1. Spirit Fanfics >
  2. Black And Green >
  3. Retaliações

História Black And Green - Retaliações


Escrita por: LadyFear

Notas do Autor


Mais Tretas!
ashaushauhsu'
Vou começar a apelidar a Maeve de dona Treta <3

Capítulo 53 - Retaliações


  - O trio estava apreensivo. Havia notado um movimento estranho em um dos pubs ali perto. Não era todo dia que se podia ver pessoas de capas pretas e caras de quem estão procurando alguém em especifico em um lugar tão público. Maeve não havia escolhido voltar para o volvo, sabia que já deveria ter alguém ali apenas esperando. Puxou os dois para uma das vielas mais próximas e ficou observando.

   - Quem será que são? – Luna indagou atrás de Maeve.

   - Não sei, mas não estou tentada a saber também. – Murmurou.

   - Como vamos embora? – Draco perguntou alcançando a varinha.

   - Vamos esperar um pouco aqui, deve haver alguma maneira de conseguirmos sair sem sermos vistos.

  Enquanto a morena pensava em alguma opção de saída, uma das pessoas virou para olhar para a viela e conversando com um dos mais próximos apontou para onde eles estavam. Vários outros foram rapidamente na direção dos três.

  - Maldição! Vamos dar a volta rápido! – Maeve correu na frente sendo seguida de perto pelos loiros. A viela dava várias voltas pelos condomínios e casas dali. Haviam poucas pessoas por ali e que passavam assustadas ao verem o trio correndo. Ela pensava em alguma solução rápida enquanto tentava não esbarrar em nada, entretanto ao chegarem na outra rua principal se viram fechados.

  - Acho que pegamos vocês, e principalmente você senhor Malfoy. – Um deles quase gargalhou de felicidade. – Seu pai vai gostar de saber que o pegamos e a senhorita Lesley como brinde.

  - Ah, desculpa, nós não temos tempo para isso. – Maeve sorriu enquanto falava, porém, sua mente já vinha conjurando um feitiço silenciosamente.

“Folia Tempestatum. ”

Ela retirou a varinha do seu bolso e em um movimento uma mini tempestade de folhas e espinhos caiu sobre todos que estavam ali, o que deu tempo de puxar Draco e Luna para as escadarias de um dos prédios. Subiram rapidamente pulando vários degraus de cada vez, e quando o grupo enfim pode se ver livre daqueles espinhos e folhas que os rasgavam caindo de cima para baixo, já era tarde para saber onde estavam ou para onde iriam. Todavia mesmo assim o grupo dividiu-se para procurar onde eles poderiam estar.

Maeve tinha achado uma entrada mais acima e corrido para ela com os dois. Usou o Colloportus para lacrar a porta atrás de si e saíram tropeçando aqui e ali em algumas partes do piso que estava rachada. Era um prédio abandonado por sorte.

- Você foi rápida! – Luna retrucou começando a arfar.

- O tempo que passei fugindo me treinou bem na arte da fuga, principalmente as desesperadas! – Maeve retrucou pulando por um buraco e achando uma saída do outro lado do prédio. Por sorte não precisaram explodir a porta, o que lhes deu o silêncio como vantagem. Desceram mais escadas, mas pararam no meio delas. Alguns encapuzados passavam correndo por ali enquanto eles se abaixaram rapidamente contra a parede evitando que fossem vistos.

- Precisamos dar a volta. Eu poderia chamar o carro para cá, mas a rua está movimentada e não seria interessante sair nos jornais que um carro assombrado está andando sozinho por aí. – Maeve brincou o que deixou os dois espantados.

- Como você consegue ter humor numa hora dessas? – Draco seguiu as duas que tinham começado a descer novamente.

- Hábito. – Sorriu enquanto iam para o outro lado e misturavam-se com a multidão de pessoas que saiam de um fábrica ali perto. O grupo de preto passou pelo outro lado enquanto eles se abaixavam mais ainda para passarem despercebidos. Quando todos já estavam dobrando na outra rua, correram em disparada entrando no carro.

Maeve ligou o carro e fazendo malabarismos com o volante saiu pisando no acelerador a toda. Passaram por alguns engravatados e alguém que ela reconheceu do Ministério estava no meio. Aqueles cabelos brancos nunca passariam despercebidos.

- Desde quando Cassandra está aqui? – Perguntou.

- Tem alguma coisa muito estranha aqui. – Luna murmurou. – Que eu saiba você tem permissão para usar feitiços fora da escola, você é de maior e só está com a gente para cumprir tabela como os trouxas dizem. Então por que o pessoal do Ministério está aqui?

- Eles devem estar se guiando pelos feitiços soltos da sua varinha, Ma. – Draco sugeriu.

- Agora essa.

Viraram várias avenidas e ruas, fazendo voltas e mais voltas para que não conseguissem segui-los. A estrada que daria para a propriedade apareceu e Maeve pisou fundo no acelerador ignorando os avisos. Enquanto voavam sempre olhando para trás, a noite caia junto com uma chuva furiosa começou a cair massacrando os vidros do carro e deixando a pista escorregadia e perigosa. Ela sorriu ao lembrar de como Dana, das poucas vezes que fora junto com Kate nas aprontas, odiava o modo que ela dirigia.

“Você pode não ser uma inglesa, mas dirige loucamente como uma!”

Pensou em como estaria a cara de Kate ao saber que ela saiu de carro sem ela. O vidro parecia que nunca ia passar mais de dois segundos sem água, o que dificultava a visão a frente. Entretanto não era necessário ver nesses momentos. Sua marca ardeu dolorosamente em suas costas avisando de que havia alguém ali por perto. Rapidamente ela desacelerou e desligou os faróis agradecendo aos deuses que a entrada que precisava estava a poucos metros. Virou exatamente no momento que um carro vinha na direção contrária deles na pista. Entrou com tudo no caminho feito dentro da floresta e estacionou para que não fossem descobertos pelo barulho do motor.

- Eles pegaram uma via diferente para nos atalhar, olhem.

Ela apontou pelos vidros, e puderam enxergar com um pouco de dificuldade pessoas sendo iluminadas pelos faróis do carro parado na estrada. Cassandra andava pela chuva furiosa, olhando para os lados como se pudesse encontrar algo na escuridão. A passagem pela floresta para seu desgosto só podia ser encontrada por quem já sabia onde estava.

- A pergunta é, qual o objetivo deles? – Draco resmungou.

- Não podemos confiar mais neles, teremos que se virar. – Luna falou segurando a mão dele.

- Bom... Vamos dar um pouquinho de barulho para eles. – Maeve sorriu e se concentrou no céu enquanto ligava o carro novamente. Trovões ressoaram rapidamente, e os céus se encheram de raios que iluminavam o caminho por entre as árvores, e gerava estrondosos sons. Henkel se orgulharia de saber que ela apesar de ter sofrido muito em seu treinamento de férias havia conseguido controlar a convocação de raios não-verbal.

Atravessaram um dos lados da barreira como loucos quase derrapando ao chegar na garagem. Correram para dentro e encontraram todos com cara de preocupados, menos Gina que estava entretida vendo um reality show na TV.

- Onde vocês estavam? – Guinevere perguntou controlada.

- Fomos pegar aquilo, que você sabe. – Maeve apenas retrucou tirando o casaco molhado e pendurando o que revelou o embrulho pesado que escondia consigo.

- Andersen está bem? – Estava mais calma.

- Sim. Acho que melhor do que ele não tem. – Sorriu indo até a mesa. Depositou com cuidado o embrulho em cima da mesa e procurou uma flanela no armário.

- Onde você foi, e o que é isso? – Sirius parecia estar um pouco alterado.

- Como eu disse eu fui pegar algo importante. – Maeve continuou procurando a flanela, ignorando aquele tom estranhamente possessivo em sua voz.

- Mas vocês estão bem, não é? Não encontraram nada de estranho? – Lupin estava apaziguador e mais tranquilo.

- Haviam comensais e pessoas do Ministério, incluindo Cassandra pelo caminho. Quase fomos pegos. – Luna sentou-se observando Maeve voltar com uma flanela limpa.

- Maeve conseguiu nos tirar do perigo mais rápido que eu imaginava. – Draco sorriu cutucando a morena.

- Sou perita nisso.

- E é perita em procurar confusões pelo visto. Achei que o combinado era que você ficasse aqui dentro para evitar que fosse atacada por alguém. – Sirius sentou-se bufando.

- Sim, era esse o combinado. – Ela tentou se manter calma e controlada. – Mas precauções devem ser tomadas, e eu estou bem, cansada apenas.

Ela retirou as tiras de tecido que enrolavam a bainha, revelando símbolos e runas escavadas no aço, onde algumas pedras de esmeralda brilhavam. O punho da espada se revelou longo e bem desenhado para as mãos daquela que o manejava. Um dragão e uma serpente dividiam o espaço enquanto contornavam o punho sinuosamente com seus olhos de esmeralda. O mínimo toque das mãos dela fez as pedras dos olhos de ambas brilharem em sincronia, como se a espada estivesse viva. Ela retirou a espada de dentro da bainha que retiniu fazendo o barulho metálico típico. Grande demais para quem não sabia usá-la pois parecia pesada e o era. Entretanto Maeve conhecia bem como manejá-la. Limpou com cuidado a lâmina longa de dois gumes, agradecendo internamente ao Reverendo por ter cuidado e afiado tão bem em todos aqueles anos.

- Uma espada? – Lupin perguntou curioso.

- Sim. – Respondeu virando-a enquanto examinava melhor o seu estado.

- É muito linda, não é Gina? – Luna retrucou para a ruiva que estava olhando curiosa para as mãos de Maeve.

- Sim, muito. Gostei dessa cobra ai, parece a Maddie. Mas para o que ela serve? – Fez cara de desconfiada.

- Além de cortar cabeças? – Draco brincou.

- Bom, além de cortar pessoas. – Maeve sorriu sádica. – Digamos que é um trunfo contra os portadores do nosso sangue, ou os que entraram em contato com ele. Por enquanto vocês só precisam saber disso. Quando a hora chegar, e se chegar vão saber de fato para que serve, e eu espero que se não for eu que use, vocês saibam pelo menos manejá-la. – Sua voz estava soturna, como se prevendo algo.

- Posso tentar? – Draco parecia eufórico com a ideia.

- Claro. Venha.

Draco levantou-se e Maeve segurou a espada como estava fazendo, com as duas mãos.

- Coloque a mão sobre o punho, e se concentre. Sinta como se ela fizesse parte de você, como um membro estendido do seu corpo.

Draco fechou os olhos e segurando o punho mentalizou seu braço fundindo-se a lâmina. Demorou um pouco até que ele abrisse os olhos e segurasse a espada ainda concentrado. A espada parecia ter ficado mais leve. Moveu desajeitado a lâmina, mas por um momento de descuido por estar conseguindo mexer quase a acertou na morena pois ficou pesada novamente.

- Desculpa. – Ele assustou-se.

- Nada mal. O segredo de empunhar ela é sentir como se ela fizesse parte do seu próprio corpo, isso a faz se conectar com sua própria magia a deixando menos pesada. E como você pode ver, o punho se expande ou encolhe de acordo com as mãos de quem a maneja.

- Não sabia que usava esse tipo de arma. – Sirius retrucou desconfiado.

- É um direcionador de magia. Ajuda a conter o excesso. – Ela redarguiu indiferente.

- Seu avô me contou sobre ela há muito tempo. Mas não imaginava que fosse pertencer a você. – Guinevere sorriu.

- Ele acreditava piamente no fim da família original. E cá estamos.

- Você não vai morrer Maeve, você sabe que não. – Luna pareceu preocupada enquanto Gina pulou em cima de Maeve a abraçando.

- Nós não vamos deixar, você sabe disso, temos muitas coisas para conversar ainda e aprontar. – A ruiva piscou divertida.

- E se o Snape souber que não demos o nosso melhor ele vai fazer picadinho de todos nós. – A loira riu.

- Ele não pode fazer isso. – Sirius retrucou desdenhoso.

- E por que não? – Maeve perguntou com uma leve sombra de irritação na voz.

- Ignore ele, Maeve. – Lupin pediu vendo a irritação dela aparecer. – Está enciumado. – Sorriu.

- Ele pode ser ter se tornado um herói depois de tudo o que houve com Voldemort e a segunda guerra bruxa, mas continua sendo alguém que não deveria receber tanta confiança. Ele pode ser o que quiser, mas não é páreo em poder e nunca será.

A espada moveu-se da mão de Draco, a lâmina ergueu-se e ficou apontada para o maroto, reluzindo agora como se tivesse luz própria. Os olhos de Maeve ao contrário haviam ficado escuros como sempre acontecia quando entrava em fúria.

- Sirius. Você pode ser o que você quiser também, mas a minha confiança plena está depositada nele. Ele vai continuar sendo o herói proclamado ou o vilão como vocês ainda o consideram, mas em questão de poder seria interessante tomar cuidado, não é por que vocês o subestimam que sabem de fato do que ele é capaz. – Sua voz havia decaído algumas notas de entonação, pareceu mais um rosnar do que o seu tom melodioso habitual.

- Eu protegeria melhor você, poderia ser o que você quisesse! E eu não vou desistir até provar isso, não me importa se ele lhe cegou.

- Vá em frente! Faça o seu papel se é isso que quer! – Maeve começou a perder as estribeiras. – Não acha que é o melhor partido, continue!

Seu tom havia sido alto o suficiente para fazer quem quer que seja sentir na pele a irritação. Era uma das poucas vezes que começava a perder o controle, e sabia que se continuasse ali alguém morreria novamente. Ela saiu pisando duro subindo as escadas, enquanto a espada e a bainha haviam se soltado da mão de Draco encaixando-se sozinhas. Elas voltaram para a suas mãos que depois assegurou-se que ficasse bem guardada com Guinevere.

Maeve deitou-se, sentindo a irritação e a marca queimar mais do que antes. Maddie estava ali perto dos travesseiros e escorregou rapidamente para o pescoço da dona ficando com a cabeça apoiada na bochecha quente. Mais tarde Gina e Luna foram conversar com ela, e amenizar aquela tensão. Draco foi atrás e os quatro acabaram dormindo juntos sem perceber depois de planejarem várias saídas e movimentos de guerra para quando fosse necessário. Maddie ficou atenta durante todo o sono dos quatro, seus olhinhos escuros fitavam o vazio da porta, como se esperando alguém para atacar. 


Notas Finais


Sirius cê foi mal ein? Cuidado com a Maddie, tá doidinha pra envenenar alguém.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...