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História Black And Green - Pesadelos e Trevas


Escrita por: LadyFear

Notas do Autor


Mais um capítulo tenso para vocês ashauhsauhsuahsuahsau
Maeve fia, sinto muito ó, né por nada não mas o negócio tá ficando foda pro seu lado :c

Capítulo 54 - Pesadelos e Trevas


- A sala de Dumbledore estava cheia como de costume. A chuva caia lá fora em profusão, e os raios e trovões mantinha a escola em seu todo em constante alerta. Minerva estava tomando chá com o trio de ouro enquanto esperavam Dumbledore chegar com notícias apuradas do que vinha acontecendo.

Snape estava em pé parado em frente a uma das janelas. O lado da sala em que ele estava ficou mais escuro como antes. A falta da presença da morena havia feito o quase bom humor dele voltar a ser péssimo, e a expressão fechada e irritada estava se tornando fixa. O dia inteiro havia se recusado a comer qualquer coisa, e a cada movimento por mínimo que fosse os alunos temiam que ele acabasse jogando alguma maldição neles. No fundo aquela sensação estranha lhe atormentava.

- Severo, deixe de teimosia e sente-se. Não vai conseguir nada desse jeito. – Minerva falou compreensiva. Sempre houveram períodos como aqueles para que ele fizesse valer o título de professor temido, mas daquele modo ainda era novidade até para ela.

 - Onde está Dumbledore, Minerva? – Ele controlou a rispidez.

 - Está conversando com os outros professores sobre uma maneira eficaz de criar uma defesa melhor.

 - Exatamente, Severo. – Dumbledore respondeu em alto e bom som enquanto subia as escadarias. – Já temos tudo preparado. E vamos logo aos assuntos pertinentes aqui.

  - Soube dos boatos que a senhorita Storm, acabou espalhando. Isso é ruim, não é? – Harry adiantou-se.

 - Sim. E infelizmente o que nós podemos fazer no momento é nos mantermos neutros diante dessas colocações. O Ministério novamente está trabalhando contra nós.

 - Como assim, Dumbledore? – Minerva perguntou confusa.

- Recebi há alguns minutos atrás uma coruja da casa de Guinevere.

 - Aconteceu alguma coisa? – Hermione indagou poupando Severo da pergunta.

 - Draco, Luna e Maeve foram recuperar um certo artefato muito preciso para a nossa situação. Comensais e Aurores os perseguiram, mas como sempre esperei, Maeve é bem treinada para fugir. Não aconteceu nada demais além do susto.

 - E onde estava aqueles patetas? – Severo retrucou tentando manter a ira contida.

 - Os três saíram sem aviso prévio. O importante é que estão bem. – Dumbledore o tranquilizou.

 - Quer dizer então que Cassandra está conseguindo mudar todas as posições do Ministério contra nós? – Minerva pousou a xícara no colo.

 - Infelizmente. Novamente estamos lutando contra os tentáculos do Ministério. Entretanto se isto pode ser visto como uma boa noticia, Lucius irá atacar muito em breve. Seremos os últimos a sermos atacados.

 - Quer dizer que o grupo que foi para Harlow serão atacados primeiro? – Harry franziu a testa. – Mas se for assim vão mandar mais comensais para lá, estão em perigo!

 - Não, Harry. Ainda não encontraram uma forma exata de encontrar onde eles estão. E o ataque em si será simultâneo ainda, porém decidiram fazer um atraso para barganhas.

 - Isso não é bem uma boa notícia. – Rony ficou pensativo. – Estão contando que vão apanhar os outros?

 - Sim.

  - Mas e se isso acontecer? – Hermione retrucou assustada.

 - Teremos de ter paciência quanto a isso. Qualquer mudança aqui dentro será percebida, e repassada a Cassandra. Tenho uma leve sensação de que algo bem pior aconteceu nesse meio tempo.

 - O que quer dizer com isso, Dumbledore? – Snape perguntou caminhando para mais perto do velho como um morcego.

 - Eu não sei, Severo. Mas espero que possamos descobrir.

 

✥✥✥

 “- Eu sentia aquela escuridão me engolindo, meu tórax parecia estar sendo empurrado com uma pressão fora do comum para baixo. Minha cabeça ardia terrivelmente, como se um simples pensamento forçasse demais para os meus neurônios a ponto de machucar. Meu corpo parecia ter sido partido ao meio, não conseguia identificar de onde vinha aquela escuridão ou o que quer que eu estivesse fazendo nela.

- Por que não tenta se encontrar nessa própria escuridão, senhorita Lesley?

 Aquela voz era sibilante, anasalada.

 - Por que eu faria isso? – Minha voz saiu lenta demais.

 - Nós viemos dessa escuridão, deste lugar tão escuro e sem vida. Nossa essência paira sobre este mundo que deseja ser domado, mas que tão poucos conseguem ter esse privilégio. Seus talentos seriam mais apreciáveis deste lado.

 Havia sedução naquele tom de voz, uma sedução vinda pela oferta de poder. As palavras entravam em minha mente e doíam, mas não tanto quanto antes.

 - O que eu ganharia com isso?

 - Dominaríamos o mundo. Poderíamos oferecer um mundo melhor aos que fossem dignos e merecedores.

  - Um mundo melhor... – Murmurei lenta.

  Aquilo era o que eu queria, o que todos queriam. Um desejo de um mundo bruxo melhor.

 - Eu sei o quanto sua vida foi difícil até agora. – A voz adiantou-se. – Sempre tentando escapar, fugir. Vivendo no limite que nunca lhe foi necessário, teria tido muitas chances para se tornar alguém poderosa, se não fosse tão incentivada a teimosia, a renegar o lugar de onde suas origens remontam.

   - Como sabe disso?

   - Eu sei de tudo, tenho olhos, ouvidos e bocas em todos os lugares. Minha mente é sempre bem informada.

  O silêncio havia voltado, e aquela pressão sobre mim diminuía, entretanto, minha mente continuava lenta, como se eu tivesse sido dopada.

   - Venha. Podemos mudar isso. Junte-se a mim, não fuja mais, terá um lugar especial ao meu lado. Um lugar especial na minha eternidade.

   Aquela risada sinistra fez voltar a pressão e a dor e ardência em minha mente. Imagens rapidamente se passaram em minha cabeça, frenéticas, mortes, dor, e o que me faria gritar se eu pudesse.

  A imagem de Inima, sendo arrastada, torturada, e tendo a língua retirada de onde o sangue era colhido era demasiadamente doloroso para mim, me dava náuseas, enjoo, ódio, tristeza. Eu parecia estar levando choques, tendo meu corpo eletrocutado, tudo se misturava, fazendo minha cabeça querer explodir.

 Naquele momento a verdade se revelava da pior forma possível para mim.

 O pior já havia acontecido. Não eram visões.

  Era uma parte temporal do passado sendo mostrada.

  - Bem-vinda a realidade.

  A risada ecoou em minha mente reverberando em meu ser me fazendo sair daquele estado de torpor maldito. ”

        ✥✥✥

       

    - Maeve saiu da cama tonta. Os três dormiam a sono alto e Maddie tinha se enroscado no braço de Draco ficando entre ele e Luna. Sua cabeça dava voltas e voltas, e novamente parecia que ia dar um troço, mas tentou se manter calma enquanto passava pelo corredor e descia as escadas. A luz da cozinha estava acessa, iluminando um Lupin insone e preocupado.

   - Maeve? Você está bem? – Ele se levantou.

   - Não sei... – Ela piscou várias vezes tentando se acostumar a luz.

    - Sente-se.

   Ela sentou-se ao lado dele, percebendo que ele tinha tomado a poção Mata-Cão antecipada. No outro dia começaria o ciclo de transformações.

    - O que houve? – Perguntou preocupado.

    Maeve respirou fundo, a risada maligna e anasalada ainda ecoava em sua mente.

    - Eu tive... uma revelação temporal. – Respirou fundo tentando não lembrar tanto das cenas envolvendo sua tia. – Tenho a leve impressão de que Voldemort agora vive.

      Ele pareceu atônito.

      - Como assim?

      - Além de mim, Inima também era uma portadora... – Respirou fundo se sentindo mal. – A única diferença dela para Pecky é que a geração de Pecky foi pulada apesar dela também ter a marca.... Não é de fato necessário um ritual para ressuscitar pessoas.... Apenas o sangue de uma portadora já é suficiente.... A troca feita para se obter eternidade é que é necessário o ritual com os instrumentos... – Seu peito parecia querer se fechar, o ar parecia pouco ao perceber o que de fato havia acontecido.

       - Calma. – Ele segurou as mãos dela sobre a mesa. – No que isso iria resultar?

      - Que Voldemort agora está vivo... e três vezes mais forte.... Aquele... que é ressuscitado com o nosso sangue ganha os mesmos poderes... E agora ele me quer para completar o que começou.

       Seus olhos ardiam e piscavam várias vezes agora para não chorar.

      - Poderia me mostrar o que viu? Se for possível? – Pediu.

     Maeve apenas virou o braço ainda olhando para a mesa e encaixou a mão no rosto dele. As cenas correram diretamente para a cabeça do lobo, que o fez arfar durante todo o tempo que durou aquela visão temporal. A morena estava em um caos interno gigantesco, e não percebeu quando era hora de tirar a mão do rosto dele. Assustou-se quando sentiu os lábios dele beijarem a palma da sua mão.

       - Vai dar tudo certo. – Ele sorriu. – Voldemort perdeu na primeira, na segunda, e vai perder agora na terceira.

      - Ele está mais forte do que nunca, Remus. – Ela tirou a mão de perto dele e se levantou. – Preciso avisar a Dumbledore sobre isso.

       - Está tarde. Já é quase duas da manhã.

      - Eu preciso avisar ele. – Maeve subiu as presas atrás de um pergaminho, tinteiro e pena. Voltou rapidamente e da mesma forma escreveu com sua letra floreada, tentando manter a letra legível.

     Lupin apenas observava a mão trabalhar, o movimento dos olhos indo de lá para cá, a expressão assustada e preocupada. A morena escrevia tudo concentrada não em apenas contar o que viu por escrito, mas para que quando Dumbledore abrisse a carta suas memórias do que havia visto fossem mostradas a ele por completo, mesmo que aquilo ainda lhe doesse para relembrar.

     Ao terminar ela foi até o poleiro perto do armário onde a coruja de Dana estava. Amarrou o pergaminho e levando-a para fora a soltou para que levasse a mensagem para eles. Desabou nos degraus sentando-se. Estava se sentindo cansada e esgotada. No fundo ela sabia que talvez fosse impossível derrotar Voldemort se de fato ele já estivesse novamente entre os vivos. Seria apenas questão de tempo até que ela realmente fosse morta.

       Sua consciência brigava entre aceitar a realidade ou rechaça-la como se aquilo não pudesse estar acontecendo. Seu coração doía ao pensar que estavam todos lutando para mantê-la viva, mas também sabia que se entregasse a vida seria uma covarde e estaria condenando todo o mundo bruxo a uma era de trevas sem fim definido. A única opção era lutar.

     - Todos nós estamos juntos para fazer com que todo esse pesadelo novamente acabe. – Lupin retrucou da porta. – Você não precisa aguentar todo esse fardo nas costas.

       - Se eu pudesse eu faria isso. – Ela murmurou abraçando as pernas e apoiando a testa nos joelhos.

       - Mas não pode. – Ele sentou-se ao lado dela e acariciou de leve a sua cabeça.

       - Isso vai virar uma catástrofe. – Levantou a cabeça. – Uma tragédia.

       - Não, não vai. Podemos criar estratégias, bolar planos. Você sabe como revidar o poder que ele ganhou agora, e sabe como fazer todos nós aprendermos. – Suas mãos se encaixaram no rosto dela. – Nós podemos derrota-lo, você não foi pega, ele não se tornou imortal. O que nos resta agora é nos preparar. É doloroso e eu não queria estar na sua pele agora, mas, você é forte. Vai conseguir superar isso.

        - Você é péssimo nisso sabia? – Maeve sorriu de canto, mas não havia felicidade ali, era desgosto.

        - Eu sei. Mas acredite vai dar tudo certo. – Piscou.

         Ele soltou o rosto dela e levantou-se.

        - Tente descansar, vai precisar. – Ele sorriu meio tristonho e foi para dentro.

       Entretanto, não foi o que ela fez. A madrugada passou e logo o céu foi clareando, denunciando que o sol logo sairia. Sua mente tentava acreditar que tudo daria certo, e que poderiam vencer o Lord das Trevas. Mas lá no fundo, quando finalmente levantou-se dos degraus para encarar o novo dia, só queria ouvir perto dela a voz de Snape.

        “Acho que já posso reservar minha vaga em um sanatório. E no cemitério se for possível. Nada de lápides normais.” 


Notas Finais


EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEh a porra ficou séria mermão xD


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