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História Black - RED - Verdades parte III


Escrita por: Josyanneh

Notas do Autor


Gente apesar de tudo pelo qual passei hoje, aqui cap de Red pra vcs.

Capítulo 31 - RED - Verdades parte III


— Eu quero que você me conte um segredo, — sua voz me puxa de meus pensamentos quando eu falo com ela no telefone. 

— Um segredo? — eu pergunto. Por que ela é tão estranha? 

— Sim. Me conte um segredo que ninguém sabe. Eu quero ser a única a saber.

Eu começo a pensar que eu deveria dizer a ela que eu não tenho a mínima ideia do caralho. — Eu gosto quando a escuridão toma conta — eu digo, ela ri através do telefone. 

— Eu sabia. É por isso que você era tão bom em seu trabalho. Agora, END, me conte um segredo, um bom, e eu vou te contar um também.  

— Eu sonho com você, eu sempre sonhei com você. — eu a ouço suspirar. — Só não o seu rosto... mas sempre foi você. 

— Eu senti sua falta, — sua voz é tão baixa que se eu não tivesse o telefone colado ao meu ouvido, eu não teria ouvido. 

— Eu não posso dizer o mesmo. 

Ela não responde imediatamente, me fazendo pensar que ela desligou, e eu tenho que verificar o telefone para me certificar de que ela ainda está lá. — Com que você está trabalhando? 

— Eu mato pessoas. 

— Não, não... Como? Como você está fazendo isso? De novo? 

— De novo? — eu quero saber o que isso significa. 

— Isso era o seu trabalho, isso era o que você fazia. Como você ainda está fazendo isso, e não se lembra de quem você é?  

— Me conte sobre quem eu era? 

— Posso ir até você? 

— Sim, eu estou no hotel. — eu ouço o baralhar, em seguida, ela falando com alguém no fundo. 

— Eu estarei aí em breve, — diz ela, em seguida, corta o telefone. Assim que eu desligo, uma batida vem à porta, e quando eu abro uma ruiva está lá, seu rosto tão vermelho quanto seus cabelos, os punhos cerrados. Ela definitivamente não é uma campista feliz. 

— END — ela bufa, passando por mim. Ela está grávida, sua barriga me empurra para fora do caminho quando ela entra. Seu rosto está vermelho, todo vermelho. Ela para na minha frente quando eu fecho a porta e ela aponta o dedo em meu peito. 

— Que jogo você jogando? — seu dedo faz isso de novo, cutucando meu peito. Se ela não estivesse tão grávida, eu provavelmente iria chutar sua bunda porta a fora. Eu não respondo, fico ali parado, olhando para ela apontando o dedo gordinho no meu peito. 

— Se você a machucar, grávida ou não, vou te cortar em seu dorme. Você entendeu? — suas mãos se movem em um movimento de  cortar seu pescoço. Quero sorrir. É uma piada? — Eu posso ver que você acha que eu sou uma piada. Eu sou, afinal, não sou nada comparada com o grande e assustador END. Mas esteja avisado, você a quebrou, a quebrou muito e se você fizer isso de novo, eu vou quebrar você. — suas mãos finalmente caem para o lado, então nossas cabeças se viram para a porta ao mesmo tempo, porque há outra batida. 

— Porra, ela te encontrou. — seu corpo relaxa, então eu sei que ele não é uma ameaça para ela. Ela caminha até a porta e a puxa, Jellal está lá com raiva cobrindo seus olhos. Ele olha para mim, então fica tenso, depois de volta para a ruiva e relaxa. 

— Eu te disse para ficar fora disso, mulher, — diz ele em pé, tocando seu quadril, sua esposa, percebo. Seu nariz enruga para ele. 

— Eu posso fazer o que eu quiser. 

Jellal  balança a cabeça e se inclina e a beija. — Ela não puxou uma faca para você? — ele pergunta, e a ruiva bate em seu peito enquanto ele ri. 

— Você a tirou de mim — ela lamentando. 

Quem diabos são essas pessoas? 

— Irmão. — ele acena com a cabeça, guiando sua esposa para longe. Ela olha para mim e me corta com um olhar frio e duro, que eu acho que era para me intimidar. Mas ha como acontecer tal coisa. 

A porta se abre, e lá está ela. Não Red, Lisanna. A ruiva a olha de cima abaixo. Jellal tenta guiá-la para fora com uma mão nas costas dela, o olhar que ela dá a Lisanna não é nada agradável, mas Lisanna não se importa, ela simplesmente sorri para ela como se ela não desse a mínima. 

— Zeref — diz ela, enquanto eles saem e fecham a porta atrás deles. 

Por que diabos ela está aqui? Esta cadela tem alguns parafusos soltos. Ela dá um passo mais perto de mim, invadindo o meu espaço pessoal. Eu não quero ela aqui, ela sempre vem com mentiras. Nada além de mentiras. 

— Você precisa voltar para casa... por favor volte para casa? 

 

Lucy Pov's On

 

Eu ouço a voz de uma mulher, é sensual, ao contrário da minha. Eu olho para a porta novamente. Verificando o número da porta do quarto, confirmando que é o dele. Então, por que ele disse que eu posso vir se há uma mulher lá dentro? Fico ali, sem saber o que eu deveria estar fazendo. Gray queria vir, talvez eu devesse ter deixado. Então eu não teria que enfrentar isso sozinha. Exceto que eu sempre amei meu tempo a sós com Natsu. Ele é completamente diferente agora, mas de alguma forma, de certa forma, ainda é o mesmo. 

Bato na porta, porque eu não posso ficar aqui por mais tempo, eu tenho que vê-lo. É impossível de não se fazer, eu nunca poderia ficar longe dele, mesmo quando eu tinha dezesseis anos. 

— Eu não posso, eu não vou com você. — minha voz se levanta, a minha mãe ficando mais irritada, meu temperamento mais alto, e ela sabia disso. — Você não tem escolha, Lucy. Isto é o melhor para nós. Você não pode mais ficar aqui, esse menino não é bom para você. — eu zombo dela. Sério? Ela nem sequer o conhece. Ela tinha ouvido falar nele, as pessoas falavam, é assim em uma cidade pequena. Eu já estava associando ele a bad boy, alguém que eu não deveria me aproximar. Mas quem eram eles para me dizer isso? — Eu não vou, você não pode me fazer ir. Ele precisa de mim, eu preciso dele. — eu estava à beira das lágrimas, ela não podia me levar embora, ela não iria me levar para longe dele. — Você não tem uma palavra a dizer! — ela se aproximou de mim, sua mão roçando meu rosto. — Ele é apenas uma fase, querida, você vai esquecer rapidinho dele. — eu nunca o fiz, e nunca o faria. 

Dezesseis, eu lembro daquele dia, o dia em que eu voltei para ele. Ele estava esperando por mim. Como eu sempre esperei por ele. Éramos assim, esperamos um pelo outro, só para estar perto um do outro. Eu nunca me esqueci dele, mas minha mãe nunca soube disso. Voltei uma vez, antes de conhecer Sting, antes que minha vida desabasse. Eu procurei por ele, ninguém conhecia um homem chamado Natsu, eu não sabia onde ele morava. Perguntei em todos os lugares, ninguém sabia. Então peguei o trem e nunca mais voltei. Eu queria ter encontrado ele, eu quiz por todos esses anos. Só que se eu não o encontrei, eu senti tanta a falta dele. É como se estivéssemos sendo dilacerados, não importa o quê. 

Exceto quando uma mulher sexy atende a porta, eu sei que é uma mentira, que eu vou ter ele e mais ninguém. Quando eu olho para ele atrás dela, seus olhos vão para a mulher, depois de volta para mim, e ali está a minha confirmação. Só com apenas um olhar. Ele não olha para qualquer outra mulher da maneira como ele olha para mim. É coisa pouca, mas eu sei.  

— Você precisa sair — ela sussurra para mim como se eu fosse a intrusa. 

Bem, talvez eu seja. Eu vou para dar um passo para atrás, não querendo estar envolvida em tudo o que está acontecendo, apesar de querer ficar para que eu possa vê-lo. 

— Não vá. — a voz dele é forte, como sempre é. Exigente, mas sem levantar a voz. 

A cabeça da mulher se vira para ele, mas os olhos dele deixam os meus para olhar para ela. — Ela não pode ficar. Nós precisamos conversar, você precisa voltar para casa.  

Um soco no estômago me atravessa. END não fala, ele não precisa, sua linguagem corporal e a forma como ele olha lhe diz exatamente o que ele está pensando. E assim quando ela percebe isso, dói. Dói muito, porque ela entende ele, ela o conhece, o ele de agora. Não o que eu conhecia. 

— Eu o vi primeiro, — diz ela se virando para mim agora, minha cabeça está para baixo, eu não quero qualquer um deles vendo a dor em meus olhos. Eu olho para ela, percebendo que ela está falando comigo. Eu deixo cair a minha cabeça para o lado, tentando me lembrar de onde eu a vi. Nada me vem, eu não tenho a minima ideia de onde a conheço. 

— Você era alta como uma pipa*. Você ainda é uma drogada? — ela dá um passo para mais perto. Ela é mais alta que eu, mais bonita, tudo o que eu não sou. Ela está vestindo shorts, tão curtos que caberia na minha filha de cinco anos. Eu estou usando um vestido na altura do joelho. Sua mão se levanta e se envolve em torno do braço dele, quando seus olhos deixam os meus e olha para cima, para ele. — Baby, — diz ela. Isso me faz bufar e ambas as cabeças se viram para mim então. — Você acha isso engraçado, cadela? Você não acha que é engraçado quando ele está transando com você e desejando que eu estivesse montando seu pau.  

— Chega, vá embora agora. — ele empurra o braço dela, e eu passo para o lado. Em seguida, ele fecha a porta na cara dela, trancando-a, efetivamente nos prendendo juntos. 

— Umm... isso foi interessante, — eu digo. Ele olha para mim, seus olhos verdes olhando diretamente nos meus. Sua mão passa através de seu cabelo, empurrando-o para trás. 

— Dia interessante! Tinha uma amiga sua aqui antes... — eu olho atrás de mim, quem? Obviamente não era aquela garota. — Uma grávida... um pouco louca... 

— Merda, desculpe, eu disse a ela onde eu estava indo, ela queria saber. Eu nem sequer pensei que ela viria.  

Ele senta na cama, me observando enquanto eu ainda estou de pé perto da porta. — Quantos filhos você tem? — ele pergunta, e eu permaneço lá, chocada. 

— Três. 

— Eu sabia que você tinha três filhos? E eu ainda queria estar perto de você?  

— O que é que quer dizer com isso? — eu estou na defensiva agora. Isso foi rude, e duas dessas crianças são por causa dele. 

— Eu não faço crianças. Porra! Eu mal falo com as pessoas.  

— Eu sei. — eu entendo agora, ele ainda é ligeiramente o homem que eu conheci uma vez. — Você gostou dessas crianças? 

Ele acena com a cabeça, eu sei que ele não acredita em mim. Ele só assente para o bem dele. — Seu nome? 

— O meu nome? 

— Sim, eu ainda não sei. Então vou chamá-la de Red. 

— Eu meio que gosto disso, — eu admito. Sim. Combina com o dele, END. 

— Nome? — ele questiona novamente. Ele está olhando para mim de forma tão intensa, da única maneira que pode, da única maneira que ele faz. Eu não tenho escolha a não ser responder. 

— Lucy — eu finalmente respondo, observando-o enquanto ele olha para mim, os lábios franzidos quando ele responde. 

— Perfeito. 

— Podemos ir a algum lugar? — um aceno de cabeça simples é tudo que eu vejo.  

 

Natsu Pov's On

 

Paramos em uma casa de dois andares. Não é nada especial, embora em alguns aspectos, ela pareça especial. Ela desce da caminhonete, e para na frente, esperando por mim. Eu ando ao lado dela e ela toca o meu rosto, em seguida, remove os meus óculos. 

— Eu gosto de ler você, seus olhos me dizem mais do que você, — ela explica, eu não a impeço mesmo quando ela caminha na direção da casa, eu sigo cegamente atrás dela. Ela para no fundo das escadas, vejo que há uma porta aberta e por trás tem um quarto de hospedes, seu olhar fica lá mais tempo do que o necessário, antes dela subir. Eu vejo sua bunda enquanto ela está na minha frente, sabendo que eu não deveria. Sua bunda é perfeita, todo o pacote dela é perfeito, na verdade, ela não deve ser capaz de provocar a população masculina com sua aparência porque é um crime. 

— Pare de olhar para minha bunda. — ela nem mesmo se virou quando ela disse isso. É como se ela soubesse. Eu só sorrio, sem  me dar ao trabalho de negar o fato de que eu estava descaradamente verificando a bunda dela. 

Ela abre a porta e o interior desta casa é a coisa mais colorida que eu já vi, as paredes são revestidas com tags e grafites que as cobrem. Que coisa estranha para se ver ou até mesmo decorar. Ela continua a andar e vai para a parte de trás, abrindo uma porta. Ela para e acende uma luz, eu paro ao seu lado e tudo neste quarto é o completo oposto da casa. É tudo preto, as paredes são pretas, a roupa de cama preta, até mesmo a cama. Não há nenhum sinal de cor em qualquer lugar. 

— De quem é este quarto? 

Ela se vira para olhar para mim, seus óculos agora em cima de sua cabeça. — Seu. — ela sorri, infeliz e uma lágrima vaza de um olho. 

Eu entro no quarto e toco as coisas, esperando que algo ou alguma coisa volte para mim. Nada faz. 

— Levou séculos para eu entrar aqui, eu tinha que dormir na sala de estar ou no chão. — ela sorri um pouco triste. 

— Por quê? 

— Você tinha seus demônios. 

— Você tinha? 

— Se eu tinha demônios? — ela pergunta levantando a mão ao peito. Eu aceno com a cabeça. — Sim, muitos. Você me salvou deles, na verdade.  

— Sério? — eu a questiono, eu não sou o tipo de salvar alguém, eu sou realmente o completamente oposto. Eu destruo, arruíno, mato. Seus olhos castanhos como chocolate vão ao encontro dos meus. Ela dá um passo para mais perto, para que os nossos dedos quase se toquem. Sua mão treme enquanto me alcança e toca meu peito. 

— Ela é permitida tocar em você sempre que quiser? — seus olhos não chegam aos meus, mesmo que eu quisesse. 

— Sim. — eu sei do que ela está falando. Eu sei da forma como ela diz ela. Lisanna. Sua mão cai, mas eu a pego com a minha e a mantenho lá. — Por quê? — na nossa última conversa sobre tocar, ela se quebrou, eu não consegui muitas palavras dela. 

— Levou anos para eu ser capaz de tocar em você, eu pensei que eu nunca seria capaz de o fazer. 

— Eu não permitia que você me tocasse? 

Suas bochechas coram. — Só em determinadas áreas, — diz ela timidamente. 


Notas Finais


Pipa = Referência ao uso de drogas da Lucy


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