Demorei alguns segundos para perceber que o despertador estava tocando. Poderia ficar na cama mais algum tempo, mas se quisesse pegar banheiro vazio e evitar esbarrar com aquele ser indesejável, teria que levantar agora.
Andei, ainda sonolenta e cambaleante, até a porta do meu quarto. Tentei abri-la com o máximo de silêncio que consegui, afinal, o residente do quarto ao lado é deveras desagradável.
Meu corpo gelou ao vê porta, mais a frente no corredor, aberta. Fiquei um pouco mais calma ao ouvir o som do ventilador de teto. Deslizei na ponta dos pês, tentando não ser percebida.
O corredor não é muito largo. Há mesinhas com flores na parede que não possui portas num intervalo entre um quarto e outro.
Estava passando na frente do segundo quarto e me distrai com um gato intruso que passeava pelo corredor principal quando senti uma mão segurar meu braço e me puxar bruscamente, me fazendo cair sentada.
Uma sombra se debruçou sobre mim e meu corpo foi forçado para baixo. Vi aqueles olhos sarcásticos e raivosos que refletiam a luz fraca que saia pelas frestas da cortina.
-Sai- falei me apoiando em um cotovelo e empurrando seu braço esquerdo.
Ele segurou meu pulso e foi aproximando seu rosto lentamente. Meu coração acelera a medida que o espaço entre nós fica menor. Fico paralisada, olhando fixamente em seus olhos que me encaravam de uma forma diferente do habitual. Sinto a lateral do seu rosto quente contra minha bochecha. Ouço sua respiração em meu ouvido.
- Eu quero que você faça uma coisa.
-O-O que?- estou tremendo.
-Não é isso que você está pensando, Bitch-chan- falou se levantando.
-Oque você quer?- enfim me levantei em quanto Daniel acendia a porta e fechava a luz. To nervosa.
-Não sou chefe do dormitório por acaso, minha irmã é diretora do colégio e os dados de todos os alunos estão em seu escritório, que por acaso eu tenho a chave.
Daniel sentou em uma cadeira que estava na frente da sua escrivaninha preta.
- Soube que alguns alunos da escola estão traficando drogas. Quero que você descubra quem são e... faça o que sabe fazer.
“ Ok, ele sabe, mas será que ele teria coragem de contar pra alguém?”
- E se eu não... quiser?
- Sabe que sou hacker né?!
-Sabe que isso é crime né?!
- Vai fazer ou não?- ele percebeu que eu estava incerta e completou- eu te encubro.
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