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História Bird set free - Preocupação


Escrita por: lanalways

Notas do Autor


olá, aqui vai mais um capítulo, espero que gostem e obrigada a quem favoritou a fic, isso me motiva bastante, boa leitura!

Capítulo 11 - Preocupação


Fanfic / Fanfiction Bird set free - Preocupação

Lauren's P.O.V

Hoje o clima estava ótimo para uma corrida matinal. Levantei antes de amanhecer como havia feito ontem, troquei de roupa e fui para o parque. Quando o sol começou a nascer, sentei na grama e fiquei admirando, tinha uma visão muito boa dali. Eu adorava contemplar o nascer e o por do sol, eram duas das coisas mais bonitas para mim e me traziam uma sensação de paz. Continuei minha corrida e fui para casa, tomei um banho e desci para tomar café antes de colocar minha roupa para ir ao colégio.

– Bom dia – disse para meu pai e minha irmã que já estavam comendo, eles me responderam com um bom dia e me sentei para comer também.

– Hoje vou fazer algumas entrevistas para contratar um motorista novo e tenho que sair mais cedo, então você pode levar a Taylor pro colégio, Lauren? – meu pai me perguntou fazendo uma cara de “por favor” bem explícita, já sabendo qual provavelmente seria a minha resposta.

– Pai, o colégio da Taylor é totalmente fora da minha rota – falei colocando um pedaço de bacon na minha boca.

– É só hoje Lauren, por favor – ele colocou aquela cara que era praticamente impossível de dizer não, eu tinha que parar de ser facilmente convencida por essas expressões faciais, era meu ponto fraco e eles usavam isso contra mim sempre.

– Tudo bem, mas só hoje – eu disse meio contrariada, o que o fez sorrir e a Tay dar vários pulinhos.

 – Eu vou andar na Lana, sabia que esse dia não demoraria a voltar a acontecer – ela disse super feliz e eu revirei os olhos, eu só tinha andado com a Tay umas duas vezes na minha moto, como falei, tenho ciúmes dela.

– Cala a boca e vai logo se trocar se não quiser ir a pé – falei e subi pro meu quarto. Coloquei uma blusa cinza com estampa da Lana Del Rey, uma calça preta e um vans também cinza. Dei uma mexida nos meus cabelos com as mãos, eu gostava dele meio bagunçado e quase nunca o penteava, peguei minha mochila e desci, gritando pela Taylor.

– Calma Laur, eu já estava vindo – ela disse descendo as escadas. Fui para a garagem, peguei minha moto e mandei a Tay subir logo, mas com cuidado, ela o fez e segui para seu colégio, minutos depois cheguei, me despedi dela e fui para o meu colégio. Estacionei na vaga que gostava, coloquei a mochila nas costas e fui para mais um dia de aula. Hoje teria laboratório de química, então fui para uma das salas que ficavam no corredor oposto aos das salas de aula comuns. Chegando lá, vi que as pessoas que já estavam no aguardo da aula sentavam em duplas, fui para o fundo da sala e me sentei numa bancada que estava vazia. Instantes depois alguém chegou e falou comigo.

– Eu posso me sentar aqui? – era uma garota alta de cabelos tingidos de loiro, lembrei que tive aula com ela na educação física, era a outra novata além de mim. Fiz um aceno de positivo, ela agradeceu e sentou.

– Meu nome é Dinah Jane, pode me chamar de DJ se quiser – ela disse me dando um sorriso tímido – Lauren, prazer – falei devolvendo o sorriso.

A aula acabou rápido, e tinha sido a que eu mais havia gostado durante a semana, a Dinah e eu formamos uma ótima dupla. Estava guardando meu material rindo de alguma coisa que ela havia dito.

– Você é legal Lauren, até agora não havia falado com praticamente ninguém nesse colégio, as pessoas não parecem tão receptivas – ela disse e eu concordei prontamente, achava a mesma coisa.

– Você vai para a lanchonete? – ela me perguntou enquanto guardava o próprio material na mochila.

– Vou, estou com fome mas preciso ir ao banheiro antes, guarda um lugar pra mim? – perguntei e ela assentiu, saindo da sala e seguindo pelo corredor. Fui pelo caminho oposto em direção ao banheiro das meninas que havia naquele andar, e quando cheguei lá ouvi um barulho diferente vindo da última cabine, parecido com o de alguém chorando, então fui até lá e bati na porta.

– Olá, ta tudo bem aí dentro? – perguntei mas não obtive resposta. Bati outra vez, os soluços só aumentavam e fiquei preocupada – você precisa de ajuda ou algo do tipo? – perguntei novamente.

– Eu to bem – uma voz respondeu lá de dentro, eu conhecia aquela voz.

– Camila? É você? – perguntei com o tom de preocupação aumentando e de novo, não obtive resposta – você pode abrir a porta? – houve um momento de hesitação e ouvi a tranca sendo aberta, revelando uma latina de cabeça baixa e abraçada com o próprio corpo.

– O que aconteceu com você? – falei me aproximando e a analisando em busca de qualquer pista, ela não me respondeu.

– Hey – falei levantando o seu queixo para que olhasse para mim, ela estava com os olhos vermelhos, deveria estar chorando há muito tempo. Ela me encarou por alguns segundos mas desviou o olhar e se afastou, parecia assustada, então resolvi não fazer mais nenhuma pergunta sobre o que poderia ter acontecido a ela, eu poderia estar sendo invasiva.

– Você vai ficar bem? – perguntei, ela acenou positivamente a cabeça e foi em direção a pia, lavando o rosto. Peguei alguns papeis e a entreguei para que secasse o rosto, ela sussurrou um “obrigada” e continuei a fitá-la. O seu rosto estava bem melhor comparado à ontem, estava um pouco roxo e inchado mas esse último deduzi que seria pelo choro, mesmo assim quis conferir.

– Como o seu rosto está? Ainda dói? – a questionei.

– Não mais, eu estou bem, sério – ela disse já cortando o assunto, claro que eu não acreditei naquelas palavras, mas como não éramos amigas não forcei mais a barra.

– Ok, eu vou indo para a lanchonete, sei que mal nos conhecemos, mas qualquer coisa pode falar comigo tudo bem? – eu e minha mania de me importar com qualquer pessoa que estivesse triste. Ela acenou de novo com a cabeça e eu saí dali. Cheguei na lanchonete e Dinah me esperava em uma das mesas.

– Você demorou, já achava que não viria mais – ela disse enquanto comia um sanduíche.

– Ocorreu um leve imprevisto no banheiro – resolvi não mencionar o que havia acontecido e Dinah não me fez perguntas. Alguns minutos depois vi a Camila entrar na lanchonete e ir ao encontro de seus dois amigos, a aparência dela já estava recomposta e os dois pareceram não perceber que ela havia chorado. O sinal tocou logo depois, me despedi da Dinah e fui em direção a minha sala, eu havia gostado dela e pelo pouco que conversamos, a Mani se daria melhor ainda com ela. A aula passou relativamente rápido, Camila estava na mesma turma que eu e quando eu podia, a olhava, vendo sua expressão caidinha, o que será que a fez ficar assim? Tentei afastar os pensamentos da minha cabeça e fui direto para o estacionamento, dando partida na minha moto e passando primeiro no colégio da Tay para pegar ela e depois fomos para casa. Assim que cheguei fui logo tomar um banho, coloquei uma roupa qualquer e desci, cumprimentei a Lily com um abraço e me sentei, a vendo acabar de preparar o almoço.                   

– Como foram esses dias de aula senhorita Lauren? – ela me questionou de um jeito educado.

– Qual é Lily, eu já te falei pra não me chamar de senhorita, a gente se conhece há milênios – eu disse e ela sorriu, a Lily trabalha na nossa família há oito anos, desde que ela tinha 22, e já virou praticamente um membro dela, a gente conversava sobre tudo, era como ter uma irmã mais velha, mas ela sempre insistia em usar formalidades.

– Tudo bem Lauren, agora responda minha pergunta – ela falou em tom autoritário, o que me fez rir.

– Bem, ta sendo mediano, os dois primeiros dias foram monótonos, mas esses últimos dois foram, digamos, mais agitados – falei pensando no que havia acontecido no colégio.

– Hum, e essa agitação se deu devido a garotas? – ela me perguntou com aquele sorrisinho, ela sempre tirava sarro comigo desde que me assumi lésbica.

– Digamos que sim, mas não do jeito que você imagina – falei e rimos juntas. Minutos depois a Tay se juntou a nós e ficamos conversando sobre assuntos aleatórios até meus pais chegarem, então fomos almoçar.

– Contratei um motorista novo, ele já vai começar amanhã – meu pai falou e levantei as mãos pro céu, não teria que me preocupar em levar a Tay pro colégio quando meu pai não pudesse, ela percebeu o motivo de meu gesto e me deu língua, eu só ri.

– O nome dele é Alejandro, o achei bem calmo e cauteloso, perfeito para o cargo, e muito boa pessoa pelo que vi – meu pai finalizou, e então terminamos de comer em silêncio. Quando acabamos, ajudei a Lily a lavar a louça, mesmo com ela reclamando e resmungando que era o trabalho dela, subi pro meu quarto e fiquei lá até a hora do jantar. Quando acabei, fui ler um livro na varanda e depois tomei um banho para deitar, e antes de dormir meu pensamento se voltou novamente para aquela cara triste que rondou minha cabeça o dia inteiro. Camila Cabello.


Notas Finais


obrigada por lerem! Se eu não postar amanhã é porque vou viajar, até o próximo (:


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