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História Between Two Lines - Pedrinhas


Escrita por: KatherineWaldor

Notas do Autor


LEIAM AS NOTAS FINAIS.

Qualquer erro corrijo depois.

Capítulo 78 - Pedrinhas


Fanfic / Fanfiction Between Two Lines - Pedrinhas

POV CAMILA

Domingo é aquele tipo de dia que você só pensa em descansar, em estar em uma cama quentinha, comer uma pipoca, assistir um filme e não sair de baixo do edredom. Até pensei em fazer exatamente isso, mas era algo quase impossível quando sua namorada e você já tem planos para o dia todo.

Lauren e eu estávamos no lago, para ser mais exata, estávamos na cabana, na cama, eu sentada e ela deitada com a cabeça sobre as minhas coxas. Minhas mãos massageavam seus cabelos, um sorriso bobo em meu rosto, meus olhos admiravam toda sua beleza. Mesmo tendo acabado de acordar, Lauren era linda, seus cabelos desgrenhados, seu rosto com algumas marcas por conta do jeito que dormiu. Lolo segurou uma de minhas mãos e levou até os seus lábios, onde depositou um selinho.

- Camz, você acha que aquela fã vai contar algo? - Perguntou mesmo sem me fitar.

- Não me importo. - Dei de ombros.

- Como que não, Camz? - Dessa vez ela me olhou séria.

- Estou com fome. - Disse me deitando na cama. Praticamente me jogando.

- Acho que alguém está gravida. - Levantei a cabeça com os olhos arregalados, Lolo me fitou caindo na gargalhada. - Você só come, Camz! - Voltei a deitar, mas dessa vez rindo.

- Quem vai ficar grávida aqui é você. - Lolo deitou a cabeça em minha barriga com seu rosto de lado para que pudesse me olhar, voltei a fazer carinho em seu cabelo.

- Por que eu?

- Porque eu sou muito desajeitada e também... - Mordi meu lábio inferior sorrindo para minha menina. - Eu faria de tudo para te ver barrigudinha.

- Que linda você. - Lolo sorriu, curvou em minha direção e selou nossos lábios para logo voltar a sua posição anterior. - Quero adotar alguns também.

- Teremos dois filhos e adotaremos três.

- Já temos um time de futsal, se continuarmos teremos um de futebol. - Ela gargalhou e eu dei um tapa de leve em sua testa. - Mas é sério, seremos como Angelina Jolie e Brad Pitt. Quero adotar vários.

- O nome dos nossos meninos serão Harry e Franklin.

- Gosto de Harry. Agora Franklin é feio.

- Não é nada, é lindo. - A olhei incrédula.

- Não é, Camz. Me lembra Frankenstein. - Ela caiu na gargalhada e levou outro tapa na testa. - Ai. - Resmungou.

- Nossa baby se chamará Kuna. - Fitei o teto sorrindo.

- NUNCA que minha filha se chamara Kuna. Pobre criança! Imagina ela na escola, com certeza alguém vai soltar uma assim... - Lolo se levantou e sentou na cama, a fitei levantando uma sobrancelha. Ela pigarreou e então começou. - Hakuna Matata. É lindo dizer. Hakuna matata, sim vai entendeeeeeeeer. - Lauren se levantou, ficando de pé em cima do colchão e começou uma espécie de dança, tudo bem que ela pulava mais que dançava. - Os seus problemas você deve esqueceeeeer, isso é viveeeer. É aprendeeeeer. Hakuna matata. - Assim que terminou seu showzinho, Lolo sentou em cima da minha cintura.

- Eu não estou acreditando que você usou uma música do Rei Leão, barra Timão e Pumba para sacanear o nome da nossa filha. - Apoiei meus cotovelos na cama e levantei um pouco meu corpo.

- Isso foi divertido, vai? - Ela curvou seu corpo sobre o meu, me fazendo voltar a deitar, selou nossos lábios. - Eu gosto de Harry. - Sussurrou com os lábios sobre os meus.

Nos beijamos durante alguns minutos, algo mais carinhoso, mais calmo, com tranquilidade, sem pressa. Mas infelizmente não podíamos continuar assim, por mais que eu quisesse passar o dia toda naquela cama com a minha princesa, eu não poderia, precisava continuar cuidando de mim.

Separei nossos lábios a procura do que o meu pulmão mais me pedia. Ar... Fiz um carinho no rosto de Lolo que ainda continuava com os olhos fechados. Ela sorriu de uma forma angelical, deitou com a cabeça em meu peito, deixando apenas a metade do seu corpo sobre o meu.

- Eu queria poder passar a tarde toda com você, mas preciso ir a consulta com a Keana. - Continuei acariciando seu rosto enquanto ela fazia o mesmo com minha barriga.

- Também queria, mas não vou poder. Tenho que encontra meu pai e depois tem um jantar anual com as amigas de Clara.
 

[...]

Daquela vez a consulta havia sido no escritório da casa de Keana, era domingo e ela não costumava atender as pessoas, mas eu estava me sentindo tão mal, precisava tanto conversar com ela que acho que ela sentiu que fosse melhor não esperarmos.

E lá estávamos nós duas, eu deitada no divã e ela sentada em uma poltrona me olhando calmamente, seu olhar sereno me tranquilizava. Soltei um suspiro, voltei a fitar o teto para enfim começar a falar. Falar... Acho que nunca falei tanto em minha vida, Keana devia estar surpresa com minha falta de pudor, geralmente eu resumia tudo, mas dessa vez contei detalhadamente como o fato do medo de Lauren dizer ao mundo o que sentíamos me assustava. Não que aquilo fosse mudar o meu amor por ela, mas eu me sentia sufocada, eu queria poder gritar ao mundo o que eu sentia, queria compartilhar com meus fãs esse amor que me completava. Queria apenas viver Camren sem ter medo, sem ela ter medo.
 

POV LAUREN

Encontrei com Mike no centro da cidade. Por mais que meu pai conhecesse muito bem o lago - afinal depois do ocorrido com Camila, todos os nossos amigos e parentes próximos conheciam o local, mas todos respeitavam o nosso momento de privacidade - resolvi que era melhor encontrá-lo na cidade mesmo.

Camila me deixou na loja de Donuts antes de ir para a sua consulta. Logo Mike chegou. Passamos quase duas horas conversando naquela loja, falamos sobre tudo, mas quando se tratava de Camila usávamos o código do sapo azul. Era bom saber que eu podia me abrir com meu pai, já que Clara só se preocupava com aquela tal festa e seu status. Contei ao meu pai sobre a loucura com a fã.

- Vai dar tudo certo, Laur. Confie no seu pai. Agora é melhor irmos que já está de noite e Clara não para de me mandar mensagem.
 

[...]

Papai e eu entramos na sala na maior gargalhada, ele me contava o que aprontava para fugir de seus pais e encontrar Clara durante as madrugadas, disse que uma vez foi capaz de jogar pedrinhas em sua janela, como nos filmes. Mas meu sorriso logo morreu quando percebi que todas já estavam na sala, que faltava apenas Mike e eu. Sinceramente? Não conseguia gostar desses jantares. Clara sempre tentava mostrar as suas amigas uma filha que eu realmente não era.

Falando nela, a mesma se aproximou de mim com um sorriso falso, me segurou pelo braço e me arrastou até a escada. Olhei sobre os ombros e vi Mike soltar um suspiro, ele sabia que o melhor a fazer era ir para o seu quarto e se arrumar. Mas o melhor para quem? Para Clara, né? Aquilo realmente estava me tirando do sério, mas preferi não acabar com um dia que estava sendo maravilhoso.

- Suba e vá tomar seu banho, vocês demoraram tanto que todos já chegaram.

Resolvi não contrariar e muito menos responder algo. Apenas me soltei de seu aperto em meu braço, subi as escadas e logo adentrei o meu quarto. O que não sei se foi uma boa escolha, porque encontrei alguém que não esperava encontrar, não no meu quarto. Era ele... Keaton. Para quem não se lembra, meu ex-namorado.

- O que você está fazendo aqui? - Perguntei da porta mesmo.

- Eu o chamei. - Clara surgiu atrás de mim, fazendo-me bufar. - Todas as suas amigas estão namorando, então conclui que você precisaria de uma companhia. E como Keaton também está solteiro... - A interrompi.

- Todas as filhas das SUAS AMIGAS. - Girei sobre os calcanhares para fitá-la. - E EU NÃO ESTOU SOLTEIRA. - Elevei a voz, podia sentir minhas bochechas arderem de tanta raiva.

Ficamos em silêncio durantes alguns segundos, encarando uma a outra, ela tinha uma expressão tão calma que fazia minha raiva aumentar cada vez mais. Clara soltou um suspiro e acariciou meu rosto como se nada tivesse acontecido.

- Não demore! - Virou as costas e se retirou.

A minha vontade foi de voar no pescoço dela, mas o respeito que eu ainda sentia por ela não me permitia realizar o ato. Fechei os olhos e tentei me concentrar em minha respiração, mas uma voz me fez voltar a realidade. Tinha até esquecido que Keaton estava ali.

- Eu juro que não quero atrapalhar seu namoro.

- A culpa não é sua. - Abrir os olhos e suspirei. Girei sobre os calcanhares e caminhei em direção ao banheiro.
 

[...]

O Jantar? Foi uma droga. Os mesmos papos chatos de sempre. A filha de fulana que casou com o filho de fulano. O filho de sicrano que está como o novo presidente da empresa de seu pai. Passei a noite toda calada, não diferente de Keegan e Verônica que sempre me olhavam e riam quando eu simplesmente revirava os olhos.

Eu realmente queria estar em um lugar melhor, com uma companhia melhor, se possível a da minha pequena. Camz com certeza me faria sorrir e se eu tivesse que revirar os olhos seria por conta de suas palhaçadas que logo me fariam cair na gargalhada e não por um assunto massacrante como aqueles que eles tanto amavam falar.

Depois de um longo e chato jantar, todos os JOVENS se encontravam na sala de estar, já que ninguém estava aguentando aqueles assuntos, resolvemos esperar pela sobremesa lá mesmo.

Olhei em volta e pude ver um casal trocando carinhos em um dos sofás, dois casais conversavam perto da janela, Alexa e Austin gargalhavam junto com um outro casal perto a porta, eu não me lembrava bem os nomes deles, acho que tinha um loiro chamado Rob, se não me engano os gêmeos se chamavam Sara e Arthuro e os outros eu prefiro não arriscar, realmente não imagina os nomes. Me aproximei de Keegan e Verônica que estavam abraçados em um canto da sala.

- Eu juro que não aguento mais isso. Que horas acaba? - Dei um gole no meu suco.

- Ai, pequenina. Lamento informar, mas sua mãe parece está cheia de surpresas. - Keegan de um sorriso de lado.

- Falando nela. Olha ela ai. - Verônica apontou com a cabeça, revirei os olhos sem mesmo olhá-la.

- Boa noite, meninos. Queria pedir para que todos se aproximassem de seus devidos companheiros ou companheiras para que possamos tirar as fotos em casais. - Clara tinha um sorriso insuportável em seu rosto.

Revirei os olhos novamente. Algumas de suas amigas se aproximaram dela para ajudá-la com as fotos. Alguns casais posaram para as tais fotos, eu continuava encostada na parede ao lado de meus amigos.

- Agora só faltam Verônica, Keegan, Keaton e Lauren. - Clara nos olhou.

- Por que não misturamos os casais. Ou então tiramos as fotos os quatro juntos? - Verônica sugeriu e Clara ficou séria. - Posso tirar a foto com a Lauren também. Somos modernos. - Ela deu língua.

- Sem gracinhas, Iglesias. - Clara olhou para Keaton. - Venha jovem, sua vez de tirar foto com sua namorada. - Keaton não disse nada, apenas se aproximou, me mantive no mesmo lugar. Verônica andou em direção a ele. - Eu disse sem gracinhas, Verônica. Lauren, não vá fazer o menino esperar.

- A foto não é em casal? - Pela primeira vez me pronunciei.

- Exatamente. Keaton está te esperando. - Claro deu um sorriso de lado.

- Infelizmente não poderei tirar então. O meu "casal" - Fiz aspas com os dedos. - não está presente.

- Keaton está te esperando, Lauren. - Eu podia ver o nervosismo nos olhos de Clara.

- Não é bem Keaton o meu casal e sim... - Eu tinha tomado uma coragem que eu não sabia de onde, devia ser da raiva, mas Clara me interrompeu, fazendo toda minha coragem ir para o cacete.

- Acho que está na hora da sobremesa. Voltem todos para a sala de jantar, vou pedir para servi-la. - Clara como sempre fingiu que nada havia acontecido.

Todos fizeram exatamente o que ela havia pedido, tentaram colocar o melhor sorriso falso em seus rostos. Eu se quer me movi, fechei os olhos e tentei me concentrar em minha respiração, realizando assim um dos pedidos de Keana para quando eu estivesse nervosa. Senti uma mão confortante acariciar o meu ombro.

- Me desculpe por isso, filha. Clara está nervosa com tudo que estamos passando, hoje é um dia especial para ela. Vamos tentar relevar tudo isso. - Eu separei os lábios para tentar dizer algo ao fitar o meu pai, mas sua carinha triste me fez desistir. - Soube que a Joana fez sua sobremesa favorita. Arroz con leche. - Seu sotaque doce conseguiu me fazer sorrir.
 

Finalmente tudo tinha acabado, isso foi o que imaginei quando entrei em meu quarto e retirei os saltos, mas meu sossego logo acabou quando Clara adentrou o mesmo igual a um furacão. Girei sobre os calcanhares para fitá-la, levei a mão direita entre meus seios.

- Que susto.

- Você anda aprontando muito para estar tão assustada? - Clara cruzo os braços.

- O suficiente. - Revirei os olhos e comecei a retirar o vestido.

- Você só traz desgosto para sua família. - Ignorei sua frase e retirei meu vestido, ficando apenas de calcinha e sutiã, mas Clara não ignorou, me segurou pelo braço me fazendo parar. - Eu só queria ter uma vida normal como todos os outros. - Ela soltou o meu braço e se retirou.

Senti meus olhos se encherem de lágrimas.
 

- Mãe, posso mexer um pouquinho? - Soltei meu sorriso de anjo que eu usava quando queria conseguir algo.

- Pode sim, Laur. Mas é melhor fazer isso no balcão, para não se queimar.

Mamãe pegou a vasilha que estava do lado da pia, próxima ao fogão e caminhou até o balcão onde a colocou. Com a sua ajuda subi na cadeira alta que o acompanhava, sentei na mesma e comecei a mexer os ingredientes do bolo que estava depositado na vasilha.

- Mexa tudo apenas para um lado. - Mamãe segurou minha mão e me mostrou como eu devia fazer.

- Assim? - Olhei para ela sorrindo.

- Muito bem, Laur. Você será uma grande cozinheira. - Mamãe depositou um beijo em minha testa.
 

Se eu estava mal antes daquela lembrança, eu só piorei depois. Seria muito mais fácil se Clara nunca ligasse para mim, se ela não fosse aquela mãe tão amável no passado, se ela sempre fosse essa Clara arrogante e prepotente.

Senti minha visão embaçar, lágrimas escorriam pelo meu rosto sem pudor algum, meu corpo já estava "atirado" no chão, minha cabeça encostada no colchão da cama atrás de mim, digamos que estava entre sentada e deitada, um meio termo. Olhei para o lado vendo a gaveta que me pedia para ser aberta. Uma luta interior tomou conta de mim, eu sabia o que tinha ali dentro e eu não podia me render ao que eu mais temia, mas eu precisava tanto.

Apoiei minha mão esquerda na cama, com um pouco de dificuldade me levantei, caminhei até o criado mudo que estava no canto do quarto, olhei para a gaveta algumas vezes, antes de finalmente abri-la, olhei o cantil e o peguei. Minha mão tremia ao abri-lo, levei-o em direção ao meu rosto, aproximei do meu nariz, inalei todo o cheiro do líquido, fechei os olhos para sentir melhor.
 

POV CAMILA

"Tac... Tac..." Esse era o barulho irritante que queria me tirar do meu soninho gostoso. Me virei na cama em uma tentativa falha de continuar dormindo. O maldito barulho era constante, o que estava me tirando do sério. Levantei que nem uma fera, olhei para o meu celular que indicava 3:27 da madrugada, bufei olhando em volta do quarto e novamente escutei o barulho.

- Que porra está acontecendo aqui?

Mais uma vez o barulho se fez presente, me dando conta de que ele vinha da janela, caminhei até ela, levantei a cortina e quando abri a mesma senti algo passar perto do meu rosto. Aquilo era uma pedra? Definitivamente, aquilo era uma pedra, olhei para baixo, já que meu quarto ficava no segundo andar e vi uma Lauren toda amarrotada, em uma calça de moletom cinza e uma camisa preta da banda "The 1975", ela tinha uma pedra em suas mãos e provavelmente jogaria se eu não tivesse gritado, ou talvez sussurado.

- LAURen! - Gritei e parei no meio do caminho, ela me fitou.

- Camz, preciso de você. - Ela tinha uma voz chorosa.

- Vá até a porta, vou abrir para você.

Fechei a janela, desci as escadas correndo, com cuidado para não acordar ninguém, mas rápido o suficiente para chegar logo na porta, se possível antes dela. Peguei a chave que estava pendurada próxima a porta. Soltei um suspiro, girei a maçaneta e antes mesmo que eu pudesse dizer algo, senti o corpo da morena colidir com o meu, seus braços envolviam meu pescoço com uma certa força, como se eu fosse fugir a qualquer momento. Uma fungada se fez presente e então eu pude jurar que a minha morena chorava. Tentei sair do abraço para olhá-la, mas ela simplesmente não deixou, apertou mais ainda meu corpo contra o dela. Passei a minha mão direita em suas costas para tentar acalmá-la.

- Calma, meu amor. Eu estou aqui. - Beijei sua cabeça, e senti novamente ela fungar. Seu rosto escondido no vão de meu pescoço. - Vamos para o quarto?

Finalmente consegui sair do abraço, segurei o rosto de Lauren com minhas duas mãos, com o maior cuidado possível, ela se quer me olhou. De cabeça baixa assentiu, a abracei de lado e juntas caminhamos até o meu quarto.

Com cuidado a sentei em minha cama, em seguida sentei a sua frente. Lolo continuava de cabeça baixa, fiz um carinho em sua coxa, peguei sua mão direita com minhas duas mãos, a levei em direção ao meu rosto e a selei, um beijo calmo e demorado. Lauren continuava de cabeça baixa o que estava me preocupando mais ainda, continuei segurando sua mão com a minha mão esquerda e com a direita segurei seu queixo para levantar o seu rosto.

- Me deixa te ajudar, me conta o que aconteceu? - Fiz carinho em seu rosto e pela primeira vez ela me fitou.

- Clara, Camz. - Apenas balancei a cabeça para que ela pudesse continuar. - Ela chamou o Keaton para o jantar, disse que todos estaria em casal e que eu precisava acompanhar ele. Keaton sempre foi nesses jantares por conta dos pais deles e eu sempre fui acompanhada por ele, mas dessa vez é diferente, eu tenho você. - Dei um sorriso de lado sem saber o que dizer. - E quando ela pediu para tirarmos foto em casal eu neguei, disse que meu casal não estava lá e quando eu ia dizer o seu nome, ela mudou de assunto. Eu juro que ia surta, mas meu pai chegou e me fez ficar calma, lembrei do que Keana me pediu. Mas quando todos foram embora ela fez questão de aparecer em meu quarto e dizer que eu só trago desgosto para a minha família.

- Você sabe que isso não é verdade, não sabe? - Perguntei e ela deu de ombros, separei meus lábios para contestar, mas ela foi mais rápida.

- O que me deixou assim foi lembrar que quando eu era pequena, Clara era diferente, ela me amava, ela era uma inspiração para mim. Por que que tudo tem que mudar, Camz? Por que não podemos ser felizes como antes? - Lágrimas escorriam sobre o seu rosto.

- Você está crescendo, Lolo. Clara deve sentir saudades daquela pequenina que ela precisava proteger, ela deve ter dificuldade para entender que aquela pequenina cresceu e que agora ela precisa se machucar para poder aprender a como ser forte, a como se proteger caso sua mãe não esteja. Só não duvide nunca do amor de sua mãe. Eu tenho certeza que ela te ama.

- Eu peguei o cantil. - Lauren abaixou a cabeça, ignorando tudo o que eu disse.

- O q-que você f-fez? - Minha voz saiu falha, um medo começou a tomar conta de mim.

- Eu senti o cheiro, aquilo foi dominando o meu corpo, eu quase bebi, mas eu prometo que não bebi, eu vi correndo para cá. - Seus olhos vermelhos de tanto chorar encontraram os meus que eram apenas preocupações. Os dela tinha um certo desespero.

- Está tudo bem agora. Eu estou com você, está bem? - Me aproximei mais e voltei acariciar o seu rosto. - Eu acredito em você, princesa.

- Posso passar a noite aqui? - Sua voz chorosa não a abandonava.

- Não só pode quanto deve. Agora vá tomar um banho que eu vou preparar algo para você comer.

Lauren não disse nada, apenas assentiu com a cabeça, a ajudei a levantar e caminhei com ela até o banheiro, dei um beijo em sua testa e me retirei.

Corri até a cozinha pra preparar um lanche bem rápido, não queria ficar muito longe de Lolo e foi exatamente o que fiz, preparei um sanduíche que ela adorava e um achocolatado. Deixei o prato com o lanche em cima do criado-mudo. Caminhei até o banheiro e adentrei o mesmo sem se quer pedir permissão. Encostei na porta por alguns segundos olhando minha pequena, dessa vez ela era minha pequena, ela era a pequena. Lolo tinha a cabeça curvada para baixo encostada na parede do box, as gostas de água molhavam o seu pescoço totalmente exposto. Caminhei em direção ao box, fechei o chuveiro, peguei a tolha e a enxuguei com o maior cuidado possível.

Dessa vez não havia maldade, havia cuidado, muito cuidado, eu só queria colocá-la em meu colo, dá a ela algo de comer, para depois lhe dar o carinho que precisava enquanto a colocava para dormir. A ajudei a por a roupa e juntas caminhamos em direção a minha cama. Peguei o prato, enrolei o guardanapo no sanduíche e levei até a sua boca, Lolo deu um mordida e forçou um sorriso. Peguei o achocolatado e entreguei o copo a ela.

- Não vai comer? - Lauren levou o copo em direção a sua boca.

- Não estou com fome. Te ver comer é o suficiente para mim. - Peguei um guardanapo e levei em direção a boca dela, para limpar um pouco do achocolatado que havia sujado o canto da sua boca. Ela sorriu e eu voltei a dar o sanduíche e ela.

Não trocamos nenhuma palavra, não era preciso, apenas a alimentei e assim que ela já estava satisfeita, deitei com ela em meu colo. Sua cabeça deitada em meu ombro, seu rosto escondido na curva de meu pescoço e meu braço direito a abraçava, enquanto minha mão acariciava a sua cabeça. Encostei minha cabeça na dela. O único som presente era o de sua respiração, dessa vez tranquila, o que  me confortava.

Mas um barulho se fez presente, fazendo-me abrir os olhos e fitar o criado-mudo. Era o meu celular, para ser mais especifica era uma ligação de Micael. Peguei o celular com a mão esquerda, tentando me movimentar o minimo possível para não acordá-la. Atendi a ligação e levei o aparelho até o meu ouvido.

- Alô?

- Camila, pelo amor de Deus, me diz que Lauren está com você? - A voz do homem era de pura preocupação, desespero.

- Está sim, senhor Jauregui. Ela chegou faz alguns minutos. - Falei quase em um sussurro.

- Eu posso falar com ela? - Sua voz parecia um pouco mais calma.

- Lamento, senhor. Lauren está dormindo.

- Mila, por favor. Cuide de minha filha, ela precisa do seu carinho. - Dessa vez soou como uma suplica.

- O senhor... - Ele me interrompeu.

- Minha filha, você é minha nora, não precisa ficar me chamando assim, é como uma filha para mim. Me chama de Mike. - O jeito que Mike falou comigo foi tão fofo que um sorriso bobo brotou em meu rosto.

- Está certo. Obrigada Mike, mas não se preocupe com Lauren, você não precisa nem me pedir. Prometo que estou cuidado dela da melhor forma possível, já lhe dei banho, algo para comer e agora estou zelando pelo seu sono, enquanto lhe faço carinho.

- Obrigada, Mila. Você é um anjo na vida de Lauren.


Notas Finais


Como estamos? Um capítulo bem amorzinho, teve lá um sofrimento, mas tudo acabou bem, prometo que farei mais amorzinho que sofrido.

AGORA VAMOS A BOMBA QUE SAIU ESSES DIAS.
BETWEEN TWO LINES VAI VIRAR CURTA SIM E SE RECLAMAR LEVAMOS PARA O CINEMA. AUIAUAUIAHAIA (ZOANDO)
ESTOU MUITO FELIZ POR ESSA NNNNOOOOSSSSSSAAAA CONQUISTA. OBRIGADA A TODOS OS ENVOLVIDOS. Desligando o Caps.
Já saiu um vídeo das meninas ensaiando, é isso ai das MENINAS, para quem vive perguntando se vai seguir a linha da fanfic. Eles farão uma adaptação para o Brasil, os nomes dos personagens, das cidades, essas coisas, mas me prometeram serem fieis ao máximo a história. Uma coisa importante é que eles não vão fazer a Camila e a Lauren, os atores não parecem com eles fisicamente, nem mesmo com o Gregg, com a Verônica, nem com a Alexa e etc... Eles falaram que estão fazendo um estudo de todos os personagens e vão tentar trazer algumas coisas deles, mas que farão algo adaptado, como se fosse um livro virando filme. ENFIM PESSOINHAS, ESSA FOI A NOSSA CONQUISTA, ESTOU MUITO FELIZ. FELIZ MESMO. Vi que chegamos com a noticia em vários países.
ENTRANDO NESSA ASSUNTOOO... Estão pedindo para traduzir (acho que é isso) para o espanhol ou para o inglês, mas infelizmente arranho nas duas línguas e não tenho tempo para traduzir, se não teria que parar de escrever. Caso alguém queira fazer isso, dou toda a permissão. IUAHUIAHAUIHAUIAHU
Twitter: @betweentwolines
Grupo no whats: Procurar por Marcos... 04 896 293 856 - Ficou separado assim para não bloquear.
DOS HOGARES (Fanfic Camren de Suspense e Drama): https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-demi-lovato-dos-hogares-3960181
Twitter da Produtora que produzirá o nosso curta-metragem: @pontoacaoprod


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