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História Alves Celerino - Escola de Magia e Bruxaria - Londre e Gringotes


Escrita por: Helena-Aer

Capítulo 3 - Londre e Gringotes


Depois de segurar a mão de Dinky, Killian sentiu a mão fina e cumprida do elfo se torcer ao longe dele e re-duplicar o seu aperto. Depois tudo ficou preto. Ele sentiu o seu corpo ser pressionado em todas as direções sem conseguir respirar, podia jurar que haviam barras de ferro apertando seu peito, e que seus olhos e tímpanos estavam sendo empurrados para dentro de seu crânio. Quando finalmente sentiu seu corpo se firmar no chão solido e recuperar a visão e pode ver Dinky de pé a sua frente. Kili que cairá de joelhos procurando conter a anciã de vomito e retomar o equilíbrio, conseguiu apenas organizar poucas palavras para expressar o que estava sentindo:

—O que... você fez.. comigo?

—Dinky aparatou. Forma mais rápida de destino desejado chegar.

— Aah- resmungou Kili colocando a mão na cabeça- parece que eu estava numa mistura de montanha russa com chapéu mexicano.

Quando ele se sentiu bom a ponto de ficar de pé, o garoto realmente ficou surpreso com o que estava vendo. Killian nunca estivera em Londres antes, ele achou a arquitetura do lugar muito bonita, parecia que tinha caído em uma fenda temporal, onde as pessoas tecnológicas viviam em perfeita harmonia com construções antigas. Dinky, embora soubesse aonde ia, parecia que não estava acostumado a ir sozinho para os lugares, ele olhava para as lojas como se fosse a primeira vez que as visse na vida, seus olhos brilhavam de curiosidade quase tanto quanto os de Kili. Mas mantinha os pés firmes no caminho que precisava seguir. Kili ficou se perguntando porque ninguém olhava para ele já que estava andando com um elfo verde e vestido com cores como roxo e laranja abobora.

—Dinky, os trouxas podem te ver?

—A nevoa Dinky cobre.

—O que é nevoa?

Dinky pareceu pensativo, parecia estar pensando na melhor maneira de explicar, mas não conseguiu e mudou de assunto quando olhou uma placa que dizia “Watkins Books”

— Explicar Dinky depois. Isso rápido mestre Barnes comer precisa.- O Elfo tirou das vestes roxas uma latinha pequena e cilíndrica que possuía a estampa de varias bandeiras de vários países. Dinky a abriu e tirou dela uma balinha verde e esbranquiçada que parecia um remédio e entregou a Kili.

—O que é isso? — indagou Kili pegando a balinha verde que, depois de analisá-la em sua mão percebeu que esta  possuía um M no centro.

—Mentómilia. Bala fazer falar e entender.

Kili ficou meio receoso em comer aquilo, pois ainda se sentia meio enjoado de aparatação mas achou melhor obedecer. Quando colocou a bala na boca sentiu gosto bom e doce de menta se dissolvendo na sua língua. Mas quando foi agradecer ao Elfo as palavras saíram em inglês. Kili não queria falar aquilo de propósito. Apenas saiu naturalmente.

Vendo o espanto do garoto Dinky respondeu, também em inglês, que mais espantado ainda Killian entendeu, que a bala fazia com que a pessoa entendesse e falasse o idioma do pais que estava ou que desejava falar como se fosse sua língua nativa. Kili achou muito legal, mas ficou meio desapontado de só ter descoberto aquilo agora, teria sido muito útil nas suas provas de inglês da antiga escola. 

“—Por quanto tempo dura essa bala?

—Seis horas.

—Legal.”

Então depois dessa bala incrível resolveram retomar o caminho para o banco. Kili ficava impressionado a medida que passeavam para mais distante do centro de Londres. Passaram por livrarias e lojas de musica, lanchonetes e cinemas, e embora tudo fosse extremamente excitante nenhuma parecia um banco mágico. Aquelas eram apenas ruas comuns cheias de gente comum. Seria realmente possível que houvesse um banco bruxo ali? Não seria talvez uma grande sonho? Não. Por alguma razão, embora tudo que tivesse passado até ali fosse inacreditável, Kili sabia que era que era real.

“— Dinky, não tem bancos bruxos em outros lugares?

— Em Londres só. Gringotes. Filiais Estados Unidos, Uruguai e Amazônia, do mas a Sr Barnes não. Só Gringotes.

— E quem cuida dele? São bruxos também ou pode trabalhar gente normal tipo trouxas? 

—Por duendes é administrado. 

— Duendes?

— É... e por isso que tentaria roubar o banco só um louco. Meta se com duendes nunca. — o elfo estremeceu, parecia ter tido péssimas experiência com essas criaturas, e Kili já começou a pensar nos duendes malvados dos filmes que assistira —o mais seguro do mundo lugar Gringotes é para qualquer coisa que queira guardar você bem.

— Por que só um louco tentaria roubar Gringotes? — perguntou Kili.

— Feitiços... Encantamentos — disse Dinky— Dizem que, os cofres de segurança há dragões guardando. E depois o caminho é preciso conhecer. Embaixo de Londres fica Gringotes.

—Dragões? Embaixo de Londeres?! — Exclamou Kili olhando para a calçada sob seus pés. 

— Sim. Abaixo centenas de quilômetros. Mais que o metrô fundo. Morreria de fome você tentando de lá sair, mesmo que pôr as mãos em alguma coisa conseguisse. É aqui — disse Dinky parando. — O Caldeirão Furado. Lugar famoso é um.”

Era um barzinho sujo. Se Dinky não o tivesse apontado, Killian nem teria reparado que existia. As pessoas que passavam apressadas nem olhavam para aquele lado. Os olhos delas corriam da grande livraria a um lado a loja de discos no outro como se nem conseguissem ver O Caldeirão Furado. Na verdade Kili teve a sensação muito estranha de que somente ele e Dinky eram capazes de vê-lo. Constatou que também era a nevoa que Dinky falara antes.

Para um lugar famoso, o Caldeirão era muito escuro e miserável. Havia uns velhos sentadas a um canto, bebendo cerveja. E duas senhoras no outro canto fumavam cigarros. Uma senhorinha de óculos fundos conversava com o velho garçom do bar, que era bem careca e parecia uma noz viscosa. O zunzum das conversas parou quando Kili e Dinky entraram. Todos pareciam curioso com a entrada de Dinky, mas logo voltaram se para as conversas anteriores. O garçom interrompeu a conversa com a senhora para falar com Dinky.

”— Ora se não é o Elfo do Hector Barnes. Não o vejo desde que você e Hector fizeram a despedida de Londres para morar no Brasil. O que faz aqui pequenino?

— Dinky a serviço de Bewild esta. La agora trabalha.

- Uma das escolas brasileiras? Parece interessante.

- A Gringotes levar novo mestre Barnes— disse Dinky apontando para Kili, com orgulho que enchia seu peito e transbordava em um sorriso.

— Meu Deus — exclamou o garçom, fitando Kili. — É... Será possível? Valha-me Deus, ele é o nascido trouxa que Dumero disse que era parente do Sr.Barnes... Que honra.

E saiu correndo de trás do balcão, precipitou-se para Kili e agarrou suas mãos, as lágrimas nos olhos.

— Seja bem-vindo, Sr. Barnes, seja bem-vindo. Meu nome é Tom O´Maley. Sinto muito pela morte do antigo Sr. Barnes, quero que saiba que fui um grande amigo dele, e que sinto muito não ter a honra nem o tempo de agradecer a ele por ter salvo minha filha. Puxa, achei que nunca conheceria mais alguém da família Barnes.

- Muito prazer - disse Kili meio sem jeito pois não entendia muito bem do porque o homem estava feliz em conhecê-lo. Mas constatou com felicidade que seu tataratataravô era alguém importante.

Dinky sorria radiante. Para os demais que estavam no bar Kili não tinha a menor importância, e ele preferiu assim, se sentia desconfortável quando as pessoas olhavam demais para ele.

— Precisamos nos apressar. Temos tempo que cumprir o. Vamos, mestre Barnes.”

Tom, o garçom apertou a mão de Kili uma última vez e eles passaram pelo bar, mas antes de colocarem completamente os pés para fora Kili ouviu o garçom se gabar para a senhora com quem anteriormente conversava que além de um Barnes, ele também havia apertado a mão de um sujeito chamado Harry Potter que pareceu despertar muito mais a curiosidade da ouvinte.

(...)

Quando Kili e Dinky viram-se fora do bar estavam parados num pequeno pátio murado, onde não havia nada exceto uma lata de lixo e um pouco de mato. Entrementes, kili reparou que Dinky contava tijolos na parede por cima da lata de lixo.

“— Para três cima...  Para dois o lado... — murmurou. — Certo.

Ele bateu na parede três vezes com a ponta dos dedos. E o tijolo que tocou estremeceu, torceu-se. No meio apareceu um buraquinho, que se foi alargando cada vez mais. Um segundo depois se viram diante de um arco imenso que abria para uma rua de pedras irregulares, serpeava e desaparecia de vista.

— Senhor Barnes— disse Dinky — Beco Diagonal esse é.

Ele riu do espanto de Kili. Ao atravessarem o arco Kili deu uma espiada rápida por cima do ombro e viu o arco encolhera instantaneamente e virar uma parede sólida novamente. Ele desejou ter mais olhos depois que o voltou para frente novamente. Virava a cabeça para todo o lado enquanto caminhavam pela rua, tentando ver tudo ao mesmo tempo: as lojas, as portas, as pessoas fazendo compras, literalmente tudo.

— É aqui que vamos comprar as minhas coisas?

—Não. – respondeu Dinky — Gargalo do dragão seu material comprado deve ser no.

—Ah. — ligeiramente decepcionado por não poder parar para apreciar o movimento e as coisas estranhas de cada loja que havia no caminho. Andaram durante uns vinte minutos até finalmente chegar ao destino.

— Gringotes — anunciou Dinky.

Tinham chegado a um edifício muito branco que se erguia acima das lojinhas. Parado diante das portas de bronze polido, usando um uniforme vermelho e dourado, havia, para a surpresa e alivio de Kili, um duende . Subiram os degraus de pedra branca até o duende. Ele era poucos centímetros mais alto que Dinky. Tinha uma cara escura e inteligente, uma barba em ponta e, kili reparou, mãos e pés muito compridos. O duende os cumprimentou com uma reverência quando entraram. Em seguida depararam com um segundo par de portas, desta vez de prata, onde havia gravado o seguinte:

Entrem, estranhos, mas prestem atenção,                                                                                                                            Ao que espera o pecado da ambição,                                                                                                                                 Porque os que tiram o que não ganharam                                                                                                                         Terão é que pagar muito caro,                                                                                                                                                           Assim, se procuram sob o nosso chão,                                                                                                                                    Um tesouro que nunca enterraram,                                                                                                                                              Ladrão, você foi avisado,                                                                                                                                                          Cuidado, pois vai encontrar mais do que procurou.

 — Mestre Barnes Dinky avisou? Só tentaria roubar o banco um louco — lembrou.

 Dois duendes se curvaram quando eles passaram pelas portas de prata e desembocaram em um grande saguão de mármore. Havia mais de cem duendes sentados em banquinhos altos atrás de um longo balcão, escrevendo em grandes livros, pesando moedas em balanças de latão, examinando pedras preciosas com óculos de joalheira. Havia ao redor do saguão portas demais para contar, e outros tantos duendes acompanhavam as pessoas que entravam e saiam por elas. Kili percebeu também que muitos deles estavam com roupas de reforma e que carregavam grandes pedaços de vidro oval, provavelmente para colocar no teto que encontrava-se quebrado, kili logo pensou que alguém tentara roubar o banco,e tinha causado um estrago daqueles, mas nada disse e seguiu Dinky até o balcão em silencio. O elfo, com certa relutância chamou um duende desocupado.

—Sacar algum viemos dinheiro do cofre do Sr. Hector Barnes.

— O senhor tem a chave? — disse o duende  virando-se para Kili ignorando completamente a existência de Dinky, este então retirou a chave do único bolso que tinha e a deu para o garoto.

Kili a analisou por um segundo, apesar de pequena ela era feita de ferro fundido o que a deixava muito mais pesada do que parecia, e reparou que sua decoração era feita de ouro branco e que possuía um B maiúsculo em seu centro.

— Agora tenho—  disse ele.

O duende franziu o nariz, não parecia apreciar muito o bom humor de Kili, mas este nem ligava. Ao pegar a chave da mão do garoto o duende pós examiná-la cuidadosamente e disse:

— Parece estar em ordem. —disse sem emoção alguma.— Vou mandar alguém levá-lo aos dois cofres. Gargo!

 Gargo era outro duende. Depois que ele chegou Kili e Dinky acompanharam no a uma das portas que havia no saguão. O duende segurou a porta para que eles pudessem passar. Kili que esperara mais mármore, surpreendeu-se. Encontravam-se em uma passagem estreita de pedra, iluminada por archotes chamejantes. Era uma descida íngreme, em que havia pequenos trilhos.

Gargo assobiou e um vagonete disparou pelos trilhos em sua direção. Eles embarcaram,Dinky com alguma dificuldade, e partiram. A princípio eles apenas viajaram em alta velocidade por um labirinto de passagens cheias de curvas. Kili tentou memorizar, esquerda, direita, direita, esquerda, em frente no entroncamento, direita, esquerda, mas era impossível. O vagonete barulhento parecia conhecer o caminho, porque Gargo não o estava dirigindo. Os olhos de Kili ardiam no ar frio que passava rápido por eles, mas mantinha-os bem abertos. Eles mergulharam ainda mais fundo, passaram por um lago subterrâneo onde se acumulavam no teto e no chão enormes estalactites e estalagmites.

 O vagonete afinal parou ao lado de uma portinhola na passagem,  Gargo saltou e destrancou a porta. Saiu uma grande nuvem de fumaça azul e enquanto ela se dissipava, Kili ficou sem respirar. Dentro havia montes de moedas de ouro. Colunas de prata. Pilhas de pequenos nuques de bronze.

— Seu tudo é. — sorriu Dinky.

—Tudo isso? —Kili estava espantado. Dinky balançou a cabeça positivamente com um sorriso.

Os olhos de Killian brilhavam. Durante todo aquele tempo havia uma pequena fortuna que lhe pertencia, enterrada no subsolo de Londres. Ele não podia acreditar, pensou em todas as coisas que os pais dele sempre quiseram e tudo o que poderia fazer. Enquanto ele se mantinha imóvel admirando o que ganhara Dinky entrou no cofre e pegou varias moedas e colocou as em uma sacola, mas ainda separou  algumas para poder explicar como elas funcionavam.

Deu duas moedas de ouro para Kili e disse que elas eram galeões, depois deu a ele moedinhas de prata e explicou que eram sicles , e que dezessete delas formavam um galeão e também e vinte e nove nuques, que eram moedinhas de bronze, faziam um sicle.

Kili achou até que fácil a forma bruxa de dinheiro,por mais que tivesse dificuldade em organizar as palavras da explicação de Dinky. Mas , mesmo assim, preferia o dinheiro trouxa, andar com notas era bem mais fácil. Quando terminaram se dirigiram novamente para o vagonete. Voltaram por um lugar totalmente deferente do que foram e depois de mais uma viagem no descontrolada, eles chegaram à claridade do sol do lado de fora de Gringotes.

Kili não sabia aonde correr primeiro agora que tinha uma saca cheia de dinheiro que podia gastar ali mesmo no Beco Diagonal. Não precisava saber quantos galeões perfaziam uma libra para saber que estava carregando mais dinheiro do que jamais tivera na vida inteira.

-Dinky, eu posso comprar coisas aqui?- disse entusiasmado.

-Mestre Barnes comprar pode, mas tempo não temos. Guardar material para dinheiro comprar no Gargalo do Dragão.Ultima parada nossa olivaras é voltar depois devemos.

-E o que vende nessa loja?

-Varinhas.

-Não vende isso lá no Brasil?

-Boas não tão quanto Olivaras são.

Kili olhou para o Beco Diagonal e pensou que definitivamente deveria voltar lá algum dia. Mas sabia que sua mãe e seu pai já deviam estar preocupados com ele e já estava ficando tarde. Então ele e Dinky resolveram que depois dessa ultima parada iriam voltar. 



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