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História Bezoar e ditamno - Grimmauld Place, 12


Escrita por: Livs_ravenclaw

Notas do Autor


Perdoem a tia por demorar e não desistam de mim
Esse capítulo era pra ir um pouco além, mas achei que, se eu não cortasse aqui, ia ficar enorme e demorar muito pra sair, já que estou acrescentando muitos detalhes
Desculpem qualquer coisa, tem cenas de beijo e eu me empolgo demais com elas
Bjos e boa leitura ;)

Capítulo 6 - Grimmauld Place, 12


O dia seguinte amanheceu cinzento e chuvoso, um típico dia londrino. O céu parecia finalmente chorar as perdas da Batalha de Hogwarts. Mas Harry, contra todas as expectativas, sentia-se bem. Seguro. Ao abrir os olhos, sentiu em seu pescoço a respiração suave de Severus. Eles não tinham se soltado a noite toda. Para o menino, era uma vitória. Quando estava agitado, como na noite anterior, mexia-se muito durante o sono. No entanto, os braços quentes do ex comensal da morte impediram-no de ter um sono agitado. No lugar disso, foi uma das melhores noites de sono de sua vida.

- Bom dia, Severus - murmurou Harry, ao ouvido de Snape

- Dia? Ah Harry, volte a dormir! Está tão cedo! - respondeu o professor

- Não acho que consigo... Tem muito o que fazer nessa casa. Tenho que separar as coisas de Sirius que vou querer manter e o que vou jogar fora. Também preciso me preparar, já que hoje é o enterro da Gina e do Fred... - Harry foi abaixando a voz quando foi se aproximando do fim da frase, consequentemente do nome de Gina, até que por fim o nome de Fred saiu como um sussurro estrangulado.

Snape percebeu, já que envolveu o menino com os braços, buscando tranquilizá-lo.

- Você vai comigo? - perguntou Harry, a voz abafada pelo peito do outro.

- Ah, acho que não... Os Weasley não me quereriam lá.

- Por favor... Acho que não consigo chegar lá sozinho... Eu destruí a família deles... - as lágrimas agora molhavam Severus, que se afastou apenas o suficiente para que Harry pudesse olhar para ele.

- Você não tem culpa de nada, entendeu? Você salvou o mundo bruxo de um desastre ainda maior! Todos os que lutaram na batalha se dispuseram a sacrificar a própria vida para um bem maior. - ele colocou a mão na bochecha do menino, limpando uma lágrima que escorria - Assim como eu e você. - dizendo isso, deu um beijo nos lábios finos e macios, aprofundando devagar conforme usava a língua para abrir espaço na boca pequena. A mão permanecia na bochecha, acariciando com movimentos leves, enquanto a outra apertava sua cintura, recebendo em retribuição uma leve mordida no lábio inferior.

- Tudo bem. Mas eu prefiro que você vá comigo. - disse Harry, firme.

- Se você insiste...

Depois de decidirem que iam juntos à casa dos Weasley, os dois se levantaram para tomar café-da-manhã. Quando começaram a descer os degraus, em direção ao primeiro andar, Harry esticou os dedos e entrelaçou-os nos de Severus. Eles foram bem recebidos, com um leve aperto, e os dois seguiram assim até a cozinha. Chegando lá, Monstro já tinha colocado o café na mesa, mas não estava na cozinha. Provavelmente, estava em algum dos muitos quartos da casa, limpando. Eles se sentaram lado a lado, ainda com as mãos entrelaçadas. Quando foram comer, Harry apenas soltou os dedos levemente, estendendo-os em direção à comida. No lugar das mãos dadas, o menino recostou a cabeça no ombro de Snape, fechando os olhos brevemente. A isso, o mais velho respondeu com um carinho no rosto, e perguntou:

- O que foi, meu menino?

- Estou com medo. - respondeu Harry - Medo de não conseguir encarar Gina no caixão. - ele endireitou o rosto e levantou os olhos, encarando Snape - Me sinto realmente mal. Gina mal morreu e aqui estou eu, com outra pessoa! Sinto como se estivesse traindo-a.

- Ah, Harry... Não vou mentir, eu também pensei nisso... Mas acho que não tem problema. Ela iria querer que você seguisse com a sua vida. E, se comigo você se sente seguro agora... Não tem porque esperar, certo? - replicou Snape, pensativo.

- Acho que sim... Mas tenho medo do que Rony vai dizer. Ele não está exatamente bem com a morte dela.

- Nem você, meu menino. Mas fique tranquilo. Rony é seu amigo. Ele vai te apoiar no que você decidir. Você vai ver. Quando chegarmos à casa dos Weasley, você conversa com ele. Eu tenho certeza que ele vai te apoiar.

- Obrigado... Não sei o que seria de mim sem você... Provavelmente... -suspirou, aproximando-se da boca do mais velho - Nada - completou num sussurro, fechando a distância entre os dois. Dessa vez, era Harry quem conduzia o beijo. Ele se levantou da cadeira, puxando o outro consigo pela cintura, colando os corpos dos dois numa espécie de dança, mantendo uma de suas mãos na cintura de Snape e a outra no pescoço, enterrando os dedos nos fios escuros e macios. O professor não ficava para trás; Apertou a cintura de Harry com força, fazendo-o gemer alto em sua boca e enviando arrepios por suas costas. Harry passou a língua pela boca do outro, abrindo espaço e aprofundando o beijo. Ele estava se empenhando muito, e se sentiu recompensado ao sentir um volume sob a calça do outro. E aí ele parou. Novamente, não queria ultrapassar aquela linha. Em vez disso, apenas parou o beijo devagar e o abraçou, passando os braços pelo pescoço dele.

- Vamos pra sala? - pediu Harry

- Vamos - respondeu Severus, segurando a mão dele.

Os dois se sentaram no sofá, e então Harry fez a pergunta que esteve engasgada por muito tempo:

- Eu estive pensando... Eu nunca tinha pensado sobre a possibilidade de eu não ser hétero. Agora... Não sei, isso... - fez um gesto amplo, apontando os dois - Você... Me torna gay?

- Você ainda sente atração por mulheres? Se sim, você não é gay, mas bi. Só não tinha percebido antes. Assim como eu. - respondeu carinhosamente, com um sorriso.

- Você também nunca tinha ficado com outro homem? - perguntou Harry, surpreso.

- Não até agora... Por que a surpresa? - devolveu

- Você parece saber muito bem o que está fazendo. - respondeu

- Já tem um tempo que estou esperando por esse momento... - ele ia continuar, mas travou ao ver que tinha falado demais.

- O quê? - Harry tinha os olhos arregalados, nada daquilo fazia sentido mais.

- Bom... Eu não planejava te contar tão cedo, mas já que me sabotei... - ele respirou bem fundo - Não é de agora que eu gosto de você, que você me atrai... Depois dos seus 4 primeiros anos em Hogwarts, depois que o Lorde das Trevas voltou... Você se tornou outra pessoa. Responsável, lidava com tudo sozinho... Me lembrava cada vez mais a sua mãe. E algo em mim se acendia. Naquele momento, quando a Umbridge tentava te interrogar e eu neguei Veritaserum... A sua maneira de me informar o que ocorria, eu senti algo diferente. Você estava tão maduro e inteligente que até comigo aprendeu a lidar. E já não me importava mais que você parecesse com James. Eu estava realmente apaixonado.

Harry estava perplexo. Os olhos ainda meio arregalados, as sobrancelhas erguidas e uma expressão de extremo assombro.

- E, enquanto isso, eu aprendia a te aceitar... Mas depois que você matou Dumbledore, tudo o que eu aprendi a respeitar simplesmente se desfez... Eu ainda não entendo, por que não me contar? Não acho que faria diferença. - falou Harry, continuando o assunto.

- Não deu tempo... Ele ia te dizer no dia seguinte, mas os comensais apareceram antes. Pela primeira vez, minha marca serviu de alguma coisa. - olhou para o braço, meio enojado - Naquele dia, ela ardeu intensamente, e eu sabia que teria algo a fazer. Quando você tentou usar meu feitiço contra mim, eu... - ele parou, novamente respirou fundo, contendo antigas lágrimas que ameaçavam sair - Pensei que realmente me odiava. Eu me lembro bem. Estava escrito "Para inimigos" do lado, no canto da página.

- E eu odiava... - abaixou a voz quando percebeu que o outro não aguentou e começou a chorar. - Mas aprendi a amar. Nada é igual àquele dia. - estendeu a mão e limpou uma lágrima do rosto de Severus - Está tudo bem. Eu te amo. - dizendo isso, aconchegou-se nos braços dele e fechou os olhos, aproveitando a sensação que proporcionava. Harry sentiu os braços maiores que os dele envolvendo-o e apertando suavemente.

- Eu também, meu menino.

Harry levantou a cabeça e encarou-o nos olhos, dizendo:

- Acho que já está na hora de irmos para a casa dos Weasley. Mas antes eu gostaria de passar na casa de uma amiga para pedir um conselho.

- Quem? - disse Snape, com curiosidade.

- Luna Lovegood.


Notas Finais


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