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História Bittersweet - SUGA - Uma ligação


Escrita por: EurekaBitches

Notas do Autor


DESCULPEM A DEMORA E O SUMIÇO <3 <3
Retornei ak com mais um capítulo, sim, eu sei que eh um pessimo horario, mas não tenho culpa, Spring Day me atrasou :v heueheuheue
De qlqr modo, espero que gostem e boa leitura <3

Capítulo 12 - Uma ligação


Fanfic / Fanfiction Bittersweet - SUGA - Uma ligação

 

MIN HEE P.O.V

 

Olhei para o meu joelho curado, agora apenas com algumas discretas manchas azuis. Quatro dias haviam se passado sem que eu nem percebesse. Suga continuava a ir todos os dias à cafeteria, sentando-se no canto com seu headphone e bebendo café por horas enquanto digitava em seu notebook. Os estudos da história da arte e da modernidade continuavam em ritmo lento, mas animador, junto aos desenhos de observação.

A rotina já mostrava o seu peso, me fazendo sentir como se não tivesse piscado os olhos nesses últimos dias. E o ânimo de acordar cedo para assistir as aulas já estava sumindo. Eu sabia que a vida era assim, mas de algum modo, tinha me acostumado ao turbilhão de acontecimentos inesperados com os quais a Coréia vinha me presenteando. A rotina, que era um conceito que eu antes preferia, agora parecia tão...chato.

Lisa colocou a mão sobre a minha, parando o movimento contínuo de bater com a caneta sobre a carteira, o qual eu involuntariamente estava fazendo desde o início da aula.

- Isso incomoda. – Disse ela olhando em volta, me fazendo perceber os outros vários estudantes que me encaravam com o mais puro ódio. Eu fiz uma discreta referência, me desculpando, e eles voltaram a olhar em direção ao professor.

- Eu estou entendiada. Eu quero fazer alguma coisa! – Eu disse, lhe mandando um olhar de súplica.

- Assistir aula é fazer alguma coisa. – Respondeu Lisa, ainda olhando para frente da sala.

 - Nãooo! Algo diferente, sei lá, um parque de diversões ou cinema...

- Você tem gosto de criança! – Ela disse, virando seu olhar brincalhão para mim. – ...Bem, vai ter uma festa hoje – Ela disse, parecendo meio relutante, porém animada – Algo bem privado, mas acho que consigo dar um jeito de nós entrarmos. – Soltou ela, com seu orgulhoso sorriso travesso, e se aproximou de mim. – Nada que um amigo segurança não resolva! – Sussurrou ela em meu ouvido.

 

----

 

 

Eu estava entrando na cafeteria quando meus pés pararam, a porta ainda entreaberta. Meu olhar se prendeu na mesinha do canto esquerdo, a mesinha que estava vazia. O fato do Suga não estar na loja, com seu notebook e um copo de café na mão direita era suspeito. Ele sempre estava lá, então como...

Eu fui para trás do balcão, guardando minha bolsa e pegando meu avental. Eu fazia todas as ações automaticamente enquanto encarava a pequena mesa. Nenhuma bolsa por perto, nenhum papel em cima, e nem sequer uma marca de copo de café ou líquido derramado. Onde estava o Suga?

Eu procurava pelo meu celular na minha bolsa, quando me lembrei, eu não tenho o número dele! Joguei minhas mãos sobre a bolsa, frustrada, ainda agachada sob o balcão.

- Por que eu não tenho o número dele? – Eu não entendia, como nós não tínhamos trocado nossos números?! Eu cavei em minhas memórias, mas eu não conseguia me lembrar de momento algum em que eu ou ele sugeríssemos a ideia. – Droga!

Levantei-me ainda frustrada, e apoiei minha mão sobre o balcão, meus dedos tamborilavam ansiosos. A imagem do lugar vazio parecia me provocar. Eu encarava a cadeira com toda a minha força, que provavelmente era tanta que eu poderia conjura-lo ali naquele momento, mas a cadeira permanecia vazia.

- Acho que sem perceber, eu acabei me acostumando com a presença dele. – Sussurrei pensando em voz alta.

Gotas de chuva começaram a cair do lado de fora da cafeteria, e o céu que antes possuía um tom azul marcante, agora era tomado por um tom de cinza claro. As pessoas que antes caminhavam calmamente pela calçada, corriam com as mãos acima da cabeça, tentando evitar se molhar.  

Um dos clientes se levantou apressado, percebendo o clima. Ele esticou ambas as mãos, com as notas e moedas com a quantia exata. Enquanto eu pegava o pequeno amontoado de dinheiro de sua mão, uma silhueta rápida chamou minha atenção. Sem desprender meus olhos da pessoa na chuva, peguei o amontoado e o coloquei na gaveta do caixa.

A silhueta preta corria na calçada, vindo em direção à cafeteria. A mochila em suas costas batia a cada longo passo, e os cabelos encharcados estavam grudados em seu rosto. Suas roupas pretas estavam ensopadas, e uma poça se formou aos seus pés quando ele entrou no ambiente. Suga ergueu sua cabeça, mechas de cabelo molhado caiam em sua visão, fazendo com que me olhasse com os olhos cerrados.

- Acho que estou um pouco atrasado. – Disse, sua voz tinha um tom mais rouco, mas ainda assim um sorriso se formou em seu rosto. Ele retirou sua jaqueta, que estava completamente molhada, e a colocou sobre uma cadeira. Sua camisa não estava molhada, mas com certeza não era suficiente para a brisa gelada que soprava.

Agachei-me sob o balcão e peguei meu moletom que estava surrado dentro de minha mochila. Ele provavelmente serviria, já que ficava extremamente largo em mim.

- Aqui! – Joguei-o para o Suga que, apesar de não ter me visto o arremessando, agarrou-o no ar com a agilidade de um verdadeiro jogador de basquete. Seu olhar confuso foi do moletom para mim.

- Não prec... – Ele começou a falar, mas parou ao direcionar seu olhar para mim. Seu olhar aparentemente cansado se voltou para o chão molhado. – Obrigado. – Agradeceu enquanto vestia meu moletom, que ficou largo até nele.

- Nada! – Respondi estendendo para ele um copo de café, isso deveria ajuda-lo a se aquecer.  

Joguei um pano sobre a poça que ele havia causado e me direcionei para a mesa em que ele sempre sentava. Os seus eletrônicos, que ele tinha retirado da mochila, estavam completamente secos e em perfeito estado, provavelmente a mochila era impermeável. Sentei-me na cadeira em sua frente, e ele tirou seu headphone, já acostumado a minha intromissão.

- Você parece cansado. – Disse, percebendo as olheiras sob seus olhos.

- Passei a noite inteira trabalhando. – Respondeu ele, parecendo meio perdido. – E... obrigado de novo.

- Ahhhh!! Não é de graça! – Eu disse, e ele me ergueu o olhar confuso. – Seu número.

- O quê? – Ele perguntou desorientado.

- O meu pagamento pelo empréstimo do moletom, seu número – Disse acenando com a cabeça para seu celular, que se encontrava a minha frente em cima da mesa.

Ele parecia apreensivo, seu olhar lento ia de mim para o celular, como se não soubesse o que fazer. Ele ao menos tinha dormido? Ele parecia desligado.

- O que foi? É demais pedir seu número? – Perguntei, já sem paciência. – Desculpa, mas achei que como sua amiga, ter como me comunicar com você não seria uma má ideia, mas parece que me engan... – As palavras fluíam rapidamente, enquanto eu me levantava.

- Espera, não é isso... É que, eu não costumo usar meu celular com frequência. Mas como é você! – Disse ele, esticando o braço e pegando meu celular de dentro do bolso do meu avental. Ele digitou algo e então colocou o meu celular no meu bolso novamente, um sorriso de triunfo tomava seu rosto.

Eu revirei meus olhos para a expressão que ele me direcionava e voltei para trás do balcão, pegando o rodinho e mais um pano para limpar o aguaceiro no qual ele tinha tornado o chão da cafeteria.

Enquanto eu secava o piso, eu sentia o olhar do Suga nas minhas costas, tão intenso que se continuasse, provavelmente conseguiria fazer um buraco nas minhas entranhas. Eu parei e ainda segurando o rodinho com a mão esquerda, voltei meu olhar ameaçador para ele, posicionando minha mão direita na cintura. Seus olhos se arregalaram um pouco, antes de se voltarem para a direção contrária, mas era tarde demais.

- Pego no flagra. – Disse em um tom baixo, mas que sabia que ele ouviria.

 

 

-----

 

 

Enquanto eu e Lisa caminhávamos em direção è porta escura, eu não conseguia deixar de pensar no Suga. “Ele gosta de mim?”, “Por que ele não tinha me acompanhado até em casa então?”, “Por que ele sempre ia è cafeteria?”, e o mais importante, “eu gosto dele?”. Eu lutava para me manter no salto, enquanto minha cabeça era bombardeada com milhares de análises de todos os meus momentos com ele.

- Vamos logo! – Bufou Lisa, me puxando para perto de si. Ela bateu na porta em um ritmo esquisito, e um barulho soou lá de dentro. A porta foi aberta, e um garoto surgiu de trás dela, assinalando para que entrássemos rápido.

- Você sabe as regras! – Ele disse, apontando para Lisa, e ela acenou concordando. – Oks, podem ir. – Falou o garoto desconhecido, fechando a porta novamente.

Lisa me puxou por uma escada. Eu descia os degraus com cuidado para não cair, já que não tinha muita maestria com salto alto. O ambiente que surgiu a nossa frente não tinha nada haver com o que eu esperava.

O salão era gigante, lustres de cristal, globos espelhados e luzes de todas as cores tomavam o teto a metros e metros de altura. Centenas de pessoas dançavam no centro, e as enormes caixas de som tremiam pelo volume excessivo. Todas as pessoas seguravam garrafas de champagne em uma mão, que era tomado direto do bico, e drinks coloridos na outra.

- Puta merda! – Soltei, em um português direto. Eu definitivamente não  esperava por algo desse tipo.

- Outro nível, não??! – Perguntou Lisa, já soltando minha mão e correndo para a pista de dança. Já minha rota foi diferente, direto para o bar. Vários drinks já estavam dispostos sobre o balcão, e eu optei por um que possuía um brilho azul claro.

Sem sequer conseguir tomar o primeiro gole, um coreano alto se aproximou de mim. Ele era pelo menos um palmo mais alto que eu, seu cabelo loiro estava molhado de suor, assim como sua camisa branca, que grudava no seu peitoral. Seus olhos negros me fitavam, mas já estavam sem foco.

- Olá! – Gritou ele, tentando se fazer audível, apesar da musica ensurdecedora. O hálito nauseante só confirmou minhas suspeitas, ele estava completamente bêbado.

- Hoje não! – Disse, virando minha cabeça para o lado oposto, vendo seus pés se arrastarem para longe.

Eu rapidamente terminei o drink, observado as pessoas dançarem loucamente na pista e ,entre elas Lisa, que batia loucamente o cabelo. Eu esperava me sentir tonta, mas por incrível que pareça, eu só me sentia mais leve.

- Acho que precisarei de mais do que isto. – Disse, me voltando para o canto do bar, onde mais alguns drinks estavam dispostos. Foi quando vi um casal no outro canto.

- Ewww – Disse, revirando os olhos. A garota pressionava o garoto contra a parede, enquanto praticamente o engolia, e enfiava sua perna entre as dele. Meus olhos já estavam voltando para a multidão dançando quando eu percebi algo.

- O meu...moletom – Disse, voltado a encarar o casal. O garoto de cabelos pretos, altura um pouco maior que a minha, e pernas finas, vestia o meu moletom. – Suga? – Perguntei em voz alta sem poder conter meu espanto, felizmente a musica alta engoliu minha voz.

Rapidamente me lembrei, celular! Peguei meu celular no bolso traseiro do meu short, e o desbloqueei, entrando na lista de contatos. Recentes. Suga. Ligar. Mantive minha mão abaixada, meu olhar permanecendo no casal. Olhei para a tela brilhante, “chamando”. Então o garoto afastou a garota, e pegou seu celular do seu bolso, clicando algo em sua tela e o levando ao ouvido. Olhei para baixo novamente, “conectado”. Desliguei a ligação e voltei a o encarar.

 - Suga. – Disse, ainda o observando incrédula de longe. 


Notas Finais


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Eu sei, eu sei heueheuheuehue Whyyy God??!!
D qlqr forma, o que achou até ak?? Comentem ae vossas opiniões e indignações heheuehue <3
Seriao, sintam-se livres ae pra comentar o q for nos coments <3 <3
E Por hj eh só, e OBRIGADAAAAAAA POR TER LIDO ATEH AK <3 <3


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