História Black pink in Your Area💟 (Revisando) - Knock knock

JiSoo On

Quando finalmente me acalmei, tomei fôlego e encarei aqueles olhos negros, pude perceber quem era; eu realmente sei quem tentou me sequestrar, mas estou com medo de falar às meninas quem ele é. 

Na noite anterior SuHo não colaborou muito com meus planos, eu dei um tempo para ele organizar a mente sem mim por perto - ja que moramos na mesma casa - porém, o carro em que fui prensada é dele, ele me viu e juro que não vi ódio, magoa e nem tristeza nas ações - murros, socos, chutes - que ele me fez presenciar - fazendo Yunoa kim sentir uma dor imensa -, tudo que eu vi fora ímpeto como se estivesse protegendo algo por obrigação, por que o pertence. 

Acordo mais uma vez um pouco suada e agarrada aos lençóis escuros de minha enorme cama, eu realmente não consigo evitar aquele homem - nem mesmo em meus sonhos - e não acho que exista uma explicação mais obvia do que a minha para sonhar com ele a exatas tres semanas - sim, antes do ocorrido ele ja se mantinha em minha mente -.

- Eu tenho que ir lá. - Sussurrei para mim mesma, tomando coragem e à vomitando assim que olhei para minha camisola tão curta a ponto de mostrar minha lingerie - uma camisola de cetim, roxa - eu posso mesmo ir até la assim? Bem, vai estar escuro.

Me levantei da minha cama, coloquei as primeiras meias que vi, logo depois percebi que eram brancas e iam até minha coxa. Caminhei até o interruptor e liguei a luz, caminhei até o espelho, e meu deus.. eu estava sensual de mais, não podia aparecer assim, mas o que tem demais? Vou assim mesmo. 

Saí de meu quarto com calma e fechei a porta para ninguém suspeitar durante a noite que saí para ir até ele, seria constrangedor. 

Knock knock knock

Ele não vai abrir;

Ouvi um rangido e meus olhos fecharam fortemente, os meus braços continuavam ao lado de meu corpo, minhas mãos estavam fechadas - mas não como se eu quisesse surrar a pessoa que estava prestes a abrir a porta e sim como eu estivesse me preparando para me surrar - eu estava nervosa demais.

- Ei. - Ouvi um sussurro e senti algo macio tocar minha bochecha direita. - Ja pode abrir os olhos. - Mais um sussurro. 

Abri meus olhos devagar, e logo fui puxada para dentro do quarto espaçoso, ouvindo a porta sendo trancada atrás de mim. 

- Esta tudo bem? - A voz dele era de preocupação. - Você esta um pouco suada, o que estava fazendo?

Que SuHo não pense merda;

- Te matando.

Seus olhos se arregalaram e voltaram ao normal me olhando de forma divertida e carinhosa, ele tirou de forma delicada os fios que insistiam em grudar no meu pescoço, o que só me deixou mais aflita.

- Você me odeia até em seus sonhos. - Ele disse mais para si mesmo do que para mim.

- Eu até que gosto de você! - Eu praticamente gritei, como se quisesse me convencer daquilo - ao invés de convencer a ele - tapei minha boca com uma mão e fechei os olhos com medo - mas medo de que?

- E eu até que odeio você. - Por que eu senti que me olhava com paixão quando abri os olhos e o encarei? É como as meninas me disseram, ele só quer brincar comigo como fez com muitas durante um certo tempo. Ele não está apaixonado. 

- Por que? - Questionei de forma tão falha que senti vergonha. O ambiente estava calmo e parecia que éramos um casal voltando a se entender. 

Como eu odeio me sentir confusa;
 
- Não se preocupe, eu odeio você e mais uma tonelada de coisas. Odeio quando não olha pra mim durante qualquer apresentação, ou quando me ignora, quando corre de mim, não me deixa te abraçar; Odeio a mim mesmo por não ser o suficiente para um anjo como você, por que eu sei que um dia suas asas vão aparecer, eu sei que não tenho asas e sou apenas um qualquer, eu não vou conseguir te acompanhar, você irá voar e me deixar aqui, me deixar de vez! Eu te odeio por te amar tanto e ser tão apaixonado por você! - Ele levou suas mãos até sua nuca, inclinando a cabeça para trás e finalmente caindo na cama e por fim no meio dos lençóis claros que contrastavam com as paredes brancas. Ele estava sofrendo tanto que não percebeu que fora até a cama e me deixara perto da porta. - odeio por nem saber se é amor ou paixão!  Odeio sentir os dois! Odeio o fato de meu coração não parar nem um momento, nem mesmo agora! Eu te amo tanto e nada irá exterminar esse sentimento, sei que é verdadeiro. 

Eu não sabia o que dizer, ele chorava silenciosamente como se o mundo dele estivesse desabando, eu simplesmente corri até onde ele estava - no meio de sua cama, deitado - quando ele foi pra la? E por que não paro de me questionar a todo momento? 

Pulei em cima dele, encaixei me no meio de suas pernas dobradas e agarrei seu pescoço. Eu não tinha certeza se era certo, mas ja estou cansada de esconder o que sinto e destruir o coração dele de forma tão dura só por medo dele me largar, isso é idiotice. 

- Eu te amo, e se não me abraçar e me beijar agora eu juro que vou te odiar no mínimo pelo  resto de minha vida! - Disse ainda respirando contra seu pescoço e sorrindo de forma calma, me levantei para encarar aquele ser tão magnífico e pude ver que sorria involuntariamente, ele sabia usar o coração, ele não mandava em seus sentimentos. 

Senti minhas costas sendo aquecidas por mãos largas e dedos finos, voltei a abraça - lo e senti que estava tudo bem e que eu podia uma vez na vida fazer o que eu queria, que eu podia mandar a Lisa ir se danar, por me dizer para usar o cérebro e nunca usar o coração.

Vou usar meu coração sim, é injusto deixa - lo na estante esperando por um amor perfeito.