromisso! - Lauren forçou um sorriso.

- Compromisso? - O que ela queria dizer com aquilo?

- É. Digamos que tenho um encontro com uma jovem de cabelos castanhos, e precisarei conversar bastante com elas, enquanto fico deitada.

- COMO É QUE É? - Elevei automaticamente o volume da minha voz e Lauren caiu na gargalhada me tirando do sério. - Lauren, você está de sacanagem.

- Não, amor. É sério. - Ela tentou tocar em meu rosto, mas eu me afastei.

- Não me chame de amor. QUE PORRA É ESSA DE ENCONTRO?

- Calma, amor... - A interrompi furiosa, aquela enrolação estava me deixando louca.

- Não em chame de amor, CARALHO!

- Camz, calma.

- Calma, porra nenhuma. Me leva para casa AGORA.

- Sim, eu vou te levar, mas deixa eu te explicar. Meu encontro, na verdade é uma consulta com Keana, voltei a ter as sessões. 

Aposto que meu rosto estava corado, não mais pela raiva, mas sim por vergonha. Lauren estava falando da psicóloga dela, mas do jeito que ela falou, com certeza foi para me provocar. Acabei soltando um sorriso tímido e recebendo um selinho em meus lábios.

- Adoro quando você fica irritadinha, com ciúmes. - Lauren começou a beijar meu pescoço.

- Você me tira do sério. - Soltei quase em um gemido.

- Camz... Camz... Não faz assim se não deixo a consulta para outro dia. - Ela sussurrou abafado na curva de meu pescoço. Me afastei.

- Nada disso! A consulta é muito importante, eu até quero voltar a vê-la também.

- Opa, podemos ter um encontro a três então. - Lauren lançou um sorriso malicioso.

- COMO É QUE É? - Levantei a mão para dar um tapa em seu ombro, mas ela segurou meu pulso.

- Caminha, estou brincando. - Lauren levou minha mão até seu rosto e a encheu de beijos.

- Acho bom! - Sorri. - Podemos nos ver depois da consulta, o que acha?

- Não vai dar, pequena. - Ela começou a acariciar minha mão. - Tenho ensaio, os shows vão começar e ai já sabe como é.

- Tudo bem! Nós vemos no colégio.

E finalmente Lauren deu partida no carro a caminho de minha casa.

 

[...]

Eu costumava pedir para que os intervalos no colégio fossem o mais longo possível para eu aproveitar cada momento com Lauren, mas daquela vez eu estava rezando para que ele acabasse logo. Qual o motivo? Lauren Jauregui. Ela não havia aparecido, achei que estivesse aprontando de novo, mas como Keegan, nem Austin apareceram também, imaginei que estivessem fazendo algum trabalho, ou algo do tipo, já que eles eram da mesma sala.

Depois de um intervalo que parecia que os minutos não passavam e uma aula massacrante, alguém resolveu dar sinal de vida. Lauren me enviou uma mensagem falando que a senhorita Pieterse, ou melhor Bitchierse, não havia liberado ninguém, por algum motivo que eu não entendi, a morena ficou tão furiosa que disse que fugiu depois de saber que seu último professor havia faltado e ela daria a aula no lugar dele. 

E adivinha? Eu participei dessa fuga.

Estávamos as duas deitadas em cima de um edredom - que realmente não sei de onde ela tirou -, no terraço olhando para o céu que estava coberto por nuvens brancas que me lembravam algodão doce. Minha cabeça repousava no vão de seus seios, enquanto sua mão acariciava minhas costas.

- Estou tão feliz, Lolo.

- E eu estou mais ainda, sua felicidade é a minha, Camz!

- Clichê, Jauregui. Você já foi melhor.

- Você sabe que não sou boa com as palavras, prefiro as ações. - Suas mãos desceram até a minha bunda onde senti um apertão.

- L-lauren... - Gemi com sua ação. - Estamos no colégio.

Ela já havia me afastado de seu colo e fazia o que mais gostava, beijava o meu pescoço, seu corpo sutilmente sobre o meu, suas mãos habilidosas percorriam pelo meu corpo, apertando cada parte dele.

- Não me importo. - Sussurrou abafado.

- Lolo, preciso me comportar, pelo menos no colégio. Lembra o que o Ryan disse? E a gente já está matando aula, o que já não é digno de uma garota da Disney.

Nesse momento Lauren se afastou de mim, deitando ao meu lado e caindo em uma gargalhada. Olhei para o lado e eu podia ver lágrimas escorrerem pelo seu rosto por conta de suas risadas.

- Do que está rindo?

- Esse treco de garota da Disney. - Lauren me fitou ainda com os olhos cheios de lágrimas. - Imagina se eles soubessem o que essa garota faz quando está sozinha comigo. - Ela caiu na gargalhada. - Oh, Minha garota da Disney. - Ela fingiu um orgasmo.

- Lauren, você nem é louca. - A olhei séria.

- Ei, calma! Não vou dizer nada. Só achei engraçado.

- Pior que é... - Acabei sorrindo. - Isso tudo é uma loucura.

- É seu sonho, Camz. - Lauren virou de lado para mim. - Você vai realizar. E eu farei de tudo para te ajudar.

- Isso é tão importante para mim!

- Eu sei que é, e acredite, também é para mim, por isso quero estar ao seu lado quando você realizar, ou melhor, quero estar ao seu lado quando estiver correndo atrás dele e em todos os momentos, quero fazer parte de sua vida.

- Você já faz, Lolo. - Me aproximei para beijar seus lábios quando o sinal tocou. - É melhor eu ir.

- Droga! - Lauren bufou.

- Eu vou na frente para ninguém desconfiar. - Me levantei e a vi revirar os olhos. Sorri com a imagem.

Era tão bom estar ao lado de Lauren novamente, ela me transmitia uma confiança, ao seu lado parecia que tudo era possível, até as coisas difíceis se tornavam fácies, Lolo era meu porto seguro, meu ponto fraco.

Desci as escadas disfarçadamente, passei por alguns alunos que caminhavam apressadamente para algum lugar, ou melhor, para fora do colégio. Desci todas as escadas já ofegante, quando vi alguém que eu parecia conhecer bem, caminhei rapidamente para alcançá-la, mas ela acabou sumindo pela multidão, continuei caminhando rápido, olhando para os lados a sua procura. Não que ela não pudesse estar no meu colégio, mas era tão estranho vê-la ali. Será que teria acontecido alguma coisa? Eu só saberia disso se a encontrasse.

Eu já estava desistindo, por conta da minha respiração ofegante, já sentia aquela dorzinha no canto da barriga quando você anda muito rápido. Olhei para o tio da pipoca que fica perto do portão do colégio, alguns adolescentes o rodeavam a espera do seu alimento, olhei para o outro lado e vi alguns meninos conversando, me pareciam ser do quinto ano, eram todos baixinhos e curiosos, me perdi lembrando de como era boa aquela época, mas não por muito tempo, pois a figura que eu tanto procurava passava ao lado deles em direção a saída, dei um pequeno pique e a puxei pelo braço, fazendo-a se virar para mim, ela tinha um olhar assustado, seu rosto estava sutilmente suando, e seu braço estava gelado. A soltei com delicadeza e a fitei nós olhos.

- O que você faz aqui? - Perguntei tentando parecer mega casual, mas tenho certeza que não funcionou.

- Eu vim ver o colégio para o Rafa. - Priscilla respondeu de forma natural, mas uma gotinha de suor escorria pelo seu rosto e não estava calor para isso.

- Não acha que o Rafa está pequeno para frequentar um colégio?

- Acho que está na idade ideal. - Me respondeu de forma rápido.

- Mas o Rafa só tem três anos, ele vai entrar... - Eu ia questioná-la, mas ela me interrompeu.

- Mila, eu estou atrasada, preciso ir! - A morena me deu um beijo na testa e se retirou, caminhando em direção a um táxi.

Ela estava estranha, tinha algo nela que me deixava confusa, mas ao mesmo tempo sua voz era tão calma e serena, o que se eu pensasse bem também séria estranho, já que Priscilla era brincalhona e palhaça na maioria das vezes. 

"- Ei, Camz." - Escutei a voz de minha namorada me fazendo voltar a realidade.

Girei sobre os calcanhares, encontrando Lauren, Verônica e Keegan, que sorriam para mim.


Notas Finais


E aí gostaram? Como disse hoje estou para baixo, mas vim aqui só postar rapidinho, desculpem qualquer erro. Espero que estejam gostando! Ryan Good chegando, o que acharam dele?

Beijos e até qualquer dia!

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