6; Cinco dias II
... Alessandra bateu a madeira no chão, chamando atenção daqueles que tentavam subir no carro para pegar Chris que chorava chutando cabeças e mãos sangrentas. Lauren rolou o próprio corpo para debaixo do carro e chutando varias vezes a cabeça do morto selvagem que tentava pegar seus calcanhares, ela conseguiu mata-lo com lagrimas no rosto. Normani abriu a porta apenas para cravar a faca na cabeça da morta agachada, que bloqueava a saída por onde Lauren sairia.
Barulhos de motores de motos foram ouvidos e nos segundos seguintes vários tiros, além dos da espingarda soaram calando os rugidos dos mortos.
- Bom, já que nós salvamos vocês. Agora todos vocês nos devem algo. – Argumentou Justin Bieber, um dos motoqueiros.
Tirou o capacete que parecia lhe incomodar. Cabelos castanhos claros e lisos. Pele branca. Olhos penetrantes que tirariam folego tanto de mulher quanto homem que lhe fizesse seu estilo. Ao contrario de Lauren, que sempre preferiu morenos e morenas.
- Não pedimos ajuda de ninguém. – Disse Lauren se levantando, ajeitando suas roupas.
- Ora, ora. O que temos aqui? – Justin levantou-se da moto. – Estava até agora se borrando de medo debaixo do carro e vem me dizer que não precisava de ajuda?
- Não lhe pedi ajuda, pedir é diferente de precisar. – O corrigiu. Viu o rapaz se aproximar e por mais vontade que tivesse de sair correndo dali, ficou de cabeça erguida. – Você me ajudou porque quis.
- Exatamente, bonitinha. Quis e ainda quero... – Olhou para o automóvel onde Chris descia ainda de pernas tremulas. - Quero o carro. Quero a espingarda e quero a faca da docinho ali.
Apontou para Alessandra que abaixou a mascara para dizer:
- Essa faca é minha. E você só terá se me matar.
- Seu pedido é uma ordem. – Justin sacou o revolver da cintura.
- Espera! - Henrique Iglesias gritou e Justin abaixou a arma. – Ninguém precisa morrer além dessas coisas. Não acham que esta morrendo pessoas demais ultimamente?
- Eu não acho. – Justin voltou a apontar a arma para a porto-riquenha.
- Calma ai, calma. – Novamente Henrique o interrompeu. Justin estava com uma imensa vontade de atirar no meio da testa dele. O outro motoqueiro, que também já estava sem capacete, sorriu, sabia da impaciência do amigo. E era um milagre ele não ter atirado em todos ainda.
- EU QUERO...
- O carro, a espingarda e a faca é o que você quer, certo? – Henrique passou seus olhos de Justin para Alessandra que negou com a cabeça. Voltou a olhar para o Justin. – É o que você terá.
- Cagão. – Murmurou Brandon jogando, com raiva, a chave do carro em direção a Justin que fitava Lauren com um sorriso malandro. Henrique calmamente deixou sua espingarda no chão. Pedro, Normani e Allyson saíram do carro lentamente.
Alessandra se agachou e com todos achando que ela iria colocar a faca no chão, ela rapidamente ficou ereta de novo e sem respirar, atirou a faca contra Justin. Tudo planejado em sua mente iria dar certo. Antes do amigo dele sacar o seu revolver, outra faca foi atirada pela a porto-riquenha. Ambas as facas fincaram o meio da testa de ambos os motoqueiros. Corpos no chão sem vidas, testas sangrando com um corte fundo. Alessandra, voltando a respirar, caminhou lentamente até os motoqueiros. Olhares atentos, surpresos e bem abertos de todos os presentes a fitaram incrédulos. Menos Pedro que mantinha sua cabeça na curva do pescoço de Normani.
- O que? Até parece que eles não iam nos matar depois de pegar as coisas.
- Você não sabia disso. – Brandon comentou.
- Quem te disse? - Allyson perguntou.
- Você exagerou. – Lauren disse, todos ao mesmo tempo.
- Eu sei quem eles são. Vocês tem que me agradecer. Fiz a coisa certa. Justin Bieber, o maior ladrãozinho e corrupto. 16 sequestros e 19 homicídios. A ficha criminal do amiguinho dele Austin Mahone é extensa, mas vou ressaltar 13 estupros e 11 homicídios sendo 10 crianças menos de 12 anos. Querem mais? Vocês não são filhas de policiais?! – Encarou Normani e Lauren que ficaram mudas. – Eu fico com uma das motos. – Encarou apenas Normani. – Pedro pode ficar com você no carro?
A mulata assentiu hesitando e vendo a porto-riquenha arrancar as facas das testas dos recentes mortos.
- Obrigada.
5° dia
No carro branco estavam Normani, Pedro e os irmãos Hernandez. Logo atrás, no uno vermelho, estavam Henrique, Lucia e Veronica. Alessandra e Lauren guiavam as duas motos que estavam mais atrás.
...
Na casa, em que haviam encontrado mais cedo Brandon, Chris e Veronica eram os únicos acordados, para vigiar a casa. Agora eles teriam que ficar bem atentos, inclusive de madrugada. Alguns infectados sozinhos passavam pela rua, barulhos de alarmes os chamavam atenção.
A noite estava fria quando Alessandra assumiu o lugar de Christopher na vigia por volta das quatro da manhã. Com ela de olhos abertos só estava Henrique. Ele era o único que ainda não havia conseguido a confiança da porto-riquenha, então assim ela não conversava nenhuma palavra com o rapaz da espingarda, até agora.
- Iria votar em quem? Hillary ou Trump? – Henrique perguntou.
- Os dois são uns bostas.
- Não iria votar em nenhum? – Insistiu o rapaz.
Alessandra o encarou, pensou e resolver dar uma chance ao o homem que sorria gentilmente para ela.
- Hillary é uma cretina corrupta e Trump é um maluco preconceituoso, pior que ela, não votaria em nenhum dos dois. Mas com o Trump acredito que o pais iria andar para trás. Eu votaria na Hillary. – Respondeu. – E você?
Alessandra desviou o olhar dele para a janela e viu a rua escura ainda deserta.
- Na Hillary também. – Respondeu Henrique.
- Eu votaria na Hillary, pois ter Trump como líder do seu país, é a mesma coisa que ter um dos infectados rugindo na sua frente e você de mãos atadas sem ter pra onde correr. – A voz rouca de Lauren se fez presente chamando atenção dois para si. – A nossa sorte, é que depois dessa merda toda, nem a “cretina” e muito menos o “maluco” estão no poder agora.
- Temos problemas bem maiores agora do que votar em um bosta. – Alessandra disse apontando com a cabeça para a janela, por ela viram dois mortos se aproximando lentamente.
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