Tao Pov's
Acordei quando os raios solares bastante forte adentraram no meu quarto, provavelmente estaria atrasado - já devia estar na academia.
Procurei meu celular e olhei a ora. Caramba, eram 09:20. Eu estava bastante atrasado.
Me levantei e estiquei meu corpo - estava bem dolorido por causa das horas extras na academia; Não sei porque acordei tarde se ontem fui dormi cedo.
Nunca fui uma pessoa de dormir até tarde, sempre me dediquei a acordar cedo mas dessa vez não sei o que aconteceu.
Sem mais delongas, corri para o banheiro para tomar uma chuveirada e me arrumar o mais rápido possível.
Desci as escadas e fiquei surpreso por encontar a Grazzy acordada e o D.O ainda em casa.
— Ora ora, veja se não é a belo adormecido que acorda cedo, finalmente acordou. — foi só entrar na cozinha que a Grazzy já começou a fazer suas gracinhas e eu nem me ao luxo de responder, até pra falar estava dolorido.
Quando estava quase terminando o meu café da manhã a Grazzy e o D.O estavam saindo de fininho no maior silêncio, o que era suspeito.
— Ei vocês dois. Aonde vocês pensam que vão ? — falo terminando meu suco de maracujá e os dois me olham como se tivessem sido pegos no flagra.
— Eu vou na casa da Manu. — a Grazzy fala jogando as mãos para o alto.
— Eu tenho algumas coisas para resolver, encontrei um trabalho na gravadora. — D.O fala e fiquei feliz por dentro, sei como esse trabalho significa pra ele mas precisamos ter uma conversa séria.
— Primeiro eu quero conversar com vocês dois. Vamos para a sala. — disse caminhando para a a sala sentando na poltrona.
A Grazzy me olha com os olhos arregalados e o D.O solta um grunhido quando chegam na sala.
— Fala sério Tao, não pode ser outra hora. — ele fala meio impaciente.
— Não D.O, tem que ser agora. Aliás já era para termos essa conversa. — digo e Grazzy fica apenas atenta sem falar nada e acho que D.O sabia do que eu queria falar.
— Meu Deus Tao! Não temos mais sete anos, já somos bem grandinhos. — ele disse meio furioso mas eu sei que não é comigo; ele apenas está confuso.
— D.O, senta logo sua bunda aí. — disse e ele bufando resistiu e sentou.
Esperei uns minutinhos deixando o pouco de silêncio no ar para suavizar nossas expressões.
— Grazzy comece. — ela me olha meia confusa mas havia uma sombra de que sabia de que eu falava. — O que está acontecendo ?
Grazzy fica hesitante e dá umas duas respiradas profundas antes de soltar e começar.
— Acho que estou apaixonada... — Ai, o que eu mais temia. Simplesmente fico sem fala, o que eu poderia falar sem deixar ela arrasada, admito que sou um pouco ciumento, mas também não quero que ela namore. Pelo menos não agora. Sem saber exatamente o que falar , deixei ela prosseguir. — Eu estou gostando de uma pessoa e eu acho que essa pessoa também gosta de mim mas está confusa que nem eu.
— E porque essa pessoa estaria confusa? — finalmente perguntei.
— Bom... — ela olhou para o D.O rapidinho e olhou para mim depois olhou para suas mãos que estavam apertando entre si. Ela estava nervosa. — Eu meio que fugia dele quando deu a perceber que eu gostava dele.
— E porque você fugiu ? — perguntei e ela olhou mais uma vez para o D.O e fez uma careta antes de voltar sua até atenção para mim.
— Por que o D.O deu uma de irmão ciumento toda vez que eu chegava perto do garoto; e eu já estava confusa então dei uma afastada pra ver se o D.O parava de bancar o irmão ciumento porque já basta você, vou tem que aturar o outro também, ninguém merece né. — fiz uma careta por ela ter me colocado na historia me chamando de ciumento.
— Ahh, você queria que eu fizesse o quê depois de ver abraçando e beijando ele ? — D.O diz apontando para ela.
— GRAZZY ?
— Ahh Tao por favor né, eu tenho vinte anos..— ela se defende mas o que ela não sabe é que sempre continuará sendo minha garotinha.
— Tá, quem é o garoto ? — pergunto.
— O.... Ma.... — ela falou tão baixo que eu nem conseguir ouvir.
— O quê ? Eu não ouvi ?
— O Mark, Tao. O Mark. A Grazzy está apaixonada pelo Mark, o irmão da Manu. — D.O fala no lugar dela e se levanta do sofá.
— D.O dá pra parar... Ele perguntou pra mim. — Grazzy fala também se levantando do sofá.
— Você não fala, O jeito é falar por você.
— O quê ? Sério ? E como eu nunca percebi isso ? — digo tentando encontrar uma lógica e ignorando a birra deles.
— Porque a Grazzy sabe esconder bem. — D.O fala sentando.
— D.O para de colocar mais lenha na fogueira... E não é que eu escondia Tao, eu só estava confusa... Não tinha como eu falar algo que não tinha certeza. — ela argumentou e sentou lentamente como se tivesse pensando.
E agora você tem certeza ? — pergunto mas ela não fala nada; mas não precisava estava estampado na cara dela que sim. Minha garotinha estava apaixonada.
— E eu ainda só descobri, quando o Mark trouxe a Grazzy para casa e a ex-namorada do Mark quase a arrastou pelo cabelo. — D.O diz me fazendo arregalar os olhos, só pode ser brincadeira.
— Grazzy só pode ser brincadeira né ? Briga com a ex dele ?
— Isso D.O, incendeia logo. — Grazzy olha pra ele com uma careta. — Tao não foi exatamente uma briga, ela me pegou de surpresa e eu não fiz nada.
— Vou falar com o Mark...
— NÃO... — Grazzy grita me assustando e se ajoelha na minha frente colocando os braços nas minhas coxas. — Por favor Tao, deixa eu resolver isso. Por favor Tao...
— OK, vou deixar isso com você.. — falo. Sei que ela precisa resolver, acho que é um jeito dela amadurecer. — Mas se acontecer alguma coisa não hesite em me falar, tá ouvindo ? — ela balança a cabeça e pula no meu colo abraçando minha cintura.
— Obrigado Tao... — e dá um monte de beijinhos no meu rosto.
— Tá bom Grazzy... — ela para e dá um sorrisinho convencido. — Tem mais alguma coisa acontecendo ? — pergunto e ela dá outro sorriso negando. — E você D.O ?
— Eu o quê ? — ele me olha assustado. Ai tem coisa. Muita coisa.
— O que está acontecendo com você ?
— N-nada, não está a-acontecendo na-nada. — ele gaguejou muito para não estar acontecendo nada.
— Tem certeza ? — decidi juntar os fatos. — E naquele dia em que ficou gritando que nem um louco no quarto einh ? Tem algo a falar sobre isso ?
— Não sei do que você está falando ? — ele faz uma cara de desentendido e virou o rosto para o lado.
— Claro que sabe D.O. — Grazzy interrompe e D.O balança as mãos como se tivesse pedindo para que ela parasse. — Tao, o D.O está apaixonado pela Dasom, a amiga da Bora.
— Caramba Grazzy, não podia ficar de boca fechada pelo menos uma vez. — D.O reclama.
— Você ficou quando eu pedi ? NÃO.
— Mas eu posso, você não...
— Ei crianças, da pra vocês pararem... — falo, mdss esses dois só fazem brigar. — Vai D.O fala logo..
D.O bufa e se dar por vencido.
— Eu g-gosto da Dasom e eu acho que ela também gosta de mim, mas até agora ela se faz de desentendida, acho que eu estou louco e tô achando coisas.
— Não, vocês se mesmo. É porquê você ainda não viu seus olhinhos brilhando quando vê ela e também não percebeu quando ela fica toda atrapalhada quando vê você. Com certeza não é coisa da sua cabeça. — Grazzy fala quase debochando.
— Dá um tempo Grazzy...
— Mas é verdade...
— Ok, por um momento dá para vocês ficarem quietos... — digo e eles ficam dando língua um para o outro me fazendo revirar os olhos. Crianças.. — E D.O, você devia falar com ela talvez isso resolva.
— É, eu estava pensando nisso... — ele coça a nuca meio atrapalhado.
— Agora deu, tô duas crianças apaixonados aqui em casa. — reclamo saído da sala mas ainda deu pra ouvir os dois gritando:
— EU NÃO SOU CRIANÇA....
O jeito era deixar eles resolverem suas próprias confusões, deixar eles amadurecerem, deixar um pouco de lado "irmão ciumento" que nem a Grazzy disse, até porque acho que vai ser difícil.
Vou para o quarto e troco de roupa. Coloco uma calça jeans branca junto com uma blusa preta acompanhado de um tênis preto - já que hoje eu só vou ter Bora como aluna na academia então não vou precisar ir com roupa de academia. Dou uma passadinha meu cabelo e coloco meu boné branco antes de sair.
Nossa! São quase uma hora da tarde.
Encontro o D.O e Grazzy na cozinha almoçando.
_ Ei, vou para a academia...
— Não vai almoçar ? — Grazzy pergunta levando macarrão até a boca.
— Eu como alguma coisa na academia. — digo saindo de casa.
A rua da academia estava bem movimentada, os carros passavam o sinal vermelho. De longe vi a Bora do outro lado da rua na calçada tentando atravessar. Ela estava de legue e um top acompanhada de tênis roxo com rosa - bem preparada.
O sinal - que estava verde — ficou vermelho e começou a atravessar na faixa.
Bi. Bi.
DROGA. Um carro desgovernado vinha em alta velocidade buzinando. Meu Deus, ele está quase em cima. BORA.
— BORA.... — ela ainda estava no meio do caminho e o carro estava quase...
Ai Merda.
Corri o mais rápido que eu pude e me joguei em cima de Bora. Virei o meu corpo para que a Bora caísse em cima de mim e não se machucasse. Minhas costas do eram por causa do impacto mas não me importei muito. Vi o carro seguir ainda em alta velocidade.
Levantei o braço que estava protegendo a cabeça de Bora e vi seus olhos arregalados marejados.
— Você está bem ? — pergunto tirando uma mecha que havia caído em seu rosto.
— Acho que sim. — ela responde com a voz meia trêmula. Levanto devagar e ajudo ela a se levantar mas a mesma quase cai mas se apoia passando os braços pelo meu pescoço. Olho pra ela confuso:
— Meu joelho... Eu machuquei meu joelho. — ela diz fazendo uma careta.
— Vem, vou te ajudar... — peguei a Bora no colo e atravessei a rua com cuidado para não se deparar com nenhum maluco em alto velocidade passando o sinal vermelho.
Tentei abrir a academia com a chave com uma certa dificuldade mas consegui. Coloquei Bora com cuidado no sofá que tinha nos fundo e puxei um banquinho para sentar, ajustei sua perna no meu colo para ver o joelho. Toquei de leve e Bora soltou um gemido de dor, olhei para cima e a encontrei me observando com uma careta.
— Err... Eu tenho um probleminha no joelho, acabei batendo ele na calçada. — Ela explica e eu tive vontade de ir atrás do desgraçado que quase atropelou Bora e dá uma lição por ser tão inconseqüente.
Pego o óleo que estava numa mesinha ao lado do sofá e levanto até o joelho a calça para passar o óleo. Bora faz algumas caretas e soltas uns geminados de dor baixinho mas consegue suportar.
Quando termino de massagear seu joelho, sento no sofá ao seu lado.
— Você está bem mesmo ? Mais algum lugar dói ? — pergunto mas ela não diz nada.
— Obrigado.. — ela diz baixinho e me surpreende ao se inclinar para frente e selar meus lábios com os seus que caíram como um veludo. Ela separa e fica corada ao me ver pegando olhando fixamente para ela. — Desculpa pela calça... — ela diz e eu confuso olho para minhas pernas e vejo minha calça branca meio lixada e suja no joelho.
— Não ligue para isso... — digo ajustando meu boné branco. — Já almoçou ?
— Não...
— Ótimo, vou pedir alguma coisa pra gente comer... — digo pegando o telefone do meu bolso.
Tinha que ter um jeito de focar em outro coisa e comida era um ótimo meio de se distrair.
Vou acabar enlouquecendo também.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.