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História Black And Green - Tensões


Escrita por: LadyFear

Notas do Autor


Demorei mas chegueeeeeeeeeeeeeeeeeei <3
Passei o dia fora arrumando uma festa surpresa para uma das minhas melhoras amigas, foi duro, mas sobrevivi xD
Agora, vamos ao que interessa - eu e minhas milongas -
Partiu capítulo!

Capítulo 52 - Tensões


- Passava um pouco das cinco da manhã quando o grupo atravessou a barreira da propriedade de Guinevere. Do lado de fora ainda podia-se ouvir alguns sons e barulhos vindos da floresta ao lado, mas após passarem todos os ruídos cessaram. Reinava o mais pleno silêncio, que só era quebrado ao aproximarem-se da casa de dois andares aconchegante com janelas de vidro altas e uma pequena garagem. Lá dentro alguém escutava as notícias do mundo trouxa pelo rádio.

A propriedade em si era bem pequena, com um canteiro de lavandas, carvalhos aqui e ali, mas com a diferença de que tudo ali dentro parecia mais fresco e agradável do que do lado de fora. Guinevere desceu as escadas e acenou para que o grupo entrasse.

Guinevere tinha no máximo quarenta e cinco anos, baixinha de cabelos longos e ruivos que tinham alguns fios grisalhos aqui e ali brincando contra os fios alaranjados, olhos castanhos profundos e um sorriso grande e maternal. Por um breve momento Gina identificou um pouco da sua mãe na mulher parada de avental perto da soleira da porta.

- Guinevere. – Maeve quase pulou em cima dela.

- Olá, pequena esmeralda. – Sorriu. – Você cresceu muito.

- Um pouco. – Sorriu torto. – Estes são os meus amigos.

Maeve apresentou um por um a ela que sorria e comentava coisas típicas de uma mãe. Todos entraram e aos poucos se instalando com suas coisas. A ruiva indicou os quartos onde ficariam, e logo cada um ocupou-se em desfazer algumas coisas de suas malas ou procurar um lugar para dormir.

A morena deixou sua mala no quarto de Guinevere e desceu com Maddie enroscada em seu braço procurando um lugar no sofá para ver o sol nascer. Das poucas vezes que tinha ficado ali sempre havia gostado de observar o sol nascendo pelas vidraças que ficavam amareladas criando um efeito bonito na sala. A cozinha que era conjugada estava cheia de quitutes em cima da mesa redonda de pinho. Luna provava um dos biscoitos de Guinevere como se fosse uma criança novamente.

- É muito bom. – Sorriu.

- Qualquer coisa é só pegar mais, e temos vários sucos, incluindo o de abobora. – Riu em reprovação. – Nunca foi o meu preferido.

Draco desceu sonolento e dando um beijo em Luna foi se sentar aos pés do sofá que Maeve havia escolhido para se deitar.

- Com sono? – Perguntou sorrindo para a morena.

- Não. Eu bem que queria, mas não consegui pegar no sono até agora. – Riu.

- Suas primas estão dormindo feito duas pedras. – Debochou.

- Aquelas ali nem com balde de água fria acordam. – Fez uma careta. Maddie saiu do braço dela e foi se enroscar no pescoço do loiro. – E a Maddie está preferindo ficar mais com você do que comigo.

- Ela acha que você está deixando ela muito sozinha. – Sorriu ao ajudar a cobra.

- Ela vai ter que ficar mesmo com você. – Suspirou. – Mais tarde irei para o centro de Harlow. Tenho algumas coisas para resolver.

- Vou com você. – Retrucou olhando para ela.

- Eu também vou. – Luna saltitou sentando-se do lado do loiro.

- Por que vocês querem ir?

- Meu padrinho pediu para que eu não saísse nem um segundo de perto de você. E não deixasse você dar uma de heroína. – Ele piscou.

- Ele ralhou com a gente para sermos mais atentos. – Luna brincou. – Não parecia nem um pouco contente.

- Vocês estão de complô com ele? – Sorriu.

- Snape não quer que você se machuque. Aliás ninguém aqui quer. – A loira sorriu com seu jeito desatento.

- Tudo bem, iremos juntos. Os outros foram dormir?

- Sirius e Lupin caíram no sono totalmente, a Gina provavelmente também. – Luna riu.

- Ok. Quanto menos gente melhor. – A morena murmurou.

Esperaram pelo amanhecer juntos sem se deixar levar pelo sono, conversando sobre amenidades ou apenas cutucando uns aos outros. Quando os raios amarelados incidiram nas janelas, aquele tom dourado que já percorria o jardim inundou a sala criando uma atmosfera etérea que deixou os dois loiros maravilhados. Após aquele espetáculo todos se arrumaram e comeram alguma coisa rapidamente para irem com a morena. Maddie teve de ser deixada em casa pois chamaria atenção demais pelo seu tamanho, fora bem alimentada como recompensa. Pegaram o velho volvo de Guinevere e tomando cuidado para que mais nenhum dos outros acordassem e os seguisse, pegaram a estrada rapidamente, voltando para o barulho e a vivacidade da vida trouxa.

 

✥✥✥

Em Hogwarts todos notavam facilmente o clima de tensão e perigo. Corujas mandadas por Lucius continuavam a ameaçar Dumbledore sobre suas decisões de manter tanto Maeve quanto os instrumentos com eles. Uma lista de nomes em um pergaminho havia sido mandada por uma coruja preta e esquisita. O longo pergaminho estava completo de nomes de novos comensais e famílias que agora apoiavam a causa de Lucius, assim como nomes que deveriam ter sumido do Ministério, mas que ficaram por motivos que nunca foram explicados. O diretor mantinha a calma como sempre. Não seriam ameaças que o fariam mudar de ideia, e Hogwarts saberia se defender bem, já que o provável ataque simultâneo contra as primas de Maeve eram apenas distrações para que ele mandasse reforços desnecessários para lá.

A maior parte dos professores já haviam sido informados, e fingiam que não sabiam de nada que estivesse acontecendo quando o grupo suspeito chegava ou passava por perto. Pomfrey havia sido instruída a dizer que Maeve e os outros três - o loiro  e a ruiva - estavam na enfermaria não muito bem, o que impediria a aproximação de quem quer que fosse sem seu consentimento e explicaria os seus sumiços nas aulas.

Na quarta aula do dia, o trio de ouro se dava conta de como tudo parecia convergir para um estado de alerta. Snape estava carrancudo como sempre fora antes de Maeve chegar. O simples fato de olhar para o lado Sonserino ou para a parede favorita dela e não a encontrar ali era motivo para que ele se zangasse. A Grifinória já havia perdido pelo menos sessenta pontos, e Hermione como sempre desistiu de levantar a mão para responder alguma coisa.

- As coisas estão piorando de novo. – Sussurrou para Rony e Harry a sua frente.

- Já estamos acostumados com isso. – Harry retrucou, tomando cuidado para não chamar a atenção do moreno.

- Sim, mas não queria que voltássemos novamente à estaca zero com ele. Ele vai nos reprovar desse jeito! – Rony reclamou.

Snape virou-se raivoso para os três, e tirou mais trinta pontos o que realmente iria acabar com qualquer chance que a Grifinória tivesse de ganhar a taça no final dos jogos de quadribol. Harry bufou mas ficou quieto, já tinha razões demais para ser odiado pelo moreno e não estava querendo criar novas. Hermione continuou escrevendo furiosamente o que estava na lousa, sempre tendo em mente a reunião que teriam no final do dia para decidir como reagiriam novamente ao novo ataque. Os números aumentavam cada vez mais, iriam precisar de tudo o que dispusessem.

Longe das masmorras, Dumbledore e Minerva tentavam ignorar os pedidos irritantes dos jornalistas do Profeta Diário em querer informações sobre os possíveis ataques a Hogwarts. Cassandra havia feito o trabalho de espalhar boatos para que dificultasse as coisas em relação a proteção do que acontecia ali dentro. Os alunos ao fim das aulas pareciam tensos e conversavam em alto e bom som sobre o que viram nos jornais. Minerva temia que aquilo os fizesse recuar na hora de defender de fato a escola. Quanto mais mentiras fossem espalhadas e quanto mais fossem discutidas, maior seria a chance de serem creditadas como verdadeiras.

✥✥✥

Pelas ruas agitadas de fim de tarde no centro de Harlow, os três caminhavam lentamente. Haviam milhões de lojas que tanto Draco quanto Luna paravam para olhar como se aquilo fosse algo fora do comum. O céu acima deles se carregava anunciando que a chuva chegaria em breve.

- Por que você quer ir a uma igreja? – Luna perguntava desviando de algumas pessoas por estar andando de mãos dadas com Draco.

- Quero ver um velho amigo. O reverendo Andersen. – Ela respondeu olhando para todos os lados.

- Um reverendo? – Draco perguntou achando estranho.

- Ele está guardando algo que pertence a mim. Já vivi em extremos bem grandes, Draco. Lugares trouxas relativamente calmos, movimentados, lugares bruxos de difícil acesso, igrejas, mosteiros, templos, países sem conexão alguma com aqui. Nunca tive de fato um lugar onde viver fixa. Nem mesmo a casa dos meus pais foi um lugar onde passei muito tempo.

Ela subiu as escadarias da catedral branca que se erguia na frente deles. Um relâmpago um pouco mais forte iluminou os céus enquanto os loiros subiam um pouco lentos.

Maeve permitiu-se devanear um pouco enquanto percorria o tapete vermelho que levava ao altar. Sua mente criava uma imagem que sempre achava estranha em outros momentos de sua vida, mas que agora tinha um quê interessante. Casamentos nunca foram bem aceitos por ela, assim como envolvimentos românticos também não. Sempre fora uma garota sempre muito centrada em não pirar e continuar seguindo em frente e aprendendo o que era necessário para escapar de seus apertos constantes. Os poucos envolvimentos que tivera não tinham gerado nada nela, não haviam arranhado nem um pouco o escudo que sempre mantivera erguido. Não precisava machucar mais ninguém fora ela. Entretanto não contava que Snape viesse para mudar tudo e colocar suas convicções e juízo a prova.

Da mesma forma que já havia imaginado eles em casamento tradicional da sua família em meio a floresta, podia também imaginar como seria engraçado vê-lo no altar ali, mais formal do que já era, a esperando. Entretanto estranhamente sua mente invertera as cores, ele de branco, ela de preto.

Balançou a cabeça despertando dos devaneios.

“Ele nunca iria querer isso. Deixe de pensar em tolices. ” – Repreendeu-se.

- Achei que não a veria mais, Maeve.

A voz bondosa e mansa vinha caminhando em sua direção.

- Reverendo, Andersen. – Ela sorriu.

- Creio que queira o que me deixou cuidando da última vez que estivera aqui, não é mesmo? – Os olhos castanhos claros do velho revelavam uma calma que parecia contagiante.

- Sim. Achei que não seria necessário, mas vim pegar.

- Nada é desnecessário, minha filha.

Draco e Luna apenas observavam os dois conversando. O ar imponente da catedral os deixava meio escusos. Foi quando se surpreenderam quando o reverendo jogou em direção da Maeve algo longo e provavelmente bem pesado que rodopiou no ar e foi pego com as duas mãos. Ele não parecia mais tão velho depois de verem o que era.

Maeve desenrolou lentamente o tecido amarelado envolto do objeto, revelando a bainha e uma espada longa.

- Sabia que você viria, não é tão difícil diferenciar os barulhos dos carros e do arrulhar dos pombos com a estática que você gera sempre que chega aqui. Use-a com boas intenções. E se não puder tenha um motivo real para o que for fazer. – Lembrou-a como se continuando uma conversa há muito tempo iniciada.

- Terei. Agradeço por tê-la guardado para mim. – Sorriu enquanto enrolava novamente a espada e a colocava por debaixo de seu casaco, escondendo-a para que as pessoas que chegavam para a celebração da noite não a vissem.

- Me visite mais vezes, sinto falta de suas discussões teológicas. – Piscou virando-se para o altar indo em direção a sala de preparação.

Adorava ele. Assim como também adorava Dumbledore.

- Vamos, temos que ir antes que Guinevere não consiga segurar mais aqueles três, sinto que já estão querendo vir atrás de nós.

Correram para fora indo em direção à rua onde Maeve havia estacionado o carro. Só não contavam que a partir do momento que saíssem dali a volta se tornaria tão difícil.

 


Notas Finais


Tenso não? SAHUSHAUHS


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