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História Black Bird (reescrevendo) - CAPÍTULO SEIS


Escrita por: GabyBahiense

Notas do Autor


Olá! Obrigada a você, que esta acompanhando Balck Bird! Espero que esteja gostando! Esse capítulo esta curtinho, mas está bom (minha opinião, espero a sua!) espero que gostem!

Capítulo 7 - CAPÍTULO SEIS



A chuva cai.
Estou dentro do carro de Carter no banco traseiro com a cabeça apoiada na janela, as gotas correm por ela como se apostassem corriga.
- Nada. - diz Carter entrando no carro - Sinto muito..
Eu o olho, seus olhos estão vermelhos, será que ele chorou? Eu o invejo por isso, pois não consigo mais chorar, não consigo por minha dor para fora, ela esta aqui, presa no meio peito, me sufocando.
- Esta confortável? - pergunta-me ele -
- Uhum - murmuro -
O carro e bem espaçoso, mas não o suficiente para mim. Estou ligeiramente deitada no banco e com as asas recolhidas, só elas que estão apertadinhas.
Ele se senta no banco do motorista, põe o sinto e dá a partida.
- Nós vamos voltar, eu prometo. - diz ele a mim -
Eu não consigo encara-lo, minhas mãos começam a tremer. Meu Deus, se eu conseguísse chorar...
Não sei quanto tempo se passa, mas foi tempo suficiente para minhas asas e pernas ficarem dormentes. Ele tirou seu chapéu e eu pude ver seus chifrinhos. E corei.
                                            †††
Acordei com o balançar do carro, minha cabeça estava batendo inúmeras vezes na janela, o que foi um pouquinho doloroso.
- Hey! - falei automaticamente - O que está acontecendo?
Já estava escuro e o carro sacudia muito, percebi que Carter praticamente dançava no banco do motorista, o que era muito engraçado.
- A estrada é difícil! - disse ele em meio a risos - Desculpe por ter te acordado.
- A quanto tempo estamos na estrada? - falei olhando para a janela, e percebi que a estrada era terrosa  e cheia de buracos -
Pelo tempo que passei observando a janela deduzi que nossa igreja ficava em uma cidadezinha no interior.
- A mais ou menos 4 horas...
- Carter... - comecei, pensando nas palavras que eu diria a ele - Eu não quis ser grossa com você... Eu...
-... Tudo bem, eu entendo, Beck...
- Beck... - falei sorrindo - Nunca tive um apelido, sabe. - disse tentando me ajeitar no banco -
Carter sorriu.
- Pra onde vamos? - perguntei -
- Bem... - começou ele aparentemente um pouco constrangido - Não se preocupe, Beck, eu vou cuidar de você, de nós. Vai dar tudo certo.
Após um minuto eu percebi o que ele estava dizendo, e não gostei da ideia.
- Você está me levando para a sua casa não é? Vou ter que morar com você...
- Você diz isso como se fosse algo ruim... - falou Carter um pouco triste -
Eu evitei olha-lo, por isso encarei a janela, e observei a estrada se passando.
Não sei como eu não tinha percebido o que estava acontecendo antes, eu teria que morar com Carter! Eu não sabia muito bem o que esperar disso, eu gostava de Carter, mas não "desse jeito!" Bem, só porque eu iria morar com ele não significava que eu teria que.. Bem, não significava que seria "daquele jeito". Eu estava sozinha, não tinha mais ninguém para contar, só Carter, ele era como eu, buscava o mesmo que eu, não faria mal a mim, faria? O Padre Antônio confiava nele, então eu poderia confiar nele também, eu não tinha escolha.
- Quanto... - comecei, meio constrangida - Quanto tempo vai demorar...?
- Bem, eu moro muito, muito longe... Não daria para irmos lá só de carro, vamos para o aeroporto, mas não se preocupe, vamos de avião particular.
- Nossa... - falei com deboche - Avião particular, que chic...
Carter rio dessa brincadeirinha. O que foi bom.
Eu estava usando o humor para disfarçar meu nervosismo, eu não seria boba de rejeitar isso, afinal, eu realmente não tinha escolha! Mas como seria morar com ele? Meu Deus, eu iria morar com Carter, um rapaz que eu acabara de conhecer! Fique calma, Rebeca! Carter não é só "um rapaz que você acabou de conhecer" ele é igual a você, juntos nós podemos descobrir o que somos e de onde vinhemos, isso não é incrível?! E além do mais, não é "morar com ele desse jeito" e você, digo, eu.. Sei muito bem me defender.
Vai dar tudo certo, Rebeca, vai dar tudo certo.
                                          †††
Estava tudo quieto, o carro tinha parado de se mexer e meus olhos ainda estavam fechados, será que já tínhamos chegado?
- Carter? - falei abrindo meus olhos - Carter? - ele não estava lá, eu estava sozinha no carro -
Abri a porta e sai, com um pouco de dificuldades, o carro estava estacionado em um lugar ao ar livre, com árvores secas e o clima estava meio pesado, como se uma nuvem quente estivesse pairando sobre todo o lugar.
- Carter? - chamei novamente, só que mais alto dessa vez - Aonde você está? Se estiver brincando, saiba que isso não tem a menor graça!
Comecei a ficar assustada, recolhi as asas por reflexo.
- Carter! - chamei novamente - Carter, apareça!
De repente tudo ficou escuro e fui jogada para frente, uma sacola! Colocaram uma sacola na minha cabeça! Tentei voar, porém não consegui, minhas asas estavam pesadas e eu não conseguia me mover rápido o bastante! Mãos me pegaram e me jogaram brutalmente dentro de algum lugar, o lugar era gelado e duro, deduzi que era um caminhão, logo em seguida o lugar começou a se mover. Um desespero horrível crescia dentro de mim, comecei a chorar e a tremer, o que estava acontecendo?! Aquela dor no peito e na cabeça voltaram, tudo o que eu sentia veio de uma vez, o peso da morte da minha familia, o medo de morrer naquele instante, tudo isso me esmagava!
De repente o carro parou, e fui tirada de onde eu estava por diversas mãos e atirada no chão, um chão igualmente frio e duro, tiraram o saco que cobria meu rosto, eu não conseguia enxergar! Tinham várias luzes brancas e fortes direcionadas a mim, aos poucos minha visão se ajustou, e percebi aonde eu estava...
Em uma gaiola, exposta para uma plateia de pessoas. Me Encolhi no canto da gaiola, abraçando meus joelhos e projetando minhas asas para frente para me guardar, eu estava tão assustada!
Guardas, ou seja lá o que fossem, me cutucaram com varas grandes e pontiagudas, me ferindo! E me obrigando a levantar e me a expor a multidão!
Eles apontavam, riam e jogavam coisas em direção a mim! Reconheci alguns rostos na multidão...
Carter, Rose, Cláudia, Irmã Mariana, Ana, Lúcio...
Não, não pode ser, eles sabia disso e armaram para mim?! Me dobrei para frente abraçando os joelhos e comecei a chorar (Meu Deus! Sou tão patética!) eu tremia da cabeça aos pés! Estava tão assustada, sentia tanta raiva! Senti uma pressão e fui jogada para frente, quando olhei para o chão ele estava coberto de sangue, olhei ao redor e percebi que o sangue era meu! Ele vinha de mim, que vinha das minhas costas... Não, não, não, não! Eu não via mais minhas asas! No lugar delas existiam dois grandes buracos de onde emanava uma quantidade absurda de sangue! Imediatamente meu corpo se contraiu e senti todos os meus ossos se quebrarem e arderem! A morte não deveria ser calma? Mais rápida do que adormecer? Então porque estou sofrendo tanto?
                                †††


Notas Finais


Espero que tenha gostado! E por favor não se assuste! Tudo será explicado no próximo capítulo! Hahaha
Ate a próxima!❤


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