1. Spirit Fanfics >
  2. Bipolar >
  3. Um peixinho em Seul.

História Bipolar - Um peixinho em Seul.


Escrita por: Nanawow

Notas do Autor


Minha primeira história aqui no site... ( Porque? Te amo) T.T Reescrita, melhorada. Mais falas, mais momentos... OPD! Provavelmente um pouco maior e mais elaborada...
Essa história está longe de ser romântica... Quem já leu sabe disso.

Capítulo 1 - Um peixinho em Seul.


Ok, não entre em pânico. Você está proibida de entrar em pânico!

As pessoas iam e vinham, centenas de pessoas. Eu tinha acabado de chegar na Coreia do Sul. Antes do avião pousar eu estava ansiosa, nervosa e animada, mas agora, olhando aquelas pessoas, vendo o ambiente totalmente distinto, Deus, entrei em pânico. Estava muito longe de casa. E se algo desse errado? Se eu ficasse doente ou sofresse um acidente de transito? Engoli em seco. Tudo o que eu queria era que as coisas saíssem bem...  Principalmente agora, que me encontrava perdida no enorme aeroporto de Seul.

 Eu não era rica, mas confesso que sempre fui mimada pelo meu pai, ele que me dava as coisas, ele que comprava as coisas, ele fazia tudo por mim. Mas me tornei adulta, tinha que aprender a viver, a sobreviver sozinha nesse mundo cruel e imenso.  Afinal  é disso que se trata não é? Sobrevivência...  Tinha que achar um jeito de sair dali... 

Havia tanta gente desconhecida, me senti  um pouco apreensiva, descolada. Um peixinho fora da água.  Respirei fundo. Precisava manter o controle para não ter um ataque grotesco no meio de tantas pessoas. 

—  Sim, preciso ficar mais calma  —  disse a mim mesma, segurando firme o puxador macio da mala. 

Meu estômago estava vazio,  pensei que talvez comer algo pudesse me ajudar. Olhei em volta. Com certeza  haveria algum lugar para comer ali. Logo desconsiderei a ideia, não queria parar para comer em nenhum lugar, eu queria ir para o apartamento, queria me jogar numa cama e descansar, eu estava um caco. O problema era a mala. Pediria ajuda para alguém com elas, mas todos ali pareciam tão apressados.  Bem, se eu queria  sair daquele  lugar de uma vez,  eu deveria me mover  e não ficar parada no centro do aeroporto. Levava comigo com uma mala grande, uma mochila e uma bolsa, tudo cheio, tudo lotado, porque não, eu não poderia apenas levar o necessário, eu tinha que sair jogando todo meu guarda-roupa na mala. Ela não queria sair do lugar. E parecia que quanto mais eu puxava, mais pesada ela...

—   Por favor, se mexe!  —    murmurei,  dando um passo para trás e puxando a mala. Eu jamais pensei que diria isso, mas preciso de um homem. Continuei tentando até bater de costas em alguma coisa, ou alguém. Me  virei rapidamente para ver do que se tratava.  —  Ai meu Deus! —    resfoleguei,  apavorada. Olhando o homem caído ali, mas logo franzi o cenho... Ele estava... rindo? Sim, ele estava rindo —  Eu sinto muito, eu realmente não te vi...

Ele franziu a testa e inclinou a cabeça, confuso. Foi ai que me lembrei... Coreia do Sul... Coreano...

—  Eu sinto muito. Eu não tinha te visto. —  corrigi, falando no idioma correto. Ele assentiu e se pôs de pé. O homem parecia de bom humor.

—  Tudo bem. —  disse ele, esfregando uma mão na outra —  Essas coisas acontecem...

—  Eu realmente sinto muito —  falei de cabeça baixa.

  Parabéns para mim, devido a queda sua jaqueta de couro estava um pouco suja.

—  Você não é daqui, não é mesmo...  —  observou  ele,  limpando jaqueta preta.

—  Não... —   respondi. 

—   Eu vejo... —  Os olhos se fixaram nos meus, com  intensidade. O sorriso foi pouco a pouco sumindo do rosto dele, e por um momento eu senti que estava com outra pessoa. Meu corpo se estremeceu. Seu olhar era curioso, interrogativo. Então ele sorriu outra vez.  Timidamente baixei a cabeça, e foi quando  vi o capacete dele jogado no chão, me apressei a pegá-lo e devolve-lo. 

—  Aqui está.

—  Obrigado, ainda bem que não quebrou. Essas coisas são realmente resistentes —  falou ele, que estudava cada área do capacete, para ver se estava intacto.

—  Posso te perguntar uma coisa? —  perguntei.

Os olhos dele se voltaram para mim bruscamente, um sorriso foi se formando nos lábios, então com um tênue balançar de cabeça ele assentiu, colocando o capacete embaixo do braço.

—  Como...  eu saio daqui? 

  Ele começou a rir, com o  punho em frente aos lábios. Logo apontou para a saída, lá do outro lado. 

—  Bem... Está vendo aquela porta de vidro? Pela qual todos estão saindo? 

Dei um tapa na minha testa e revirei os olhos.

—  S-sim —  respondi.  Me senti uma completa idiota. Como eu não havia percebido a enorme porta logo ali? Deus, precisava de descanso. 

—   Então você... —  Ele parou de repente e ficou me olhando  por alguns segundos. Esse cara tinha alguma coisa, não soube dizer o que era... O que eu não daria para poder ler a mente dele, para saber o que ele pensava cada vez que ficava me encarando daquele jeito...  Não era como se ele estivesse se apaixonado por mim ou algo assim, não,  era algo mais... 

—   Então? —  perguntei.

—  Eu vou passar por lá agora, vem comigo.  —  disse ele  timidamente, colocando  a mão sobre a minha que segurava a mala. Meu corpo estremeceu. O encarei, franzindo lentamente  o cenho, tirei minha mão de baixo da dele. —  Eu levo isso para você —  o rapaz disse, quebrando o silêncio. 

—  Ah, obrigada. —  gaguejei. 

 O segui em direção a porta, pela mesmo direção onde as pessoas estavam indo. O olhava de soslaio, algo nesse homem me intrigou. 

—   Por que tantas coisa? —  perguntou,  curioso, ainda olhando para frente. 

—  Bem, eu vou morar aqui. —  respondi, apressando o passo para ficar ao seu lado. 

Ele assentiu.

—  Então seja bem vinda, senhorita... 

—   Obrigada.

Isso era ótimo, eu havia encontrado  uma pessoa legal, de bem com a vida, disposta a ajudar uma garotinha perdida nesse mundo completamente novo. Além de tudo era... uma gracinha. 

  Se esse rapaz não tivesse aparecido, eu provavelmente ainda  não teria saído do lugar, pelo menos não tão cedo. Pensei em perguntar o nome dele, mas ele não dizia nada, parecia pensativo. E eu  me encontrava um pouco tímida, resolvi ficar em silêncio e não lhe perguntar nada. 

—  Changsun. —  falou ele de repente, ainda olhando para frente.

—  O quê? — perguntei um pouco confusa..

 — Esse é meu nome.  Changsun. —    ele se virou pra mim,  sorrindo  e depois voltou a olhar para frente.

   Isso foi estranho...   Foi como se ele...  Não, não era  possível, ele não poderia  ter lido a minha mente. Poderia? Certamente havia sido uma coincidências boba.  Tinha  que parar de assistir doramas...

—   No que você está pensando, mocinha? —  perguntou ele, se voltando a mim.

—  Ah, nada, eu... Bem, meu nome é _______. —  me apresentei. Changsun  parou de andar e se virou pra mim.

—   ________?  —  pronunciou ele com dificuldade.

    Eu não queria rir, isso seria falta de educação, mas ele falou de maneira não engraçada que eu não pude me conter. 

—   Do que você está rindo? Seu nome é difícil de pronunciar —   o rapaz parecia incomodado.

—  M-me desculpe. —  falei tampando a minha boca com a mão, me repreendendo mentalmente. Então continuei seguindo ele até  chegarmos lá fora. Subi o zíper da minha jaqueta até esconder todo pescoço. Estava frio demais. 

—  É aqui,  ali estão os táxis. Te ajudaram com as suas malas.  Boa sorte.  —  Ele sorriu para mim  e foi até a moto que estava não muito longe do ponto de táxi. Me perguntei por um instante  o que ele estava fazendo no aeroporto. Me perguntei se eu voltaria a vê-lo... 

...

  Era inacreditável, eu, dentro de um  táxi,  pelas ruas de Seul, era realmente um sonho. Um daqueles sonhos que parecem verdade, que quando você acorda sente que tudo realmente aconteceu, ou está acontecendo, até que você percebe que não era real e se alivia, ou se decepciona... No meu caso, se eu acordasse na minha cama naquele momento, eu choraria.  Era realmente lindo, como nos doramas. Estava louca para dar uma volta no dia seguinte e conhecer a cidade, que a partir daquele dia iria fazer parte da minha vida. Olhava tudo pela janela, os carros, as pessoas nas calçadas, vitrines, prédios enormes...  Observava tudo com cuidado e atenção, queria guardar esse momento.  

Minutos mais tarde o carro parou, devo dizer foi mais rápido do que eu pensei. E confesso que fiquei decepcionada, estava muito divertido ver as coisas pela janela. 

   Desci do carro, o senhor desceu as minhas malas dizendo que gostava daquele bairro, que era bem tranquilo. Olhei de um lado para o outro, a rua estava vazia. Olhei a fechada do prédio onde eu moraria, parecia realmente  simples, igual na foto que vi na internet. O vento forte se chocou contra meu rosto, contra meu cabelo, fechei o punho em frente ao peito, olhando para o topo o edifício. Logo o táxi se afastou, agora eu estava sozinha. Vi alguém correr rapidamente para a entrada do prédio, deixei a mochila e mala para trás — meu ombro agradeceu —  e o segui. Assim que me viu, o senhor parou em frente a porta. O homem parecia estar na casa dos 40, era realmente baixo, mas não chegava a ser menor que eu.

—  Boa noite, senhor.  Eu... sou  a________. E eu...

—   Ah, você é a menina nova. Seja bem vinda. Eu sou o  zelador  Hyun. — Ele inclinou a cabeça. 

—  Obrigada. Muito prazer. —  o senhor sorriu, olhando por cima dos meus ombros. 

—  Aquelas coisas são  suas? 

—  Sim. Eu precisava de ajuda para subi-las. 

—  Muito bem  —  E assim que ele pegou minhas coisas, seguimos para dentro — Seu apartamento é o 16.  Só tenho que procurar a chave, espere um minuto.

  Um minuto que parecia uma eternidade. Eu estava quase desmaiando de fome, sem falar no frio que sentia.

—   Achei. —  Hyun colocou a chave na minha mão — Vamos subir.  Há mais três pessoas morando no seu andar. São pessoas tranquilas. Espero que não tenha problemas.—  dizia  Hyun, enquanto, à minha frente,  subia minha mala sem dificuldades, e carregava a mochila em um ombro. 

 —  Ah, sim...  Eu também espero. 

  Já estava com as pernas doloridas de subir tantos degraus. 

—  Não se preocupe com as escadas,  logo o elevador estará pronto, estão arrumando ele  —  Disse ele sorrindo. Por fim a escada acabou e seguimos pelo corredor  —  É aqui —   o senhor  apontou para porta cinza que ficava no fim do corredor.  —  O jovem que mora no 15  não fica muito ai, ele é uma pessoa tranquila. Mas se ele te causar algum problema me avise imediatamente...

Que problema ele poderia me causar? Eu sorri. Eu havia conhecidos pessoas ótimas aquele dia. 

—  Eu avisarei. —  disse, realmente agradecida.

—  Tudo bem, a deixo. Tenha uma boa noite. —  concluiu Hyun se retirando.

   Entrei rapidamente. Estava quase tirando os sapatos quando minha barriga pediu por comida. Eu não queria sair, já era de noite, não era muito tarde, mas mesmo assim eu não queria arriscar. Mas não tive escolha, eu estava com muita fome. Então peguei a carteira e sai, deixei minhas coisas jogas dentro do apartamento. Olhei para a porta 15 por alguns minutos e fui andando. 

Caminhei durante uns 10 minutos e achei um mercadinho prestes a fechar. Peguei o necessário e sai de lá com pressa. 

  Suspirei, a fumaça branca saiu pela minha boca se dissipando no ar. A rua estava deserta.  

Então meus pés pararam quando ouvi um barulho atrás de mim. Tive a estranha sensação de estar sendo seguida. Senti a presença de mais alguém. Ou alguém estava me seguindo, ou alguém estava apenas me observando, mas tinha alguém por perto, de alguma forma meus sentidos me diziam. Voltei a caminhar, com mais rapidez.  Meu pulso acelerou, tentei controlar a vontade enorme que eu tinha, a necessidade de olhar para trás para poder ter certeza de que não havia ninguém, ou de que havia. E se tivesse alguém?  Depois de pensar bem, resolvi olhar disfarçadamente. Mas não tinha ninguém ali, apenas um gato branco.  O que era estranho, realmente parecia que tinha alguém me observando, me seguindo. Dei um suspiro aliviado  e continuei andando.

     A sensação de desespero só parou quando eu tranquei a porta, quando eu estava segura dentro do apartamento.  Comi como se não o fizesse a dias, tomei  um banho e dormi. Aquele dia tinha sido difícil para mim, apesar de emocionante, fora um dia cansativo e estranho. Ouvi um barulho, era como se alguém estivesse arrastando moveis. Não liguei, as paredes eram finas, devia ser o meu vizinho ao lado. 

...

    Na manhã seguinte acordei realmente entusiasmada. Me levantei bem cedo para arrumar as minhas coisas. O apartamento era realmente bem simples e pequeno, mas quem liga para isso? Estava  na Coreia do Sul e era o que me importava. Percebi então que precisava de uns poucos utensílios de cozinha, produtos de limpeza, higiene pessoal... Só de pensar nisso, já fiquei exausta. Depois de desfazer as malas, eu resolvi sair para comprar algumas coisas. O dia seria longo.  Peguei a chave para fechar a porta com sai. Eu estava super equipada, o frio era muito intenso.  Vi a porta do 15 se abrir, e desviei o olhar para minha porta rapidamente.  O vizinho saiu, fechou a porta e se virou, olhei para as costas dele de soslaio. Aquela jaqueta... Ele girou os calcanhares  e me olhou surpreso. 

—  Você de novo?  —  falou  ele, se afastando, levantando as mãos em defensiva. — Não vai me derrubar hoje, não é? 

  O cara que tinha me ajudado ontem com as malas, ele era meu vizinho! Que coincidência não?! Eu estava tão surpresa quando ele. Sorri.

—   Bom dia...   —  falei, meu rosto começou  esquentar.

—  Bom dia, ________  —   Changsun baixou as mãos, sorrindo espontaneamente —  Parece que somos vizinhos —  Ele apontou para minha porta.

—  É... parece que sim...

—  Muita... sorte.  — acrescentou sério, olhando para minha porta por um longo tempo, antes de voltar a mim bruscamente, estreitando os olhos. Os olhos, tinha alguma coisa com os olhos dele... Algo que me intrigava muito. 

—  Como? —  perguntei, dando um passo para trás.

—  Seja bem vinda, só não ande me derrubando por ai. —  o sorriso brincalhão voltou. 

—  Prometo que não vou. —  jurei. 

—  Tenho que ir —   Ele piscou para mim e se retirou.

Fiquei o observando. Era tão estranho... Era tudo tão estranho. Por que algo dentro de mim temia tanto? O que eu temia tanto?

...

Na tarde seguinte voltei da minha caminhada. Estava por ai, conhecendo, observando, explorando.  

—  Ei!  —  alguém gritou, me virei antes de entrar no prédio. Uma garota de cabelos curtos, baixa e realmente magra, atravessou a rua,  vindo sorridente na minha direção. Estava de uniforme, devia ter acabado de voltar da escola. Tive um pouco  inveja, há um tempo atrás eu me imaginava vestida com um desses  — Você é menina que mudou pra cá ontem, não é? Eu sou a  Jinyi, moro no 6.

—  Sim, eu sou a ______.  Muito prazer. Eu moro...

—  No 16, eu sei...  Você mora perto do Dae... Já o viu? 

—  Quem? —  perguntei, confusa. Tirando Changsun, eu ainda não havia conhecido nenhum todos outros vizinhos.  

A menina  colocou os braços para trás e começou a balançar o corpo de um lado para o outro. Ela parecia do tipo inquieta.

—  Ele mora no 14... — disse Jinyi —  Me diga, quantos anos você tem?

—  Dezenove. 

—  Eu tenho dezesseis, Unnie —  falou ela,  se agarrando no meu braço animada. Eu simplesmente não soube como reagir...  —   Abriu um café novo aqui perto, eu queria muito ir lá, mas não quero ir sozinha, você vai comigo? Seria legal, podíamos conversar... 

—  Agora? Mas você acabou de chegar... 

—  Sim, mas... Vamos  por favor —  implorou ela, fazendo uma carinha fofa —  Dizem que o pessoal do B.A.P sempre anda por lá. Vamos, Unnie, Hum?  —  insistiu ela, me puxando pelo sweater. —  Conhece o B.A.P, não é? Não quer vê-los pessoalmente?  

Eu sorri, ela parecia simpática e eu não tinha o que fazer... Sem falar que eu estava num lugar completamente novo e distinto, ainda não conhecia tudo, não havia me acostumado, precisava ter amigos, conhecer pessoas. Eu assenti. 

  Eu e Jinyi , andamos todo quarteirão, e nesse momento eu havia percebido que ela... tinha muito o que dizer... Chegamos rapidamente em um café enorme e chique. 

—  E então? —  perguntou Jinyi, sentada a minha frente,  tomando um gole de seu café.

—  Então...  o quê? —  envolvi a xícara quente com as duas mãos e tomei um gole da minha bebida. 

—  O que acha daqui? Da onde você veio? Que idioma falam lá?  —  Ela me olhou com os olhos brilhantes, cheios de expectativa. 

     Conversa ia, conversa vinha. Até que aquela sensação de estar sendo observada voltou. Eu olhei para todos os lados, o lugar estava cheio, mas ninguém estava me olhando. Olhei para janela ao meu lado. Pessoas caminhavam pela calçada, eram poucos que paravam para olhar para dentro do café com curiosidade. Inquieta,  comecei a procurar por todo lugar do outro lado da rua.  Jinyi percebeu que eu não estava prestando atenção ao que ela dizia. 

—  _______? — me chamou... — Hello...

—  O quê? —   respondi um pouco assustada.

—  Está tudo bem? —   a garota curiosa  olhou pela janela,  provavelmente vendo o mesmo que eu... Nada!

—   Eu não sei, desde ontem eu tenho uma sensação estranha... — mordi o inferior — Mas deve ser coisa da minha cabeça,  deixa pra lá...  — tirando os olhos da janela me voltei para dentro da xícara. Tomei mais um gole da bebida agora morna... 

— Quem certeza?  —  questionou preocupada.

—  Acho... Me desculpe, mas acho  melhor eu ir embora.

Sim, eu faria isso, voltaria e me trancaria, mas eu não poderia viver a vida toda assim. Aquilo tinha que acabar... Era tudo coisa da minha cabeça, e tentei me convencer disso.  

Talvez eu não estivesse preparada para enfrentar o mundo sozinha. Eu ainda tinha medo. Uma pessoa medrosa nunca sai do lugar, nunca conquista nada, nunca vira alguém... 

—  Sim, vamos. — Ela concordou. 

  Eu olhei para janela de novo, me perguntando se teria alguém ali me olhando. Quem seria e por quê? 


Notas Finais


Vou postar pouco a pouco... Quando der...
~ bjim


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...