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História Black Rose - The Outbreak


Escrita por: CoalaCabello

Notas do Autor


Olá
Desculpe os erros e boa leitura!

Capítulo 4 - The Outbreak


4; O Surto.

 

 

Quem sabe um dia,

Quem sabe um seremos,

Quem sabe um viveremos,

Quem sabe um morreremos!

Quem é que,

Quem é macho,

Quem é fêmea,

Quem é humano, apenas!

Sabe amar,

Sabe de mim e de si,

Sabe de nós,

Sabe ser um!

Um dia,

Um mês,

Um ano,

Uma vida!

O poema de Mário Quintana estava em mente de Clara Jauregui. Pela janela ela viu a noite virar dia e viu os ponteiros do relógio em seu pulso chegar às 06h da manhã. Viu o cachorro abandonado do vizinho cruzar sua porta pela decima sétima vez. Um amor sincero e sem exageros de mãe, Clara não aguentaria muito tempo sem noticias de seus filhos. Estava desolada, cansada, com sono e sem fome. Não conseguia comer imaginando seus filhos com fome. A mão grossa e gelada de Michael tocou a sua calmamente, lhe pedindo mais paciência e força.

- São 06h e nossos bebes estão lá fora desprotegidos, Mike. – Sussurrou. A casa estava 80% em total escuridão e silencio, devidos as janelas fechadas, apenas uma vela estava acesa na mesinha do centro da sala.

- Chris e Lauren são fortes. Eles devem estar bem.

- DEVEM?

- Shhh, Andrea demorou a dormir.

- Óbvio. Ela esta preocupada com Normani e ainda dormiu porque Derrick a dopou.

- Clara, fale baixo, por favor.

- Eu quero os meus filhos, Michael. Parece que você não ouviu O’brien e McGregor dizerem que a sorveteria foi arrombada e não encontraram ninguém, além de mortos e uma idosa morta com marcas de amarra nos pulsos. – Cedeu às lagrimas novamente. – Eu quero os meus bebes.

Sua voz saiu abafada devido ao tecido grosso do casaco de seu marido, pois Michael a abraçou forte.

Taylor Jauregui depois de comer os bolinhos que seu namorado trouxe, cedeu ao sono preocupada com os irmãos e Normani. Dylan a encarava com um sorriso fraco nos lábios. Não deixaria nada de mal acontecer à garota.

Fitados pelos olhos azuis de McGregor, o rapaz de cabelos loiros lisos fez careta ao ver o amigo olhando apaixonado para a namoradinha. Mas logo sua careta se desfez quando Normani, mais uma vez, se fez presente em seus pensamentos. O policial John McGregor mantinha uma paixão em segredo pela mulata durante meses e não se perdoaria se não houver uma oportunidade de dizer o que sente a ela, viva.

Balançou a cabeça. Mani, esta viva.

 

(...)

 

- Não sai do circulo, Chris. – Disse Lauren puxando o irmão pelo capuz do casaco para mais perto dela. Lauren estava assustada como todos ali. Passos arrastados, gritos e rugidos eram escutados nas ruas. Lauren só queria empurra-los com força, mas não estava obtendo resultado, teria que matar o morto.

...

- Ally, sua unha esta me machucando. – Disse Brandon se curvando com as mãos de sua irmã apertando sua cintura.

...

- Tem um do seu lado, Laur. – Disse Chris preocupado com um cadáver se aproximando da irmã. Com as mãos tremendo e olhos fechados, Lauren fincou a faca na testa do infectado. Deus me perdoe.

...

- Na sua frente, Brand. – Disse Allyson no mesmo estado de Chris com Lauren: Apavorada.

...

- Gooll... – Murmurou Pedro sem entender.

- Silencio, Pepe. – Disse Alessandra chutando um infectado pelo quadril.

...

- Mani, mais rápido ai. – Disse Lauren preocupada com a demora da amiga.

- A faca é difícil de puxar de volta, porra. – Resmungou Normani com suas luvas cheias de sangue. Nunca se imaginou fazendo isso, seu pai era policial, como explicaria que estava matando?

 

Os irmãos Jauregui, os irmãos Hernandez, os irmãos Rivera e Normani Hamilton estavam em circulo juntos tentando e matando todos os infectados que chegavam perto. Haviam dormido pouco. E logo de manhã estavam em pânico nas ruas. Todos estavam com uma faca de cozinha e um taco de golfe em mãos. O senhor Hernandez, que havia falecido a mais de um ano, era jogador fanático e tinha muitos tacos. Todos também vestiam uma mascara igual a da porto-riquenha, a mesma havia dado a todos quando ela percebeu que - depois de 11 segundos da morte da senhora Hernandez -, a idosa estava se transformando (estava infectada). Foi assim que teve que explicar porque continha tantas mascaras na mochila e ainda tinha mais 20. A morena é perita criminal, veio de Los Angeles para ter um conhecimento mais amplo, depois de terminar a faculdade aos 25 anos, resolveu aceitar a proposta para trabalhar em Miami, onde prontamente aceitou, indo morar na casa de seu irmão 3 anos mais velho, levando seu irmão mais novo consigo. Na mochila: Além das mascaras, havia seringas, luvas, duas bombinhas para asma e pinças.

- Não vejo ninguém entrando ou saindo da farmácia ali na frente... – Alessandra disse vendo mais um carro passar em alta velocidade por eles.

- Então vamos pra lá. – A voz de Lauren soou mais alta, pois uma ambulância com a sirene ligada passou entre eles.

- O hospital de Miami esta perto.

- Você não esta pretendendo ir pra lá né, Ally? – Seu irmão perguntou.

- Aposto um braço que lá é o lugar que tem mais infectados da cidade. – Exclamou Alessandra ajeitando Pedro nos braços.

- Deveríamos ter levado a vovó pra lá, Brand. – Ally ignorou a morena. – Temos que levar alguém lá pra casa pra cuidar dela.

Todos se encararam sem saber o que dizer. Allyson saiu da casa imaginando que trariam um medico para sua avó que (sobreviveu) a morte. A idosa havia falecido por se afogar em seu próprio sangue. Ally ainda acredita que são pessoas, por isso não acha certo mata-los. É pecado. Rezava internamente por aqueles que não sabiam o que faziam.

Alessandra queria suas cordas novamente. Brandon entendeu o recado e sabia o que tinha que fazer, as meninas levaram Allyson para baixo, enquanto Brandon matava sua avó lhe pedindo o mais sincero perdão.

 

Mais uma ambulância passou em alta velocidade. Gritos ainda eram escutados nas ruas em cruzamento. Pessoas corriam do outro lado da rua. E se aproximando da farmácia - os sete - cada um com mochilas nas costas, entraram lentamente um a um no local.

- Esta vazia. Já pegaram tudo. – Disse Normani vendo da porta.

- Peguem o que tem. – Brandon disse entregando sua mochila para Normani. – Você não. – Parou Chris pelo ombro. – Você fica aqui comigo vigiando. Qualquer coisa as meninas gritam.

Enquanto os garotos vigiavam a frente da farmácia, as garotas dentro pegavam o que sobraram.

- Sabonete, creme dental, escova de dente, tinta para cabelo, camisinhas, absorventes, creme para o corpo... Lixo, lixo, lixo, lixo. Se duvidar não tem nem bala de menta. – Reclamou Alessandra, mas colocando tudo achava de útil no segundo zíper da mochila.

- Estou com fome, mana.

- Eu sei pequeno.

- Toma. – Allyson tirou uma maçã da bolsa embrulhada no papel alumínio e a entregou para Pedro que antes de pega-la olhou para a irmã.

- Diga obrigado.

- Obrigado. – Agradeceu pegando a maçã.

 

(...)

 

- Pai, eu estou com fome. – Regina reclamou.

- Calma, meu amor. Já vamos chegar a algum lugar para comer.

- Mas estamos parados aqui faz tempo. – Retrucou a menor.

Gordon Hansen suspirou, o homem não sabia o que dizer a uma das filhas sobreviventes.

O senhor Hansen estava parado ao lado de seu Trailer estacionado no transito, havia muita gente que escolheram ir para o norte, fazendo o caminho ficar ainda mais lento.

- Alejandro, não. – Sussurrou Sinuhe ao perceber seu marido pegar uma de suas barras de cereais.

- Sinu, a menina esta com fome. Que isso? – Franziu a testa.

- Logo Sofia também estará.

- Mais ela não esta agora. – Puxou a barra a força da mão da mulher.

A cena foi vista aos olhos castanhos atentos de Camila, ela virou-se em direção a sua mais nova amiga que fizera nesta longa parada. Ambas estavam apoiando as costas no capo do chevette branco.

- Desculpa. – Murmurou. – Ela nunca iria negar uma barra pra uma criança. Minha mãe esta surtando com isso tudo.

- Claro, minha mãe também surtou. – Dinah Jane Hansen. Perdeu sua mãe e o resto dos irmãos quando infectados invadiram sua casa. A adolescente estava abalada. – Meu primo ainda continua surtando.

Apontou com o queixo para um rapaz dentro do trailer que misturava as cartas pôquer sem parar.

- Querem agua, mocinhas? – Perguntou Gael se aproximando das duas. O rapaz tentava, absolutamente tudo, manter a mente ocupada e não pensar em sua mãe.

- Não, Obrigada! – Dinah respondeu com um sorriso agradecido e Camila apenas negou com a cabeça em resposta ao “irmão”.

Duas aeronaves das forças armadas foram em direção ao norte voando por cima deles. E uma explosão a 500 metros foi ouvida por todos logo em seguida.

- O que eles estão fazendo? – Um grito masculino foi escutado mais a frente.

- Camila, Gael, entrem no carro agora.  – Alejandro ordenou entrando pelo lado do motorista. Ambos os filhos obedeceram no mesmo instante.

- Dinah. – Gordon não disse nada mais. Sua filha já havia entendido. Entrou no trailer já colocando o cinto.

Pessoas começaram a sair dos seus veículos. Mais bombas e explosões eram ouvidas.

- Não tem como dar ré. – Exclamou Alejandro nervoso e assustado, vendo pessoas correndo entre seu carro e o Trailer dos Hansen.

- Pai, olha. – Camila apontou para o Trailer saindo da formação em fila.

Gordon pareceu ser o único a ter a ideia de entrar na pista contraria - que estava vazia - para voltar. Alejandro o seguiu tentando não atropelar ninguém.


 


Notas Finais


E ai?


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