1. Spirit Fanfics >
  2. Bittersweet - SUGA >
  3. Quanto mais contato...mais dor

História Bittersweet - SUGA - Quanto mais contato...mais dor


Escrita por: EurekaBitches

Notas do Autor


AHHHHHHH, DSCP A DEMORA, E O SUMIÇO ;-; EU TAVA COM PUTA DUM ARTBLOCK, SERIO ;-;
Mas agr cá estou yo de volta :D Espero que gostem desse cap <3 <3
e btw, significado de calamitoso: desastroso, catastrófico, desgraçado. -> eu tentei colocar outra coisa, mas parecia n se encaixar tao bem qnt calamitoso ( eu amo essa palavra, ela tem som legal heueheue )
BOA LEITURA <3

Capítulo 10 - Quanto mais contato...mais dor


Fanfic / Fanfiction Bittersweet - SUGA - Quanto mais contato...mais dor

SUGA P.O.V.

 

- Droga...realmente está frio. – Disse.

Ergui meu olhar da rua vazia. Uma neblina densa cobria o asfalto, e uma leve fumaça surgia da minha respiração acelerada. O céu acinzentado se estendia por sobre minha cabeça. Estiquei meu pescoço, erguendo meu olhar para a vastidão cinza.

- Nenhuma estrela. - Um suspiro de cansaço escapou lentamente por entre meus lábios rachados. Se eu pudesse ao menos fazer um desejo! Eu voltei meu olhar para a porta vermelha de metal que se camuflava nas sombras que se estendiam no canto esquerdo. - Assim que ela estiver bem...eu vou embora. – Completei em voz alta, tentando arranjar coragem para cumprir com a tarefa que eu, há muito tempo, tinha tornado minha.

Eu não me envolverei demais. Eu não posso. Em passos curtos caminhei de volta a porta de fundo do karaokê. Ao tocar a maçaneta de metal pude sentir a dor agonizante da camada de gelo em contato com minha pele desnuda. A dor excruciante se intensificando conforme eu apertava mais forte, conforme o contato aumentava.

O gelo ardia e colava em minha mão, como se mil agulhas estivessem sendo introduzidas na minha palma. Eu olhava para minha mão que estava fechada com força em torno do metal, a minha pele clara agora tomava um tom avermelhado. Eu pressionava, a cada momento mais intensamente, minha pele contra o metal congelante.

- Quanto mais contato...mais dor. – Com uma longa pausa, tomei coragem para o próximo passo. – Eu não posso me deixar levar... Eu não posso nutrir sentimentos e...esperança. – Soltei a mão gélida e preenchida com um vermelho vivo da maçaneta. – Eu não vou.

Com força abri a porta e adentrei no recinto. Caminhava pelo corredor, passando por várias salas, ouvindo o povo comemorando, cantando e gritando. Ignorando o mundo calamitoso que existia fora destas portas. Eles almejavam pela liberdade, ainda incapazes de alcançá-la...ou entendê-la.

Por anos eu também havia lutado, esperneado, e corrido o mundo por ela. Pela liberdade. Mas eu sou um escravo das consequências dos meus atos. Eu senti uma risada irônica escorrendo pelos meus lábios. Eu de certa forma, sentia saudades do jovem Yoongi, que se sentia injustiçado e gritava ao mundo suas opiniões. Quando a coragem percorria minhas veias. Mas eu agora sabia...que a liberdade é uma ilusão.

- A vida é uma sequência de consequências. – Sussurrei.

Entrei na sala número 7 sem sequer hesitar. Os corpos de Lisa, Jaehyun, e Dongyul ocupavam os pequenos bancos. MinHee ainda estava sentada no chão, encostada em um dos bancos. Sua cabeça estava erguida em direção ao teto, mas seus olhos estavam fechados. Sua respiração irregular indicava que ainda estava acordada, mas, ao julgar pelo quanto havia bebido, logo cairia no sono.

Me estendi até ela, e puxei minha jaqueta do seu colo. Ela confusa, abriu os olhos. Ainda sonolenta, me direcionava um olhar perdido. Eu rapidamente vesti minha jaqueta, sentia Min Hee ainda me observando de baixo.

- Você já vai? – Ela perguntou, as palavras saindo enroladas e longas. Definitivamente havia bebido demais.

- Sim. – Respondi, tirando meu celular do bolso para checar a hora. 3:52. Abaixei meu olhar para ela – Tchau. – E me virei, indo em direção à porta.

- Espera! Eu vou com você, deixa eu só...- Virei apenas minha cabeça em sua direção, e derrubei meu olhar sobre ela, que se apoiava na mesinha de centro, tentando se levantar. Sua cabeça se virava em várias direções, vasculhando a sala em busca de sua bolsa.

- Ao lado da Lisa. – Ela me olhou confusa, mas logo direcionando seu olhar ao banco em que Lisa estava deitada e aparentemente avistando a bolsa. – E não. Tchau. – Disse já saindo da sala, deixando-a, e não esperando para ver sua reação.

 

 

 

MIN HEE P.O.V.

 

Apesar de eu não ter demorado a sair, Suga não parecia estar mais na rua. Nenhuma silhueta se sobressaia em meio à neblina. O vento congelante soprava em minhas pernas, fazendo com que arrepios de frio corressem pelo meu corpo. O barulho enjoativo dos meus dentes se batendo de frio enchia meus ouvidos.

- Por que ele não esperou? – Perguntei, decepcionada.

Consciente do nível alto de álcool no meu sangue e do meu, ligeiramente ruim, senso de direção, pesquisei por meu endereço no google maps, seguindo a rota sugerida. Eu seguia pelas ruas escuras, tomando cuidado para não escorregar. Apesar de não ter nevado, o clima glacial tinha coberto tudo com uma fina camada de gelo. Geada. A mudança considerável de temperatura do começo e fim do dia, a forma como a temperatura caía, como eu pude me esquecer?

Lembranças do sol constante no Brasil vieram a minha mente, as diferenças não só climáticas, mas culturais de ambos os países inundaram minha mente. Será que algum dia...eu me encaixarei em algum deles?

Subitamente perdi o equilibro, sentindo meu pé direito escorregar rapidamente para frente, e meu corpo sendo jogado para trás. Ambos meus braços procuraram por um apoio, algo para me segurar, mas não tinha nada. O meu corpo caiu com força no chão, eu me esborrachando completamente no asfalto áspero. Senti uma dor aguda em meu joelho e minha mão.

Acendi a lanterna do meu celular rapidamente, ainda assustada com o acidente. Meu joelho estava ralado, algumas partes da pele ainda enroladas nos cantos do machucado. O sangue escorria abundante pela minha perna. Minha mão também estava com a palma ralada, mas a maior fonte de dor era o osso, provavelmente por ter segurado grande parte do meu peso.  

Sem ter muito o que fazer, puxei a manga de minha jaqueta até minha palma da mão, a prendendo ali com meus dedos e usando para limpar o sangue que escorria. Os machucados ardiam, e o frio fazia a dor parecer mais forte do que realmente era, mas eu não podia ficar enrolando em uma rua escura. Levantei-me mancando da perna direita, e coloquei novamente no google maps.

Voltei a caminhar para minha casa, sentindo o sangue escorrendo por todo o caminho.

 

---

 

Entrei no ambiente escuro e frio, e estiquei minha mão até o interruptor, acendendo a luz da sala. Eu não podia ouvir nenhum barulho, o que já era esperado, já que minha mãe já devia estar dormindo. Larguei meu celular em cima do balcão da cozinha e fui em direção ao banheiro, tirando minha jaqueta no caminho.

- PUTA QUE PARIU! – O meu joelho estava acabado! Estava completamente ralado! Felizmente o sangue já havia parado de escorrer, e só havia o seu rastro seco pela minha perna.

Estiquei-me por sobre a privada e peguei o rolo de papel higiênico, enrolei grande parte em minha mão e coloquei debaixo da torneira, molhando e umedecendo o papel. Com certa dificuldade, passei o papel sobre minha perna, limpando o sangue seco.

O machucado que ocupava praticamente meu joelho direito por completo, estava já começando a tomar um tom amarelado. Abri o box e coloquei minha perna debaixo do chuveiro, o abrindo, e deixando a água escorrendo. Esfreguei levemente o sabonete no local avermelhado e sem pele, no inicio ardia, muito, muito mesmo, mas com o tempo, a dor passou. Após sentir que já era o suficiente, desliguei o chuveiro e sequei o machucado, dando algumas batidinhas de leve.

- Droga, eu não devia ter ido hoje! – Eu olhava para o meu joelho arrebentando, quantos dias ia demorar até sarar????!!

Caminhei até o armário e, felizmente, achei uma bandagem enorme, grande o suficiente para tampar todo o machucado. E um baid-aid normal para a palma da mão, que apesar de ter apenas um pequeno esfolado, estava roxa e dolorida.

- Mas afinal, por que ele não esperou? – Bufei, apesar de que sabia que estava tentando culpar Suga pela minha falta de atenção.

De qualquer forma, caminhei até o meu quarto, e vesti meu pijama, me jogando em minha cama. Droga, eu já podia prever o inferno de ressaca amanhã!


Notas Finais


COMENTEM SUAS OPINIÕES, TIPO, DE VDD, COMO EU SEMPRE DIGO, SINTAM-SE LIVRES PRA EXPRESSAR O QUE PENSAM <3 SERIAO, TENHAM MEDO DE INTERAGIR NÃO, EU SOU LEGAL <3 <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...