1. Spirit Fanfics >
  2. Black >
  3. Despedida

História Black - Despedida


Escrita por: Josyanneh

Notas do Autor


Saiu....Saiu.... Finalmente saiu...
Gente sei que hj não é segunda-feira, e particularmente dou Graças a Deus por isso...
Mas minha fic com a Vivi saiu e eu estou muito feliz por isso...
Queriamos fazer uma fic juntas a um tempo e finalmente saiu...
Amei e por por favor Leiam...
Por isso presentinho pra vocês... Cap de Black hj e amanhã bjos.
Link nas notas finais.

Capítulo 6 - Despedida


Seu rosto está pálido, vejo que ela esta em choque, ela não estava esperando que essa palavra saísse da minha boca. Sua reação me deixa raiva, esse é único lugar que eu esperava que ela fosse voltar. Mas agora ela está procurando uma maneira de fugir, para nunca olhar para trás novamente.

É claro que ela não tem ideia de quem eu sou e de uma forma isso me deixa feliz. Mas também me deixa louco de raiva, tão incrivelmente irritado. Ela não fala, mas ela olha em volta. Tentando pensar em algo. Eu estou observando-a. Ela ainda parece doente, ela não está saudável, eu posso ver seus ossos furando através de sua pele. O rosto dela tão fundo e fino.

Eu me pergunto o que aconteceu para levá-la a este ponto, para levá-la para o lugar que ela estava agora em sua vida. Eu balanço a cabeça. Foda-se isso, eu não iria para lá. Eu penso sobre dizer algo, qualquer coisa. Mas as palavras não saem. Não há nada a dizer.

Meu telefone toca, me puxando para longe dela. É um trabalho, e a localização do alvo acabou de chegar, vamos para próximo lugar. Deixo ela ali, imóvel. 

Caminhando para o meu quarto e entro e fecho a porta, quando eu fecho, fecho todas as emoções junto, trancando-as com todo o resto.

Eu puxo minha mala de debaixo da minha cama. É preta, como tudo que eu tenho. Então não é perceptível quando você entra em meu quarto. É uma mala de arma com duas armas, um revólver e um rifle sniper. Eu não uso todas as outras armas, uma ou outra funciona para mim. Nunca bagunço o que eu faço. Faço o que tenho que fazer, recebo o pagamento, o de hoje não precisa ser limpo e é necessário, eu deixar um cartão de visitas, mas sou o melhor no que faço.

Eu troca as minhas botas para as que foram limpas recentemente, não deixar nenhum vestígio é obrigatório nessa profissão, primacialmente nenhum vestígio meu, independente do lugar. Eu coloco um casaco novo, em seguida, luvas pretas, pego a minha bolsa e saio. Lucy agora esta de pé. Ela me ouve sair e olha para mim. Ela está olhando através da janela, olhando para o céu noturno. Ela parece pacífica por um momento, então se estilhaça quando me vê. Seu rosto muda, como se eu fosse o cara mau. E eu sou. Ela só não sabe em qual medida.

— Posso ficar? — seus olhos me imploram. — Apenas por essa noite, — ela completa. Eu aponto para o sofá. Ela olha para trás, balançando a cabeça, entendendo as minhas palavras não ditas. Eu dou uma olhada em volta antes de eu sair. Ela voltou a olhar pela janela. Eu pego meu telefone, indo em direção a minha moto e amarro a bolsa na garupa. Normalmente eu uso a minha caminhonete, mas desde que Minerva roubou e ainda não voltou com ele, a moto terá de ser suficiente.

Está quieto, tão quieto quando eu chego ao estacionamento vazio. Os únicos sons vêm da minha moto enquanto eu  paro, pego a bolsa e a abro enquanto minhas botas atingem o cimento.

O trabalho de hoje à noite é contra alguém do governo, alguém não quer sujar as mãos, mas iria contratar pessoas de baixo nível para fazer o que ele não podia. Hoje à noite esse sou eu.

Eu ando para a beira do estacionamento de dois andares e olho em frente, meu alvo sentado em seu escritório, inclinado sobre o seu computador e enchendo o rosto com um donut. Ele é grade, rechonchudo, e muito pouco atraente. Mas isso não quer dizer nada. Ele tem que morrer por ter metido a cara aonde não devia. Eu não costumo perguntar sobre as razões, tende a facilitar as coisas, melhor não saber o que é que seu alvo pretendia.  Esse, porém, foi diferente, ele era do governo, então eu queria saber, precisava saber por que eu iria matar alguém tão alto. Suas palavras foram simples: — Ele está interferindo, causando drama. Mate-o ou eu vou encontrar alguém. — ele depositou metade do pagamento naquele dia em uma conta que não pudesse ser rastreada, um conta que não poderia se ligada a nenhum de nós.

Eu estava esperando o local há algumas semanas desde que eu vi Lucy.

Eu puxo a minha arma e olho o horário. Eu sou um atirador limpo, eu não preciso e não quero audiência. Ele será morto, e ninguém nunca vai me ver. Eu já fiquei sentado por horas esperando pela oportunidade certa. Não há jogo de atirar e matar no que eu faço, você tem de avaliar, e matar sem testemunhas. É tudo sobre a hora certa. Muitas vezes me pergunto por que eu não tenho sentimentos para a pessoa que eu mato. Pergunto por que eu não tenho nenhum remorso, as pessoas geralmente têm algum tipo de remorso. 

Talvez eu seja tão mal quanto eles dizem que eu sou. 

Ele pega o telefone e fala, balançando a cabeça como se estivesse tendo uma discussão, meu dedo está no gatilho, esperando, querendo acabar logo com isso. Ele parece sentir, ou talvez ele mesmo saiba que eu estou aqui. Ele olha para cima, o telefone em uma mão, o donut na outra, e ele olha diretamente para mim. No começo eu acho que ele pode me ver, mas não há nenhuma luz aqui, de jeito nenhum ele poderia me ver.

Mas seus olhos me dizem o contrário. Eu não espero ele desligar, eu miro e atiro.

O sangue escorre de seu peito, manchando sua camisa branca de vermelho carmesim. Sua cabeça pende, o impacto da bala o fez se curvar em sua cadeira, e seus olhos ficam abertos.

Todos os mortos parecem ter a mesma aparência, como se eles estivessem contentes, felizes por isso ter acabado. É perturbador, mas também reconfortante.

Eu puxo uma carta do meu bolso, minhas luvas ainda cobrindo as minhas mãos, deixo-a cair no chão de aonde eu atirei nele, observo como o cartão negro de paus se vai. 

O cartão é branco, coberto com mancha negra. Eu não fico mais tempo do que o necessário. Desmonto minha arma, colocando-a de volta na mala, pego as capsulas das balas, limpo quaisquer áreas que toquei, deslizo as luvas de volta e caminho para a minha moto.

Eu costumo eliminar os corpos que eu mato para que nada possa ser rastreado até os meus clientes ou a mim. Exceto que este cliente pediu que eu não fazer isso, ele queria que este homem fosse encontrado. Como um aviso, ou coisa assim, eu não tenho certeza.

Minerva está de pé apoiada na minha caminhonete quando eu volto para casa. Eu desligo o motor da moto, levanto e removo meu capacete. Ela me olha com curiosidade. Então seus olhos olham para trás para mim. Ela não parece tão chateada como quando ela saiu, sua postura agora mais relaxada. Eu ando até ela lentamente, e paro bem na frente dela. Ela deixa cair o cigarro no chão e sopra o restante da fumaça em meu rosto.

— Minerva.

— Eu trouxe seu carro de volta — diz ela, acenando com a cabeça para trás.

— Tô vendo.

— Eu senti sua falta. — sua mão toca o meu peito. E eu coloco minha mão em cima dela, ela para e se move para mais perto.

— Você tem que ir — eu digo a ela, minha voz não alterada. Mas seu rosto muda como se eu tivesse lhe dado um tapa.

— Ela está em casa agora? — ela exclama, puxando sua mão de volta. Eu não sinto necessidade de responder ou até mesmo entrar em uma discussão sobre isso. Eu pego as chaves da minha caminhonete e me afasto, não vou permitir que ela o leve novo.

— Você não pode me deixar aqui! — ela grita atrás de mim.

— Chame alguém cuja cama você frequente! — eu grito. Ela me xinga e eu opto por ignorá-la. Caminhando de volta para a minha casa, e tranco a porta.

Ligo a luz da cozinha, e ela ilumina a sala de estar, onde Lucy está dormindo.

Ela se mexe quando a minha presença é perceptível. Ela rola no sofá, escondendo o seu rosto. Eu quero me sentar lá e aprender mais sobre ela. Eu quero saber o porquê dela ter ficado assim. Mas em vez disso eu ando para o meu quarto, fecho a porta e me deito. Deixando os demônios me levarem embora no meu sono.

 

Lucy Pov’s 

 

Ele é tão familiar e  de certa forma tão estranho. Eu não estou muito certa de como compreendê-lo, ou mesmo lê-lo. Ele parece frio, indiferente, e suas ações ditam isso.

Por que ele me ajuda?

Por que ele sente a necessidade de me ajudar?

Ele não parece ser do tipo carinhoso. Ele se inclina no banco, vestindo seu terno preto, tomando seu café. Ele não fala comigo quando eu me sento na frente dele, seus belos olhos nem sequer pousam em mim. O encaro por um tempo mais do que o necessário, levando e bebendo dele. Ele é alguém de virar a cabeça, mas você ficaria com medo de se aproximar dele. Ele me olha de cima abaixo, dos pés até cabeça, simplesmente parado olhando para mim. Me avaliando, talvez? Esse pensamento faz todo o meu corpo cantar, com seus olhos em mim.

— Você quer saber? — eu pergunto e viro, tentando quebrar qualquer coisa que esteja acontecendo aqui.

Agora estou me contorcendo em minha cadeira, eu não quero dizer a ele. Mas sinto que eu lhe devo uma explicação de por que eu estou do jeito que eu estou, e que eu não sou geralmente desta forma, nunca fui. Até ele aparecer, o homem que me destruiu.

Ele continua a saborear seu café, e ler o jornal, esta me ignorando completamente.

— Eu me apaixonei uma vez — eu sussurro. No começo eu acho que ele não me ouve, ou talvez ele esteja continuando a me ignorar, mas quando olho para os seus olhos, eles estão em mim. Apertados, mas olhando diretamente para mim. Ele parece irritado, mas muda de imediato fazendo você se perder se você não estiver olhando de perto. Seu comportamento duro está de volta.

— Eu o conheci quando eu tinha dezoito anos, e ele era o meu mundo. Ele me prometeu coisas, me deu coisas. E eu acreditava em tudo o que ele dizia. Ele era bom... — eu deixei a última palavra pendurar na minha língua. É uma sensação estranha falar sobre Sting. E bom seria a última coisa que usaria para descreve-lo agora.

— Você se tornou uma drogada e uma prostituta por causa de um homem? — sua boca se eleva, como ele achasse que eu estava sendo ridícula. Isso me deixa com raiva. Como ele pode assumir isso de mim? No entanto ele tem o direito de dizer isso para mim e isso dói mais do que eu quero admitir.

— Obrigada por tudo que você fez, eu vou sair agora. — eu me levanto, colocando os sapatos que a morena deixou para mim e caminhando até a porta. Eu quero olhar para trás, para ver aqueles lindos olhos, e o cabelo exoticamente rosa, pela última vez. 

Mas eu escolho fazer isso e simplesmente continuo a andar.

Ele não diz nada. Eu tinha esperança de ele dizer alguma coisa, mas não recebo nada. Nem mesmo um adeus. Eu me sinto tão zangada com ele, eu só não entendo o porquê. Eu não o conheço, então não devo esperar nada dele. Ele não foi amoroso, ele é só frio, mas tem um toque estranhamente suave.

Eu ando até a frente da casa e começo a descer a longa entrada, escuto um barulho logo atrás de mim. 

O barulho se aproxima, e quando me atinge, vejo que é E.N.D está sentado em sua caminhonete, olhando para mim com óculos de sol cobrindo os olhos. Ele acena com a cabeça indicando o lado do passageiro no carro, então eu me aproximo e subo. Eu escondo o sorriso, o sorriso que rasteja acima em meu do rosto com o pensamento de que talvez ele se importe mais do que ele mostra. Suas palavras não confortam a todos. Elas são a mas dura verdade e elas machucam. Suas ações, porém, elas são algo completamente diferente.

Pergunto a ele para onde estamos indo, mas eu não recebo resposta. É como se ele escolhesse o silêncio, e me pergunto se há alguém com quem ele fale abertamente.

Ele me leva a uma estação de trem e permanece sentado. Eu olho pela janela e vejo os trens em movimento, indo a qualquer lugar. Alguns cobertos de pichações, alguns novos. Abro a porta, me virando para ele e vendo suas mãos se mexerem, soltando dinheiro ao meu lado. Eu pego, sabendo o que eu quero fazer com ele, mas eu entendendo direito. É hora, é hora de eu lutar sozinha pelo o que é meu. Ele me ajudou a chegar a este ponto.

Eu não sei como ele fez isso, ou porque ele fez isso. Alguém sendo bondoso comigo é uma coisa nova. Eu não conheci a bondade por tanto tempo e isso está me pega de surpresa. Mesmo que, no início, ele fez isso do jeito errado. 

Isso funcionou, ele funcionou.

Suas mãos voltam para o volante e ele olha para frente, seus óculos escuros cobrindo os olhos. Eu pego o dinheiro, e dou um passo para fora, e decido agradecer. Eu me viro mas as palavras não saem dos meus lábios. Eu não sei como fazer, então eu me inclino, colocando minhas mãos no assento, e beijo a sua bochecha. Ele recua, e sua cabeça se vira rápido para mim.

Dou a ele um sorriso tímido. Meu rosto ainda muito perto, e ele cheira bem, como o oceano, tão refrescante. Eu podia sentir o seu cheiro para sempre e nunca me enjoar dele. Eu me afasto, abro a porta e saio. Eu dou alguns passos para a estação e viro para ver se ele ainda está na mesma posição e ele está. Ele não se moveu, ele está me olhando, os olhos ainda cobertos com seus óculos de sol. Eu levanto minha mão dando um tchau pra ele e continuo andando para longe, longe de um homem que é sombrio e assustador, mas ao mesmo tempo lindo.

***

A viagem de trem é longa e eu durmo por uma boa parte dela. Um homem assombra meus sonhos, E.N.D. Uma mudança mas que bem vinda, aos que geralmente são meus sonhos, sempre são recordações, recordações de quem me colocou na posição em que me encontro agora em primeiro lugar. 

O trem anuncia minha parada, e eu me levanto para esticar as pernas, olhando para as minhas mãos e estremecendo. Estou tão magra, eu nunca fui assim, sempre tive um belo corpo, com curvas definidas e seios fartos. Mas tudo parece ter ido embora.

Eu pego um táxi para o escritório. Está claro ainda, então minha melhor opção é ir para lá agora, já que pessoas vão estar presentes e ele não pode me machucar.

O táxi para, e eu olho para o prédio alto, com meu coração batendo furiosamente no peito. Eu não tenho visto ele por quase dois anos, dois longos anos me que me perdi nas drogas e álcool. Eu nem sempre fui viciada. Entretanto, eu tinha uma personalidade viciante, o que significa que eu posso cair no vício mais facilmente que os outros. Ele sabia disso, sabia tanto sobre mim. Usou tudo contra mim.

Cada passo que eu dou para o edifício é como uma facada em meu coração, cada passo tão doloroso quanto o próximo. Será que ele vai estar aqui? Claro que ele vai, ele nunca falta o trabalho. É sua prioridade. Uma vez eu pensei que fosse eu. Como eu fui estúpida. Chegando ao elevador, eu apero o vigésimo quarto andar, enquanto eu vejo as pessoas entrarem. Alguns me olham de cima a baixo. Eu não estou vestida para estar em um prédio como este. Eu não tenho um terno ou um par de sapatos caro. Nós paramos em andar pouco antes do dele, e uma mulher entra. Ela é linda, e ela me olha com tristeza. Eu não quero que ela olhe com pena, então eu olho para longe, evitando o seu olhar. Meu vestido é muito grande, os sapatos que eu tenho ficam um pouco folgados em mim, e tenho em meu cabelo um coque bagunçado. Eu não deveria estar aqui. Eu deveria ter vindo quando eu estivesse bem preparada e tivesse coragem suficiente para vê-lo. Para enfrentá-lo. O elevador apita e a mulher que olhou para mim sorri enquanto sai. Ela tem uma saia de negócios que vem até a cintura. Sua camisa solta e dobrada. Os sapatos são altos, e o seu cabelo está impecável. Eu vejo como ela vai embora, então eu saio e olho ao redor. Não há muitas pessoas trabalhando neste piso. Sting tem apenas três trabalhadores suas duas recepcionistas e seu parceiro de crime que é tão mal quanto ele.

Eu caminho em direção ao seu escritório. É o último à direita na parte de trás. A recepcionista olha para mim e eu viro minha cabeça até seu escritório, eu posso vê-lo... ele está beijando uma mulher, a mulher do elevador. Suas mãos estão nas costas dela, a puxando para si. Eu paro e dou uma olhada ao redor. A recepcionista esta de pé agora, me dando um olhar estranho. Eu dou um sorriso fraco e corro de volta para o elevador.

Eu não posso fazer isso.

Ainda não.

Aqui não.


Notas Finais


Gostaram?? Comentem Leiam Noivo de Fachada...
https://spiritfanfics.com/historia/noivo-de-fachada-6551881


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...