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História Black Eyes - Hoseok


Escrita por: LollyYoonMina

Notas do Autor


Primeiramente queria agradecer aos 56 favoritos <3
Obg mesmo <3

Não tem muito o que falar, por favor não odeiem o Hoseok, ele não tem culpa de eu ser uma lunática
UHSAHUHSAHUAS

Capítulo 6 - Hoseok


Fanfic / Fanfiction Black Eyes - Hoseok

Tomei meu banho relaxadamente, adorava o som da água batendo no chão quando se encontrava com o mesmo, fechava os olhos e imaginava a queda de uma cachoeira, não sei dizer por que, mas eu sempre gostei do som que elas fazem mesmo que nunca tivesse ido a uma antes. Por fim resolvi desligar e sai do banho, já estava ali a muito tempo, no quarto não me preocupei com procurar algo para vestir e simplesmente coloquei uma  calça de moleton e uma regata e um par de pantufas em forma de coelhinho, tinha decidido nem secar os cabelos, assim seria mais rápido e também não queria irritar ainda mais o Channie com a demora, ele me parecia bem irritado por causa de uma bobagem como um selinho, alias quantos anos ele achava que eu tinha afinal, eu não era mais uma criança, ele tinha que parar com essa mania de mandar em mim.  Depois de escovar meu cabelo e me perfumar sai do meu quarto e caminhei até o seu que ficava no final do corredor, cerca de uns quinze passos do meu, notei pelo clarão que escapava pelo vão da porta que a luz estava acesa, o que indicava que não íamos dormir de fato,e que ele me aguardava para uma conversa. Parei em frente a porta já suspirando, eu me sentia estranhamente nervoso, também não era para menos, ele iria falar sobre Taemin e muitas outras coisas que me deixavam desconfortável e sem graça, não gostava da sensação e da ansiedade que tais assuntos me causavam.  Cheguei a colocar a mão na maçaneta para adentrar o local, mas lembrei que da ultima vez que fiz isso sem bater, Channie me deu uma bronca, por isso retirei a mesma da maçaneta e dei duas batidas de leve na porta e fiquei esperando sua autorização para entrar em seu quarto. Para as pessoas comuns,quartos eram apenas quartos e nada significavam, no entanto quando se tratava de algumas espécies e isso incluía a nossa, você esta entrando em um território dominado por um alfa, tudo nele tinha o cheiro aroma e a sua identidade e você precisa aprender a respeitar isso.

 

- Pode entrar Jimin. – E assim como me foi autorizado abri a porta e após um brava sussurrar pedindo licença eu entrei no quarto. Channie estava de pé em frente a sua janela que só então reparei não ter grade de proteção como tinha na minha e nas outras janelas da casa, já fazia muito tempo desde a ultima vez que eu tinha entrado ali.  – Vejo que seus modos melhoraram, muito bem.

 

- Depois da bronca que eu levei acho que não vou entrar sem bater nem na  casinha de um cachorro. – Fiz graça com a situação, mas a verdade é que não gostei da maneira grosseira com que ele me repreendeu no dia.

 

- Um dia esses pequenos atos vão fazer uma diferença imensa na sua vida, acredite quando eu digo que tudo que eu lhe exijo é para seu bem, para que não sofra no futuro.

 

- Não é como se eu achasse que fizesse isso por maldade, então não tens que se preocupar com essas coisas. – andei até ele pegando na sua mão que foi oferecida. Por sua mão meu corpo foi conduzido até a beirada da janela onde a lua cheia brilhante era facilmente avistada, ela estava perfeita, como nunca tinha visto antes. – Uau...que linda, nunca tinha visto a lua tão grande e tão brilhante.

 

- Ela fica assim duas vezes por ano, ou seja, de seis em seis meses e ela permanece assim por sete dias, sabe como é chamada por nos?

 

- não, como?  

 

- Lua do caçador, marca o período do inicio do acasalamento dos Licantropos. Sabe é extremamente perigoso enfrentar uma criatura dessas nesse período, seus sentidos que já são ótimos ficam muito mais sensíveis e mais aguçados, os tornando quase invencíveis, é nesse período em que eles costumam achar seus companheiros da vida, toda criatura tem seu companheiro ou companheira, e claro que isso nos inclui, mas hoje em dia devido a muitos problemas como a nossa quase extinção, não há relatos de Ghouls encontrando sua outra metade.

 

- Mas há uma chance ainda que pequena, acho que não é porque algo difícil que devemos tratar como impossível, Se existe uma chance então devemos nos agarrar a essa chama de esperança.

 

-Talvez, mas você deve levar em consideração que a população de Ghouls é formada por cerca de noventa por cento de machos, e apenas dez por cento de fêmeas, logo é impossível que todas as criaturas encontrem seus companheiros.

 

- Irmão você está subestimando o poder do destino, talvez você esteja certo e nem todos podem ter seu companheiro, mas assim como você mesmo disse cerca de dez por cento tem essa grande chance e não temos como saber se estamos ou não inclusos nessa lista, então é nosso dever trabalhar e fazer nosso melhor, pois se esse for o nosso destino, então devemos estar preparados para recebe-la e lhe proporcionar a maior das felicidades. Isso ate me lembrou algo!

 

- O que?

 

- Um livro que eu li na biblioteca na escola, ele falava que existia no mundo dois tipos de pessoas, as que não tinhas asas e as que tinham um par de Asas, na historia as duas pessoas sofriam muito,eram diferentes dores e no entanto muito parecidas, uma sofria de um vazio imenso e a outra sofria de um peso imenso. Então quando as pessoas certas se encontravam, aquela que possuía o par  presenteava a pessoa vazia  com uma de suas asas a livrando do Vazio e automaticamente também se livrava do peso, uma completou a outra e então elas passavam a voar juntas.

 

- é um conto muito bonito.

 

- É sim, e sabe Channie olhando pra essa Lua agora, eu tive uma certeza.

 

- Qual?

 

-  Que eu faço parte desses dez por cento e que existe alguém esperando por mim em algum lugar, eu sinto do fundo do meu coração, é mais que um desejo é uma sensação, não sei explicar, eu apenas tenho uma certeza. – Na hora senti um calafrio passar por todo meu corpo, quase como uma sinal, uma resposta de algum lugar ou alguma coisa, tal pensamento acelerou meu coração e preencheu muito peito de uma alegria que nem mesmo eu sabia que era possível sentir. Voltei a admirar a lua a minha frente sorrindo.

 

- Só avise essa pessoa para que ela apareça daqui uns dez anos, porque você tem apenas treze anos e não devia nem estar beijando por ai. – Só consegui rir ainda mais das suas palavras, estava demorando para ele citar esse beijo, ou melhor, essa tentativa de beijo.

 

- Não seja bobo Channie, nem foi um grande beijo, e depois se tivesse sido não consigo ver onde isso seria problema. Sabia que hoje em dia se perde o Bv muito mais cedo, eu estou quase fazendo quartorze anos, acho justo ter perdido meu bv. – Não era brincadeira, Taehyung tem quinze anos e já não era mais virgem, de acordo com ele a cerca de três meses tinha saído com uma garota do seu bairro e ela tinha mostrado interesse de fazer sexo e como ele não quis ficar com fama ruim entre seus primos por não ter levado a garota para cama, acabou por perder a virgindade com ela no quarto do primo após uma de suas festas, e eu acredito nele.

 

- Precisa entender que para gente essa questão é diferente para nós, não somos como os humanos, temos que evitar certas coisas, por exemplo, essa questão da sua companheira, iria gostar de saber que ela já beijou algumas bocas ou ate mesmo já se entregou a alguns homens?

 

- Não, eu não gostaria de saber disso.

 

- Entende porque não deve sair por ai beijando Taemin ou Taehyung e nenhum outro homem e nem mulher que tiver oportunidade, os humanos  são livres para se relacionar livremente quantas vezes quiserem com o numero de pessoas que quiserem, mas temos regras muito rigidas e sabe disso, vivemos sobre a proteção  da ordem, então e importante que entenda, você assim como eu tambem, não somos  livre para escolher nossos parceiros em um relacionamento.

 

 - Eu entendo. – Mentira, eu não entendia, não achava nenhum pouco certo que um grupo de anciões que sequer me conhecia, carregasse o direito de dizer com quem e quando eu vou me relacionar.

 

-Que bom, vamos deitar, esta tarde e você tem que acordar cedo para ir para escola. – Sorri e concordei, enquanto retirava minha pantufa channie fechava a janela, em seguida fomos juntos para cama, diferente do passado quando nos deitávamos abraçados, dessa vez havia certa distancia entre nós, e também um silencio assustador. 

 

- Boa noite Channie!

 

-Boa noite Jimin.

 

 

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Narrador on

 

~ Enquanto isso em um beco afastado ~

 

Assim como todas as noite em Seul, essa também era uma noite comum. Era cerca de vinte e uma horas quando o jovem Tsai, um chinês que fazia intercâmbio na coréia do sul saia da cafeteria onde ele trabalhava, e toda noite ele andava por cerca de quinze minutos até o terminal do metro para ir a residência, um pequeno apartamento em um bairro um pouco afastada do centro de Seul.  No cominho ele cumprimentava as mesmas pessoas, incluindo a jovem Sun Hee que também costumava fechar a loja de perfumes onde trabalhava exatamente vinte uma e cinco, o tempo correto que Tsai passava em frente a perfumaria para lhe desejar boa noite. Yin Tsai era um jovem de dezenove anos muito educado e prestativo, ele acreditava que podia vencer o preconceito por ser chinês se ajudasse o maior numero de coreanos possíveis enquanto estiver no país  e foi esse pensamento que causou a sua ruína. Quando atravessava a rua Tsai se deparou com a uma senhora em dificuldade para retirar caixas do porta malas do seu carro, e mesmo que ele não tivesse tempo para ajuda-la ainda assim ele parou e com toda simpatia do mundo retirou as duas caixas do porta malas e as empilhou uma em cima da outra na calçada, em seguida se curvou e tomou seu caminho. Quando estava próximo a um beco que o levaria até sua estação duas vezes mais rápido, ele parou e olhou as horas, eram vinte e uma horas e dez minutos, ele tinha perdido preciosos três minutos ajudando a senhora com as suas caixas, tempo que ia lhe resultar em uma hora e meia de espera pelo próximo metro, a menos que ele pegasse o atalho no beco e chegasse a tempo na estação. Tsai juntou toda coragem que tinha, colocando seus medos para escanteio, afinal era só um atalho, que mal lhe faria? A assim ele fez, arrumou a mochilas nas costas, fechou seu moletom colocando as mãos nos bolsos da frente e adentrou o beco escuro, o que ele não sabia é que apenas alguns metros atrás ele era observado por grandes olhos violeta.  Em um piscar de olhos sua mochila foi agarrada e ele foi arremessado contra a parede com uma força descomunal, a força do impacto causou um corte fundo no osso temporal  do lado direita da sua cabeça que jorrava sangue, espalhando pelo chão onde ele estava caído, enquanto Tsai começava a perder os sentidos aos poucos.

 

- Ei não durma, agora que a diversão começa.

 

Seu corpo é levantado do chão e ele é prensado na parede, com o choque da batida da sua bochecha quente tocando o tijolo frio, o jovem tsai recupera os sentidos, tomando nota da situação no qual se encontra, começa chorar em puro desespero. Mas de que adiantaria, ele não estava diante de uma criatura que se comoveria com suas lagrimas.

 

- Por favor não me machuque, por favor eu te imploro.

 

Para a criatura que a esta altura sorria diabolicamente, era os melhor som de todos, ouvir a sua vitima implorar pela vida e pela sua misericórdia era musica para seus ouvidos,  fazia com que tudo se tornasse mais belo, matar era uma arte e tudo ficava melhor com a musica. O jovem tsai não podia se mexer, sentia o corpo maior e mais forte que o seu o prensando cada vez mais a parede fria daquele beco, e foi em puro pânico que sentiu a respiração e o hálito podre do monstro no seu pescoço, o cheirando, o aprovando.  Antes que pudesse protestar sua boca é tapada por uma grande mão, suas garras afiadas como facas arranhavam sua bochecha. O único som ouvido então foi sua mochila e roupas serem rasgadas o deixando com as costas nuas, em um ato de desespero tentou de soltar, mas foi tudo em vão. Ele já se encontrava preso nas garras do monstro.

 

- Shi...eu não me mexeria se você, sou um ótimo Ortopedista, mas se eu errar o ponto você vai sentir muito mais dor que é necessário e você não precisa sofrer tanto assim, não concorda comigo?

 

Um arrepio passou pelo corpo do jovem Tsai ao sentir a criatura tatear com cuidado o meio das suas costas, a linha da sua coluna para ser mais exato, e então a dor veio, tão forte e alucinante que foi quase impossível conter o grito que escapou rápido da sua garganta e que infelizmente foi abafado pela mão áspera da criatura e pela sua risada rouca que ecoou pelo beco. As garras penetrarem sua pele alcançando rapidamente sua coluna espinhal, e no silencio daquela noite foi possível ouvir o som das suas vertebras lombares serem quebradas, ali se foram os movimentos das pernas do Jovem Tsai e também a sua consciência, sendo assim posto no chão. Agora suas costas também sangravam.

 

- Humano são criaturas de dar pena mesmo, um osso quebrado, um corte na cabeça e dois pequenos buracos nas costas e já está praticamente morto, não tem a menor graça assim.

 

Então ele se sentou escorado na parede, suas veste negras o deixando quase invisível naquele lugar escuro de paredes também escuras, apenas seus olhos violetas brilhavam na escuridão, ele se sentou observando enquanto Tsai estava no chão desmaiado e sangrando, ele esperou paciente por quase uma hora quando uma fraca garoa começou e os pingos da chuva despertou o jovem ferido. Assim que abriu os olhos Tsai sentiu dor, muita dor, em tantas partes do seu corpo que nem sabia dizer onde doía mais.  Ele não podia se mexer devido ao dano na sua coluna, começou a chorar, lamentando pela sua vida que ficaria para trás, pelo sonho que não realizou, pelas palavras que não disse, ele não queria morrer, não hoje e não desse jeito

 

- Alguem me ajude ...por favor .

 

Sua voz não saiu mais do que um sussurro, ninguém podia ouvi-lo, ele estava sozinho com a morte e nada poderia salva-lo.  Então ele ergueu a cabeça olhando para o final da rua, onde algumas pessoas passavam sem olhar para o beco escuro e possivelmente vazio, passando sem se dar conta que alguém estava precisando de ajuda.

 

- Por favor...por favor ... alguém.

 

Com uma força que o mesmo não sabia que tinha, forçou seus braços a sustentarem seu corpo já que seus pernas não lhe respondiam, rastejou com a barriga no chão, dilacerando suas roupas e  um pouco da sua pele  choramingando intervenção até mesmo divina pela sua vida, tamanha era dor que sentia e conforme se arrastava com dificuldade um rastro de sangue era deixado no caminho enquanto tentava chegar a rua, fugindo da escuridão daquele beco. Um cena horrível que era admirada pela criatura como o mais belo desempenho teatral que já vira, tanto que ficou tentado a deixar o jovem escapar com vida, mas Jung Hoseok estava faminto, ele não comia a mais de sete dias e aquela lhe parecia a refeição perfeita. Se levantou do chão e caminhou até a sua vitima pisou em suas costas o fazendo urrar em uma dor. Se ajoelhou e sussurrou roucamente na orelha do Jovem Tsai.

 

- Que seu Deus receba a sua alma, pois seu corpo me pertence.

 

E com um movimento rápido Hoseok  quebra o pescoço do jovem Tsai , cessando a irrigação de sangue ao cérebro, levando a ruptura dos nervos no osso hióide causando morte instantânea.  O jovem Tsai era um imigrante chinês, não tinha amigos e família que reclamariam seu corpo, seu desaparecimento levarias dias para ser percebido, ele era a vitima perfeita e Jung Hoseok sabia disso, afinal fazia sete dias que estudava a rotina de Yin Tsai, um jovem de dezenove anos muito educado e prestativo, que acreditava que podia vencer o preconceito por ser chinês se ajudasse o maior numero de coreanos possíveis enquanto estivesse no país  e foi esse pensamento que causou a sua ruína.

 

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Jimin Pov’s

 

Senti uma leve brisa gelada passar pelo meu braço que estava descoberto arrepiando meu corpo e me despertando, abri meus olhos vagarosamente tendo a visão das cortinas balançando pelo vento que vinha da janela aberta.  Sentei devagar coçando meus olhos enquanto tentava me situar de onde estava, foi então que me lembrei que estava no quarto do Channie, tinha ido dormir ali para que pudéssemos conversar, estava me preparando para voltar a deitar e tentar dormir quando o som da porta encostando chamou minha atenção, a porta acabara de ser encostada por alguém, mais que depressa tateei o colchão em busca do Channie e o encontrando ali dormindo. 

 

- Channie acorda, Channie tem alguém na porta. – Balancei seu corpo tentando desperta-lo sem sucesso, o que era bem estranho, Channie era uma das pessoas com sono mais leve que já conheci.  Vencido pela curiosidade levantei da cama e segui descalço ate a porta, meu coração estava batendo tão alto que juraria que com o silencio da casa era possível ouvi-lo. Mesmo com receio abri a porta bem devagar, e coloquei a cabeça para fora, olhando de um lado para o outro no corredor.

 

-Ola...tem alguém ai? – Com um sussurro de voz  me pronunciei não obtendo nenhum resposta.  Me senti naqueles  filmes de terror quando você esta numa casa mal assombrada e você ouvi um barulho e mesmo com todos os fucking motivos do mundo para ignorar e voltar para cama, você levanta e vai conferir. E foi o que aconteceu, não consegui me segurar e então sai para fora do quarto para verificar, na verdade eu sempre perambulava pela casa sozinho a noite, então acho que não teria problema.

 

- Oi...? – Caminhei pelo corredor pouco iluminado pelas luzes da rua que atravessam os tecidos finos das cortinas nas janelas, tateando a parede em buscar de uma direção segura, e evitando bater os moveis do caminho. – Tem alguem ai? – Então ouvi um barulho alto de coisas caindo no andar de baixo, e congelei no lugar, eu estava morrendo de medo, não sabia se ia ou se voltava. Mesmo assustado fui ate a beirada da escada e me estiquei no corrimão tentando ter uma visão do que tinha La embaixo, não conseguia ver nada devido a pouca iluminação do local. – Quer saber, que se dane, vou voltar pra cama. – Assim que me virei para retornar ao quarto do channie, dou de cara com um par de olhos ônix bem próximo do meu rosto.

 

- Já esta indo? Mas acabou de chegar.  – Me sentia petrificado no lugar, sendo claramente seduzido pela sua voz rouca e máscula, mas como ele tinha entrado ali?

 

- Como você ...? – Resolvi me calar sem terminar a frase, afinal isso não era importante no momento. – Quem e você? Porque esta me seguindo? –  Tudo que eu recebi em troca foi um sorriso diabólico. Então ele segurou um dos meus pulsos me puxando para a janela onde abriu as cortinas e nos fez ficar de frente pra ela, comigo a sua frente enquanto ele se ajeitava atrás de mim segurando firme no meu queixo para que eu olhasse nossa imagem refletida pelos vidros da janela.

 

- Me diga você, quem e ele? Afinal essa e a minha aparência através dos seus olhos, o desejo mais profundo do seu coração.

 

- O que quer dizer? – Ele era maluco por acaso, me persegue nos meus sonhos,  me persegue na escola, invadi a minha casa pela segunda vez, sendo que na primeira ainda me agrediu e me machucou na cabeça e agora quer que eu lhe diga quem ele é.

 

- Eu não tenho nome, não tenho forma, eu não sou nada e nem ninguem, sou aquilo que chamam de parasita, um espírito perdido em busca de um corpo, uma nova oportunidade de existir. – Num puxão rápido ele me vira fazendo bater minhas costas na quina da janela, isso me fez soltar um breve gemido de dor que pareceu agrada-lo pois seu sorriso aumentou. – O seu corpo, quem diria que seria eu a achar um espécime tão raro como você, sozinho e sem proteção.

 

- Me solte, você esta me machucando. – Comecei a me debater para sair do seu aperto  e fazia ele me apertar e me prensar na parede e na janela ainda mais. Minha mente se encontrava em branco, não sabia o que fazer, mas eu precisava resistir, tentar alguma fuga. Sua presença me causava um calafrio na minha espinha, trazendo também uma sensação horrível, eu estava em real perigo. Então ele aproximou seu rosto e uma frase sussurrada em meu ouvido fez meu corpo todo travar e para de resistir, assim que voltamos a nos encarar, sua face estava performando uma expressão prazerosa, enquanto eu sentia meus olhos se arregalar ainda mais e algumas lagrimas ate então contidas começaram a cair e banhar meu rosto. Eu queria gritar, mas nenhum som parecia querer sair dos meus lábios. 

 

“ você vai morrer hoje.“ 


Notas Finais


2bjs


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