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História Black - RED - Raiva e Despedida


Escrita por: Josyanneh

Notas do Autor


Feliz Natal amores...
Como é uma fic Dark, não tem especial de Natal, mas cap novo
Bjos Josy

Capítulo 39 - RED - Raiva e Despedida


Jellal me disse que ele vai ir comigo, eu estava na casa dele. Eu disse a ele o que aconteceu, ele sacudiu a cabeça e se despediu das crianças e de mim como se fosse um dia normal. Esse homem sabe demais. Ele não me disse nada, eu perguntei. Ele disse que não é da sua conta para falar. Eu odeio quando ele faz isso comigo. Sua cabeleira azual é como um fiel segredo, bem como um guarda-informações das merdas que ele sabe. Eu não sei como Erza não acha isso frustrante. Mas eu estou com um homem que não gosta de falar muito, a menos que solicitado. 

Chegamos ao complexo, e está tranquilo. Eu vejo o carro de END e sei que ele está aqui. Jellal olha em volta como se ele estivesse trabalhando. Inferno, ele poderia estar mesmo. Nós dois saímos e caminhamos a curta distância até a casa velha. Eu ouço a voz de Gray primeiro, está alterada. Nada amigável. A porta se abre diante de nós. Natsu fica ali olhando para nós, ele olha para mim, em seguida, para Jellal. Acena com a cabeça para ele e levanta a mão para mim. Eu ando a curta distância até ele e coloco minha mão na sua. Ele se vira e me puxa suavemente através da porta. Eu paro, Jellal colado em minhas costas, suas mãos vão para os meus ombros, me segurando no lugar. Eu olho para Natsu, então para Gray, então para Leo, amarrado e sangrando. 

— Oh meu Deus. — puxo minha mão de Natsu, cobrindo meu rosto. Eu vou até Leo, mas Jellal me mantém no lugar e não me deixa passar. 

— Nós precisamos conversar, Lucy — Gray diz, limpando as mãos com a parte inferior da camisa, expondo seu estômago. 

— Conversar? — eu sei que minha boca está aberta, porque isso não faz qualquer sentido. Eu quero saber por que eles o tem aqui, amarrado. 

— Sim, parece que Leo tem mentindo, especialmente para você. — os olhos de Leo encontram os meus. Ele tenta sacudir a cabeça e para a partir da dor que o movimento provoca. 

— Você não pode fazer isso, você disse que só acabava com os ruins, Gray.

— Sim, Lucy, isso nunca mudou. Eu apenas tento não trazer isso até você. — eu vejo como Natsu caminha para Gray, o rosto cheio de raiva. Gray puxa as mãos para cima. — Eu nunca iria colocá-los em perigo. 

— Você me prometeu, — Natsu diz, e eu estou perdida novamente. É como se um filme estivesse passando e eu estou aqui apenas para assistir. 

— Sim, e eu a protegi, eu ainda estou protegendo. Desça do seu pedestal e volte para o agora. — eles se viram para olhar para mim. Me viro para ver onde Jellal está, já que ele não disse uma palavra. Ele está me observando. 

— Você quer sair? — pergunta ele quando me viro para Natsu. Ele não me colocaria em perigo. Não vejo Leo como um perigo. Então, eu balanço minha cabeça. Ele acena com a cabeça e se vira para olhar para os rapazes. 

— O que você sabe da família de Leo? — Gray me pergunta. Tento pensar, eu o conheço há mais de cinco anos e nunca conheci nenhum deles, então eu balanço minha cabeça. — Como você acha que eles encontraram você, naquela noite no lago? — Gray me pergunta novamente. 

Leo geme de onde ele está, seus olhos se alargando, então eu o olho com interesse. 

— Eles nos seguiram? — eu digo a Gray, mas os meus olhos estão sobre Leo, seus olhos arregalados, ele está preocupado, minha mente volta para aquela noite, uma noite eu não quero voltar. 

— Não — diz Natsu. Ele me puxa para ele, ele faz essas coisas comigo. Ele coloca um pouco de distância entre nós. Eu ainda posso sentir tudo dele. 

— O que você quer dizer? — eu não entendo completamente o que está acontecendo. Por que eles não apenas dizem logo? 

— Leo contou a eles sobre você. Você não o queria, você queria END — Gray diz, eu me sinto doente, como se eu pudesse vomitar a qualquer segundo. 

— Não é verdade, não é Leo? Você não faria isso com a minha família e comigo?  

Um grito estrangulado vem dele, eu o vejo tentar abrir a boca. Seus dentes estão faltando, sua boca cheia de sangue. — Isso não é a única razão, ele também é meu irmão. Ele não gostou que Zero favoreceu END, contando com ele como seu filho e não Leo. — a raiva subiu como uma cobra, se envolvendo em mim, começando pela parte inferior, arrastando o seu caminho para o topo. 

— Isso é como Obra nos encontrou naquela noite, Leo disse a ele onde estávamos. — a cobra está agora em minhas mãos, e aquelas mãos chegaram à arma de Natsu. Ele não antecipou isso, ele esta realmente muito lento para me parar. Eu pego a arma, puxo o gatilho, é alto, ensurdecedor. Leo grita e Natsu me puxa para trás. 

— Largue a arma, Lucy — ele sussurra em meu ouvido. Abro os olhos, a cabeça de Leo está caída, minhas mãos tremem, a arma ainda embrulhada em minhas mãos. Eu sinto meu dedo ainda no gatilho, minha mão congelada de medo. — Lucy, volte para mim. — sua voz é doce, eu duvido que é ele por um instante, não pode ser. Ele não é doce, ele é tudo menos isso. Mas quando eu sinto seus lábios e barba no meu rosto, a arma cai da minha mão. Jellal pega imediatamente. Natsu me envolve com força, todo o meu corpo tremendo. — Você não o matou, Lucy, você não matou. — eu consigo abrir os olhos, Gray olhando para nós, eu envolvida nos braços de Natsu.

— Eu não o matei? — pergunto à Gray, que está perto de Leo, e ele balança a cabeça.

— Passou de raspão na cabeça, há um pouco de sangue e ele desmaiou. Ele vai viver, um pouco mais. — diz ele levantando a cabeça dele e me mostrando o sangue, em seguida, soltando. 

Jellal se aproxima, parando na minha frente. Seus olhos se estreitam enquanto olham para mim, então ele olha atrás de mim para Natsu, acena com a cabeça e se inclina para me levantar. 

— Não! — eu digo balançando a cabeça, me puxando dos braços dele. 

— Eu acho que você precisa descansar — diz Jellal, falando comigo, olhando para Natsu. 

— Você espera que eu descanse? — uma risada sai do meu peito, Jellal  olha para mim de forma inesperada. — Sério? — minhas mãos estão tremendo e voando ao redor do meu rosto. — Eu acabei de atirar em uma pessoa, seus idiotas. — Natsu toma o lugar de Jellal na minha frente. 

— Você atirou. 

— Sim, — eu digo balançando a cabeça. Minhas mãos param de se mover, meu corpo querendo entrar em choque, a imagem se repetindo em minha mente. 

— Bem-vinda ao lado sombrio, — Gray diz, eu esqueci completamente que ele estava lá, sua voz penetra na minha mente. Meu punho se arrasta em qualquer direção a quem está mais próximo de mim, eu sinto a dureza do peito de Natsu quando eu soco, ele não se move, mas machuca minhas mãos. Ele fica lá enquanto eu continuo batendo, me deixando descontar nele. 

— Eu não quero estar do lado sombrio, seu merda! — eu grito, meus punhos param, cerrados aos meus lados. Virando para sair, eu sei que ele está seguindo atrás de mim, então eu viro rápido uma vez que estamos perto do meu carro. 

— Fique longe de mim Natsu Dragnnel. Antes que eu diga algumas coisas muito dolorosas para você. 

Ele vai dar um passo à frente, mas eu levanto a mão para sinalizar para ele parar e ele para. 

— Você está brava? 

— Você está muito espertinho esta noite, não é? 

— Eu? 

— Foda-se você e Gray. Foda-se ambos e suas vidas fodidas. Parem de me trazer para o buraco com vocês! — abrindo minha porta, eu ouço sua voz quando eu entro. 

— Eu não queria isso para você, Lucy.

— Você não me deu muita escolha no que diz respeito a amar você, não é? Seus olhos estúpidos, seu sorriso estúpido, estúpido coração, estúpido... — sua cabeça cai e eu sei que eu preciso calar a boca, então eu não olho para ele enquanto eu me afasto, mas é incrivelmente difícil não olhar. 

 

Natsu Pov's ON

 

Gray vem, eu tenho sido capaz de me mover. Tenho estado olhando para o espaço onde o carro dela estava estacionado, tentando pensar. Tentando descobrir qual é a melhor coisa a fazer. Ele não diz muito, apenas fica ao meu lado. Encarando. 

— Ele pode dizer que ele é meu irmão, mas ele não é. — me viro às suas palavras, elas são macias, ao contrário dele. — Você é. — eu assinto com a cabeça, ele é isso para mim. Tem sido desde que éramos adolescentes. 

— Você vai matá-lo? — ele disse que faria, mas a reação de Lucy talvez tenha o feito mudar de ideia. 

— Eu não sei, ela vai me odiar. 

— Vai — eu concordo. 

— Talvez cortá-lo um pouco mais, então enviar uns pedaços? — ele acena com a cabeça. Ele dá alguns passos, então para na minha frente, seu rosto misturado com emoções, mas a principal delas que eu posso ver é a determinação. 

— Vou sair, END, eu vou embora amanhã. — eu sabia que estava por vir. É o que ele quer, ele não quer ficar em um lugar e ver o que pode ou não pode acontecer entre Lucy e eu. Eu nem sei o que vai acontecer. 

— Eu preciso de alguns favores em primeiro lugar. 

Suas sobrancelhas se levantam em surpresa. — Fala. 

— Eu preciso de um caixão de aço. 

Sua boca abre, em seguida, fecha. — Você está brincando, certo? 

— Não, e eu preciso dele para esta noite. 

— Onde diabos vou encontrar um caixão? E muito menos um de aço?  

— Seus meninos são bons com aço, liga para eles e diz que eu preciso disso, agora. 

— Eles te odeiam. 

Ele balança a cabeça em descrença. 

— Eles não te odeiam. 

Ele acena com a cabeça e volta a olhar para o nada, na estrada de cascalho e grama. 

— É melhor você ir atrás dela. — seus braços estão cruzados, seus lábios estão apertados. 

— Ela precisa de tempo. 

— Ela não precisa. Vá... agora — diz ele quando ele para, cerrando os punhos, em seguida, ele se vira e caminha de volta para a casa.  

* * *  

O caminho até lá é calmo, tento pensar na melhor coisa possível para dizer a ela, eu não sou bom com as palavras, então não consigo pensar em nada. Eu vejo seu carro estacionado na garagem, e quando eu olho mais perto, vejo que ela ainda está nele, sentada ali, sem fazer nada. Ela pula quando eu abro a porta, o rosto vermelho de raiva ou magoada, eu não tenho certeza qual. 

— Devemos conversar? — eu dou a ela a opção, ela fica lá brincando com seus dedos. 

Um momento de silêncio passa, seus olhos procuram os meus e ela fala. — Eu acho que pode ser melhor. 

— O que você precisa de mim? 

— Se você tivesse me feito essa pergunta há alguns meses atrás, a resposta teria sido simples. 

— Não é mais tão simples? — ela balança a cabeça. — Não é. 

— É quem eu sou. 

Ela revira os olhos, a boca apertada. — É quem você conhece, quem você pensa que é, não é quem você é. 

— Você acha que o amor muda coisas, Lucy? Você? O amor é apenas um encobrimento, não é quem você é.  

— Não venha com besteira, eu não posso lidar com essa merda hoje. — ela sai do carro, as costas contra a porta, os olhos dançando do chão até mim. Eu me aproximo, minha mão se move para cima, ao mesmo tempo que a sua mão surge em defesa, me parando de tocá-la. Mãos que querem me tocar novamente. Eu me inclino para perto, minha boca perto da orelha dela, sua respiração se torna mais pesada. 

— Você me machucou, não nos colocou em primeiro lugar, mesmo depois que você se lembrava. Preciso de tempo, Natsu, eu preciso pensar no que é melhor para nós, para a nossa família. E não pode ter você nela enquanto penso. — um soluço se liberta. — Eu não posso acreditar que eu acabei de dizer essas palavras para você, para você de todas as pessoas. A pessoa que eu amo, que me segura com tanta força que eu acho difícil respirar.  

— Não há problema em pensar em si mesma, Lucy, a maioria das pessoas pensam. Pense por si mesma, eu vou estar aqui. Eu sempre estarei aqui, apenas talvez não da maneira em que você precisa que eu esteja. 

Eu beijo sua bochecha, ela fecha os olhos. Eu a beijo novamente, me movendo para mais perto de seus lábios com cada beijo. Meus lábios tocam os dela. Ela abre, me dando acesso a ela e o beijo é bonito, ao contrário dos nossos beijos anteriores. Este fala do tempo que perdemos, olá, bem como um adeus. Eu posso sentir a sua paixão, suas mãos estão por toda parte agora, para cima e para baixo nas minhas costas, no meu rosto, pelo meu cabelo. Eu sou exatamente o mesmo, tentando levá-la para mim, mantê-la trancada para mim. 

Em seguida, ela se afasta de mim, ganhando distância de nós. 

— Você deve ir. — ela limpa os lábios, me afastando dela, qualquer vestígio de mim agora desaparecido. 

Eu me aproximo até tocá-la uma última vez, seu rosto, sua mão, em qualquer lugar. Mas ela se afasta ainda mais. Minha mão abaixa assim que eu viro, a deixando ali, deixando um pedaço meu com ela.  

* * * 

Algumas horas mais tarde, em um lugar que eu não tinha voltado novamente, meu telefone começa a tocar. Eu quero ignorá-lo, eu não quero ouvir qualquer coisa que alguém tem a dizer. Eu olho para a tela, é Gray. 

— Você me deve tanto por isso, — são suas primeiras palavras. 

— Gray, — eu o aviso. 

— Está bem, está bem. Os rapazes acabaram. Você é muito sortudo por eles terem tudo. Ele é grande.  

— Está feito? 

— Sim. 

— O que você pretende fazer depois de acabar com isso? 

— Eu não sei. 

— Você sabe, você vai fazer o que for possível para ficar com ela e fazê-la feliz. Ela merece isso. 

— Você é minha fada madrinha agora? — sua risada vibra através do meu telefone. 

— Sim, uma assustadora fada madrinha, agora faça como eu digo e seja uma boa puta. 

— Você pode ser mais rápido do que eu, Gray, mas não com uma arma. 

— Você sempre com suas maneiras machistas. 

— Você não pode lidar com meu machismo. — sua risada é  feliz, me faz lembrar de quando nos conhecemos. 

Eu conheci Gray quando eu tinha quinze anos, ele não era popular, mas não era solitário também. Ele parecia ter seu próprio círculo, que consistia em apenas ele. Sim, ele ocasionalmente falava com outros estudantes e com quem tentava iniciar conversa com ele, às vezes ele se envolvia, mas na maioria das vezes não. Todo mundo tinha medo dele, não tanto dele, mas da sua família, especialmente seu pai. Todos sabiam que seu pai era um MC*, e que que o lider. Todos tinham visto as motos vindo buscá-lo depois da escola, eles eram difíceis de perder. 

Eu costumava observar as pessoas depois da escola, ver a maneira como eles interagiram, assistir a linguagem corporal, era uma fuga, a casa mantinha pesadelos, eu tentava evitar ir lá por tanto tempo quanto possível. Desde que ela morreu, eu nunca queria ir para casa. Uma tarde, enquanto eu estava sentado na quadra de basquete, com os meus sapatos que tinham furos e minhas roupas dois tamanhos muito pequenos por causa do quão rápido eu estava crescendo, alguém parou na minha frente, bloqueando o sol. Olhei para cima, um menino estava ali, o menino que sempre era pego pelos motoqueiros altos. 

— Você é retardado ou algo assim? — ele olhou para mim, sua mão segurando a alça de sua bolsa por cima do ombro. Eu não disse nada, ele não parecia se importar. — Você parece que se arrastou de uma caçamba de lixo, você sabe disso? Suas roupas são muito pequenas. — ele apontou para a minha roupa que era tão apertada que eu odiava colocá-las. Meu corpo tinha músculos, músculos que estavam sendo espremidos por roupas apertadas. — De qualquer forma, meu pai vai me ensinar a disparar hoje, quer vir?— minha cabeça levantou com a ideia de tocar uma arma, mas, mais importante, a ideia de usar essa arma no homem na minha casa. — Huh, isso te interessou. Vamos. — ele acenou com a mão, e eu o segui. Ele não se calou  por toda a caminhada de volta para sua casa. Nem uma única vez. Ele riu de suas próprias piadas, e ele não se importava que eu não falasse. 

— Puta que pariu, — ele cuspiu. Eu baixei a arma na minha mão. Ele estava me observando. Eu gostei, eu gostei muito da arma. Dei de ombros, e ele se virou para seu pai. Seu pai estava me observando com interesse. Eu apareci por dias e nunca perdi um alvo, logo eles começaram a me dar roupas. Nunca falei com ninguém depois que ela morreu, até Gray.

— Você nunca cala a boca? — perguntei a ele. Eu estava vestido com suas roupas. Seu pai dá a ele as roupas masculinas que não cabem mais nele, a maioria são novas. Hoje eu ganhei roupas novas que realmente se encaixaram perfeitamente. Gray estava sendo Gray, conversando como uma menina da escola. Ele parou e se virou para mim. 

— Você nunca cala a boca? Sério, você sabe como é difícil para mim conseguir falar? — ele estava todo sério, pensei então que ele tinha problemas mentais, até que ele riu, bateu nas minhas costas e continuou andando, não esperando que eu o alcançasse.



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