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História Between you and me - Aprendendo a te entender


Escrita por: Nencye

Notas do Autor


E aqui vocês vão poder saber um pouco mais sobre o Damon!
Ele finalmente confiou na Elena, pra contar 👏👏

Capítulo 27 - Aprendendo a te entender


Fanfic / Fanfiction Between you and me - Aprendendo a te entender

Damon e eu saímos da festa discretamente, tomando o cuidado de não chamar atenção. Ele foi andando e eu acompanhei, do seu lado.

Elena: Para onde estamos indo?!

Damon: Você já vai saber!

Caminhamos um pouco mais e chegamos até um terraço, que ficava acima da universidade. Estava trancando, então Damon tirou de seu bolso uma pequena chave prateada, abrindo em seguida. Nós passamos pela porta e ele fechou novamente. Olhei fascinada para a paisagem a minha frente.

Elena: É maravilhoso!

Eu ainda olhava abismada. Dava para ver o jardim da universidade e também os muros fora dela. Era uma bela vista da cidade. As luzes iluminavam bem lá embaixo, fazendo com que ficasse ainda mais belo.

Damon: Ninguém nunca vem aqui. Esse espaço ficou esquecido por muito tempo.

Elena: E como você descobriu?

Damon: Logo depois que eu vim trabalhar aqui. Em uma volta pela universidade, eu encontrei o terraço. Desde então, eu sempre venho aqui, quando quero colocar a cabeça no lugar.

Elena: Você disse que ninguém nunca vinha aqui! Então o diretor te entregou a chave assim, tão fácil?

Damon: Digamos que eu tive que conseguir sozinho!

Elena: Você me surpreende cada vez mais!

Damon me olhou sério e questionador.

Damon: E isso é uma coisa boa?!

Elena: Não...

Ele não demonstrou expressão.

Elena: Mas eu sempre me atraio pelo errado!

Seus olhos para mim eram intensos. Eu conseguia ver toda a intensidade por trás de seus orbes azuis.

Damon: Não sei se depois de hoje o errado vai te atrair tanto assim! Elena, antes que eu tenha que te contar qualquer coisa, quero que me responda com sinceridade. Está pronta para qualquer coisa?

Elena: Você está me assustando assim... mas é isso que você quer, não é? Me assustar para que eu desista de saber o que quer que seja. Manipulação não funciona comigo Damon! Sim, estou pronta para saber! Qualquer coisa.

Damon: Vou começar pelo essencial de uma conversa entre duas pessoas: a apresentação. Sou Damon Salvatore, tenho 24 anos e...

Elena: Não banque o palhaço! Tudo que você está dizendo eu já sei!

Damon: Que eu me lembre nunca te disse minha idade!

Elena: Não acha que é só você que faz coisas erradas, não é?

Damon: Como você conseguiu saber isso? Estou curioso para descobrir até onde você foi para saber sobre mim.

Elena: Não se sinta tão especial! Eu estava na sala do diretor e a ficha dos professores estava na mesa. Ele teve que sair para atender uma ligação e eu simplesmente olhei!

Damon: E quando foi isso?!

Elena: Não sei, faz tempo! Porque você quer saber?

Damon: Então quer dizer que já faz tempo que você gosta de mim?

Elena: Isso não importa!

Damon: E você tem 18 anos, não é isso?

Elena: Sim.

Damon: São 6 anos de diferença.

Elena: Sim, Damon! E eu odeio isso! Porque se eu fosse mais velha, talvez as coisas seriam mais fáceis para nós dois! Talvez não iriam haver tantas críticas se eu ficasse com você.

Damon: Nada com a gente é fácil Elena e isso só torna tudo mais proibido e provocante! Eu gosto de você exatamente como é! Não me importo com o que vão pensar! Talvez para você seja um problema! Vai querer ficar com alguém da sua idade, só porque é mais fácil?!

Ele fechou as mãos em punhos.

Elena: Só são números Damon! Assim como você, lido bem com desafios. Você é o cara mais imprevisível que eu já conheci e por algum motivo esconde as coisas de mim. Mas você, com seus 24 anos é tudo que eu sempre quis em meus 18. Eu não te trocaria por ninguém da minha idade, porque eu...

Damon: Você?!

Elena: Nada! Não vamos desviar do assunto! O que você ia me contar?

Ele me respondeu com outra pergunta.

Damon: O que você quer saber?

Elena: Sobre sua família!

Damon: Claro, o assunto chato sobre familiares e os podres escondidos embaixo do tapete.

Elena: Como é a sua relação com eles?

Damon: Eu me dava melhor com a minha mãe, mas ela morreu e meu pai virou uma pedra de gelo. Ele passou a ser descuidado comigo e com Stefan. E a responsabilidade de pai que era dele, caiu para cima de mim. Dá uma ótima novela mexicana não, é?!

Elena: Damon, isso não é uma brincadeira! Eu sei que você finge que não se importa, mas eu te conheço. Você não está se abrindo comigo, ainda tem receio de me contar.

Damon: Elena...

Elena: Você me perguntou porque eu queria saber disso. Eu não quero saber só por curiosidade, e sim porque quero estar com você em todos os momentos. Comigo, você não precisa mostrar só seu lado bom. Entendeu? Quero que mostre como realmente se sente e como é. Até nas partes ruins.

Damon: Eu posso te contar isso!

Ele falou, como se enfim tivesse aceitado que poderia confiar em mim.

Damon: Como eu sempre te disse, não é questão de confiança. É só que...

Eu entendi.

Elena: Você tem medo de que eu não te aceite como realmente é!

Damon: Sim, mas vejo que posso te contar agora. Vou te dizer como era minha convivência com meu pai. Quando minha mãe morreu, ele se tornou uma pessoa fria. Naquela época, eu ignorava a dor dele, porque nós também estávamos sofrendo. Então, eu cobrei dele o papel de pai.

O olhei calada, esperando que continuasse.

Damon: Nesse tempo, eu tinha 19 anos e tinha que cuidar de Stefan. Ele só tinha 13. Entende como isso era difícil? Um adolescente cuidando de uma criança. Eu meio que culpava Stefan por isso. Eu estava farto daquilo, só queria saber de ir embora dali... então eu fui. Fui morar em outra casa em Mystic Falls.

Elena: Vocês sempre moraram lá?

Damon: Sim. E eu não quis ir embora. Sempre dizia a mim mesmo que não sabia o motivo. Mas no fundo, eu me culpava por ter deixado Stefan sozinho. Então eu fiquei na mesma cidade. Lembra quando eu te disse que estudei medicina antes de ser professor?

Elena: Sim, eu me lembro!

Damon: Eu sempre tive essa vontade, de ser médico. Depois de alguns anos de estudo eu passei a trabalhar em um hospital. E quando estava estabilizado financeiramente, voltei para casa. Para buscar Stefan para morar comigo. Mas nosso pai não permitiu isso, ele tinha total controle sobre Stefan, por ele ser menor de idade. Então, eu voltei pra casa para ficar perto dele!

Elena: Eu não consigo imaginar o quanto isso deve ter sido difícil pra você!

Damon: E foi! Com um tempo, eu resolvi que era a hora de deixar de culpar Stefan por tudo e contei a ele sobre meu trabalho. E foi um erro. Eu confiei nele Elena e ele traiu minha confiança. Ele contou a nosso pai. E ele fez de tudo para acabar com isso. Dizia que eu tinha que assumir os negócios da família e trabalhar nas empresas.

Eu tentava processar tudo que Damon me contava. Ele passou por uma grande barra pesada.

Damon: Giuseppe descobriu uma coisa que eu tinha mantido escondida por muito tempo. Isso me pesava a consciência. Ele foi atrás de saber tudo e me ameaçou com isso.

Elena: É isso, o que você insistia que eu não podia saber? O que aconteceu, Damon?

Damon: Aconteceu que eu não cedi as suas chantagens e continuei no hospital. Mas ele não fez o que disse. Não espalhou para as pessoas. Simplesmente fechou o hospital e deu um jeito para que eu não fosse aceito como médico em nenhum lugar!

Elena: Como seu pai pôde te fazer isso? Eu não consigo aceitar!

Damon: Sim, Elena! Mas eu já tinha perdido o que tanto queria. Minha mãe tinha morrido, meu pai era um monstro, meu irmão tinha me traído. E acima de tudo, o que eu tanto queria: ser médico, tinha virado cinzas. Então eu não tinha mais nada a perder. Eu joguei na cara dele, o quanto ele tinha errado e disse que preferia morrer a ter que trabalhar em suas empresas. E o mais irônico aconteceu. No meio dessa discussão, Giuseppe começou a passar mal. E eu o ajudei, com o que sabia sobre medicina.

Elena: Eu te admiro por ter feito isso! Depois de tudo que ele te fez, você conseguiu ser superior Damon!

Damon: Ele se arrependeu. Ou pelo menos foi isso que disse. Então aceitou que eu fosse professor, sem interferir na minha vida. E concordou que Stefan ficasse comigo. Disse que eu iria cuidar melhor dele. Acontece, que eu não estava pronto para perdoar, então coloquei ele no internato.

Elena: Eu...

Damon: Já sei! Você acha que eu estou errado e que não deveria ter feito isso?! Acertei?

Elena: Ei, não é nada disso! Não tem errados nessa história Damon! Eu só acho que você e Stefan precisam se resolver. Com uma conversa sincera!

Damon: Já é tarde demais pra isso! Estamos bem assim!

Elena: Eu não acho! Sabe, ele sente sua falta!

Damon: Ah, é? E como você sabe disso?

Elena: Porque Stefan me contou! O orgulho de vocês não deixa que façam as pazes, mas ele é seu irmão.

Ele passou a mão pelo cabelo e ficou olhando para o nada.

Elena: Eu quero te perguntar uma coisa!

Damon virou-se na minha direção, esperando que eu continuasse.

Elena: O que seu pai descobriu sobre você, que era tão grave assim?

Damon: Eu não sei se te contar isso vai ser o melhor!

Eu peguei na mão dele e a segurei, entrelaçando nossos dedos.

Elena: Nós já chegamos até aqui. A essa altura você já sabe que pode confiar em mim! Pode me contar Damon, eu não vou te julgar! Estou aqui para você!

Damon: Eu... matei um homem!

Eu estava atônita. Isso me pegou de surpresa.

Elena: Como isso aconteceu?

Damon: Eu estava começando como médico e teve uma confusão na hora da cirurgia. Eu tive que me virar sozinho e não dei conta disso. Eu só conseguia pensar em como queria salvá-lo, mas não pude!

Seus olhos ficaram marejados e ele colocou suas mãos, tentando impedir as lágrimas de descerem. Peguei delicadamente em suas mãos e as tirei dos seus olhos.

Elena: Não é vergonha chorar! Bota pra fora o que você está sentindo!

Ele chorou mais e eu o abracei, acariciando seus cabelos, enquanto sussurrava baixinho.

Elena: Vai ficar tudo bem!

Esperei que ele se acalmasse.

Damon: Você não vai se afastar de mim?!

Elena: Como você pode pensar isso? Damon, escuta bem o que eu vou falar, você não teve culpa do que aconteceu! Foi um acidente!

Damon me apertou mais no abraço.

Damon: Obrigado...

Naquele momento eu soube que estava apaixonada, sim eu amava Damon, com toda a força do meu ser. Quando ele me contou sua história e confiou em mim, me fez descobrir meus sentimentos.

Vendo que ele estava se sentindo tão culpado, a única coisa que eu queria era protegê-lo e tirar aquela dor de dentro dele.

(...)

Damon e eu ficamos conversando e eu esqueci do resto do mundo ao meu redor. Olhei no meu celular e vi que já estava tarde, provavelmente a festa tinha acabado e estavam todos em seus quartos.

Elena: Acho que eu preciso ir! Já está tarde e a festa deve ter acabado.

Damon: Pode ficar comigo e aí podemos encerrar essa noite, só nós dois!

Elena: Eu gostaria muito! Mas tenho aula amanhã cedo. Aliás, você também tem na minha sala.

Damon ficou ainda mais perto de mim e me deitou no chão. Ele mordiscou minha orelha e apalpou meu corpo.

Damon: Tem certeza disso?!

Elena: Damon, é melhor não! As meninas estão começando a desconfiar e estão criando teorias malucas.

Damon: Que tipo de teorias?

Lembrei de Bonnie e Caroline dizendo que eu estava com Stefan.

Elena: Nada de importante! Mas elas são persistentes, não é melhor deixar na cara.

Damon: Hum, você não sabe o que está perdendo. Eu estava pensando no que poderia fazer com você agora! Como isso!

Ele beijou meus lábios, enquanto ficava em cima de mim e acariciava meu corpo por debaixo do vestido. Damon apertou um dos meus seios e eu gemi baixo. Ele desceu mais a mão, até chegar a minha calcinha e tentou baixá-la, mas eu o impedi pegando em sua mão e a tirando dali.

Elena: Quem está perdendo o controle agora?!

Damon: Tudo bem Elena! Você que sabe!

Ele ficou emburrado.

Elena: Posso te recompensar depois!

Ele continuava chateado. Lhe dei um selinho, em um toque rápido de nossos lábios e saí do terraço. Não iria correr riscos agora. Por mais que quisesse.

Bonnie apareceu na minha frente de repente, me assustando.

Elena: Uau, você me assustou!

Bonnie: Elena, nós temos que ir em um lugar agora!

Elena: O quê? Mas assim, do nada? Já deve estar tarde!

Bonnie: Nem é tão tarde assim! Eu vi que Matt ia sair para algum lugar. Logo de noite! Se quisermos mostrar a Caroline a verdade, temos que conseguir provas.

Elena: Têm razão. Vamos!

Nós fomos até a calçada e vimos que Matt conversava com alguém. Quando de repente, Damon apareceu na nossa frente. O que ele fazia aqui? Ele deu um sorriso irônico, como se me dissesse que estava no controle agora.

Damon: Posso saber para onde vocês pensam que vão?

Bonnie: Professor?!

Bonnie arregalou os olhos.

Elena: Nós precisamos muito sair agora. É importante. Por favor!

Bonnie me olhou como se eu fosse um tipo de louca.

Damon: Vocês sabem muito bem que sair sem autorização é proibido!

Bonnie: Claro, nós já estamos voltando! Não é mesmo Elena?!

Damon: Sei que quando eu sair, vocês vão do mesmo jeito! Não precisam fingir...

Elena: Não pode abrir uma exceção, só dessa vez?!

Damon: Eu até posso!

Eu tentei disfarçar meu contentamento e Bonnie estava assombrada. Era como se ela estivesse em uma realidade paralela. Damon fazendo um favor? Era no mínimo estranho.

Damon: Com duas condições: Primeiro, vocês vão ter que manter isso em segredo. Quando digo segredo, isso inclui não contar pra ninguém. Entenderam? Segundo, eu irei levá-las. Não acharam que eu ia deixar que saíssem sozinhas, não é?!

Bonnie: Tudo bem! Nós aceitamos.

Elena: Se não tem outro jeito... é melhor nós irmos agora!

Falei olhando para Matt, que já se despedia de seu amigo e entrava no carro. Nós entramos no banco de trás do carro de Damon.

Elena: Acho que esquecemos de dizer um detalhe importante! Estamos indo atrás de Matt, mas ele não pode nos ver!

Damon: Então Matt anda entrando e saindo como se estivesse em casa? Bom saber!

Damon seguiu Matt e parou o carro, quando Matt parou o dele. Ele desceu com uma sacola na mão, entrando em um prédio grande e nós descemos do carro.

Elena: Então, obrigada pelo favor! Mas já pode ir...

Falei, enquanto Bonnie me esperava na entrada do prédio.

Damon: Nada disso, Elena! Agora vou até o final, até porque eu não sei o que vocês vão fazer aí. Sabe, duas adolescentes soltas por aí, não se pode esperar nada de bom.

Sua voz era sarcástica. Eu amava Damon, mas tinha espaço de sobra para minha raiva.

Elena: Você é insuportável!

Damon: Sei que você não vive sem mim! Você vem?

Fomos até onde Bonnie estava, tomando o cuidado de não esbarrar com Matt por aí. Ele entrou em uma sala e nós fomos também. Eu me virei para ela.

Elena: É melhor entrarmos! Se for para descobrir, que seja de uma vez, sem enrolação!

Ela concordou e nós entramos de uma vez na sala. Bonnie e eu nos entreolhamos atônitas. Tinha um médico de jaleco, examinando algumas crianças. Elas estavam sentadas em um círculo e Matt brincava com elas. O moço de jaleco virou-se para nós com um sorriso. Enquanto isso, Matt nos olhava surpreso.

Médico: Vocês são os voluntários que faltavam?

Bonnie: Voluntários para quê?

Médico: Aqui é uma clínica de ajuda para crianças que estão desabrigadas!

Eu estava me sentindo uma idiota nessa situação. Então foi para isso que ele veio, para ajudar as crianças. Nós não deveríamos ter vindo até aqui. Mas se estávamos, não faria mal ajudar.

Bonnie: Nós não...

Elena: Sim, somos nós mesmos! Por onde podemos começar?!

 


Notas Finais


Deu pra se emocionar com a história do Damon!
E o q o Matt anda escondendo?!


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