D.O Pov's
Finalmente chegou o dia de trabalhar. O estúdio mandou uma mensagem dizendo que eu começaria hoje.
Estava empolgado. Eu estava chegando lá.
Vesti um jeans e uma camisa preta, calcei meu tênis e dei uma arrumadinha passando a mão no meu cabelo. Passei uma mensagem rápida para a Dasom (afinal esse negócio de dar um tempo antes de namorarmos estava acabando comigo; porque não namorar logo? Mulheres tem cada coisa). Parei de pensar desci para comer alguma coisa.
— Cadê o Tao, Grazzy ? — pergunto entrando na cozinha e vejo apenas Grazzy.
— Ele saiu cedo... Disse que tinha que resolver uns negócios na academia. — ela disse sem virar enquanto coava o café.
— Nossa... — não era nem 08:30 direito. Sento e comece a fazer meu prato. Um pouco de queijo, morango, bolo laranja e... Paquecas.
— Peraí, foi você que fez as panquecas..? — pergunto pra ela e coloco um pedaço na boca. Estava bom. Duvido que foi a Grazzy.
— Não, foi o Tao. —ela respondeu olhando pra mim e revira os olhos como se tivesse lido minha mente.
Peguei um copo e coloquei suco de tangerina e mais uns minutinhos já tinha devorado tudo.
Subi para o meu quarto e escovei meus dentes. Eu estava agitado.
— Grazzy, preciso ir... Tenho uma entrevista de emprego num estúdio. OK ? — falo descendo as escadas e ela apenas assentiu.
Saí e andei até o endereço que me passaram pelo celular, não era tão longe. Ficava um pouco perto da casa do Jackson.
Parei de frente o estúdio. Era novo, bem conservado. Parecia que havia sido construída a pouco tempo. Não tinha placa, o que me deixou intrigado.
Parei de raciocinar e passei pelas portas de vidro escuras. NOSSA... Era bem arrumado o local. Não.... Era muito bem arrumado.
Passei por um corredor com quatro portas e continha mais uma porta no final do corredor. Nela tinha uma placa dizendo : OMG-Sala Principal.
Bati e logo um "Pode entrar" meio conhecido soou. Sem hesitar abri a porta e vi uma pessoa de costas numa cadeira giratória. Era conhecido... Era o ....
— Você é o candidato para a entrevista ? — a pessoa com a voz conhecida perguntou sem se virar.
— Jay Park ? — pergunto espantado. Ele se vira e mostra também espantado. — O que você está fazendo aqui?
— D.O ? ... Er... Eu sou o ... Dono dessa belezura. — ele diz nervosamente apontando para o estúdio.
— Isso aqui é seu ? — pergunto arregalando os olhos, novamente espantado.
— É.... É meu .... Esse estudio... — falou e me olhou meio nervoso.
— Nossa e eu nunca soube disso... — disse mas ele logo me interrompeu.
— E ninguém sabe. — ele respirou fundo. — Só você e o Gray sabem disso. — eu olhei confuso para ele e ele percebeu minha confusão. — É uma longa história... E estou tentando manter isso longe da minha mãe, é meio que secreto... E por isso, quero que você mantenha isso em segredo, por enquanto, depois quando for a hora eu revelo,ok ?
— Tudo bem...
— Aliás o Gray está chegando aí, eu preciso da ajuda de vocês para fazer um favor pra mim. — ele disse mas eu ainda estava absorvendo.
— Mas cara, como você conseguiu manter isso em segredo ? — perguntei curioso.
Ele soltou um gargalhada.
— Também não sei cara. — disse e voltou a rir.
Minutos depois Gray chegou. Jay falou sobre o que queria fazer e nós concordamos em ajudar. Conversarmos sobre algumas coisas e o Jay passou o que eu e o Gray íamos fazer.
Com certeza ia dar certo.
Bora Pov's
Meu joelho estava bastante dolorido hoje, não estava nem conseguindo andar direito. E hoje preciso ir pra academia, quem sabe isso não me ajuda.
Levantei da cama e me estiquei. Estava com o corpo dolorido, exagerei nas aulas de dança; É isso que acontece quando quero esfriar a cabeça, danço.
Tomei de água quente, estava fazendo muito frio, o que contribui para minha dor no joelho.
Sai debaixo do chuveiro e passei um óleo de massagem no meu joelho. Me apressei em me vestir. Coloquei uma calça fogadinha cinza e um moletom também cinza e coloquei meu tênis preto antes de ir para a cozinha.
Não tinha ninguém em casa. Minha mãe sai bem cedo e meu pai, quer dizer padrasto mas considero meu pai, quase não o vejo de tanto que trabalha no escritório de advocacia.
Comi algumas frutas e depois terminei meu café e fui dá um trato nos meus dentes. Peguei meu celular e coloquei no bolso do moletom antes de sair de casa.
Andava um pouquinho até chegar a academia mas em quinze minutos eu já havia chegado apesar de estar praticamente mancando.
Enderetei minha postura e entrei. Estava com poucas pessoas, já que era tão cedo ainda. O Tao estava lá ajudando um menino mas assim que entrei ele me viu e deu sorriso.
Já disse que sou apaixonada pelo sorriso dele ? Pois sou.
Ele ajudou o garoto — que parecia ter uns dezessete anos — e quando terminou se pôs a vir em minha direção.
— Oi... — falei e ergui minha mão e ele apertou dando mais um sorriso. Como vou resistir a isso ? Não sei.
— Oi, está pronta para hoje ? — caramba, mais de um e noventa com pernas longas. Vish..
— Estou ... — simplesmente falei, minhas estavam começando a soar. — Por onde começamos ?
— Você vai se aquecer - os mesmos de sempre - e depois eu volto para te dar a primeira tarefa, OK ? — Tao explicou.
— OK — concordei e o Tao saiu do meu campo de visão.
Fiz uma pequena seção de exercícios para aquecer e meu joelho já estava doendo. O Tao voltou quando fiz minhas última contagem de polichinelo.
— E aí, pronta ? — ele perguntou e eu concordei e me levou para um canto onde tinha um saco - grande e e pesado - empendurado. — Você vai levantar a perna e acertar o saco mais alto que você pode... Não precisa ser com força, o objetivo é a altura que você conseguir acertar, OK ? — concordei e ele deu dois chutes - extremamente alto - no saco, demostrando como é que se faz.
Quando dei uns cinco chutes, o Tao falou que a altura do meu chute estava bom e foi ajudar uma garota lá do outro lado da sala.
A meta era vinte chutes, eu já tinha dado dezenove e meu joelho estava doendo mais ainda. Pra finalizar o último chute decidi levantar mais a perna.
Mas não deu certo. No meio do caminho do meu último chute deu uma cãibra desgraçada e paralisou minha perna me derrubando no chão.
— Aiii.... — gritei alisando o joelho e a dor insuportável me fez perceber que meu joelho havia batido no chão. — Aiii...
— BORA... — não vi quando o Tao chegou, só percebi que ele estava do meu lado quando suas mãos tocaram minha perna com cuidado. — Você está bem ? — ele perguntou mas não respondi mas também ele percebeu que eu não estava nada bem.
—Vou te levar lá para dentro, vou erguer você mas isso pode doer um pouco... — ele olhou para e viu a hesitação estampada no meu rosto. — Confie em mim ....
Mas eu cofiava.
O Tao passou um braço pela minhas costas e o outro na curva do meu joelho e me ergueu com cuidado, mas ainda doeu .. E bastante.
— Aiii... Só mais um pouquinho.. — sussurei para mim mesma tentando suportar a dor. O Tao olhou para mim preocupado mas minha visão estava turva por conta das lágrimas.
Entramos em sala e o Tao me colocou em um sofá e arrastou um banquinho para ficar perto de mim.
— Posso ? — ele apontou para minha calça e acenei ele levantou devavar até o joelho. — Droga... — Tao praguejou e olhei assustada. Nossa meu joelho estava bastante inchado e um pouco arroxeado.
— Droga Bora... Você já sentiu alguma dor antes no joelho ? — ele olhou para mim esperando e eu me encolhi. — Você veio pra cá com seu joelho doendo Bora? — Me encolhi de novo e balancei a cabeça. — Meu Deus Bora, tem quanto que você ta com dor ?
Dessa vez tive que abrir minha boca.
— Tem uns dois dias, estava normal mas eu exagerei nas aulas de dança e começou a doer pra valer e aí pensei que vir hoje diminuiria a dor. — expliquei e ele pousou seus olhos no meu joelho.
— Dois dias Bora... Vamos ter que ir para um hospital. — ele desenrolou a minha calça e cobriu minha perna.
— Sério Tao, precisa disso mesmo ? — perguntei, eu não queria ir pro hospital, estava cansada dele.
— Bora, você está com o joelho inchado e roxo e está a dois dias tendo dores... É claro que precisa ir a um hospital. — ele falou e eu bufei, sabia que não ia enrolar o Tao, então deixei pra lá.
****
— Yoon BoRa... Você por aqui de novo ? O que foi dessa vez ? — O doutor Jong disse assim que entrou no consultório. Eu não ia com a cara dele, quando eu nasci, nasci com um probleminha que até hoje levo comigo. Todo mês tinha que vir para o hospital para o doutor Jong ver como eu estava. Por isso odeio hospitais e não gosto do Dr. Jong.
Quando ia dar uma boa resposta o Tao se apressou e falou antes que causasse alguma coisa. O Tao falou do estado do meu joelho e o Dr. Jong deu uma olhada.
— As dores é por conta do frio, o clima favorece as dores, o inchaço deve ser or conta da excessiva aulas de dança, né Srta Bora ?
— Como o Senhor sabe que eu exagerei nas aulas de dança ? — Olhei espantada para ele.
— Sua mãe me contou. Você sabe que sair tarde da noite é perigoso mesmo para uma pessoa de vinte e cinco anos como você...
— Você está saindo tarde da noite Bora ? — o Tao atrapalhou o sermão do Dr. Jong.
— Como minha mãe pôde ? — atrapalhei as perguntas do Tao. Não acredito que ela fez isso. Urgh!!
— Você tem que tomar mais cuidado Bora. — Dr. Jong falou com uma preocupação diferente que me deixou confusa. Ele limpou a garganta quando viu meus olhos confusos em cima dele. — Vou passar uns comprimidos para dor, vou colocar gaze um pouco úmido de massagem de óleo e é bom passar água morna no joelho para parar de inchar.
Uns minutos depois o Dr. Jong me liberou dizendo para tomar mais cuidado. Esse doutor está muito estranho. Não era mais o de antes, esses dias ele estava bem estranho.
O Tao abriu a porta da minha casa -com a chave que eu dei- e me carregou até a sala onde me ajudou a deitar no sofá.
— Nossa, a dor realmente diminuiu.. — cometei meia encabulada.
— Caramba Bora... Não acredito que você foi para a academia desse jeito.... Nunca mais faça isso, você poderia ter se machucado mais. — ele falou mostrou uma certa preocupação.
— Mas eu não me machuquei.. — falei e um bico se formou nos meus lábios.
O Tao bufou.
— Ahh claro... É por isso que você foi para o hospital né ? Porque você estava em perfeitas condições ? Ahh Bora. — ele me lançou um olhar de advertência. — É sério Bora, me prometa que você vai tomar cuidado.
— OK, eu prometo. —falei. — Ah, obrigado pela sua ajuda hoje. — sério que eu corei ?
— Qualquer coisa é só me chamar. — ele disse e lançou um sorriso de deixar pernas bambas.
Eu não aguentei e puxei a gola da blusa de Tao fazendo ele se desequilibrar mas colucou sua mão ao lado do sofá para não me esmagar e em poucos segundos meus lábios estavam colados nos seus.
Um beijo calmo mas desejoso, o que não foi tão longe porque ouvimos a porta abrir e eu e o Tao logo se separamos.
— Bora, você está bem ? O Dr. Jong me ligou dizendo o que aconteceu. — era minha mãe, ela estava parecendo que tinha vindo do trabalho.
— Ah mãe, porque a senhora falou para Dr. Jong das minhas aulas de dança, a senhora sabe que eu não gosto muito dele. — mostrei um olhar zangado para ela.
— Porque a senhorita estava se esforçando demais e você sabe que não pode... — quando minha mãe prestou atenção no Tao ela se calou. — Então esse é o rapaz que ajudou você... Humm... É um rapaz muito bonito Bora.
— MÃE... — gritei tentando parar minha mãe.
Eu não tive muitos namorados e a partir dos vinte e um não tive mais namorados. E desde o ano passado ela tenta me arranjar um.
— Até que fim né Bora ?...
— MÃE.. PARE... — tinha como sentir mais vergonha que isso ?
— Obrigado pelos elogios Sra. Yoon. — o Tao falou meio tímido mas o deixava tão fofo.
— Oh, ele até sabe o sobrenome. — minha mãe falou encantada. A dona Yoon era mesmo uma figura.
— Bom eu já vou indo, tenho que voltar a academia... Tchau Sra. Yoon, tchau Bora... A gente se vê por aí. — o Tao e eu murmerei um "tchau", mas algo o deteve. — Eu me esquecendo... Bora se você tem mais alguma coisa que possa impedir os exercícios me diga, assim eu dou exercícios de acordo com o que você possa fazer.
Ele disse e assim se foi. Eu congelei, como assim dizer mais alguma coisa ? Mais um problema ?
Minha mãe olhou pra mim e captou minha reação.
— Você não contou a ele ? — ela perguntou preocupada.
— Nao, não contei...
E eu não queria que fosse necessário, mas no fundo sabia que um dia ia ser revelado.
Manu Pov's
— Manu... Manu ... — alguém estava batendo na porta do meu quarto havia uns cinco minutos mas eu estava bastante sonolenta para me levantar. Ligo a tela do meu celular e vejo a hora. Nossa, porque me acordam 9:30 da manhã, ainda é cedo.
— Emanuelly abra a porta. — era o Mark T. O que ele queria me importunando tão cedo ?
Levanto da cama com a maior preguiça e chego rastejando até a porta.
— Mark ainda é cedo, o que você quer ? — digo assim que abro a porta
— Caramba, faz meio hora que estou batendo na sua porta. — falo exagerando depois ergueu uma caixa vermelha com um laço preto. — Chegou isso pra você.
Olhei confusa para ele e peguei a caixa de suas mãos.
— Pra mim... De quem ?
— Não sei, abra e descubra que eu também estou curioso. Pode voltar a dormir, vou terminar de fazer o café. — e saiu me deixando sozinha com a caixa.
Poderia ser uma bomba e ele me deixou sozinha ?
Tranquei a porta e sentei na cama colocando a caixa no meu colo. Bem devagar desfiz o laço e tirei a tampa da caixa.
O que tinha dentro fez minha boca se alargar. Era uma caixa de chocolates, a minha preferida, a que sempre minha mãe me dava.
Quando tirei a caixa de bombom, notei que havia um envelope vermelho claro. Meu nome estava perfeitamente escrito na frente do envelope.
Abri mais rápido do que queria e retirei um papel cartão branco que continha letras de forma douradas.
" Desculpa por demorar, é que eu não estava encontrando as palavras certas. Mas estou pronto para dizer todas as palavras certas que você merece! "
Certo. Respira. Respira.
Quem havia mandado aquilo ?
Quem era a pessoa que estava encontrando as palavras certas para dizer para mim ?
Eu pensei em uma pessoa , mas logo tirei dos meus pensamentos, não poderia ser ele? Poderia ?
Por mais que eu colocasse minha cabeça pra funcionar e pensar quem seria, nada vinha.
Com certeza estava sonolenta demais para pensar.
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