História Black pink in Your Area💟 (Revisando) - Passado X Futuro

Mesmo após ter se encontrado com um antigo amigo e ex integrante do Exo, Kai estava ansioso. Desde aquela noite que saira com Rosé tarde da noite em busca de uma casquinha mista de sorvete, desde que conversou com a menina e entendeu um pouco de sua personalidade, desde aquela noite seus pensamentos estavam perturbados, havia algo de errado, algo estava faltando. Kai não estava a procura de um sorvete, ele havia recebido um imail lhe informando de que Tao estaria em Seul numa viagem à negócios, e quando se lembrara disso naquela noite, ele finalmente entendera. Não queria uma casquinha de sorvete, ele queria o seu melhor amigo, isso deu um grande significado à suas buscas por Seul. Porém, quando encontrou o que procurava, não conseguiu dizer nada, tudo o que se ouviu foi a voz de Kai sussurrando "Tao", e em seguida as perguntas de Rosé sobre o que estava acontecendo e por que Tao estava ali, que fizeram Kai fugir para o hotel levando a ruiva junto.

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Naquela manhã Rosé estava desperta, pronta para conversar com seu novo amigo e entender o por que de sua fuga na noite anterior. Ela entendia por completo essa confusão, a confusão causada por um amigo que lhe da as costas, mas ressurgi anos depois na espera de ser bem recebido, o que é considerado impossível. O engraçado porém é que com tantas preocupações, Rosé estava concentrada nisso, no comportamento de Kai. Por algum motivo, naquela noite, Kai queria mais do que um sorvete, "ele queria alguém" pensou Rosé, e quando esse alguém se esbarrou nele, o mesmo apenas fugiu. Mas Rosé estava certa de que iria ouvir Kai, iria entender toda aquela história e finalmente iria se concentrar em suas aulas, ela tinha de manter total concentração na carreira que a esperava.

Rosé ja estava no saguão do hotel a espera de Kai quando o mesmo adentrara o local e se sentara ao seu lado num sofá antigo, porém, luxuoso.

  - Comece. - Rosé ordenara fixando seu olhar no rosto do rapaz. Kai se acomodou.

  - Como você sabe, Tao era um membro do Exo, eu iniciei minha carreira como integrante do grupo em 2011 e ele pouco tempo depois. A razão dele ter saído fora seu desejo de ter uma carreira solo, as intrigas também contribuíram para que isso acontecesse. Éramos melhores amigos, mesmo após sua saída, todos ainda conversavam com ele.  Mas por algum motivo quiseram nos afastar, e então ele se mudou para Busan, deixando o Exo e me deixando. - Kai dissera com uma dor no coração, cada palavra fora pronunciada com sentimentos, sentimentos cheios de lembranças. Porém, Rosé não entendera se eram boas ou ruins. - Por isso precisei fugir, achei que estava delirando ao vê - lo, eu só queria descansar. - Suas últimas palavras saíram num tom baixo e indiferente. 

  - Sinto muito, o que planeja fazer daqui em diante? - O olhar dirigido a Kai era melancólico. 

  - Quando ele decidiu ir embora, todos nós nos juntamos e fizemos uma despedida, com direito a bolo e brigadeiro de café, ele amava chocolate e café. - Os olhos do garoto demonstravam ansiedade. Kai estava planejando algo, e pelo visto era algo maluco.

  - Vocês não estavam brigados? - Rosé o interrogara.

  - Sim. - Kai respondeu com um sorriso tão largo que Rosé tinha certeza de que ele iria rasgar os lábios. - Isso é amizade, e obrigamos Tao a prometer que se pisasse em Seul novamente, ele voltaria para o Exo. - Rosé estava de boca aberta e tinha certeza de que saliva lhe escorria de um modo bizarro. 

  - Então,  Tao, o meu Ultimate, meu bias número um, ele... ele vai... ele vai? - Rosé estava desnorteada, Kai apenas consentiu. 

  - Mas não posso afirmar nada, Tao estava brincando quando prometeu aquilo. - O menino passara a mão pelos cabelos e nem percebera que a ruiva estava de pé, gritando como uma louca.

  - ELE VAI VOLTAR, TAO VAI VOLTAR PARA O E.. - Ela não terminara a frase, Kai tampou sua boca antes que ela fizesse um estrago. 

  - Esqueceu que preciso ser discreto? Não quero chamar a tenção das pessoas, ainda mais com um boato nada autêntico. - Ele sussurrara no ouvido da mais nova, o que a arrepiou dos pés até o último fio de cabelo e a fez acalmar sua euforia.

  - Desculpe. - Ela abaixara a cabeça, mas as mãos de Kai ainda estavam pousadas em seu ombro.

  - Tudo bem. Somos amigos, se te conto algo é por que confio que você não vai sair gritando por ai sobre o que te falei. Então, fique quietinha, okay? - Kai olhara no fundo dos olhos de Rosé, ja que a mesma se virara calmamente para sua face palida, e ela consentiu.

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Naquela manhã, lisa encontraria as meninas numa cafeteria não muito longe do hotel luxuoso em que estavam hospedadas. Decidiriam o que fariam a partir dali, deveriam colocar seu plano em ação. A primeira decisão a ser tomada, qual seria? Bem, ao deixar Kai e ir de encontro as outras meninas que ja a esperava, Rosé andava apressadamente pelas ruas de Seul. Ao chegar na cafeteria "Fritz coffee Co" Rosé vira apenas duas de suas amigas, então se sentou na mesa em que as meninas a aguardava e se pôs a fazer o mesmo. 

JiSoo caminhava tranquilamente pela calçada, e antes mesmo de adentrar o local do qual suas amigas se encontravam, ela observara alguém que passara por ela. Tao? O que ele faz aqui? Não pode ser verdade, devo estar sonhando,pensou enquanto balançava de leve a cabeça. Ela continuou a andar e simplesmente entrou no local, e não pode deixar de notar o quanto Jaeho Cho havia caprichado na decoração daquela cafeteria magnífica.

Ao  passar pela entrada e pelo tapete preto com as palavras : "Seja bem vindo' bordado em coreano, JiSoo avistou suas amigas e vira que havia um assento vazio a esperando. Caminhou até a mesa, sentou na poltrona não muito sofisticada, e se ajeitou naquele mini sofá tão confortável.

Suas mãos repousaram na borda da mesa e seu dedos esbranquiçados se entrelaçaram, deixando claro que JiSoo estava concentrada no que viria a seguir.

  - Por onde começamos? - Jennie olhara para a carranca que se formara no rosto de Jisso.

  - Que tal, do começo? - Por algum motivo, que não se mostrava esclarecido, o clima estava tenso e as sobrancelhas das quatro meninas arqueadas. 

  - Você é inteligente até demais Lisa. - Risos se romperam no ar, nada para elas funcionavam a base de suspense, tudo deveria ser resolvido com calma, e nada melhor do que uma boa gargalhada para que isso ocorra. 

  - Precisamos chegar a conclusão de que vamos nos mudar mesmo. - Lisa estava lendo em seu pequeno caderno, o caderno com o nome em preto e rosa na capa "Black Pink". - Todas estão de acordo? 

  - Sim. - Todas assentiram.

Mudanças. Essa palavra definia o resto do ano das meninas.

  - Nos mudaremos para o 12° andar, nosso apartamento... - Como Lisa se sentia confortável e grata em não precisar pronunciar "quarto", e sim Apartamento. - contém 3 suítes, alguém tera que dividir o quarto.

  - E se ficarmos no mesmo quarto Lis? - Rosé interrogara a mais nova com grande expectativa. Estava ansiosa para poder compartilhar o quarto com sua melhor amiga.

  - Ótima idéia. - Lisa concordara de imediato, Rosé era como sua irmã mais velha, a amava tanto que poderia suporta - la por um bom tempo.

  - Nossas aulas de canto e dança começarão em Janeiro,  ou seja, mês que vem. Vamos dar nosso máximo para aprimorarmos cada detalhe em nossas composições e coreografias.  - Jennie estava se segurando, mas a ansiedade era demais, o assunto viria a tona uma hora ou outra. -   Porém, também me preocupo com os figurinos, ainda não temos uma gravadora para cuidar de tudo. Jisso, você estudou costura por 1 ano, pode costurar as roupas para nossa primeira apresentação?

  - Ainda é meio cedo para isso, mas sim, vou costurar com uma enorme força de vontade. - Jisoo soltou um suspiro de alívio, resolveram aquele detalhe, finalmente.

  - Mesmo estando feliz com a idéia de passar mais um ano, alem dos outros 8, só estudando música e além de estar alegre com a ideia de que vamos treinar e nos tornar K - Idols um dia, tenho incertezas. - Rosé sabia do fundo do coração que não era a única que pensava daquela forma. Sabia que cada palavra que saira de sua boca era verdadeira. - E quando nos tornarmos famosas, que não sei se vai acontecer, mas tenho fé. E se não tivermos tempo para rever nossas famílias? Tenho medo de me afastar das pessoas que mais amo. - Seus dedos passavam por todo o pingente que estava pendurado em seu pescoço, o colar que ganhara dias atrás, no aeroporto. 

Aos poucos, as cabeças de cada uma estavam abaixadas. Como naqueles enterros em que se é dado um minuto de silêncio para a pessoa que havia partido, deram alguns minutos à felicidade que aos poucos acabou se esvaindo e deixando aquela cafeteria. Mas sentiu se o cheiro de felicidade no ar, viu - se olhares se levantarem a procura daquele sentimento. Foi quando notaram uma moça de no máximo 20 anos, com uma bandeja nas mãos, onde havia quatro xícaras de café expresso.  Era isso, o sentimento estava ali ainda, porém, escondido pelo medo que se fazia presente. Tudo o que faltava àquelas meninas era algo que as despertassem de seus devaneios. Um cheiro, uma cor forte, uma consistência atraente. Um pouco de café.

  - Eu ouvi tudo e queria poder ajudar. - A moça dissera ja servindo o café a cada uma das meninas, visto que Lisa ja havia feito seu pedido assim que chegara.- Posso dar uma dica. - Olhos arregalados observavam a moça de cabelos negros e ondulados até a cintura. - Se apeguem. Não a sentimentos que mudam de uma hora para outra, mas a algo que vocês sabem que manterá vocês acordadas e concentradas em fazer o certo. Algo que lembre quem vocês amam, mas ao mesmo tempo, não as deixe esquecer seus objetivos. - A mulher fora embora, deixando quatro garotas de olhos marejados e com milhões de dúvidas não esclarecidas.

  - O colar? - Jennie perguntara.

  - O nosso nome, Black Pink?  - Lisa fez uma pequena interrogação, ainda cabis baixo.

  - Nosso sonho? - JiSoo pronunciara com grande convicção.

  - Nossa dança? - Rosé fora a última a se expressar. 

Ao trocarem olhares, as lágrimas de emoção ja estavam indo embora. Porém, algo estranho pairou no ar, uma voz desconhecida, que continha um tom convicto no que dizia, que não aguentava mais esperar para dizer o que aquelas meninas não foram capazes de se lembrar. Como se aquelas garotas não fossem sábias o suficiente para entender o que a garçonete falara.

E então. As palavras finais foram ditas.

  - Suas vozes.