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História Big Happy Family - Do You Remember Me?


Escrita por: Day_McKagan

Notas do Autor


CHEGAAAAY! <3

Primeiro de tudo, estou feliz que não tenham me matado depois do último capítulo! shaushausau Eu fiz aquilo justamente pra ver se meus leitores acordavam, e olha só, 11 comentários desesperados! shaushaushau ^^''

Quero agradecer demais a quem comentou e favoritou! Amo todos vocês! *----* Espero que continuem comigo! <3 E não me matem... '-'

Boa Leitura! ;)

Capítulo 132 - Do You Remember Me?


Fanfic / Fanfiction Big Happy Family - Do You Remember Me?

Duff POV ON

Minha cabeça doía e meus olhos ardiam como se alguém tivesse jogado sal neles. Aquele grito fez minha visão se distorcer e de repente quem estava debaixo de mim naquela cama não era mais a Diana, mas sim a Cece. Mirei meus olhos em direção à porta com um tremendo susto, os olhos arregalados e a boca aberta. Senti todo o sangue sumir do meu rosto e o restante gelou. Eu quis morrer.

Não perdi mais tempo. Levantei-me daquela maldita cama e comecei a procurar minha cueca, vestindo-a rapidamente.

– Didi, me escuta! Não é o que está pensando, meu amor!

– VÃO SE FODER, VOCÊS DOIS!!!

Ela gritou com toda a força que conseguiu, antes de sair do quarto e bater a porta com extrema força. Não pensei duas vezes em querer ir atrás dela, mas antes precisava da minha calça, e eu não a encontrava em lugar algum. Olhei para a cama, e para minha surpresa, Cece segurava a peça de roupa com um sorriso debochado no rosto.

– Me dê essa calça, Cece! Preciso ir atrás da Didi!

– Ai, que isso, Duffynho? Ela já sabe da nossa relação.

– Relação merda nenhuma! Eu nunca trairia a Didi, muito menos com você!

– Não foi o que ela viu.

– Você me drogou! Colocou alguma merda na minha bebida!

– Muito esperto. – ela sorriu.

– Anda! Me dê essa calça!

– Pra que se preocupar com aquela garota se já está tudo fodido mesmo?

– O que quer dizer com isso?!

– Ora, além do fato dela testemunhar sua traição? Ela descobriu tudo. Descobriu o que vocês fizeram, descobriu quem realmente é aquela mulher. Descobriu que foi feita de idiota por anos.

– Do que você está falando?!

– Da mãe dela, oras! – o sorriso de Cece fez meu rosto empalidecer. – Ela descobriu que aquela tal de Verônica é a mãe dela, e que todos esconderam isso.

– Impossível! Não tem como ela saber uma coisa dessas!

– Eu deixei uma gravação em fita no quarto dela, e o RG daquela mulher colado na porta. – explicou ela, ainda sorridente. – Eu abri os olhos da coitadinha.

– SUA IMBECIL!! VOCÊ NÃO TINHA ESSE DIREITO!!

– Ela iria descobrir mais cedo ou mais tarde. Eu apenas apressei as coisas.

Na raiva, puxei minha calça que estava nas mãos de Cece e a vesti, coloquei minhas botas de cowboy às pressas e saí à procura da Diana. O problema é que seria procurar uma agulha em um palheiro, pois aquele hotel era gigante! Procurei naquele prédio de cima abaixo, mas nada de encontrá-la. Quando estava prestes a voltar para o elevador, acabei esbarrando em Axl.

– Hey Duff! Estamos te procurando. Se arrume para a festinha cara. – falou ele. – O terraço será nosso essa noite.

– Ah, eu não posso!

– Por que não?

Fiquei mudo. Não podia simplesmente dizer que Cece havia fodido tudo e que agora Diana sabia toda a verdade sobre a Ianca e ainda por cima me viu quase transando com a Cece. No fim das contas, Axl me convenceu a ir para a festinha. Tomei um banho, troquei de roupa e me dirigi para o terraço. Eu estava sem ânimo algum, então apenas me sentei em uma mesa e fiquei.

– Alguém viu a minha filha? – perguntou Axl.

– Eu não vejo a Didi desde manhã. – comentou Slash.

Quase que simultaneamente a fala de Slash, a porta do elevador se abriu e alguém entrou. Era Diana. Ela usava uma saia preta xadrez, uma regata preta e All Star da mesma cor. Ela chorava, e a maquiagem em seus olhos estava borrada. Logo os rostos de todos esboçaram preocupação, especialmente por parte de Axl e Ianca. Tive vontade de correr até ela e tentar explicar a cena de antes com Cece. Levantei da cadeira, mas não tive tempo. Axl foi mais rápido.

– Didi, minha filha, o que houve?

Diana empurrou Axl para o lado, tirando-o do seu caminho e indo rente à Ianca. O braço da loira voou e a marca dos seus cinco dedos ficou no rosto de Ianca. Os olhos de todos ficaram mais esbugalhados que lua cheia. Axl ficou vermelho na hora, tomado de raiva.

– Por que fez isso, Didi?! – perguntou o ruivo.

– Porque ela é uma mentirosa!! – gritou Didi. – Aliás, todos são! Todos vocês são um bando de mentirosos!! Esconderam de mim toda a verdade!!

– Do que está falando, Didizinha? – perguntou Stee, já apavorado.

– SOBRE A MINHA MÃE!!

Se todos já estavam pálidos de surpresa, agora quase desmaiaram.

– Eu descobri tudo!! A Verônica?! Ela não existe! Essa mulher é Ianca Fay!! Ela é a minha mãe!! Agora eu perguntou o por quê?! Por que ninguém me contou nada??!!

– Didi... Querida... Eu posso explicar tudo... – Ianca falou, mas Diana a empurrou para longe.

– Eu não quero saber de explicações! Você se afastou de mim! Foi embora quando tinha oito anos e teve coragem de forjar sua própria morte!

– Diana... a sua mãe teve que fazer isso para poder se curar... – começou Axl. – Um magnata traficante de mulheres iria fazer isso, mas como pagamento ela teria que ser sua amante particular. Por isso fingiu ter morrido...

– E ELA NÃO PENSOU NEM POR UM SEGUNDO EM ME LEVAR COM ELA?! – os gritos de Diana vieram junto de mais uma onda de lágrimas intensas. E eu ali, em pedaços, vendo-a tão mal e sem poder fazer nada... – VOCÊS NÃO SABEM O QUE FOI CRESCER SEM ELA!! A DOR DE NÃO TER MINHA MÃE AO MEU LADO!!! E QUANDO ELA APARECE VOCÊS ESCONDEM ISSO DE MIM??!! POR QUE CARALHOS PENSARAM QUE ISSO IRIA ME AJUDAR EM ALGO??!! TUDO O QUE EU PRECISAVA NESSA DROGA DE VIDA ERA DE UMA FAMÍLIA, E A QUE TENHO NÃO PASSA DE UNS MENTIROSOS!!

Todos ficaram mudos. Ninguém ousou falar nada. Todos nós sabíamos que Diana tinha razão. Não tínhamos o direito de esconder a verdade sobre algo tão crucial. Quando pensei que a onda de fúria dela tinha se esvaído, seu olhar furioso e cheio de lágrimas se voltou para mim. Á passos firmes ela se aproximou e meus olhos se arregalaram assim que recebi sua bofetada. Coloquei minha mão esquerda em minha bochecha dolorida e voltei a olhá-la, a tempo de vê-la retirar a aliança do seu dedo e jogá-la no chão.

Só com isso, senti um repuxo em meu estômago, um frio na barriga tão intenso que pensei ter um iceberg ali dentro. As lágrimas da Diana se tornaram ainda mais intensas no segundo após ter feito aquilo. Eu não queria acreditar, mas já sabia o que viria em seguida. Eu perdi as palavras. Não conseguia dizer nada. A voz não saía. A minha não, mas a dela sim...

– Acabou, tio Duff... – ela mordeu os lábios, sentindo uma nova onda de lágrimas chegando. – Agora está livre pra fazer o que quiser com a puta da Cece!

Correu sua mão direita pelo rosto, secando algumas lágrimas, para então se afastar de mim. Consegui enfim fazer algo. Corri até ela e segurei seu pulso, mas ela me rebateu para longe.

– Didi, espera!

– Não me toque! – gritou ela. – Não quero saber de explicações e nem desculpas! Estou cansada de perdoar vocês! Agora me deixem em paz!

Me empurrando mais uma vez, saiu através da porta que dava para as escadarias...

Olhei para trás, na direção dos outros. Eu ainda tinha que dar explicação a eles.

E eu estava destruído...

***

Diana POV ON

Saí daquele hotel sem ao menos olhar para trás. Segui caminhando pela calçada, sempre em frente. Só queria um lugar para ficar sozinha com meus pensamentos enlouquecidos. Sorte que peguei meu moletom e meu gorro, pois o ar estava meio frio naquela noite. Escondi minha maquiagem borrada com óculos escuros e tudo certo. Depois de caminhar alguns minutos, comecei a ouvir o barulho do mar. Uma praia deserta era ótimo...

Assim que cheguei, retirei meu All Star e segui caminhando pela areia com o tênis em minha mão. A brisa gelada parecia me acalmar. Eu estava em trapos. Queria muito ter uma arma para atirar em minha cabeça, mas não possuía. Afogamento também matava, mas preferiria uma morte rápida e sem dor.

Apesar de quê, mesmo sem dor física, a dor dentro de mim estava me matando aos poucos.

Sem que eu pudesse conter, mais e mais lágrimas saíram de meus olhos. Meu peito doía tanto que parecia estar sendo perfurado por uma lâmina envenenada. Minha cabeça latejava em dor depois de tanto chorar. Era horrível. Eu havia sido traída por todos aqueles que eu amava. Traída por meu pai, minha mãe, meus tios e meu namorado. Pior que isso, somente a morte...

Passei meu punho direito por meu nariz, assim que funguei. Eu tentava não chorar, mas as lágrimas escorriam sem parar. Caminhei mais um pouco, até que a água do mar molhasse meus pés até o tornozelo. Agora minhas lágrimas escorriam, caiam e se misturavam às águas salgadas daquele imenso oceano.

– Eu não sei o que fazer... – acabei falando. Olhei para cima e vi aquela maldita estrela brilhante. Acabei chorando de novo... – Mentirosa... Isso o que você é... Você nunca foi minha mãe... Passei dez anos da minha vida conversando com uma maldita estrela por sua causa... Eu sou... muito idiota...!

– Diana?

Levei um tremendo susto ao ouvir aquela voz. Olhei para trás, vendo um rapaz alto, vestindo calça jeans com as barras um pouco dobradas, camiseta marrom, jaqueta em um tom mais escuro, estava descalço e com um par de tênis na mão direita. Os cabelos castanhos com uma franja tapando sua testa, os olhos verdes iluminados pela luz da lua, o contraste de sua pele branca e o perfume que exalava fizeram meus olhos ficarem mais abertos do que o normal. Não sabia o que dizer...

– Diana Rose? É você, não é? – perguntou mais uma vez. Algo na voz dele me relaxava.

– Sim... Sou eu. – enfim falei.

– Eu sabia...! – um lindo sorriso de dentes brancos se abriu em seu rosto. – Lembra-se de mim?

– Ah... – olhei rapidamente para os lados, como que para me certificar de que tudo aquilo não passava de algum tipo de pegadinha. – Desculpa... acho que não te conheço.

Ele riu com isso.

– Eu já imaginava, afinal, eu cresci um pouco.

Eu ainda estava bastante confusa com tudo aquilo.

– Meu nome é Samuel Morino. – começou ele. Seu sorriso insistia em que atrair. – Mas pode me chamar de Sam.

Meus olhos se arregalaram tanto que quase caíram e se perderam nas ondas do mar. Minha reação e expressão fizeram outro sorriso inundar aquele lindo rosto. Senti um frio na barriga pela primeira vez em anos, e meu coração começou a bater num ritmo que não sabia explicar e nem justificar.

“Como é o seu nome?”

“Diana.”

“Muito prazer Diana. Meu nome é Sam.”

– S... Sam? A... Aquele Sam? De um show há uns cinco anos atrás?!

– Isso! Esse mesmo! – ele tornou a sorrir. – Puxa vida, pensei que não fosse se lembrar de mim.

– Demorei um pouco para lembrar, porque... Bem... Você mudou um pouco.

– Cresci meio metro em cinco anos. – ele brincou.

Por incrível de pareça, agora ele tinha mais ou menos a altura do Duff.

– Mas me diga, o que faz aqui?

– Esqueceu que meu pai é programador de shows? – começou ele. – Acontece que eu estou trabalhando com ele agora.

– Então o show do Guns amanhã... – deduzi.

– Sim. Estarei trabalhando lá. – ele sorriu novamente. – Quando recebi a proposta desse emprego e ainda que seria um show do Guns N’ Roses, eu tinha certeza de que te encontraria. Mas estou surpreso de ter sido numa praia deserta.

Eu acabei sorrindo de canto.

– Quem garante que não está me rastreando?

– Que isso, não sou tão maníaco assim.

Acabamos rindo com isso. No meio da risada, passei minha mão sobre meu nariz, contendo uma fungada. Infelizmente Sam notou isso.

– Estava chorando? – perguntou, preocupado.

Soltei um suspiro longo.

– Não adianta tentar esconder isso, não é? – acabei falando.

Sam seguia me olhando com preocupação, até que resolveu tirar meus óculos escuros e revelar meus olhos vermelhos, inchados e borrados depois de tanto chorar. Senti meu rosto quente de vergonha.

– O que houve, Diana? – perguntou.

– Nada demais, eu só... descobri que minha família inteira mentiu pra mim sobre a morte da minha mãe..

– Como assim? – Sam ficou surpreso.

– A minha mãe havia morrido quando tinha oito anos, e foi assim que eu conheci e fui morar com meu pai... – acabei me dando conta do que havia falado e desviei o olhar. – Falando nisso, me desculpe por não ter te contado sobre isso. Naquela época ninguém sabia que Axl Rose era meu pai então...

– Hey, não precisa pedir desculpas. – começou ele, sorrindo fraco. – Graças a você, tive um dos melhores dias da minha vida.

Esbocei um rápido sorriso de alívio.

– Então... Há uns meses atrás meu pai reencontrou uma antiga namorada. – comecei novamente. – Mas acontece que essa mulher era a minha mãe.

Nos afastamos um pouco da água e nos sentamos num monte fixo de areia de frente ao mar. Expliquei a Sam toda a história que eles me contaram e os motivos de eles terem feito aquilo tudo. E prossegui com meus problemas.

– Como se não bastasse isso, acabei descobrindo que meu namorado estava me traindo com uma saxofonista.

– Seu namorado... o Duff? Então é verdade?

– Não saímos da capa da Rolling Stone à toa. – dei um sorriso torto.

Sim. Junto do anuncio da turnê “Back To The Jungle”, Slash e Duff fizeram os anúncios sobre suas namoradas, e nós quatro saímos em reportagens em revisas e jornais em todo o mundo.

– Mas agora acabou tudo... – acabei falando, enquanto massageava meu dedo anelar, agora com apenas a marca da aliança. – Vê-lo com aquela mulher foi o fim...

– Mas você ainda o ama, não é?

– Eu não posso negar... – comecei, ao olhar para a areia. Sam seguia me olhando de forma fixa, sentado ao meu lado. – Eu o amo desde os meus treze anos, eu acho... Mas o acúmulo de decepções, as mentiras e agora essa traição... Eu não aguento mais...

Evitei chorar, mas uma lágrima idiota insistiu em cair por meu olho esquerdo. Fui surpreendida quando Sam me fez encará-lo nos olhos, e com sua mão direita secou a lágrima que eu havia derramado. Meu rosto enrubesceu um pouco.

– Não chore... Você é tão linda sorrindo...

Acabei expressando um pequeno sorriso triste.

– Obrigada, Sam... Eu precisava mesmo de alguém para conversar... Tive muita sorte de te encontrar aqui...

– Sabe que pode contar comigo. – ele sorriu.

Suas mãos acariciaram meu rosto, enquanto nossos olhos mergulhavam intensamente um no outro. Logo seu sorriso desapareceu naquele clima tenso que se estendeu entre nós dois. Eu estava ali, paralisada e sem ter o que fazer ou dizer. Eu estava em paz, mesmo naquela tempestade que havia se tornado minha vida. Percebi o rosto de Sam se aproximar um pouco. Eu sabia o que ele queria. Sabia o que ele sempre quis, desde o momento em que nos conhecemos naquele backstage...

E quer saber? Eu também queria. Queria muito. Eu sentia que podia ser eu mesma com ele, sentia que podia encontrar tranquilidade ao lado dele. Em poucos minutos de conversa, Sam me fez sorrir mesmo depois de tudo.

Coloquei minha mão direita em sua nuca e nos beijamos.


Notas Finais




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