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Durante uma noite gloriosa e digna de um céu completamente estrelado, cabelos negros - lisos desde a raiz e ondulados levemente nas pontas - voavam pela janela dos ultimos assentos do automóvel recebendo um brilho incrível e um reflexo da lua. Não fazia muito tempo desde o momento em que a menina de cabelos negros - JiSoo - recebera uma chamada de emergência onde se vira obrigada a correr até o grande local com o tão aclamado letreiro escrito, obviamente:
- YG Entertainment. Aqui estou mais uma vez! - Ela queria que fosse como a primeira vez que tivera aquela tão absurdamente linda vista de sua empresa, mas não foi. - Ainda tenho cinco minutos. - Ela não sorria, seus olhos não demonstravam vida, mas vez por outra seus suspiros a entregavam - mostrando que esta ainda se matinha viva.
Mais uma ligação inútil; pensou a menina.
- Alô. - Ao ouvir a voz que surgira do outro lado da linha, JiSoo entrou em desespero e desejou que não tivesse deslizado o polegar sobre o logo verde em seu celular, desejou não ter saído da sorveteria, desejou não ter estragado a noite animada com suas amigas. Mas seus desejos quase nunca eram respondidos, talvez nunca fossem.
- Preciso que entre agora, não me enrole nem mais um minuto! - Aquela voz soava tão cruel do outro lado.
Eu não quero; Era tudo o que JiSoo conseguia pensar.
Ao perceber que estava sozinha, sem ninguém além de seu empresário no alto do prédio a encarando por detrás da janela como se tivesse sido informado de algo que a inofensiva menina fez de errado, deu um passo à frente - de ímpeto - sem deixar de pronunciar a mesma frase em sua mente.
Eu não quero;
Mais um passo e deixara a borda da calçada.
Eu não quero;
Ainda deixando seu subconsciente tomar conta de si, a garotinha sonolenta deu mais dois passos alcançando a maçaneta que à pouco havia sido destrancada pelo Sr Yang.
Yang Hyun - Suk; sua mente não calculava mais nada, o medo tomara conta dela e seu subconsciente tomara posse da situação.
Sem nem mesmo cumprimentar a recepcionista - como sempre fazia - caminhou até o elevador que ja esperava - escancarado - pronto para engoli - la.
Eu não quero;
Após engolir em seco e entrar no elevador, se passara 40 segundos e JiSoo havia chegado a seu verdadeiro e forçado destino.
- Eu sinto muito JiSoo, eu não queria te assustar, mas precisei lhe pressionar para vir aqui o mais rápido possível. Você imagina o por que? - Yang mantinha uma expressão preocupada que logo vacilou ao ver JiSoo voltando a seu estado normal.
- Eu não sou boa o suficiente e o Senhor pretende me colocar fora do grupo. - Pronunciou de forma tão dura consigo mesma que ao invés de provocar uma crise de riso no empresário, quase o fez chorar.
- Eu apenas lhe trago uma proposta para lhe ajudar a crescer. - Os olhos da menina brilhavam e seu coração quase gritava seus grandes agradecimentos àquele empresário que por mais duro que pareça é apenas um doce - geralmente uma rapadura.
- E o que seria? - JiSoo se acalmara e sentara de frente a Yang que se encontrava apoiando suas mãos cruzadas na mesa que os separava.
- Um contrato?
- Não me diga que..
- Sim JiSoo, um contrato de noivado.
- Com..
- Um dos meninos do Exo, deixarei você escolher. - Yang se divertia com as expressões de pura rendição a confusão que JiSoo demonstrava.
- O senhor esta ficando maluco ou lhe deram cerveja demais? - A menina morena batera as mãos na mesa ganhando impulso para se levantar e continuar apoiada no móvel que a separava de seu empresário.
- Se não quiser aceit..
- Você quem deveria escolher, o senhor quem investe milhões em nós, que nos atura e que… - Parecia que um nó se formara em seu corpo, um nó molhado que quando pouco apertado - transbordaria -que…
- Eu percebi JiSoo.
- Eu deixei tão na cara?
- SuHo deixou. - Ele soltou mais uma de suas risadas agradaveis ao perceber como sua pequena cantora e dançarina se entregava facilmente. - O ciúme dele ao ver Jimin lhe fazendo um coração la de cima do palco ficou evidente até para os paparazzi.
- Mas o jimin não esta namorando?
- Ninguém sabe ao certo, e nunca saberão, mas de uma coisa nós sabemos.
- Que SuHo é um idiota por sentir ciumes de mim com alguém que ja é apaixonado por outra pessoa? No caso ao que parece, o Jungkook?
- Se me permite, ele não é idiota.
JiSoo parecia um cachorrinho procurando entender o que seu dono tagarelava, sua cabeça ia de um lado para o outra e seus olhos se arregalavam como se pudessem ver mais do que o que estava a sua frente.
-Ele é um esquisitao. Sim, minha querida, ele não lhe diz o que sente e esta atrapalhando seu desempenho, você perde horas de treino por que ele fica lhe ligando. Talvez com esse contrato ele se toque e você se comprometa mais com a empresa.
- Tudo bem. Então eu tenho de escolher… - Yang apenas balançou a cabeça, consentindo com sua pequena estrela.
- Você quer escolher ou quer que eu escolha? - Sua sobrancelha se arqueou, preocupando a menina. - Então será o Lay.
Não, todos menos ele; a apreensão ja fazia parte até mesmo da respiração JiSoo, ela não queria o SuHo por que realmente não sentia nada por ele. Neste momento uma lampada se acendeu em sua mente.
- SuHo. - Yang se assustou e a questionou apenas com o olhar do por que daquela resposta tão impetuosa. - Eu não sinto nada por ele, sera facil fingir que estou comprometida e mais facil ainda sera esquecer ele depois deste contrato.
- Tudo bem. Vou ligar para ele e ent.. - JiSoo não entendeu o por que de seu empresário ter parado no meio da frase apenas para olhar a porta atrás de si.
A menos que houvesse algo, ou alguém!
- Então você não sente nada? - Após virar o corpo e direcionar o olhar para SuHo, ela preferiu morrer ao ver aquilo, ele estava acabado. - Eu assino, e espero que ele acabe logo. - Ainda imóvel, JiSoo ouviu passos até a mesa, ouviu o som de uma caneta sendo esfregada sobre um papel - o contrato - e finalmente viu alguém triste passando pela porta.
- A culpa não é sua.
{…}
Naquela madrugada, decidiu voltar par casa sozinha, seria uns 30 minutos de caminhada - tempo suficiente dele entrar em casa, tomar um banho pois estava horrível e ir dormir, não sendo obrigado a olhar para quem partiu seu coração.
- Será que se eu disser que não pode ficar pior, vai piorar? - Riu de si mesma e da pergunta boba que fizera.
- Sempre pode piorar. - Ela iria perguntar o que isso significava, mas uma mão fechou com força sua boca e outra travou seu corpo de imediato contra um carro que estava estacionado quase que em cima da calçada. Alguém estava colado a ela, alguém reconhecível.
Merda; cuspiu para si mesma.
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