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História Black Rose - The beginning


Escrita por: CoalaCabello

Notas do Autor


Olá. :)
Não é uma adaptação.
Desculpe os erros e espero que gostem.
Boa leitura !!

Capítulo 1 - The beginning


1; O início.

 

Um pensamento passa pela cabeça de Camila Cabello enquanto ela se encolhe na escuridão bolorenta, o terror sufocando o peito e a dor latejante nos olhos: se ela tivesse um segundo par de mãos, poderia pelo menos cobrir os próprios ouvidos e talvez bloquear o som das cabeças humanas sendo partidas. Infelizmente, as únicas mãos que Camila possui estão ocupadas no momento, cobrindo os ouvidos de uma menininha ao seu lado dentro do armário.

Ela tem sete anos e está tremendo nos braços de Camila, se encolhendo a cada vez que ouve os sons intermitentes de GRÁÁÁ-PÁ-TUM do lado de fora. Então vem o silencio, interrompido apenas pelo som de botas sobre o chão de cerâmica ensanguentado e uma enxurrada de sussurros raivosos na antessala.

Camila tosse de novo. Não tem como evitar. Ela luta contra esse maldito resfriado há alguns dias, uma dor incessante nas juntas e nas maças do rosto da qual não consegue se livrar. Sempre acontece no outono, quando os dias em Miami começam a ficar mais úmidos e sombrios. A umidade penetra os ossos, consome a energia dela e dificulta a respiração. E agora Camila ainda sente uma rajada de calafrios toda vez que tosse, antes fosse essa sua única preocupação.

Curvando-se com mais uma crise de tosses ritmadas, ela mantem as mãos sobre as orelhas de Sofia. Camila sabe que os sons que emana estão chamando atenção  do lado de fora do armário, a casa esta na mais completa confusão, não sabe onde estão seus pais, mas não tem nada que possa fazer, já viu aquelas criaturas em ação na internet pela primeira vez e não deseja ser a próxima vitima, não deixara sua irmã ser a próxima vitima.

O armário – que tem um pouco mais de um metro de largura e talvez um metro de profundidade – é tão escuro quanto um quarto de revelações de fotografias do estúdio de sua mãe e fede a naftalina. Casacos do seu pai, que estão pendurados, esta roçando no rosto de Camila obrigando-a tossir mais. Alejandro Cabello, pai de Camila e Sofia, disse um dia que não tinha problema em tossir dentro do armário quando brincavam de esconde – esconde, Camila podia tossir em pleno os pulmões, mas o fato é que se ela o fizesse, além de chamar a atenção dos monstros, passaria a gripe para sua irmãzinha.

O surto da tosse passa.

Momentos mais tarde, mais uma serie de passos irregulares interrompe o silencio do lado de fora do armário: é mais um morto entrando na zona de guerra, ou melhor, em seu apartamento. Nervosa, Camila aperta as orelhas de Sofia com mais força e a menina estremece diante de mais uma performance de “cabeça partida”. Foi o que Camila conseguiu explicar a irmã diante do que estava acontecendo.

Se lhe pedissem para descrever, em palavras diretas, que merda estava acontecendo fora daquele armário, Camila Cabello provavelmente diria que o som dos crânios sendo rachados nas ruas da sua escola até em casa e gritos alarmados, pareciam uma sinfonia de percussão que poderia estar tocando no inferno.

 

Minutos antes, Camila estava no banheiro feminino da escola de Miami junto com as irmãs Guzman, no celular da latina, elas viam o vídeo de um canal conhecido no YouTube que continha um homem deitado na maca, dado como morto, se levantando (sobrevivendo) e começando a atacar os maqueiros, mordendo seus pescoços.

- Oh meu Deus! – Foi o que uma das Guzman exclamou quando viu a pele do pescoço do homem negro sendo rasgada brutalmente pelos dentes do morto. Camila estava horrorizada, enquanto a outra segurava o vomito ao seu lado. A imagem não havia censura alguma.

Nos minutos seguintes, o som do alarme de emergência soou alto, para que todos os alunos saíssem da escola pacientemente. Mas sem sucesso quando o próprio diretor, com a boca ensanguentada, ataca o ombro de uma das alunas vestida de líder de torcida a sua frente.

Gritos, confusão e terror.

Camila conseguiu sair da escola, mas assustada perdeu-se das amigas. Vendo todos correrem para dentro do ônibus localizado a frente da escola, Camila correu para o lado oposto vendo um colega de classe arrancar o nariz da namorada com os dentes. A latina não ousou em se intrometer, pois o que ela iria fazer? Cara, você arrancou o nariz da sua namorada com a boca? Está maluco? Pensou, era ele ou era ela mesma que estava louca, ou isso tudo não passara de um pesadelo?

Sentindo câimbras nas pernas, a latina agradeceu aos céus e ao seu pai por ter alugado um apartamento tão perto da escola. Ela brigara com seus pais naquele dia “porque morar tão perto de onde eu estudo?”

Chegado em seu apartamento, Camila viu seu pai apavorado com Sofia agarrada em suas pernas vestida com seu uniforme da escola.

- Kaki, leve sua irmã para escritório.  – Tentou soltar-se da menina.

- Não. – Sofia segurava seu pai com toda sua força que tinha.

Alejandro, vendo que atrás de sua filha mais velha, passava um homem com a boca ensanguentada e roupa suja de sangue seguindo uma mulher que corria dele. O patriarca Cabello puxou sua filha maior para dentro do apartamento fechando a porta em seguida. Ajoelhou-se ao lado da pequena que chorava. Camila não dizia nada. Estava ofegante por ter corrido, seu corpo doía pelo resfriado e estava em completa confusão. Tudo isso em um dia que mal havia começado, os ponteiros do relógio marcavam exatamente 10h47min.

Nem escutou o que seu pai falava a sua a irmã e nem quando lhe chamou.

- KAKI?

- Sim?

- Leve sua irmã para o escritório e fiquem escondidas lá até o papai chegar e chamar por vocês de batata doce. Não abre a porta para ninguém. Preciso buscar sua mãe. Ela ficou presa no caminho do estúdio pra cá, parece que tem uma rebelião nas ruas.

Rebelião. Camila foi em direção ao escritório de seu pai levando Sofia com essa palavra em mente: Rebelião.

Explicava muito. Só um momento de rebeldia e revolta explicava o que estava acontecendo. Praguejava aqueles que votariam em Donald Trump, um empresário, investidor e personalidade da mídia norte-americana, e candidato à presidente dos Estados Unidos nas eleições de 2016. Camila fazia parte de uma campanha no twitter para pedir aos americanos que neguem a Donald Trump o acesso à Casa Branca. #UnitedAgainstHate (Unidos contra o ódio). A latina sabia que poderia não ser culpa dele o que estava acontecendo, o homem pode ser inocente nesse caso, mas Camila tinha que culpar alguém em sua cabeça.

Ouviu seu pai rugir, mas era medrosa demais para saber o que havia acontecido. Empurrou a irmã para dentro do escritório e arregalou os olhos quando a domestica Marcele, entrou em seu apartamento com as roupas ensanguentadas e com um dos braços com seus ossos de fora.

O braço dela, provavelmente iria se soltar do corpo como se não tivesse mais cola.

Camila fechou trancando a porta e encarou sua irmã que chorava baixinho, espirrou, como já era rotina nesses dias e soltou um grito sobressaltado quando batidas, que mais pareciam murros, foram socados na porta.

Não ouviu nada além de batidas e rugidos.

Não é o papai. Pensou.

- Vem Sofi. – Chamou com a voz tremida e baixa.

Caminhou apressadamente até um armário e entrou lá depois de sua irmã.

E por ali ficaram.


Notas Finais




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