1. Spirit Fanfics >
  2. Black >
  3. Ele

História Black - Ele


Escrita por: Josyanneh

Notas do Autor


Gente amanhã tem mais.

Capítulo 9 - Ele


É exatamente o mesmo, exatamente a mesma escrita e cor de quando eu tinha dezesseis anos. O mesmo menino que desenhou isso da uma última vez está de pé como um homem na minha frente, e eu nem sabia. Eu pensei sobre ele durante anos. 

Você sabe como é sentir uma atração instantânea por alguém? Ele era atraente, o cara mais bonito na escola, mas ninguém queria estar perto dele. Ele tinha um nome manchado, um nome perigoso, ele saía com pessoas ruins, as crianças eram avisadas para não chegar perto dele. Então, eles não o faziam. Ele estava sempre sozinho, nunca falando ou se misturando com alguém.

Então, uma noite, eu perdi a minha avó. Meu coração se partiu, quebrando em um milhão de pedaços, e eu corri para a noite, parando no parque. Isso foi quando o conheci, bonito e quebrado, assim como eu estava aquela noite. Tão bonito, mas completamente destruído.

Ele é agora um homem, um homem extraordinariamente bonito. Um que optou por não me dizer quem ele era. Um que me olha e primeira vez sorri. Um sorriso quer dizer um “finalmente, já não era sem tempo”, mas ele parecia surpreso por eu ter descoberto tudo.

— Você parece tão diferente — eu digo, levantando a mão e pousando-a suavemente em seu rosto, fazendo carinho em sua bochecha, sua respiração fica pesada, vejo seus olhos comprimindo como se o mais leve toque da minha mão o queimasse, como se fosse doloroso ter meu toque, eu a removo rapidamente. Seus olhos abrem, e sua mão toca onde minha mão estava.

— Ainda sente necessidade? — ele pergunta, e eu balanço minha cabeça. Eu realmente não preciso, pois tudo em minha cabeça está nesse momento está preenchido com ele.

— Não, — eu sussurro. — É realmente você? — nós compartilhamos uma forte conexão, eu nunca tive isso com alguém. Eu era tão jovem, não entendia e nem sabia por que gostava dele, os meninos não me interessavam na época, mas ele sim e eu não entendia o porquê. Era o clichê de bad boy que eu queria? Ou era apenas ele?

— Você se lembra de mim? — ele pergunta, procurando meus olhos.

— Como eu poderia esquecer?

— As pessoas tendem a esquecer de mim. Está em sua natureza. — em meu coração eu acredito essas palavras sejam verdadeiras. O que lamentável, eles são um tolos por o rejeitarem.

— Nunca. — Eu digo séria, quero tocá-lo de novo, mas eu não tenho a chance quando ele vira a cabeça e termina de marcar meu nome. Eu só fico lá e assistindo. Ele acrescenta uma rosa negra, a mesma que acrescentou na última vez que estivemos juntos. Eu entendo melhor agora. Ele é preto, e eu sou a rosa.

— Eu quero tocar em você, — eu digo, agora perto de suas costas. Eu posso sentir o cheiro dele, ele tem um cheiro delirantemente delicioso. Eu quero abraçá-lo, enterrar a minha cabeça em seu peito  ouvido o seu coração, e sentir o cheiro dele o dia todo.

Minha mão se estende, seu corpo se vira. Minha mão toca seu peito e seus olhos me encaram, eu vejo a restrição que ele está segurando. Eu estou tocando-o, minha mão segurando o seu peito. Eu não entendo muito bem isso. Não entendo como alguém não poderia querer o instinto humano básico: o toque. Ele parece pensar que é venenoso. Um toque que parece dolorosamente real para ele, como se meu toque não o infligisse nada além de dor.

Minha mão segura mais apertado, segurando ele ainda mais. Dou um passo para a frente, fechando a distância entre nós, suas mão agora esta sobre a minha, me segurando para ele. Seus olhos verdes ônix agora estão características escuras através deles, e ele não me encara, ele olha pra qualquer lugar, menos em pra mim.

Minha segunda mão sobe e eu coloco acima de seu coração, ele recua tão rápido que eu fico lá com as mãos no ar.

— Nós não podemos fazer isso, — diz ele, se afastando, indo em direção ao carro. Eu olho de volta para meu nome, então para rosa e um sorriso se forma em meu rosto, e eu o sigo.

Ele dirigi em silêncio, seus olhos voltados para estrada, não desviando em nenhum momento para mim, mas eu não tiro os olhos dele,  quando estou com ele sinto borboletas no estômago de um jeito bom. Sua aparência, seu mistério, tudo me atrai de novo, eu acho mas uma vez que estou procurando um clichê de bad boy, eu me curvo, para olha-lo melhor, e vejo um homem, um homem que se preocupa, mesmo quando ele não deveria, um homem que está quebrado, mas irá corrigir os outros, um homem que se esconde em toda a sua escuridão.

— Natsu — eu finalmente digo, esse nome não deixou meus lábios por dez anos. Isso é bom, pois senti sua falta. Sua cabeça gira para mim, e seu rosto aperta.

— É E.N.D — ele diz, me corrigindo, e se voltando para a estrada.

— Não, para mim você  é, e sempre será o Natsu... — eu sorrio, me sentindo tonta. Por que ele me dá esses sentimentos? Ele me pega sorrindo, balança a cabeça, e logo para na calçada de Erza. Ele para e não se move, nem sequer desliga o carro.

— Eu acho que é melhor se nós não mantermos contato. Apague o meu número — diz ele autoritário, olhando para frente . Abro a porta e saio, então me viro para ele antes de fechar a porta, mas ele não olha para mim.

— Não mesmo — eu respondo. Sua cabeça gira para mim e eu bato a porta e caminho até a porta da frente. Eu o ouço se afastar cantando pneus, assim que abro a porta.

— Onde você esteve? Eu estive ligando para você — diz Erza chorando e envolvendo os braços em volta de mim. Ela parece preocupada, isso me faz sentir que ela realmente se preocupa mais do que ela se preocupava antes.

— Não levei o celular. Geralmente, ninguém se importa com onde vou. — ela me puxa de volta, seu rosto agora em meu pescoço. Jellal para atrás dela e balança a cabeça, mas sorri.

— É claro que eu me importo. Pelo que eu sei, aquele bundudo poderia ter levado você para a floresta e picado em pedacinhos — diz ela me libertando de seu abraço enquanto cruza os braços sobre o peito.

— Ele tem uma bunda boa, não é? — eu digo e sorrio, arrancando um sorriso dela também.

— Sim, e toda aquela vibe de “não fode comigo”, na verdade, o deixa ainda mais quente. — ela diz dramaticamente e Jellal grunhi atrás dela.

— Ele é perigoso, — diz ele, em pé, sem se mover. Erza levanta uma mão o dispensando-o, e diz. 

— Eles disseram o mesmo sobre você, e olha onde estamos agora... eu estou grávida e com um anel em meu dedo. — sua mão voa para a sua boca, e ela se vira para mim mordendo o lábio e linhas aparecendo em sua testa. — Eu sinto muito, Lucy — diz ela. Eu aceno para ela.

— Está tudo bem, não se preocupe. Eu estou feliz por você. — eu sorrio. Ela sabe da minha situação com Sting. Bastardo.

— Você está grávida? — pergunta Jellal, que está claramente chocado.

Erza arregala os olhos quando percebe o disse — Opa... — diz ela, se virando. — Desculpe, querido, eu planejava dizer esta noite. — eu passo para longe deles e vou para o quarto de hóspedes, o qual eu não posso ficar por muito mais tempo agora que ela vai ter um bebê. Eu ouço Jellal e Erza rindo em delírio. Me deito na cama, sorrindo por eles e pego o meu telefone, planejando enviar uma última mensagem antes de cair no sono.

Eu: Quando eu posso te ver de novo? Podemos nos encontrar? Por favor. L.

 


Natsu Pov’s

 

— Você... — ele gagueja, choque revestindo o seu rosto. Ele não me conhece, mas sabe sobre mim. Sabia que eu estava aqui por ele, que iria levá-lo para longe desta coisa que ele chama de vida. Minha arma está na minha mão esquerda, o dedo no gatilho, pronto para ser puxado.

— Por quê? — ele pergunta, olhando em volta desesperadamente por ajuda. Não há ninguém aqui me certifiquei disso antes de ajeitar isso. Esse trabalho é o único nesta semana. Eu não menti para o cara no necrotério quando eu lhe disse que estaria levando as coisas mais devagar. Meu telefone não parou. Meu nome e número estão sendo espalhados muito rápido. Acho que está na hora de mudar o número. Eu não sei a história dele, eu não quero saber. Eu prefiro assim, sem saber me posso dormir à noite, me ajuda a não me importar. Este é um trabalho, um trabalho onde eu não preciso saber todos os detalhes.

— Você está pronto? — pergunto a ele destravando a arma. 

Sua cabeça agora se agitação e em negação as palavras deixando seus lábios mais e mais, — Não... não...não... Eu vou te pagar o dobro do que eles pagaram. O triplo... — diz ele enquanto balanço a cabeça, isso não é como eu faço as coisas. Eu não faço isso só por dinheiro. Sim, é um grande fator. Eu cobro mais agora do que quando eu comecei. Mas eu não dou para trás em meus contratos, não importa quanto dinheiro me é oferecido.

— Faça suas orações. — eu digo e puxo o gatilho, a arma dispara. O homem cai no chão. Ele não era velho, meados dos trinta e tantos anos eu acho. Bonito, só não inteligente. O sangue escorre do ferimento em sua cabeça, os olhos abertos olhando para o céu preto acima de nós, pego uma lona preta, o rolo, e movo o seu corpo. Eu jogo água sanitária sobre seu sangue, em seguida, ligo para minha equipe de limpeza.

Outro trabalho feito, outro pedaço da minha alma lascada.

Outro cartão deixado.

* * *

Sua mensagem descansa no meu telefone. Tem sido assim durante toda semana. Eu não respondi a ela ou atendi quando ela tentou ligar ontem. Não será bom para ela entrar em contato comigo ou estar em contato comigo. Nada de bom vem de mim, o sangue em minhas mãos é prova disso.

Gray passa por minha porta, e eu não estou dentro de casa, ele me procura por uns dez minutos, até que o chamo, ele até onde estou, e trás Minerva com ele. Eu balanço a minha cabeça e vejo como ela anda com ele e envolve as mãos em torno de seu braço. Ela me olha como se estivesse a procura de uma reação, o que ela definitivamente não vai conseguir.

— Conseguiu a sua buceta, irmão? — Gray pergunta, batendo na bunda dela. Ela grita e eu viro a minha cabeça de volta para terminar de lavar as minhas mãos.

— Consegui — eu respondo.

— Algumas garotas estão perguntando sobre você — diz ele. Eu seco as minhas mãos e aceno com a cabeça para a porta mandando Minerva sair. Ela não escuta e Gray puxa o braço dele.

— Carro — diz ele, a olhando, em seguida, ela passa diretamente por mim, e frita de frustração e batendo a porta quando ela sai. — Essa cadela é uma loucura! Como eu faço para me livrar dela? — eu quero rir dele, mas ele olha para a porta, depois para mim.

— Boa sorte com isso.

— Sim, ela é uma grande merda, mas uma boa foda se você sabe o que quero dizer? — ele pega uma cerveja e começa a beber. — Ela continua dizendo que você está apaixonado por essa garota que você sequestrou. — minhas costas se endireitam, e ele percebe a minha reação. — Ah, merda! Quem é ela? — sua mão bate em cima da mesa, exigindo uma resposta e querendo saber por curiosidade.

— Ninguém, — eu digo, encerrando a conversa. Normalmente Gray me conhece bem, me lê bem, exceto quando ele quer saber mais. Ele sabe quase tudo o que há em mim, então ele não está feliz por não saber quem ela é.

— E.N.D... — ele adverte.

— Gray... — eu devolvo.

— Apenas me diga. Ela é uma ginasta? Se ela for, eu posso ter uma? — eu nego, com ele, sempre sobre o sexo. — Ah! Qual é, irmão.

— Vá e leve ela da minha casa, e não a traga mais. 

— Me dê um segundo — diz ele, pegando as chaves e correndo porta a fora. 

Levo um momento para perceber o movimento por cima do meu ombro esquerdo, e quando eu percebo, a minha arma está levantada bem na cabeça do intruso. Romeo treme, seus olhos começam a encher de lágrimas. Eu abaixo a arma e a coloco de volta na minha calça. Normalmente eu não teria sequer isso comigo, mas a minha mente não está pensando direito.

— Seu pai fez isso? — eu pergunto, indo até a geladeira para pegar um suco para ele. Seu rosto está machucado, pior do que normalmente está. Ele levou uma surra, uma terrível surra. Ele toma o suco, enxugando as lágrimas, seus cachos estão mais longos do que a última vez que o vi.

— Eu o odeio — ele sussurra com raiva. Eu bato levemente em seu ombro e ele toma um assento no banco, onde Gray estava sentado. — A menina se foi? — ele pergunta, olhando para as escadas, e de volta para mim. Eu confirmo no exato momento que Gray caminha de volta, ele para quando vê Romeo, depois sorri e se senta ao lado dele.

— É uma festa de pijama de garotos? Por que eu acho que sim — diz ele, bagunçando o cabelo do menino, Romeo sorri para ele, ele conhece a sua história, ele o viu aqui o suficiente.

— Eu não faço festas de pijama. — minha boca se contorce.

— Ah, cala a boca. Álcool, filmes e muito mais álcool. Como você pode não querer isso?

—  Não querendo.

— Claro, você gosta pelúcias de merda e chiclete. Enquanto você está nisso vá e coloque uma camisa rosa, pode levantar os ânimos. — ele ri de sua própria piada.

Idiota.

— Sr. E.N.D só usa preto, — Romeu diz a Gray que o olha e sorri. A maioria das crianças teria medo dele, ele não é um cara de vista amigável. Romeo, porém, vive com demônios, que o assaltam diariamente. Para ele somos os seus salvadores. O que esse pobre menino vai ser quando crescer, porque olha o que nós somos.

— Você conhece a misteriosa mulher do E.N.D? — Gray pergunta a ele. Viro as costas e pego um pouco de comida para alimentar a criança desde que ele não come bem. Então, quando ele está aqui ele come tanto quanto pode.

— Sim, ela é bonita, — diz ele. Eu reviro os olhos xingado baixinho ao agarrar o saco de batatas, entrego a ele, enquanto Gray olha para mim, tão curioso quanto o diabo, sei que não vai parar até eu contar quem é. Romeo que já está comendo apenas nós observa

— Apenas me diga o nome dela.

— Lucy... — ele se endireita, ele conhece o nome. Comecei a andar com ele assim que ela foi embora. Ele sabe sobre ela, só não a conhece.

— A mesma Lucy? — ele pergunta.

Eu olho para Romeo, que sequer está ouvindo, e respondo.

— Sim, a mesma.

— Merda, não admira que as suas boxers estão uma bagunça.

— Não estão!

— Estão sim. Foi ela quem você pegou aquela noite, não foi? A viciada?
 

— Foi — eu cerro os dentes. Nós não ficamos com viciadas, elas são um risco, roubam, mentem e enganam, fazem qualquer coisa pra conseguir o que querem.

— Você, meu amigo, está oficialmente ferrado. Fodido como um filho da puta. 

— Eu sei.


Notas Finais


Até amanhã


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...