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História Black Bird (reescrevendo) - CAPÍTULO SETE


Escrita por: GabyBahiense

Notas do Autor


Bem, sorry pela demora! Mas aqui está o sétimo capítulo!

Obs: eu dei uma mudada bem de leve no capítulo 6°.

Capítulo 9 - CAPÍTULO SETE


CAPÍTULO SETE:

Um sonho. Graças a Deus, um sonho.
- Você está bem? - falou Carter me olhando do banco do motorista - Você ficou gemendo enquanto dormia... Pesadelos?
- Sim... O pior que eu já tive. - respondi evitando olhar para ele -
- Entendo... - falou ele desviando o olhar para a estrada - Eles nunca vão embora, Beck, mas um dia a gente se acostuma...
Acenei com a cabeça e voltei meu olhar para a estrada, estávamos em uma pista longa e sem muitos carros.
Carros! Eu nunca tinha visto tantos carros juntos na minha vida, cada um deles trazendo duas ou mais pessoas, cada um trazendo duas ou mais historias, cada um levando duas ou mais vidas!
- Eles não nos vêem, certo? - perguntei a Carter -
- Não, não, não se preocupe, o vidro do meu carro e fumê, quem está do lado de fora não nos vê, só nós os vemos.. - respondeu ele sorrindo para mim -
- Nossa - falei acariciando o vidro levemente escuro - O que mais vão inventar, não é?
- Como... - começou Carter meio sem jeito - Como era sua vida na igreja?
- Bem eu nunca saia e meu único meio contato com o exterior era através de livros que Lucio trazia... - parei de falar quando me dei conta do que estava acontecendo, do que tinha acontecido -
- Trazia...? - perguntou-me Carter, após alguns instantes ele me laçou um olhar solidário - Desculpa... Eu... Desculpa, não devia ter tocado no assunto.
- Tudo bem. - falei, mesmo não estando nada bem. - Não foi sua culpa, ninguém tem culpa de nada.
Isso era mentira, porque alguém era culpado por isso sim, e esse alguém era eu. Se não fosse por mim minha família estaria viva...
- Que tal uma música? - disse Carter, me desviando dos meus pensamentos - Gosta de música? Nossa, que pergunta, todo mundo gosta de música!
Ele ligou o pequeno rádio que ficava perto do volante e começou a mexer nos botões. Um chiado alto tomou conta do carro, em seguida Carter diminui o volume me lançando um sorriso amarelo, após alguns instantes uma melodia apareceu em meio aos chiados.
- Gostou? - perguntou-me ele.
- É... - comecei, tentando distinguir que tipo de música seria aquela, até agora eu só ouvira hinos e músicas clássicas tocadas ao órgão aos domingos pela manhã. Mesmo não havendo cultos e missas na igreja as freiras faziam questão de tocar louvores todos os domingos, e as vezes até em dia de semana sempre pelas manhãs, uma vez flagrei Lúcio tocando ao órgão e até murmurando uma canção. Mais tarde fui saber que não era nenhum louvor, mas sim uma música dos "Beatles", um antigo grupo de rock.
- É...? - disse Carter, esperando uma resposta minha.
- É... Bonito. - o que de falto era, uma mulher que cantava e a melodia era calma, e meio hipinótica...
- Ela não é muito conhecida, o que é uma pena, pois suas músicas são simplesmente lindas, seu nome é  Emiliana Torrini, tem uma outra chamada Emily Browning que também é fantástica!
- Deve ser mesmo - falei sorrindo.
- É Indie, muitas pessoas não gostam muito...
Carter continuou a falar sobre música "indie" e sobre várias bandas que eu nunca ouvido falar.
Não sei quanto tempo se passou, mas em algum momento no meio da conversa eu peguei no sono, e quando voltei a acordar o carro estava parado e não havia mais luz do sol, tive medo de ser o começo de outro pesadelo, então voltei a fechar os olhos e me Encolhi no banco.
- Rebeca? - chamou Carter - chegamos, pode saie, está seguro.
"Seguro" aquela palavra me fazia querer rir e chorar agora.
Carter me deu a mão e eu pude sair do carro, meus pés encostaram no asfalto, que agora estava morno , no ar pairava uma fumaça, que eu não sabia se era fruto da minha imaginação ou se estava ali de fato, tudo estava muito escuro.
- Alfred! - chamou Carter - Alfred! Venha!
- Alfred? Quem é Alfred?! - berrei larganso sua mão com força - Quem é ele? Você disse que aqui era seguro?
- Calma! Ele é um amigo! Ele vai nos levar a minja casa, está tudo bem...
Minhas asas coçaram, como um reflexo intuitivo "voe daqui, longe você estará segura" mas eu não sabia se era minha intuição ou era o pânico que estava falando.
- Tudo bem... - falei cruzando meus braços e me afastando dele.
Observando ao redor percebi que o lugar realmente parecia uma pista de pouso, pelos menos se parecia com as que eu via em quadrinhos.
- Que bom! Pensei que o senhor tivesse me dado o cano! - exclamou Carter.
Ele começou a conversar com uma figura baixa e corcunda (que deduzi ser o tal Alfred).
- Beck? Aproxime-se, por favor! - chamou Carter.
Caminhei em direção a eles meio receosa, não sabia como o tal Alfred reagiria a mim e nem como eu reagiria a ele... Meu coração batia com tanta força que meu peito doía, e senti uma gota gelada de suor escorrer pelas minhas costas.
Oh Deus.
- Alfred, essa é Rebeca... Rebeca, este é Alfred. Ele cuidou de mim quando ninguém mais se propôs a isso, pode confiar sua vida a ele.
O homem (que agora de perto aparentava uns 60 anos) estendeu a mão a mim, eu a apertei com receio. Suas mãos eram ásperas e calejadas, com certeza ele era um trabalhador.
- É um prazer, jovem moça... Será um prazer ajuda-la no que precisar. - sua voz era meio rouca, estava entre a sedosa e a áspera, era gostosa de ouvir.
- Obrigada - falei mais como um sussurro.
- Agora - começou Carter, com certa esperança na voz - Vamos ao avião.
                                           †††
Meu corpo estava extraordinariamente pesado, e minha cabeça doía muito. Meus olhos permaneciam fechados, eu não queria me ver presa em uma caixa de metal e metros e mais metros do chão. Minhas asas estavam meio que presas nos assentos, eu conseguia move-las bem levemente. Aonde Carter morava para precisarmos ir de avião até lá?
- Carter... - sussurrei.
Ele estava na cabine com Alfred desde que entramos. Alfred não ficou tão surpreso com minha aparência como eu pensei que ficaria, ele cuidou de Carter por muito tempo (a vida toda dele) já deveria ser acostumado com aquilo.
- Beck? - chamou-me Carter.
- Sim? - respondi abrindo somente um dos meus olhos.
- Já estamos chegando, prepare-se para o pouso, sim?
- Sim, sim - respondi enquanto ele já voltava a cabine.
Aquilo estava me deixando nervosa, eu precisava esticar as pernas, e asas, logo! Eu estava formigando da cabeça aos pés! Eu precisava sair!

†††


Notas Finais


Bem, este foi o 7° capítulo! Sinceramente eu não gostei muito, estou um pouco "Coisada" com minhas atuais histórias, estou meio enjoada de ler/escrever de clichês e para mim "Black Bird" esta muito clichê... Vou dar uma mudada no rumo original da história e espero que gostem. Obg por acompanha-la até aqui❤


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