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História Bird set free - Realidade


Escrita por: lanalways

Notas do Autor


OLÁ, primeiramente quero pedir mil desculpas por eu ter demorado tanto pra postar, na semana pós enem eu fiquei na fossa real por causa da prova e essa semana foi tão cheia de problemas aqui em casa que fiquei com um bloqueio real, me esforcei muito pra continuar escrevendo porque eu não quero largar essa fic na reta final e nem decepcionar vocês, ENFIM, falei demais e espero que tenham uma boa leitura <3

Capítulo 35 - Realidade


Fanfic / Fanfiction Bird set free - Realidade

Camila’s P.O.V

Não. Não. Não. Não. Não. Essa era a única palavra que ficava repetindo na minha mente, como se fosse possível que o que eu mentalizasse pudesse se tornar real. Eu estava sentada na toalha ainda no meio daquele imenso verde, extasiada, perplexa, incrédula. Apertei ainda mais forte as duas alianças que havia retirado da pequena caixinha, Lauren havia preparado tudo aquilo para termos um momento especial, para nos tornarmos oficialmente namoradas, mas tudo havia desmoronado.

– Camila? – identifiquei a voz me chamando como sendo a da Normani, mas nem subi meu olhar para vê-la, continuei parada na mesma posição, com os joelhos dobrados até o peito, meus braços em volta deles e as mãos seguramente apertadas ao redor das jóias – Mila, vamos, por favor – Normani voltou a me chamar agora colocando sua mão sobre meu ombro o apertando levemente, meu olhar estava decididamente vago e acho que ela me tocou para me chamar para a realidade já que eu estava realmente num mundo paralelo, então subi meu olhar para ela pela primeira vez e vi que seus olhos estavam apertados, provavelmente pelo choro, eu deveria estar no mesmo estado deplorável.

– Mani... isso... eu... a Lauren... – eu tentava formular uma frase completa mas parece que minha voz não era forte o suficiente para isso, ela sempre cessava após uma palavra, tremendo e gaguejando como nunca tinha feito.

– Eu sei Mila, eu sei – ela disse em tom acolhedor tentando se mostrar forte mas notei o tom de profunda tristeza em sua voz, eu nem tentava mais disfarçar meu real sentimento no momento – os pais da Lauren me deixaram aqui para falar com você antes de irmos ver... enfim, eles foram no carro e falaram para pegarmos um táxi, acharam que você precisaria de um tempo para... pensar – Normani falou se sentando ao meu lado na grama, ela tomava muito cuidado com a formulação de suas frases, ocultando palavras que poderiam cortar mais ainda meu coração. Eu me sentia frágil e ela sabia disso.

– É inacreditável não é? Olhe ao nosso redor, olhe para tudo isso, mas o que mais importa para mim não está aqui – eu disse após um momento de silêncio e com muito esforço, deixando mais algumas das muitas lágrimas que já rolaram pelo meu rosto caírem, colocando minhas mãos próximas ao coração, sentindo um vazio dentro dele. Mani se aproximou de mim e envolveu seus braços sobre meus ombros e eu encostei minha cabeça em seu peito num momento reconfortante, Lauren é sua melhor amiga e imagino que isso doa tanto para ela quanto para mim, então ficamos algum tempo ali, apreciando a companhia uma da outra. A dor uma da outra.

– MANI – falei de repente em um tom mais alterado,como se tivesse tomado um choque de realidade, me pondo de pé rapidamente – nós... temos que ir, nós temos que vê-la, nós precisamos saber como ela está, nós... – eu falava como se as palavras estivessem presas na minha garganta e só agora pudesse soltá-las.

– Hey Mila, calma ok? Vai dar tudo certo – Normani falou se levantando e ficando ao meu lado, pegando meus ombros e olhando em meus olhos – foca aqui, não vamos nos desesperar, vai ficar tudo bem, você me entendeu? – ela me olhava e eu acenei com a cabeça depois de respirar fundo, ela estava sendo uma rocha que me firmava num momento tão delicado – então vamos – ela disse começando a andar em direção a parte externa do parque e eu comecei a segui-la, mas parei instantaneamente, me virando para trás.

– Mas e tudo isso? A Lauren... – engoli em seco sem terminar a frase, olhando para todas aquelas coisas, para as flores, para os cartões com sua letra.

– Não se preocupe, eu liguei pra Dinah agora há pouco e lhe expliquei tudo rapidamente, ela disse que viria aqui com o Harry e com a Ally para pegarem tudo antes de nos encontrarem – Normani disse me lançado um olhar terno e eu acenei, dando uma última olhada em tudo aquilo e seguindo com ela, quando chegamos na calçada acenamos para um táxi que passava por ali e entramos, então a Mani disse ao motorista para onde íamos e mais um choque de realidade me atingiu junto com a apreensão. Hospital NYU Langone Medical Center.

Cerca de vinte minutos depois o táxi parou em frente ao hospital, eu já tinha roído todas as minhas unhas durante o trajeto e quando estacionamos meu coração deu um solavanco tão forte que achei que não fosse capaz de enfrentar o que poderia acontecer atrás daquelas portas. Normani pagou o motorista e desceu do carro, senti minhas pernas tremerem quando fiz a tentativa de sair do veículo que quase foi frustrada, mas Mani me ajudou.

– Você está bem? – ela me perguntou e eu assenti, então ela colocou seu braço em volta da minha cintura para me dar uma maior sustentação e eu a agradeci por isso enquanto seguíamos a passos lentos para o edifício. Já era cerca de nove da noite mas o fluxo de pessoas era relativamente alto para aquele horário, o que me deixou um pouco perdida olhando para um lado e para o outro, a procura de algum rosto conhecido.

– Normani, Camila, aqui – a voz conhecida por mim como sendo a de Michael falou alto de um canto e depois de alguns segundos passeando o olhar por algumas pessoas que estavam na sala de espera finalmente o vi, sentado ao lado de Clara, então nós duas nos dirigimos até os dois. Quando chegamos bem perto olhei para o rosto da mãe da Lauren e vi a profunda tristeza estampada em seu olhar, quando ela me viu uma lágrima caiu de seu olho e ela rapidamente levantou e me tomou em seus braços num forte abraço que retribuí na mesma intensidade. Ficamos um bom tempo ali, as duas, chorando uma sobre os ombros da outra, compartilhando a dor mútua que sentíamos pela Lauren, a pessoa para quem nutríamos o mesmo sentimento. Amor.

– Oh minha querida, que bom que você está bem – ela disse ao nos separarmos, ela provavelmente já sabia que a Lauren havia sofrido o acidente por mim, para me salvar, mas eu não consegui dizer nada sobre isso no momento, eu me sentia péssima em saber que poderia ter sido eu e não ela.

– Vocês já têm alguma notícia sobre ela? Como ela está? – Normani perguntou antes de mim quando deu um abraço na Clara, no mesmo momento que eu me separava do Michael que também havia me dado um abraço bem forte.

– Nós estamos totalmente no escuro, quando chegamos fomos logo na recepção e uma enfermeira disse para aguardarmos o médico vir dar as informações porque ela não podia dizer nada – Michael falou e minha angústia só aumentou.

– Minha menininha... – Clara irrompeu num choro silencioso e eu sentei ao seu lado afagando sua mão, a apertando logo depois para transmitir certo calor, uma presença, para dizer que ela não estava sozinha nessa. Depois de minutos que pareceram horas aguardando, um homem alto e esguio usando um jaleco veio caminhando em nossa direção.

– Vocês são os Jauregui? – ela perguntou olhando para o rosto de cada um de nós.

– Sim, somos, eu sou Michael, o pai da Lauren Jauregui – Mike disse estendendo a mão para o médico que o cumprimentou com um ligeiro olhar de espanto, provavelmente percebendo que estava falando com um dos homens mais ricos do mundo.

– Muito prazer senhor, eu sou o Carl e sou o médico responsável pela sua filha – ele disse retribuindo o aperto de mão do pai da Lauren.

– E então, como minha filha está? – Clara perguntou e o médico torceu o nariz quase que imperceptivelmente o que fez meu coração errar uma batida por conta da apreensão – por favor, diga o que tem a dizer – ela continuou e ele deu um breve suspiro antes de começar a falar o diagnóstico.

– Bem, o quadro da senhorita Lauren é instável, assim que ela chegou nós fizemos todos os exames e raios-x e eu pude ver que sua situação era grave, ela perdeu muito sangue devido as fraturas externas e escoriações, ela quebrou tanto o braço quanto a perna esquerda por conta do impacto incluindo duas costelas que acabaram por perfurar seu pulmão, dando início a uma hemorragia interna – ele falava e meu mundo ia desmoronando mais a cada palavra, era como se elas segurassem facas afiadas que entravam e saiam do meu coração a cada segundo – nós tivemos que realizar uma pequena cirurgia de emergência para conter o sangramento e tivemos sucesso, porém foi necessária uma forte sedação e acabamos descobrindo que ela também levou uma forte pancada na cabeça causando danos que a fizeram entrar em coma – quando ele disse isso as lágrimas já caiam sem nenhum freio do meu rosto e olhei para os outros e vi que suas situações eram as mesmas.

– Oh meu Deus, só diga que ela vai ficar bem por favor – Normani disse em prantos e o médico olhou para ela com um olhar terno.

– Eu realmente não tenho como dar garantias, como falei o quadro dela é instável e com o coma nós estamos fazendo de tudo para estabilizar o seu sistema por conta dos vários danos sofridos, só peço que fiquem tranquilos porque estamos com a melhor equipe cuidando dela para que possamos reverter esse quadro – ele disse e Michael envolveu o braço em Clara que tremia bastante tentando a reconfortar.

– Obrigada doutor, quando será que podemos vê-la? – Mike perguntou e eu ansiei por aquela resposta, eu tinha uma grande necessidade de olhar para Lauren.

– Por enquanto não será possível, nós estamos preparando a sala cirúrgica para uma maior cirurgia que será a do pulmão e logo depois realizaremos mais uma tomografia para saber a situação do interior de sua cabeça, só depois poderemos verificar o seu estado e se ela estiver estável, aí sim poderão visitá-la – ele disse e todos concordamos, então agradecemos e ele se despediu, adentrando a ala cirúrgica.

– Só nos resta aguardar e rezar para que tudo dê certo – Michael falou e nós assentimos.

– Lauren é a pessoa mais forte que eu conheço, ela vai sair dessa – eu falei abraçando meu próprio corpo e desejando mais do que nunca que minhas palavras se tornassem reais.


Notas Finais


foi isso gente, espero que tenham gostado, minha cabeça tá cheia de preocupações e isso tá me bloqueando bastante pra escrever MAS eu vou dar o meu melhor pra vocês, obrigada por lerem!


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