História Black Roses - Prólogo

Papeis, papeis e mais papeis.

Chanyeol suspirou ao constar que não terminaria de assinar boa parte dos documentos sobre a mesa na sua frente. Seu secretário — e amigo —, Do Kyungsoo, entrava a cada dez minutos trazendo mais uma pilha de documentos para assinar. Estava exausto e precisava de descanso, sem contar que sua mão começava a doer.

Deixou o corpo cair contra a cadeira e suspirou alto, jogando a caneta de uma vez sobre a mesa ao mesmo tempo em que um bico se formava em seus lábios. A porta se abriu novamente, e um gemido de frustração escapou de seus lábios imaginando a cena do secretário com mais alguns papeis em mãos.

— Chanyeol? – a voz de Kyungsoo se fez presente, fazendo com que o Park ajeitasse a postura mesmo contra sua vontade.

— Se for mais papeis, pode dar meia volta.

— Mas, se-

— Kyungsoo, eu estou cansado e a empresa já esta fechada, aproveite e vá para casa mais cedo, e leve estes papeis com você, por favor.

— Mas eu apenas iria dizer que não tem mais papeis, e tem a festa da empresa com outras companhias, lembra?

Chanyeol arregalou seus olhos, estava tão cansado que ao menos se lembrou da festa que havia marcado presença. O que mais queria era ir para sua casa e descansar, mas, por mais que não quisesse, teria que comparecer naquela festa, sua presença era importante, aliás.

— Tudo bem, obrigado por me lembrar. – sorriu docemente e se levantou, pronto para organizar seus papeis o mais rápido possível. – Aliás, gostaria de ir comigo? Não aceito um não como resposta, você é meu secretário e meu amigo, o único que vou ficar confortável em conversar e ficar perto.

E o Do sorriu, para logo assentir.

— Claro que irei, será um prazer acompanhar você, Chanyeol. – sorriu de lado e virou as costas para sair da sala, e, ao tocar na maçaneta, abriu a boca mais uma vez. – Hm, só não beba muito, ok? Não quero ter que ficar cuidando de você depois, de novo.

E saiu, deixando um Chanyeol envergonhado pela fala do amigo. Mas não tinha o porquê se preocupar, prometia a si mesmo não exagerar no álcool. Pelo menos era o que pretendia.