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História Bittersweet - SUGA - Acho que afinal...eu mereço


Escrita por: EurekaBitches

Notas do Autor


Espero que gostem <3 <3

Capítulo 4 - Acho que afinal...eu mereço


Fanfic / Fanfiction Bittersweet - SUGA - Acho que afinal...eu mereço

SUGA P.O.V

 

- A dor que ela sentiu deve ter sido tão grande. – sussurrei para mim mesmo. – E eu fui a causa.

Enquanto fitava o teto jogado sobre minha cama, senti as lágrimas brotando nos meus olhos. Não, eu não tinha esse direito. Eu não tinha o direito de chorar. A forma como eu era covarde, me deixava com ainda mais vergonha.

Além do fato de tê-la torturado e xingado durante 2 anos seguidos quando crianças, todo santo dia a humilhando. De tê-la feito tomar a decisão de tirar a própria vida pra se livrar de mim, para ter paz. Agora eu estava deitado, chorando como um bebê, sendo que eu não fazia sequer a menor ideia de como era a dor que ela sentiu. Sem nem ao menos me esforçar para fazer algo sobre isso.

- Fazer algo sobre isso. – Eu ouvi essa pequena sentença reverberando no meu cérebro. – Mas ela aceitaria algo de mim?...Porque, se eu fosse ela, eu não aceitaria.

Mas eu não poderia continuar sem fazer nada, eu causei tanto sofrimento pra ela, e talvez seja por egoísmo, para que não sinta mais essa culpa que me corrói, mas eu quero pagar por isso.

- Talvez após ter trazido tanto sofrimento, eu consiga pelo menos trazer um pouco de felicidade.

Com certa dificuldade, me levantei da cama e fui para o banheiro, fechando os olhos ao acender a luz, surpreendido pela luminosidade.

Caminhei até a pia, onde me debrucei, me aproximando do espelho. A minha bochecha direita estava extremamente inchada. Milhares de tons se misturavam deixando claro o quão fodido era o machucado. O sangue do corte já tinha secado, e parecia estar começando a formar a casquinha.

- Bem, acho que afinal...eu mereço.

Girei a torneira, e após juntar certa quantidade água em minhas mãos que tinha unido em formato de concha, joguei a água no rosto. Sentindo o frio entrar em contato com a minha pele, e expulsando o calor que estava por todo o meu corpo. Com cuidado, limpei a ferida, fazendo movimentos lentos tentando impedir a ardência. Sem que eu pudesse impedir, um sorriso apareceu no meu rosto. Afinal, ela estava bem.

 

 

SOPHIA / MIN HEE P.O.V

                                                                                                                                           

Assim que meu turno acabou retirei o avental, e dirigi até o prédio da Starship En, mas diferente os outros dias, a minha mãe não me esperava na calçada em frente. Decidi então estacionar o carro. Mesmo com dúvidas, após o dia estressante, só o que eu queria era chegar em casa e ir dormir, então desci do carro e fui em direção ao prédio, pronta para resolver tudo o mais rápido possível...Assim que avistei a recepcionista, comecei a me arrepender da minha coragem súbita e desejar voltar ao carro, mas ela já tinha me visto, e me encarava com um sorriso no rosto.

Caminhei devagar até ela, tentando trazer de volta a coragem que eu tinha até agora.

- Er... Você saberia se a Jiyeon, a nova coreógrafa do Sistar já saiu? – Eu perguntei meio desajeitada, me sentindo deslocada.

- Ahh sim, a Jiyeon! Pelo que eu sei a prática de hoje atrasou, você quer deixar um aviso ou algo assim? Qual o seu nome?

- Ahh,  eu sou a Soph...quer dizer Min Hee. A Jiyeon é minh..

- Sua mãe! – Eu olhei para ela meio surpresa, normalmente os coreanos não eram tão amigáveis. Talvez ela fosse assim para a função, até porque se é necessário ser sociável quando se é uma recepcionista. – Ela me disse sobre você. Você veio buscar ela né?! Bem...eu acho que ela ainda vai demorar.

- Ahh sim, então eu vou ind...

- Por que você não entra?

- Ann?

- Eu aposto que sua mãe não iria se importar, e você também teria a chance de conhecer onde ela trabalha e como.

- Ahh sim. – Eu concordei meio sem jeito, não podendo recusar o sorriso simpático que ela me direcionou. Ela me entregou rapidamente um crachá no qual estava escrito “visitante vip”.

- Ela está no 5º andar, 6ª sala.

- Ahhh obrigada. –Eu disse enquanto colocava o crachá. - Foi um prazer!

- Igualmente! – Sociável, extremamente sociável. O fato de uma coreana me tratar de maneira tão calorosa ainda me surpreendendo.

Me apressei em direção ao elevador, que parecia que a qualquer momento iria fechar as portas. Felizmente consegui entrar a tempo, as portas começando a se fechar assim que meu pé adentrou.

- Droga, como eu me meti aqui? – Apenas depois que eu já tinha me perguntado isso em voz alta e em português que eu reparei que havia mais pessoas no elevador. E agora elas estavam me olhando. Devagar e me xingando mentalmente, virei minha cabeça para olhá-las. Assim que avistei os garotos chocados, percebi que eu havia acabado de praticamente imitar a guria do exorcista.

Envergonhada, encostei-me à parede do elevador, mantendo meu olhar no chão. Merda, isso está durando uma eternidade. Eu ergui meu olhar para o visor, “3º andar”. Legal, quem sabe ano que vem eu chego lá!

A curiosidade fez com que eu olhasse para os garotos de novo, e aparentemente eles estavam tão desconfortáveis quanto eu, de alguma forma, isso me pareceu engraçado, toda a situação no geral, e uma risada acabou escapando. Eles acabaram rindo também, a tensão sumindo discretamente.

A porta se abrindo interrompeu nossas risadas, e eu sai para o corredor, olhando em volta, procurando por uma porta que tivesse o número 6, e falhando miseravelmente.

Após percorrer todo o corredor, eu desisti, e voltei para o elevador, mas antes de clicar no botão para chamá-lo, reparei que os 4 garotos de antes estavam encostados em um bebedouro no fim do corredor.

Respirei fundo, tomando coragem, e fui na direção deles, eles falavam sobre alguma coreografia ,que aparentemente era extremamente difícil. Virei-me em direção ao do cabelo vermelho, que já tinha percebido minha presença.

- Desculpa interromper, mas algum de vocês sabe onde é a 6ª sala?? – Eu perguntei confusa, rezando pra que a resposta fosse sim.

- Ah sim, é a segunda porta à direita no terceiro corredor. –Respondeu o loiro.

Eu olhei ainda mais confusa para ele, terceiro corredor? Então esse era qual? E como eu ia até ele? Os corredores não estavam marcados com números, nem setas ou placas.

- Ann, desculpa, quê? – Eu sorri, tentando disfarçar o fato de que eu estava boiando completamente. – É minha primeira vez aqui então...

- Nós podemos te mostrar o caminho, se preferir... – Disse o de cabelo vermelho, percebendo meu desespero e o fato de que eu não tinha entendido nada.

- Pelo Amor de Deus, Sim! – Eu soltei, agradecida por ter uma saída.

Nós passamos por uns corredores meio confusos, que provavelmente não seriam tão confusos para uma pessoa normal, mas eu e meu horrível senso de direção estávamos completamente perdidos e rapidamente chegamos a uma porta de vidro com um enorme número 6 marcado nela. Uma plaquinha na parede dizia “Sistar : Sala de Ensaio”.

O garoto com o cabelo vermelho abriu a porta e apontou para que eu entrasse, e foi o que eu fiz. Dentro da sala estava a minha mãe, e mais 4 garotas, todas extremamente suadas e cansadas, mas a beleza delas ainda estava clara, mesmo com elas naquele estado.

Minha mãe rapidamente se virou e veio na minha direção com um sorriso estampado no rosto.

- Filha, mas...por que você está aqui? – Ela perguntou enquanto me abraçava. As garotas aproveitavam a interrupção para beber água e descansar, sentadas no chão.

- A hora...- Eu disse sendo sufocada por ela, que logo após me ouvir me soltou rapidamente e olhou para o relógio no pulso.

- Ai Meu Deus, eu não vi o tempo passar!! – Ela disse, surpresa consigo mesma. – Mas..como você veio até aqui?

- A recepcionista me disse a sala, e eles me guiaram - eu disse, apontando com a cabeça para os garotos que já tinham ido conversar com as garotas que tinham se sentado no chão, eles pareciam ser amigos.

Assim que minha mãe virou para olhá-los, o garoto de cabelo vermelho ergueu a cabeça e sorriu para nós.

- Obrigada Jooheon! – Disse minha mãe, e ele assentiu. – Pode se sentar, eu vou só arrumar algumas coisas – Ela disse pra mim, já se retirando da sala.

O tal do Jooheon logo veio em minha direção.

- Então você a filha da Jiyeon? – Perguntou ele, usando o nome de nascença da minha mãe. Eu assenti como resposta.

- Obrigada por me mostrar o caminho, meu senso de direção é uma droga. Eu jamais iria conseguir achar essa sala sozinha! – Ele riu.

- A maioria não conseguiria, esse lugar parece um labirinto, mas com o tempo você se acostuma. – Ele deu de ombros, se virando para os garotos que tinham gritado para ele algo sobre uma participação em um clipe.

Subitamente a minha mãe reapareceu na sala, já com suas roupas normais, e segurando na mão esquerda sua bolsa e suas pastas.

- Pronta? – Perguntei, me levantando do banco em que havia sentado.

- Sim, vamos então? – Ela me perguntou, se despedindo com tchauzinhos das garotas e dos garotos.  Eu meio desajeitada dei alguns tchaus para eles também, e me curvei novamente antes de sair da sala, como agradecimento pela guia.

 

A volta à casa foi rápida, e assim que chegamos eu já fui em direção a minha cama, eu me sentia quebrada e destruída  e desejava uma boa e longa noite de sono do fundo da minha alma. Afinal, eu merecia depois do dia maluco de hoje. Afinal, mas que porra que se passava na cabeça do garoto de cabelo verde?!

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado <3 <3
ps: provavelmente agora os caps não serão mais com tanta frequência, já que hoje só tiveram 2 caps msm graças ao feriado <3 Mas vou sempre continuar dando meu máximo para postar o mais rápido :3


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