História Big Happy Family - The Worst Day of My Life

Diana POV ON

Eu não queria acreditar no que meus ouvidos tinham escutado. Tio Slash tinha... usado heroína. Aquilo que eu joguei fora eram realmente drogas. Ele havia usado e comprado uma dose reserva. Senti como se meu coração estivesse em pedaços. Eu quis chorar, quis gritar, quis bater nele, mas eu estava apenas ali, o olhando serena, tentando confirmar o que já sabia.

– E então? Responde, tio Slash. – intimei. – Aquilo era heroína?

– Didi... eu... – ele gaguejou.

Eu esperei um minuto. Foi o bastante. Apenas me levantei daquela cadeira e segui caminhando sem rumo. Segui caminhando dentro do hotel até que cheguei na parte das piscinas. Cocei meu nariz assim que funguei, e limpei uma lágrima idiota que saiu por meu olho direito. Meus pés calçados por chinelos batiam contra a água empoçada na borda de uma das piscinas. Num ato de raiva, não pensei duas vezes em jogar uma das cadeiras de descanso dentro da água. E mais outra, e mais outra. As lágrimas voltaram a escorrer sem controle.

Eu jogaria outra cadeira, mas um punho forte me impediu. Segurou-me pelos braços, virou-me para sua direção e me balançou, como que para me tirar de um transe.

– Didi! Didi! Amor! Acalme-se!

Era Duff.

– Ele me traiu, tio Duff! Me traiu! – as lágrimas eram incontroláveis. Enquanto Duff segurava meus braços, eu dava tapas em seu peito. – Ele prometeu que iria ficar bem! Prometeu que nunca mais iria usar drogas! E olha lá! Dou as costas por um dia e ele usa heroína!

– Diana! Tente se acalmar! – ele segurou minhas mãos e aproximou seu rosto do meu. – Olha pra mim! Acalme-se... Garanto que o Slash... não fez aquilo para te magoar.

Olhei nos olhos do loiro. Ele tentava nitidamente me acalmar, mas eu via, claramente, a fúria que ele estava sentindo do tio Slash. Provavelmente pelo sofrimento que ele estava me proporcionando. Voltei a chorar de maneira descontrolada. Duff me abraçou, na tentativa de me acalmar. Segurei sua camisa entre meus dedos com extrema força, derramando minhas lágrimas em seu peito.

– E-Eu sei que não posso controlar a vida de ninguém, mas... – comecei. – Eu fico tão triste... ao ver alguém que amo tanto se destruindo desse jeito... Não quero ver mais ninguém da minha família naquele estado deplorável.

– Eu sei, meu amor... Eu sei...

Duff POV ON

Eu estava uma pilha de nervos pelo o que Slash fez. Mesmo que Diana não tivesse descoberto, minha raiva seria a mesma. Afinal, todos nós fizemos uma jura de nunca mais nos envolvermos com drogas. Assim que a vi, jogando todas aquelas cadeiras na piscina, corri até ela tentei acalmá-la o máximo possível. Com essa cena, ficou mais do que comprovado que ela é filha do Axl. Temperamento igualzinho, uau...

– Vem, vamos tomar alguma coisa. Uma água com açúcar, suco de maracujá, tranquilizante de urso... – tentei brincar.

Me alegrei quando ela soltou uma pequena risadinha.

– O tranquilizante tem que ser de dinossauro. – falou ela.

– Eu arranjo um, não tem problema. – dei um sorriso torto, assim que ela se afastou do abraço e me olhou nos olhos.

– Obrigada por ser tão bom comigo, tio Duff.

– Não precisa me agradecer. – comecei. – Eu te amo e só quero o seu bem.

Dei um beijo em sua testa, antes de darmos a volta nas piscinas a fim de entrar no hotel pelo outro lado. Não queria que a Didi desse de cara com o Slash tão cedo. Deixei Diana em nosso quarto e dei a ela um copo de água. Disse que precisava ver um negócio com Matt e Steven sobre nosso próximo show e saí. Na verdade, fui diretamente para a lanchonete do hotel. Axl e Slash ainda estavam lá.

Axl dizia alguma coisa sobre Slash ser um imprudente, mas falava com uma calma anormal vindo do ruivo. Mas eu não seria tão amigável. Segurei ele pela gola da camisa e o ergui, encarando-o com raiva.

– Você tem merda na cabeça, poodle?! – gritei.

– Eu sei! Eu sei que fiz merda! – admitiu ele. – Mas eu estava louco por causa da Maya e-

– Só por causa da Maya?! Quer dizer que você fica uns dias sem vê-la e já sai usando heroína? Pois saiba que eu já estive em uma situação muito pior, meu amigo! Quando Axl me proibiu de namorar a Diana, eu quase me rendi! Quase fui direto para as drogas! Mas sabe o que eu fiz? Eu neguei! Neguei porque eu me lembrei da promessa que fizemos para a nossa loirinha! Temos que ser mais fortes que essas porcarias, man!

– Eu sei... – ele falou baixo. – E a Didi? Como ela está?

Soltei Slash, tentando me recompor. Notei que algumas pessoas que estavam na lanchonete nos olhavam assustadas.

– Ela está bem. Quer dizer, eu a acalmei o máximo que pude. Mas ela está bem chateada, isso pode apostar.

– Ahh man... – Slash balançou a cabeça para os lados. – Eu sou um bosta...

***

Diana POV ON

Embarquei no avião, ainda tentando superar a minha raiva. Mas acredite, sendo filha de Axl Rose, é como apagar fogo com gasolina. Me sentei em minha poltrona, próximo a janela e fiquei ali, esperando o voo sair. Depois de alguns minutos, alguém se sentou ao meu lado. Pensei ser o Duff, mas me enganei. A enorme cabeleira cacheada agora amarrada para trás e seu rosto totalmente a mostra.

– Uma vez você me disse que eu tinha um rosto bonito. – comentou ele.

Desviei o olhar e fiquei em silêncio.

– Didi, por favor, não me ignore. Eu... eu sinto muito pelo o que eu fiz. Foi errado, eu sei. Mas a dor de deixar a Maya para trás foi simplesmente mais forte...

– Não sou mais uma garotinha de oito anos, tio Slash. Nem uma adolescente de treze. Sou uma mulher de dezoito. Não vou ficar revoltada e nem obrigar vocês a mandarem em suas vidas. – eu enfim o olhei. – Mas fiquei bem chateada.

– Eu seeei... Eu sei minha vida. Mas escuta... Eu pro-... Não, eu não prometo. Mas sim juro pela minha vida, que vou me esforçar ao máximo para nunca mais me envolver com drogas. Acredite em mim...

– Eu sei que vai se esforçar. Eu só... espero que consiga.

– E eu vou. Por você. Porque eu te amo, Didi. Não quero te ver triste e nem zangada comigo, seu titio Slash. – ele deu um sorriso triste.

Eu tentei, juro. Mas não consegui. Um pequeno sorriso surgiu em meus lábios, enquanto algumas lágrimas escorriam por meus olhos. Tio Slash me abraçou após isso e eu retribuí. Não conseguia mais ficar zangada com ninguém da minha família, mesmo que eu me esforce ao máximo.

– Eu também te amo, tio Slash.

***

O primeiro mês da turnê Back To The Jungle se passou, encerrando também a primeira parte da turnê Norte-Americana. Com isso, Carrie foi obrigada a voltar para Los Angeles. Não preciso nem dizer que o tio Stee só faltou se jogar na frente do avião para impedi-la. Mas ele ficaria bem. Carrie prometeu ligar todos os dias para o meu titio pipoca doida. Próxima parada do Guns N’ Roses: Europa.

O próximo show seria somente amanhã, sexta-feira, então, teríamos o dia todo de hoje para descansar. Fomos para nosso hotel sem nem pensar duas vezes. Me sentei na cama e torci meu pescoço. Aquelas poltronas de avião estavam acabando comigo. Meu pai e meus tios disseram que iam passar no local do show antes de virem para os quartos. Se eles ainda têm forças, melhor para eles. Tudo o que eu queria era um longo banho de banheira.

Entrei no banheiro, já me despindo. Enchi a banheira e me deitei nela. A água quente estava muito agradável. Era como uma massagem sem mãos. Como estava exausta, eu acabei dormindo sem querer...

***

Duff POV ON

Depois de mais ou menos uma hora, fomos para o hotel. Os motherfuckers pararam no bar para beber, mas eu só pensava em ver a minha loirinha. Cheguei em meu quarto, mas não encontrei ninguém. Mas havia uma taça de champagne e um bilhete com um coração. Eu sorri. Só podia ser da minha loirinha. Me servi com uma dose e bebi. Estava deliciosa. Foi então que ouvi o barulho do chuveiro. Eu sorri. Ela deve estar se banhando para uma noite comigo. Resolvi me deitar na cama e esperar.

Fechei meus olhos e cochilei rapidamente. Despertei quando alguém começou a tirar minhas calças. Abri meus olhos, meio zonzo, mas extremamente anestesiado, e eu sorri, quando percebi que a minha pequena estava fazendo o trabalho por mim.

– Meu amor, deixa que eu ajudo. – falei, sorrindo pervertido.

– Eu faço com o maior prazer, Duffynho. – a voz da Diana me pareceu meio estranha, mas na hora não liguei. Eu só queria ela nua comigo, numa transa enlouquecida.

Puxei-a para cima de mim e já comecei a tirar sua blusinha branca e seu sutiã. Com sua ajuda, fui retirando minha camisa e minhas calças, junto da cueca. Quando percebi, ambos estávamos completamente nus sobre a cama, aos beijos e abraços. Carícias apuradas que jamais pensei em receber daquela loirinha tímida. Inverti a posições, ficando por cima. Não perdi nem um segundo e abocanhei um dos seus seios. Gemidos gostosos ecoavam por sua boca. Era uma delícia. Eu parecia um bebê faminto.

– Ahhh... Isso, Duffynho... – gemeu ela.

– Estou só começando, Didi...

E continuei. Eu estava fervendo e meu membro mais acordado a cada segundo. Já não via a hora de penetrá-la...

– Ahhhh! – mas um grito me impediu.

***

Diana POV ON

Acordei mais uma vez com dor em meu pescoço. Eu havia dormido na banheira e sabem-se lá quantas horas haviam se passado. Me levantei, sequei meu corpo e me vesti. Ao sair do banheiro, acabei vendo algo muito estranho: sobre a cômoda ao lado da minha cama, estava um toca-fitas, uma fita e um bilhete. O abri e li o que estava escrito.

“Sua família é mentirosa. Aqui está a prova.”

Eu pensei seriamente em jogar fora a carta e a fita, mas a curiosidade falou mais alto dentro da minha mente. Pus o toca-fitas pra funcionar enquanto tomava uma garrafinha de refrigerante.

– “Estou com medo de ela não gostar de mim.” – era a voz da Verônica.

– “Claro que vai.” – meu pai.

Cerrei meu cenho por alguns instantes.

– “Ela quer muito a mãe de volta, e ver o pai dela feliz ao mesmo tempo.” – tio Slash.

– “Não precisa se preocupar.” – tio Izzy.

– “Verdade. Ela vai te amar!” – tio Stee e tio Matt.

– “Mesmo que ela não saiba quem você é de verdade, vai amá-la como sendo a melhor madrasta do mundo.” – tio Duff.

– “Afinal, você é a mãe de sangue dela, Ianca.” – meu pai completou.

Deixei a garrafa de refrigerante cair entre meus dedos. Meus olhos estavam arregalados e meu coração batia tão acelerado que eu pensei que fosse explodir. Eu não acredito... Não acredito no que estou ouvindo! Só pode ser mentira! Resolvi sair dali. Porém, colado na porta do meu quarto estava um RG. O RG de Verônica. Não... a foto era da Verônica, mas o nome não era o dela. No RG estava escrito... Ianca Fay.

Peguei aquele documento com fúria, enquanto me dirigia para o quarto do tio Duff. Ele iria me explicar em detalhes tudo o que eu ouvi e vi naqueles dois minutos. Entrei no quarto sem nem ao menos pensar nas consequências. O que eu vi, quase me fez perder as forças em minhas pernas...

Duff nu, em cima de Cece.

– Ahhhh! – gritei, completamente em choque.

Aquele, sem dúvidas, era o pior dia da minha vida...