História Birras amorosas - ;único:

Birras amorosas 

você tem o vestido cheio de lantejoulas. 

Porque ela é birrenta, gosta de doces e de carinho, eu vivo a dando chocolates e fazendo-lhe cafunés maciços no topo da cabeça.  

Porque ela bate o pé quando alguém a contraria e joga os cabelos macios e pretinhos para todos os lados, infla as bochechas e fica corada, eu a irrito constantemente, apenas para chamá-la de adorável.  

Porque ela é infantil e orgulhosa, eu sempre a abraço por trás e selo sua testa, apenas para tê-la adoptada contra mim e apertando-se sob meu peito enquanto funga depois de uma discussão. 

Porque ela é narizinho em pé e tímida, eu rio e acaricio suas bochechas enquanto observo seu tom avermelhado quando coloca uma de minhas camisas prediletas para dormir, simplesmente por gostar --- amar --- do meu cheiro. 

Porque ela diz amar ver-me ruiva, eu nunca me importo de colorir meu cabelo apenas no tom certo que ela vai olhar, sorrir e acariciar, dizendo o quão linda eu fiquei. 

Porque ela é boba e insegura, eu não me importo de repetir todos os dias em seu ouvido o quanto a amo e que nunca vai me perder.  

Porque ela é pequena e estourada, eu não posso evitar provocá-la por sua silhueta pequena e ganhar alguns tapas, apenas para ouvir sua risadinha momentos depois. 

“Soso-ah?” a voz docinha chamou-me, enquanto os dedinhos finos tocavam minha pele de modo macio. 

“O que foi, Mimi?” interroguei, ajeitando-me sob os lençóis, somente para encará-la. 

“O que eu tenho que as outras pessoas não têm?” pergunta insegura, ondulando a pontinha do cabelo pretinho com o indicador, com aquele jeitinho adorável que só ela tem. “Digo... por que fica comigo?” 

“Oras, minha pequena...” ri de sua careta diante do apelido; “você me tem.”