Danificado…
As pessoas usam esta palavra para um monte de razões. Alguns não compreendem plenamente o significado de tal palavra. Para alguns era uma grande quantidade de dor. Mas, para outros, era apenas uma palavra.
Danificado…
Aí está mais uma vez, essa palavra. Ela me assombrava. Ela infligi uma dor silenciosa por si só.
Danificado…
É uma palavra que as pessoas usariam para me descrever.
Danificado…
É uma palavra que me explica, porque isso é exatamente o que eu sou, uma mercadoria danificada.
Algumas pessoas vão pensar nessa palavra e olhar para um objeto que está quebrado e assumir que danificado. Para alguns, isso é tão longe como a palavra vai. Para outros, ela tem um novo significado, pessoas com ansiedade, pessoas com depressão e depois tem eu. Alguém que tem rachaduras tão profundas em seus ossos que eles já não podem ser consertados. Quebrado... danificado. Isso é tudo o que há para me descrever. Nada mais do que isso.
Eu vivi com esse sentimento durante os últimos cinco anos. Eu senti de alguma forma o dano, de alguma forma algo me asfixiava. Que algo estava faltando, mas o quê? Essa era a questão.
As pessoas ao meu redor tentam me ajudar a se livrar desse sentimento, tentam me dizer o quão importante eu sou. Quanto eu estou perdido. Como eles estão preocupados comigo. Nada disso parece real, parecia errado. E o que eles disseram era verdade? Eu conheço as pessoas, elas mentem, enganam, roubam e matam. Quão preciso é a sua palavra?
Pessoalmente, eu não acho que vale a pena.
No entanto, eles parecem ser tudo o que tenho neste mundo. Mesmo assim, eu acredito que eu preciso de ninguém. Eu tenho essa sensação feliz quando estou sozinho. É tranquilo, e não há tantos demônios. Quando estou com as pessoas, eu acho tudo falso, irreal, eles não são meu tipo de pessoas.
Eles tentam me fazer acreditar. Eu já vi isso em seus olhos. Eles querem que eu acredite em tudo o que eles estão dizendo. É difícil, pois sinto em meus ossos que eles estão mentindo.
Por cinco anos eu estive com eles, cinco anos e eu sempre questionei. Eles sempre respondem com um rápido olhar para outra pessoa. E quando eles olham e falam, muitas vezes parece que não é real. A maneira que eu vejo os seus sussurros. A linguagem corporal, como eles estão sempre em guarda perto de mim. Alguém que está destinado a ser o irmão deles.
A dúvida está afundando mais e mais e eu pretendo descobrir o porquê. Por que a dúvida se aderiu em meus ossos como cola. Por que eu sinto que alguma coisa, ou, mas precisamente, que alguém está faltando.
Lucy Pov's On
Quebrada…
Isso é que eu sou, pedaços de mim mesma que nunca mais serão consertados. Pedaços quebrados em um milhão de fragmentos.
Quebrada…
Como você conserta tal coisa, quando você já tentou arduamente fazer isso?
Eu digo que estou bem, digo que eu posso passar por isso.
Eu tenho simplesmente lidando e não vivendo.
Dia após dia, é assim que eu levo. Mesmo depois de cinco anos, tantos pedaços ainda estão quebrados.
Um dia eles podem se juntar, mas talvez não.
Talvez essa seja a maneira que eu esteja destinada a ficar? Talvez esse seja o meu castigo?
Talvez eu esteja destinada a ficar quebrada, ter sempre uma vida de dor.
Zeref Pov's On
Thump. Thump. Thump. O som do meu coração batendo forte no meu peito.
Thump. Thump. Thump. Ainda mais alto, o som do seu coração batendo em seu peito. Seu pescoço está sob minha bota, seus olhos grandes como pires. Ele está apavorado e ele deve estar.
Ele tenta falar, mas as palavras não podem sair de sua boca, a gasolina está sendo derramada em sua garganta. Ele engasga, ele cospe. Nada funciona quando isso cai em seu corpo desprezível. Seu corpo começa a sacudir, as mãos tentando agarrar as minhas pernas. Elas estão pregadas ao chão de madeira, três pregos em cada mão, sangue derramado no chão. Ele está quase livre, sua carne está sendo rasgada no processo de parar a gasolina.
Eu paro e recuo, ele grita de alívio. Cuspindo o que foi deixado em sua boca.
— Eu sabia que eles iriam te enviar, — ele fala, seus olhos olham para os meus depois voltam até o teto. Eu não respondo. Falar não é algo que eu gosto de fazer, em geral, muito menos quando eu pretendo torturar alguém até a morte. — Eu fui um idiota por acreditar que você não iria me encontrar. — seus olhos se fecham. — Sua reputação procede, Zeref.
Seus olhos reabrem, ele olha para mim e começa a falar novamente. Eu não gosto dele, eu não gosto do que ele faz ou o que ele representa, ele merece tudo o que está prestes a acontecer com ele. — Eles dizem que, uma vez um tolo, sempre um tolo, certo? — ele começa a tossir, a gasolina atingindo seus pulmões.
O martelo acerta seu joelho. O som de ossos estralando é o som do sofrimento e da dor. É tudo o que ele merece e muito mais. Seus gritos param, e quando eu olho para ele, sua boca está entreaberta, os olhos bem fechados, sangue vazando de todos os lugares do seu corpo. Ele esta quase morto, a dor muito excruciante para ele.
Eu pego o meu telefone tocando, está sobre a mesa atrás de mim. Eu quero ignorá-lo. Eu opto por ignorar a maioria das chamadas que aconteceram desde que estou aqui, o telefone constantemente vibrando e tocando. Ele começa a tocar de novo, de forma consistente.
— Terminou? — são as primeiras palavras.
— Sim. — então eu desligo. Ele não vai gostar, mas ele vai lidar com isso.
— Não mais, por favor, — ele implora. Virando-se para olhar para este homem patético amarrado ao chão, seus olhos estão cheios de lágrimas. Seus olhos não me seguram por muito tempo, ele sabe por que ele está aqui. Pego a foto que eu tenho no meu bolso, ele me olha com cautela tendo a certeza do que está por vir. Eu me curvo e seguro a foto perto de seu rosto, então ele não tem outra opção a não ser olhar para ela.
— Eu não a toquei. Eu não sei quem é. — ele se afastou, a garota na foto poderia não ter significado nada, exceto que suas primeiras palavras foram: "Eu não a toquei" foi onde ele errou. Ele percebe isso imediatamente. Sua cabeça começou a tremer, o martelo na minha mão parecendo leve, como uma faca. Eu levantei e esmaguei a sua mão direita. Ele chora, como eu suspeitava que a jovem teria chorado. Ele merece o pior.
O pai da jovem tem conexões e dinheiro. Este homem saiu com ela, em seguida, a usou. Ele não percebeu quem era o seu pai, e como ele é conhecido. Então agora ele paga o preço, em sangue.
Eu levanto e caminho para o outro lado. Assim quando eu me inclino, ele se inclina para cima, seu rosto tão perto do meu, seu hálito fede a gasolina que eu derramei goela abaixo, misturada com o cheiro de cobre de seu sangue.
— Fale comigo, fale alguma coisa! — o martelo desce sobre o outro punho.
— Eu vou esmagar cada osso em seu corpo, eu vou fazer você sentir a dor que você uma vez entregou, mais dez vezes pior.
— Você já fez, — ele chora.
— Eu não fiz! — eu respondo quando o martelo desce, quebrando o cotovelo.
Eu quebro tantos ossos em seu corpo quanto eu posso enquanto ele grita, chora, e desmaia após cada golpe. Quando não há mais nada nele, nenhuma luta, uma bala é alojada em seu cérebro.
— Está feito, — eu digo observando o andar que está completamente coberto em vermelho. Respingos de sangue cobrem o meu rosto, minhas mãos e meu corpo. Felizmente eu visto preto para que ele não seja visto facilmente quando eu saio para o sol e vou direto para o meu carro. Deixando para trás o homem no seu estúdio de dança, imerso no seu próprio sangue.
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