O som do gatilho, o barulho do metal, o bater de um coração assustado, e o principal o cheiro do medo.
Estava ali, era evidente em seu olhos, ele estava com medo... E com certeza ele devia estar...
– Eu sabia que você viria – disse ele com a voz tremula, dando um passo hesitante para trás, cada vez mas perto da borda.
Nada respondo, não vejo a necessidade de responder.
– Dizem que você... – ele olha pra trás, engolindo em seco, cortando a sua fala, ele olha ao redor procurando uma saída, seus olhos novamente se encontram com os meus, eu estou mas perto agora, apenas um braço de distância pra isso acabar...
– Dizem que tudo o que você vê é preto... Que você é negro, negro como céu em uma noite de tempestade – ele continuou falando, realmente espera que eu responda, ele acha que falando vai me impedir, dou mas um passo a frente, mas um passo para o fim da sua vida...
– O chamam de E.N.D por que você traz o fim... Se eu vou para escuridão... Ao menos vou leva-lo comigo – ele diz e agarra meu braço, o braço que segura a arma, nesse instante atiro, mas estamos caindo, caindo na água profunda e escura daquele penhasco.
Tudo é preto
Negro como a minha alma.
Negro como eles dizem que sou.
Talvez tudo o que eles devem temer em mim...
Um dia tudo vai ficar negro, como tudo o que toco.
A água é calma e eu penso em não voltar, penso em como seria se o negro em mim tomasse conta de tudo. Volto a superfície, vindo a tona para respirar, ele não, está morto, morto pelas minhas mãos, mas um entregue a escuridão.
Lucy Pov’s
Eu tenho demônios, como tenho certeza que todos nós temos.
O meu veio na forma de alguém que eu amava, ou pensava que amava. Ele se escondeu, me mostrou alguém que ele não era, me tinha presa como em um peixe no anzol.
Me traiu, usou e abusou de mim, fez me sentir bem menos do que eu era. Eu fui uma tola, pensei que ele me amava, pensei que eu o amava.
Ele me levou para longe, me afastou dos meus amigos e familiares. Me fez confiar nele, me fez pensar que ele era a única pessoa que podia cuidar de mim, que me amava.
Ele mergulhou em mim quando eu era jovem e ingênua, ingênua o suficiente para acreditar em todas as coisas que ele disse, do jeito que ele me tratou, e sussurrou em meu ouvido, que eu era tudo para ele.
Eu acreditei em cada palavra doente que saiu de sua maldita boca. Eu não tinha razão para não acreditar. Ele era popular, conhecido, meus pais o adoravam...
Ele se escondeu bem, eu não sabia como ele realmente era, não até que fosse tarde demais.
Tarde demais para mim.
Ele me alimentou com drogas, forçou seu vício em cima de mim. Me fez fazer coisas quando eu precisava de mais.
Ele conseguiu o que ele precisava de mim, algo que me quebrou tanto que as drogas se tornaram a única resposta.
Tudo tornou-se demais.
A mágoa era muita para suportar. Meu coração estava quebrado, ele o destruiu.
Então eu escapei. Como ainda não sei, só fugi.
De um lugar escuro para outro.
Natsu Pov’s
Minhas botas estão molhadas e pesadas, é cansativo puxar um corpo do lago. Eu marcho para minha casa, entro chutando minhas botas no processo.
Me sento, estou exausto, mas necessito de alívio. Eu preciso foder – Forte e Duro - mas não há nenhuma buceta à vista.
Eu cerro os dentes, pego um cigarro e acendo. Ele traz algum alívio, mas não o que quero ou preciso. Estou há semanas sem sexo, e isso me deixa estressado pra caralho.
Merda! Acabei baixando guarda e isso resultou em aquele homem me puxando para dentro do rio. Sim, isso era um trabalho remunerado, embora tivesse sido mais fácil se ele tivesse parado de falar.
Eu me inclino para trás no meu sofá, me perguntando o que diabos eu estou fazendo. Como diabos eu cheguei a este lugar em minha vida? Como eu me tornei uma das pessoas mais obscuras que eu conheço? Eu balanço a minha cabeça, correndo as mãos pelo meu cabelo, tentando dispersar esses pensamentos.
Olho pela janela e vejo que uma moto está estacionando, o que provavelmente é o Gray para me levar para o clube para bucetas e negócios.
Eu estava feliz pelas bucetas, mas não pela parte dos negócios.
Minha casa tem dois andares, é velha, isolada, e cercada por uma densa mata. Eu comprei esta casa por não ser próximo a nada. É em uma boa posição, um bom valor em dinheiro, especialmente se você tiver dinheiro. O que eu tenho. O mobiliário e o interior da casa tem um cheiro fresco. E eu contratei um grupo de crianças do bairro para grafitá-la, com isso tem linhas coloridas nas paredes da minha cozinha que vai até minha sala de estar. É brilhante e bonito, todas as coisas que eu não sou.
Com um golpe duro golpe na porta da frete Gray anuncia sua chegada. Estou me livrando da minha jaqueta enquanto eu ando, isso me deixa apenas de calças pretas e camisa branca. Ando uns metros até a porta e a abro. Gray sorri, em seguida, da uma batidinha em minhas costas e faz o seu caminho direto para minha geladeira.
— Vamos foder algumas bucetas doces essa noite, meu irmão? —ele levanta a cerveja, tocando os seus lábios, e engolindo a coisa toda. Não para até que tudo se vá, e, em seguida, ele joga na pia, quebrando a garrafa. Ele me olha de cima a baixo, e ri quando ele vê que eu ainda estou molhado do meu mergulho inesperado no fodido lago.
— Você foi para um mergulho? Com essas roupas? — ele me questiona. Eu o lanço um olhar que diz que morre, enquanto balanço a minha cabeça. Ele sabe melhor do que ninguém porque eu estava molhado, e não seria para a porra de um mergulho, isso é certo.
Entro no meu quarto, o único lugar dentro da casa que é um absoluto breu, não tem uma única cor em qualquer lugar, nem mesmo em meu guarda-roupa. Eu jogo minhas meias no chão, em seguida, minha calça e minha camisa. Eu estou vestido exatamente o que eu estava usando antes, mas agora limpo e seco.
Ele está na segunda cerveja quando eu volto. Alguma coisa está incomodando ele, eu sei, também sei que não vai me dizer uma única palavra até que ele esteja pronto. Ele quebra a segunda garrafa na pia quando termina. Seu cabelo escuro, está bagunçado, pego as minhas chaves, ele não diz uma palavra enquanto me segue pela porta, batendo-a, não há necessidade de tranca-la, ninguém é estúpido o suficiente para invadir esse lugar.
Nossas motos roncam alto quando as ligamos, seguimos lado a lado por dez minutos, até chegar a sede do clube. O céu está escuro, e isso me lembra de uma noite que eu quero esquecer.
Eu fecho meus olhos por um breve momento, forçando com que os pensamentos desapareçam. Já no estacionamento se ouve o barulho do clube, que fica situado na parte trás do que parece ser uma bela e conservada casa. Mas aquele lugar é um antro de maldade, com pessoas ruins, aonde coisas horríveis ocorrem.
Todos os membros usam seus coletes. O bar está repleto de strippers, principalmente em volta do galpão e das mesas. Elas estão todas nuas e parecendo mais chapadas do que tudo. Gray continua andando, indo direto para Zero, eu o sigo. Outras facções estão aqui esta noite. Estranhos como eu que não usam um colete não deveriam estar aqui. O clube é apenas para sócios, mas Zero me deve alguns favores, afinal sou eu que faço seu trabalho sujo.
Pois a lei é rigorosa por aqui. Se você é um motoqueiro, você tem que ficar limpo. Se você se associa com um motoqueiro, você tem que ficar limpo. É muito fácil para eles serem limpos, enquanto eu faço a maioria dos trabalhos sujos. Nem todos os membros sabem quem eu sou. Os únicos que me conhece é a facção que governa minha cidade, eles sim sabem quem eu sou e o que eu sou capaz.
— Garoto — diz Zero, também conhecido como Silver, ele esta chamando o Gray. Zero está com quarenta e tantos anos. Ele tem uma cadela siliconada nua em cada perna. Ele olha para mim e acena com a cabeça, em seguida, se volta para sua discussão. Gray se aproxima, e se inclina para que Zero possa sussurrar em seu ouvido. Eu não dou muita atenção e sigo para o bar onde me sento, e imediatamente uma cerveja é colocada em minha mão. O cara sorri sem jeito e se afasta rapidamente. Ele deve ter andado pela vizinhança por muito tempo, pra saber sobre mim, sobre o que eu sou.
Eu posso sentir que todos em volta estão olhando pra mim, me avaliando, eu inclino para trás e olho em volta, sem sequer me mexer. Os olhos que estão me avaliando são do líder de outra gangue, eu o conheço, mas ele não me conhece. Deixando cair à cabeça para o lado ele sorri. Eu não devolvo o favor.
— Você é novo? — ele pergunta, olhando ao redor. Ele está deixando claro de que estranhos não são permitidos no salão de festas. Eu não respondo e isso parece irritá-lo.
— Você é surdo, garoto? — ele grita, e se levanta, seus homens chegando a um impasse. Eu posso sentir seus movimentos, mesmo que eu não possa vê-los. Zero olha por cima do ombro de Gray e observa o que está acontecendo. Ele balança a cabeça e se agita. Ele é explosivo. Ele pode estar calmo e tranquilo em um minuto, e no outro estar com uma faca cravada em sua garganta.
— Brain, não comece, — ele diz e depois olha em volta. — E vocês, rapazes vão procurar uma buceta — ele grita, alcançando uma das meninas, e empurrando para Brain, ele a segura, ainda me olhando, seus olhos estão tentando me ler. Quero perguntar se ele tem algo pra tratar comigo, mas ele apenas sorri, se levanta e vai embora.
Gray volta quando estou na minha terceira cerveja e pronto para ir embora.
As bucetas daqui não são as que eu quero, todas estão drogadas, tão chapadas que estão chupando qualquer pau que se move. Ele vira e se apoia no balcão, e em seguida, aponta para uma morena sentada perto dos arbustos. De onde estou só consigo ver seu cabelo, ela está meio vestida, com mas roupa que qualquer menina aqui.
— Tente aquela, — diz ele, acenando com a cabeça na direção da garota. Espero que ela não seja uma prostituta que todo o clube já comeu. Eu quero algo diferente hoje à noite, um desafio.
Minhas botas fazem barulho a cada passo que dou quando atinjo o pavimento. Eu estou esperando ver sua cabeça se virar e mandar eu me foder. Mas ela não faz nenhum dos dois, ando até que esteja em sua frente. Ela olha para mim, e ela é linda, não a ponto de parar respiração, mas ainda bela. Ela aperta os olhos quando me vê, e eu faço o mesmo.
Ela tá com um short tão curto que eu juro que eu posso ver a sua buceta estalando para fora.
— Você é um motoqueiro? — ela pergunta e aperta o lábio em desgosto, quando eu confirmo.
— Você me quer? — pergunta ela, se levantando. Eu a olho de cima a baixo. Ela tem uma cor agradável, seus peitos são grandes, e suas curvas são redondas. Eu confirmo novamente, ela olha para a festa. Sem saber o que fazer.
— Tudo bem, — diz ela, e isso é toda a permissão que eu preciso. Agarro o braço dela e ela grita no meu aperto, mas eu não a solto. Seus passos são rápidos, tentando se manter comigo enquanto ando até a garagem onde eles têm quartos improvisados. Indo para o que eu uso quando estou aqui, eu a empurro para dentro e fecho a porta, nesse momento pensamentos doentios começam a correr por minha cabeça, eu a balanço para limpá-los e olho para cima para vê-la se despir. Ela é rápida e eu estava certo ela não tem nada por baixo daquele short.
Quando ela está totalmente nua, ela dá alguns passos em direção a mim. Eu desfaço o meu cinto, deixando-o cair no chão, quando tudo que quero fazer é amarrá-la para que não possa se mover. Puxo meu pau para que fique livre das minhas calças. Ela olha para baixo e se envergonha, mas um sorriso cobre o seu rosto. Tiro o preservativo do bolso, eu o deslizo facilmente, já fiz isso centenas de vezes. Ela fecha a distância, estendendo a mão para minha camisa.
Eu pego o seu pulso com a mão livre a giro prendendo-a em suas costas e a empurro para frente. Sua bunda se empinada e ela se mexe, me deixando ainda mais duro.
— Por favor — ela implora. Eu me posiciono e entro. O alívio de estar tão profundo e sentir o local apertado é como um ecstasy. Eu bato nela de novo e ela aceita. Suas mãos ainda estão atadas atrás das costas.
— Mais — ela pede. Eu uso minha mão livre para agarrar seu quadril, em seguida, continuo a minha destruição, sua buceta ordenhando o meu pau. É uma sensação boa, boa pra caralho, quando eu gozo, a empurro para frente, e ela cai de cara no chão, mas não diz uma palavra, removo o preservativo e o jogo no chão. Me abaixo e pego meu cinto, e antes de colocá-lo eu penso em amarrá-la com ele, prende-la no lugar. Mas então ouço um grito, o grito de mulher.
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