O local do convite não era longe do meu hotel, eu andei a curta distância até a festa. Eu encontrei um terno preto, sem gravata, não parecia bem usar um com uma camisa branca. Meu cabelo estava penteado, algo que eu não tinha feito em um tempo. Eu mantive o comprimento quando eu me vi pela primeira vez, sabendo que de alguma forma o reflexo olhando para mim era eu. O penteado para trás, o comprimento, tudo.
Os degraus estão cobertos por tapete vermelho, e as senhoras na porta estão vestidas de preto. Uma sorri um pouco brilhante demais quando me vê. Ela pede meu convite, em seguida, me deixa passar. Assim que eu entro, tudo é vermelho escuro, e a música é alta. Eu sinto quando eu entro o cheiro do champanhe e morangos isso não é algo que eu deveria estar participando. Eu avisto Jellal imediatamente, ele não é facilmente perdido, se elevando sobre a maioria com aquela cabeleira azul. Eu fico perto da porta observando todos em vestidos longos e ternos conversando e bebendo champanhe. Isso não é onde eu deveria estar, eu não pertenço aqui. Eu tenho barba, eles estão todos bem barbeados e com gravatas borboletas.
Um anúncio é chamado sobre o microfone, a voz de uma mulher. Eu paro de respirar. Meus olhos seguem procurando aquela voz a uma mulher corando que está na frente de um pódio no palco. Ela não olha para cima, mas eu olho para ela, querendo apenas uma espiada. Meus pensamentos desabam quando uma mão toca meu ombro, em seguida, rapidamente se vai como se não estivesse lá. Me viro com relutância para ver Jellal ali de pé, olhando para mim.
— Ela é diferente... — seus olhos perfuraram os meus, — ...você não acha? — ele olha para o palco e eu sigo e faço exatamente o que ele faz. Ela está começando a falar agora, exceto que seus olhos não levantam muito. Na verdade, eles só olham ligeiramente para cima para o homem que está bem na frente, então a cabeça volta para baixo, enquanto ela continua a falar.
— Quem é ele? — pergunto, percebendo que eu preciso saber. Mas meus olhos estão treinados sobre o homem que ela continua a olhar, que eu não posso o ver claramente, vejo apenas seu cabelo escuro.
— Eu suspeito, que um dia, muito em breve, sera a sua concorrência. — ele ri e assim quando eu me viro para perguntar o que ele quis dizer com esse comentário, ele se foi. Alguém bate com força atrás de mim. Trazendo os olhos para cima e fechando sobre os meus, ela está lá, a boca aberta, ela não se move por alguns minutos. As pessoas começam a sussurrar. Alguém fala com ela, seus olhos estalam para a frente, de volta para o homem. Então ela começa a chorar enquanto olha o relógio antes de correr para fora do palco.
Música vem, e eu estou sem saber o que aconteceu. Eu vejo uma varanda ao lado e eu saio fechando a porta atrás de mim.
Aquela voz, eu conheço aquela voz. Mas onde e como?
A porta clica, me alertando que alguém está lá. Estive aqui por pelo menos uma hora, sem me preocupar em voltar para dentro. Eu não saberia o que fazer. Quando me viro, vejo que é ela.
Porra.
Ela está vestida de vermelho. É até o chão, caindo por suas pernas longas, e seus saltos altos. É tudo vermelho, assim como suas bochechas enquanto ela está olhando para mim.
Quem é essa mulher, e por que ela olha para mim assim? Talvez eu esteja lhe dando uma expressão facial similar. Eu sei que meu coração está batendo descontroladamente, eu posso ouvi-lo alto em meus ouvidos. A batida, é como tambores altos.
Ela dá um passo atrás de mim, sua cabeça treme. Eu não sei o que fazer.
O que eu deveria dizer?
Ela me conhece, mas como?
Eu sinto que eu a conheço, mas como?
Algo está me puxando para ela.
É por isso que eu tenho uma obsessão com olhos castanhos e olho para cada loira que passa?
Quem é esta mulher?
Sua boca se abre, ela vai dizer algo, e estou animado para ouvir as palavras que ela vai proferir.
Quem é esta mulher?
Eu não consigo parar de me fazer perguntas, especialmente essa. Quem é ela?
— É... não posso...
Eu paro de respirar. Aquela voz é como veludo, doce e suave. Essa é a voz que me assombra. A única que assola meus sonhos. Eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar. Lágrimas deixam os seus olhos e elas começam a cair pelo seu rosto. Ela nem se incomoda em as afastar. Ela só fica lá, olhando para mim. Como se eu tivesse todas as respostas.
— Qual é seu nome? — eu me viro para perguntar, a necessidade de, pelo menos, saber a resposta para essa pergunta. Apenas ter isso. Ela olha para mim como se eu tivesse a esbofeteado. Ela dá um passo para longe, como se as minhas palavras fossem machucá-la ainda mais.
— Você não sabe? — sua cabeça cai para o lado, ela me pergunta. Não parece certo que ela esteja me questionando, especialmente com lágrimas caindo pelo seu rosto. Um aceno simples é tudo o que posso dar a ela. Ela deixa cair sua cabeça, dor aparece em seus olhos antes que ela se afaste para longe de mim.
— Eu... — ela começa novamente, para e olha para atrás. Ela está vestida tão bem. Sua maquiagem está borrada, mas ela ainda tira o meu fôlego. — Tenho que ir... — ela limpa o rosto, limpando as lágrimas. Ela olha para mim, rímel sob os olhos. Minha mão se levanta automaticamente para limpá-la, mas ela dá um passo para atrás antes que eu possa alcançá-la como se o meu toque pudesse ser letal. E talvez seja?
— Vá... — eu digo, balançando a cabeça para dentro. As pessoas estão dançando, bebendo vinho, e aqui estamos nós, do lado de fora, nos levando além das razões para algo que nem eu mesmo sei.
— Não é real, — diz ela olhando para mim uma última vez antes dela abrir a porta e desaparecer lá dentro, seu corpo perdido em um mar de pessoas.
Ela me deixa de pé ali. Levo um momento antes de caminhar de volta para dentro para descobrir onde ela foi. Eu a observo quando eu entro, seu braço está ligado com o homem de cabelo escuro. Ela se agarra a seu braço com força, como se a qualquer momento ela pudesse cair. Mas ela sorri e aperta a mão das pessoas com a mão livre.
Alguém anuncia sobre o microfone quanto dinheiro foi levantado esta noite. Todo mundo olha para o homem falando, exceto ela, ela está olhando para as portas pela qual eu saí. Ela está procurando por mim? Seus olhos passeiam até que pousam em mim. Nós ficamos lá, apenas olhando um para o outro. Ninguém sequer se preocupa com o que estamos fazendo, as pessoas estão muito intrigadas com o que o homem está dizendo no pódio, onde ela estava há pouco tempo. Os seus olhos vêm para o meu corpo, mas em seguida, ela os volta para os meus olhos e permanece lá.
Eu preciso saber o nome dela, mesmo que seja apenas isso.
O homem com quem ela está sussurra algo em seu ouvido, ela puxa os olhos para longe, finalmente quebrando o contato e olhando para ele, então rapidamente para mim mais uma vez antes dela ir embora com ele.
— Sabe quem é ela? — Jellal para na minha frente, um copo na mão. Ele traz para a boca e bebe devagar, me esperando responder.
— Importante. — é tudo o que posso reunir, essa palavra parece se ajustar perfeitamente. Estou certo de que, mas não apenas por isso.
— Você tem esse direito, pelo menos. — ele ri, mas não tem humor real nele.
— O nome dela?
— Você não perguntou quando você falou com ela? — ele questiona.
Eu balancei minha cabeça. — Ela saiu, em lágrimas.
Ele balança a cabeça. — Se Erza souber que fui eu, ela cortará meu pau fora.
Eu olho para ele e pergunto se Erza era a garota de cabelos ruivos que ele estava quando o vi.
— Esposa? — eu pergunto, realmente querendo saber quem é a loira.
— Sim, e melhor amiga da loira. — ele olha para trás e acena para mim antes de caminhar de volta para sua esposa, e eu ainda não tenho um nome.
Talvez seja melhor eu não saber. Ela parece... bem.
Eu, bem, eu estou danificado além do reparo.
Alguém como ela não se mistura com alguém como eu.
Lucy Pov's On
Não é real.
Não é real.
Não é real.
Minha imaginação está pregando peças em mim, não pode ser real.
— Lucy, volte. — a voz de Gray penetra minha cabeça. Sua mão no meu ombro, me fazendo olhar para ele. — Você está tão branca como um fantasma. O que aconteceu?
— Ele... — eu olho em volta, meus olhos pulam de volta para Gray — ...você o viu?
— Vi o que, Lucy? — ele olha em volta também.
Ele não pode ser real, mas é. Falei com ele, em carne e osso. Sua voz, sua aparência, é a mesma, ele não mudou.
Como isso é possível?
Como é que ele nunca voltou para mim?
Por que ele parece não se lembrar de mim? Eu nunca poderia esquecê-lo.
Como posso ser esquecível com ele? Eu não poderia fazer isso, ele era a escuridão para todos, menos para mim. Para mim, ele era tudo.
— END — eu digo. Seus olhos se alargam e buscam ao redor do lugar freneticamente. O vi primeiro quando eu estava fazendo o meu discurso. Pensando que era minha imaginação e que era a minha mente pregando peças em mim, então ele falou e eu sabia que ele era real. Tão real quanto estou aqui agora. Mas como?
— Você tem certeza, Lucy? Você está cem por cento certa dessa porra? — suas mãos estão agora em meus braços, ele esta apertando mais forte do que deveria estar. Eu aceno com a cabeça, Erza e Jellal aparecem. Sua pesada barriga dá para ver sob o vestido azul que ela está usando e Jellal está olhando ao redor.
— Você o viu? — pergunto. Ele sabe tudo, ele é o homem das coisas. Ele acena com a cabeça e Gray amaldiçoa, então ele sai. Nós vemos ele ir atrás dele, as portas se abrindo. Eu volto para Jellal, querendo saber se é real.
— Você falou com ele? — eu posso me sentir querendo gritar, chorar, fazer algo, qualquer coisa. Mas eu não posso, a noite não tinha terminado, eu não posso desmoronar até a noite terminar.
— Algumas semanas atrás, — diz ele, olhando diretamente para mim agora. Eu me sinto como se eu estivesse sido estapeada. Ele sabia e não se preocupou em me dizer.
— Por que você não me contou?
— Eu precisava cavar mais. — ele dá um passo para mais perto agora. Erza fica lá em estado de choque, realmente quieta por uma vez na vida. — Olha Lucy... ele não sabe quem é você. Ele não conhece ninguém. Eu não compreendo perfeitamente, mas eu pretendo descobrir.
— Ele olhou para mim como se eu fosse uma estranha, mas o seu olhar frio estava lá. Ele não me conhece! Como eu irei lidar com isso? Eu tenho uma filha dele.
Erza interrompe, então pega meus ombros tentando me abraçar. — Você não pode forçar nada. Você vai ter que levar isso gradualmente. Você não sabe o homem que ele é agora, Lucy. Ele ainda é END, lembre-se disso. Ele não é o Natsu.
— Como você pôde dizer isso?
Jellal entra em cena e se inclina para perto do meu rosto. — Eu o vi, ele é END, não Natsu. Você entendeu? Tenha cuidado em torno dele. — eu sei o que ele está dizendo, ele está dizendo que o homem, o homem que as pessoas temem está nele. E que o homem que eu amava, Natsu, não está mais lá. Que eu poderia ser facilmente jogada para o lado ou levar um tiro, como ele fez tantas vezes antes.
— Ele não faria isso comigo.
— Ele, ele não sabe quem você é. Não confie nele.
— Confiança... — eu digo, a palavra sai da minha língua como uma algo estranho.
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