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História Big Happy Family - Dream or Reality?


Escrita por: Day_McKagan

Notas do Autor


Chegaaay! <3
Então, se eu não morrer depois desse capítulo, estará comprovada minha imortalidade :v shaushaushau

Quero agradecer de coração a todas (os) que estão comentando e que ainda favoritam essa humilde fanfic! <3 Fico muito feliz mesmo! *----* AMO VOCÊS!

Espero que gostem do capítulo <3

Boa Leitura! ;)

Capítulo 131 - Dream or Reality?


Fanfic / Fanfiction Big Happy Family - Dream or Reality?

Diana POV ON

Meus olhos se abriram com certa dificuldade. Pareciam estar colados com supercola. Movimentei meu pescoço com dificuldade na cama, sentindo os músculos rígidos. Devido à dor, voltei à posição que estava antes. Corri meus olhos semi serrados para ambos os lados do quarto. Paredes brancas, uma grande janela com cortina bege a minha direita, algumas mesas de inox a minha esquerda e alguns aparelhos próximo à cabeceira da cama, fazendo seus bips indicando um sinal vital.

Eu estava terrivelmente confusa sobre o que estava acontecendo. Era como se eu tivesse perdido completamente a noção do tempo e espaço. O que houve horas atrás? O que houve ontem? O que comi no jantar? Estava confusa...

Até que de repente a porta do quarto se abriu, entrando por ela uma jovem enfermeira arrastando uma mesinha com bacia e panos sobre ela.

– Bom dia, senhorita Rose! – cumprimentou ela, de forma automática. Pareceu não notar que eu estava acordada. – Está na hora do seu banho matinal!

– Moça... Por que estou em um hospital? – perguntei baixinho. Minha voz por pouco não saiu.

A enfermeira me olhou assustada e deixou cair os panos no chão. Logo um enorme sorriso esboçou em seus lábios.

– Meu Deus! Você acordou! Espere um segundo que vou chamar o doutor!

E então ela saiu correndo. Eu ainda estava sem entender o porquê de ela ter ficado tão chocada com isso. É óbvio que eu estava acordada. A reação dela só serviu para me deixar mais confusa do que já estava.

– Oh, mas isso é um milagre. – o médico falou assim que entrou em meu quarto junto da enfermeira. – Como se sente, Diana?

– ...Bem... e confusa.

– Eu entendo... Entendo perfeitamente.

– Onde está o meu pai? E os meus tios?

– Não sei quanto aos seus tios, mas seu pai está em casa no momento. Já pedi para a recepcionista que o avisasse por telefone. Ele já deve estar a caminho.

A enfermeira veio até mim e ergueu minha cama, de forma que eu pudesse ficar sentada. Olhei para um calendário que havia na parede, indicando o mês de Abril de 1996. A enfermeira ligou a televisão na MTV, e por coincidência ou não, estava sendo transmitido o clipe de Sweet Child O’ Mine. Assim que a imagem de Duff apareceu, foi como se um raio atingisse minha cabeça.

Ele nu, sobre o corpo igualmente despido de Cece. Antes daquilo, a descoberta sobre minha mãe, Ianca, estar viva e ser na verdade a minha futura madrasta, Verônica. A mentira que todos esconderam de mim por tanto tempo e a traição do amor da minha vida. Como eu fui me esquecer disso?

Quando me vi sozinha, lágrimas pesadas começaram a escorrer por meu rosto, num choro silencioso. Tratei de enxugá-las como pude. Era doloroso, mas não podia chorar. Eu precisava ser forte. O médico disse que meu pai logo estaria ali. Com certeza ele chegaria acompanhado da Verônica. Ou melhor... da minha mãe.

Poucos minutos depois, um raio ruivo adentrou meu quarto e me abraçou enlouquecido. Eu reconheceria aquele perfume em qualquer lugar. Sim. Era meu pai.

– Filha... Minha filha... Didi! Você acordou! Graças a Deus! Você não sabe a angústia que passei durante todo esse tempo! – falava ele, descontrolado.

Eu não consegui responder. Ainda estava confusa, e no fundo, magoada. Foi então que outra pessoa entrou. Uma mulher. Pensei ser Verônica, mas meus olhos se estreitaram ao ver que não se tratava dela.

– Didi... – começou meu pai, assim que se afastou e se sentou no banco ao meu lado. – Lembra-se dela? – perguntou, ao apontar com a cabeça para a mulher que entrava.

– Stephanie Seymour? – indaguei.

– Que isso, Diana. Me chame de Stephanie. – ela deu um fraco sorriso.

– O que ela faz aqui? – perguntei, confusa.

– Não seja grosseira, filha... – meu pai pediu.

– Não se preocupe, meu amor. Ela não sabe de nada afinal. Contaremos tudo depois.

“Meu amor”?

– Eu tratei de... avisar ao Izzy e os outros que você acordou. Apesar de tudo, eles merecem te ver.

– Eu... não estou entendendo... – falei enfim.

– Senhor Rose. – o médico entrou novamente. – Precisamos fazer uma bateria de exames em sua filha. Depois poderá conservar com mais tempo.

– Sim, doutor. – falou meu pai. Ele me deu um beijo na testa antes de sair.

Fizemos as tais baterias de exames, que duraram quase uma hora. Voltei caminhando para o meu quarto. Os médicos disseram que eu precisava recuperar as forças em minhas pernas. Eu vestia uma daquelas camisolas ridículas de hospitais, e por baixo uma lingerie branca simples. Fui ao banheiro encarar meu reflexo pálido, os olhos azuis fundos e inchados e os cabelos loiros mesclados com ruivo na raiz. Estava na hora de retocar a cor.

Saí do quarto, ainda meio atônita, quando de repente um vulto correu em minha direção e me abraçou forte. Quase fui sufocada pelas gadelhas cacheadas do tio Slash.

– Puta merda, garota! Quanto tempo eu esperei por isso! – falava ele, loucamente.

O afastei da maneira que pude. Estava começando a ficar irritada com tanta confusão em minha cabeça. Iria fazer um bilhão de perguntas, quando avistei uma mulher ao lado dele.

– Ah, Didi! Lembra da Renée? – perguntou ele. – A minha esposa?

– Esposa?

Caminhei até a beira da cama e me sentei. Alguém quer me explicar o que caralhos se passa no meu mundo? Eu estava lá, num maldito quarto de hotel, quando descubro que minha família inteira mentiu sobre a morte da minha mãe, ao mesmo tempo em que descubro que meu namorado estava me traindo com umas das saxofonistas da banda, e agora estou num quarto de hospital revendo-os com as ex-esposas?

– Eu...-

Minha fala foi interrompida quando Izzy e Steven entraram correndo no meu quarto. Ambos estavam com expressões indecifráveis, num misto de alegria e tristeza. Tio Steven inclusive se ajoelhou aos meus pés como um doido.

– Didi! Didi! Que felicidade! Que bom que você está bem! – falava ele.

Tio Izzy veio discretamente até mim e me abraçou forte, como se fizesse anos que não nos víamos.

– Você não sabe as dores de cabeça que vocês nos causou, baixinha. – falou ele, baixo, como se estivesse controlando o choro.

– Mas...- – eu não conseguia completar as frases. Estava tão confusa e desnorteada, que mesmo que eles não me interrompessem, não conseguiria falar nada.

– Hey, precisamos sair. – falou tio Slash. – Se não a girafa não pode entrar.

Confesso que meu coração disparou ao ouvir aquilo. Duff estava ali. O amor da minha vida estava ali. Parecia que se passaram anos sem vê-lo, sem beijá-lo, sem abraçá-lo. Eu precisava tê-lo aqui, pelo menos para que ele me explicasse tudo o que houve naquele quarto de hotel, e tudo o que estava havendo aqui, nesse momento.

– Mas a gente mal falou com a Didi! – Steven choramingou.

– O médico disse que ela logo terá alta, então não se preocupe. – respondeu Izzy.

Dito isso, e então todos saíram. Fiquei ali, sentada naquela cama e na expectativa. Instantes depois, ele apontou naquela porta. Perfeito do jeito que sempre foi, e tão sorridente que os dentes mal cabiam na boca. Seus olhos marejaram a me ver e ele correu em minha direção. Me abraçou com tanta força que acabamos caindo para trás na cama, com ele deitado sobre mim.

– Didi, Didi, Didi! Você está bem! Quando o Axl me ligou eu quase não acreditei! Não aguentei a emoção da notícia! Caramba!

– Tio Duff... – eu falei baixo, tentando afastá-lo de cima de mim, ao menos alguns centímetros. A vontade que tive era de beijar aqueles lábios, mesmo lembrando-me da sua traição. Parecia que tantos anos haviam se passado sem sentir seu gosto, que nada mais me importava.

– Ela está bem? – uma voz feminina perguntou.

– Sim, está ótima! – falou Duff sorridente, ao se levantar de cima de mim.

Ergui o meu corpo para poder verificar quem havia falado. Meus olhos se arregalaram. Aquilo só podia ser um pesadelo...

– A Didi acordou, Linda! – falou Duff, animado. – Ela acordou, meu amor!

“Meu amor”...

– Tio Duff... – eu o chamei. – Poderíamos... conversar? – olhei discretamente para a Linda. – Em particular?

– Ah, claro. – falou ele, ao olhar para Linda e... lhe depositar um selinho nos lábios. – Me espera lá fora, amor.

– Tudo bem.

Linda sorriu e saiu do quarto. Engoli de volta o que tinha no estômago, mesmo sentindo que nele não havia nada.

– Pelo amor de Deus, Duff... – comecei. – Me diz que eu estou sonhando.

– Hã? Como assim? – ele sorriu. – Você acordou! Não está sonhando!

– Não, Duff! Tem que ser um sonho! Um terrível sonho! – elevei meu tom de voz sem querer.

– Ei... – ele ficou confuso. – O que houve com o “tio Duff”? Não precisa ser tão séria, Didi-

– Precisa sim! – esbravejei. – O que estava fazendo na cama com a Cece?! E agora com a vadia da Linda?!

– O que-? – ele parecia confuso.

– Não se faça de inocente! – me levantei da cama e comecei a andar para os lados. – Estávamos na turnê Back To The Jungle! Eu entrei em seu quarto e vi vocês dois! E mais! Vocês mentiram sobre a minha mãe, não é? A Verônica na verdade é a Ianca Fay! Vocês sabiam que ela estava viva e ninguém me contou nada!

– Didi... – ele me chamou, mais calmo. Se aproximou de mim e colocou suas mãos em meus ombros. – Eu não sei do que está falando... A Cece... Eu nunca tive nada com ela. E a sua mãe... ela está morta. Há anos. Você sabe...

– Mentira... – meus olhos começaram a marejar.

– E que turnê é essa? – perguntou. – Estamos separados, Didi. O Guns N’ Roses acabou poucos meses depois do fim da Use Your Illusion.

– É mentira... – uma lágrima escorreu por meu rosto.

– Didi... você passou mal durante nosso show com o AC/DC... fez uma cirurgia no coração... e esteve em coma por cinco anos...

Meus olhos se arregalaram como nunca. Recuei alguns passos para trás, até bater com as costas na parede. As palavras que Duff falou... Tudo aquilo que eu acabara de ouvir... parecia tão verídico que chegava a me assustar. Engoli minha saliva a força. Meu coração começou a bater tão rápido que pensei que fosse enfartar. Mas não! É mentira! Meus cabelos estavam loiros! EU os pintei!

– P-Pare que mentir... Eu pintei os meus cabelos de loiros só para provocar o meu pai! Porque eu queria... queria chamar a atenção de vocês e fazê-los se reunir de novo!

– Pintamos o seu cabelo porque pensamos que fosse gostar. – ele deu um sorriso triste. – A falta de proteínas e vitaminas, mais os remédios fortes, estavam fazendo seus cabelos perderem a cor. Daí nós fizemos isso. Foi ideia do Axl.

– É mentira! – eu gritei. – Vocês estavam juntos na minha festa de quinze anos! Foi você... Foi você quem me deu o primeiro beijo, tio Duff! Foi você quem tirou minha virgindade aos dezoito! Foi pra você que eu disse Eu Te Amo!!

Ele soltou um suspiro tão triste que partiu meu coração.

– O médico disse que foi um sonho criado a partir do seu coma. Nada disso... nada disso realmente aconteceu. – ele deu de ombros. – Eu sinto muito, Didi...

Ele sente muito... Duff sente muito... Sente muito? Ah, vai se foder! Vai se foder, Duff! Foda-se você! Foda-se meu pai! Foda-se qualquer um que diz ser da minha família! Eu não tenho nenhuma família! Com certeza tio Mike sabia de tudo e não me falou nada! Bando de mentirosos...! Bando de pessoas que não se importam nem um pouco comigo e com o que eu penso!

A luz voltou aos meus olhos e eu voltei para aquele quarto de hotel, desejando todos os foda-se possíveis para aquelas duas pessoas nuas naquela cama. Queria muito estar naquele quarto de hospital, vivendo uma mentira dentro de um coma, do que a realidade de estar sendo traída por todos aqueles que amo.

Duff se levantou da cama, enquanto vestia sua cueca às pressas.

– Didi, me escuta! Não é o que está pensando, meu amor!

– VÃO SE FODER, VOCÊS DOIS!!!  – gritei, antes de sair dali e bater a porta com força.


Notas Finais


Fanfics novas:

Guns N' Roses - Live Fast, Die Young: https://spiritfanfics.com/historia/live-fast-die-young-9892060
Blink-182 - REC. 182 Minutes: https://spiritfanfics.com/historia/rec-182-minutes-9814746


Não me matem '-'


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