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História Black Wings - Prólogo


Escrita por: And990

Capítulo 1 - Prólogo


     É... a gente nunca sabe quando nossa vida vai virar de ponta - cabeça. Desnorteador? Sim, e como... mas a graça de ser otimista é valorizar as coisas boas que temos e aprender com as ruins sem remoe - las ou reclamar delas. Se pararmos pra pensar, pouca gente é otimista. Por isso é tão agradável estar com um deles.
     Ou irritante. Às vezes pode ser BEM irritante.
     Minha vida era normal. Às vezes, eu achava chata de tão normal. Minha família era fantástica, incrível. E eu posso perfeitamente ser o único cara de quinze anos que fala assim da sua família. Mas o que eu posso dizer, é verdade!
     Eu, minha irmã quatro anos mais velha, Rihana, e minha mãe, vivíamos juntos. Meu irmão mais velho era cinco anos mais velho que Rihana, e saiu de casa quando eu tinha nove anos.
     Meu pai o fez quando eu tinha três. "Nossa, que pai irresponsável, abandonou três filhos antes da adolescência". Nunca pensei assim. Em parte por causa da minha mãe. Ela ama MUITO meu pai, e meu pai a ama tanto quanto, e a nós também. Não, o motivo dele ter saído de casa era porque seu trabalho exigia. Ele não tem tempo de vir nos visitar. Não, nem nos feriados. Não, nem nas férias. Não, nem na porra do natal.
     Mas ele SEMPRE escreve. Quase todo domingo chega uma carta dele. Ele enfatiza o quanto ama a minha mãe, e a nós. Conta das dificuldades que enfrenta. Conta da saudade que sente. E nós escrevemos de volta assim que lemos a carta, nós três juntos. Somos a prova viva de que relacionamentos à distância funcionam SIM, e quase tão bem quanto os próximos. Ele sabe tudo que acontece conosco, e ele escreve tão bem que nós podemos sentir a emoção dele na tinta preta.
     Minha mãe é absolutamente linda. Tem olhos azuis - escuros, cabelo totalmente negro e pele totalmente branca. Além disso, é extremamente gentil, mas como qualquer mãe, sabe ser assustadora. Se necessário, até com outros adultos. Mesmo sendo casada, existe um idiota ou outro que tenta paquerá - la. Tenho pena dos coitados, não tem noção de que nunca teriam a menor chance. Ela deve ter deixado mais caras na friendzone quando era adolescente que todas as artistas de hollywood juntas.
     Só pode ter perdido pra Rihana. Na verdade, ela é IGUAL à minha mãe, figurinha repetida MESMO. Exceto pela pele ligeiramente mais morena e o cabelo ligeiramente mais azul. No resto, popularidade, personalidade, inteligência, são idênticas. Aliás Rihana sempre foi uma aluna do tipo dez - em - tudo. Isso sem deixar de ser linda, legal e divertida. Sério, eu preciso saber o segredo dela.
     Em quase tudo isto, eu sou o oposto. Não sou do tipo que repetiria na escola, mas nunca deixo de ficar em   recuperação em uma matéria ou duas. Não sei lidar com outras pessoas. Talvez, por só ter interagido com minha família perfeita em casa, eu veja as outras pessoas, da escola por exemplo, pior do que realmente são.
     Mas sério, às vezes parece que estão na espreita só esperando a primeira chance pra tirar sarro de mim.
     Acho que estou exagerando. Eu tenho amigos, sim. Mas eles sempre acabam me decepcionando ou indo pra longe e eu mudo de amigos de novo. Às vezes é um porre, você acha que encontrou alguém legal, e o desgraçado te vira as costas quando você mais precisa.
     Mas com garotas é pior. Mais um pouco e vou virar um especialista em friendzone. Não culpo as garotas que me recusaram, pelo menos não mais, mas sério, é muito frustrante. Você acha que encontrou a garota certa, juntou coragem durante meses, e...
     "Olha, você é muito legal e tudo, mas..."
     Não precisa terminar. Eu sei o que você vai dizer.
     Minha irmã nunca tirou sarro de mim por causa de nada disso. Nunca. E ela também não fica me dando "dicas" o tempo todo como se eu fosse uma criança que precisasse muito de ajuda pra aprender a escrever o próprio nome. Outra coisa legal nela.
     Eu tento viver sobre um lema simples e animador: Divirta - se. É a resposta para todas as questões filosóficas. É o como, o por quê, e o para quê de estarmos aqui.
     Ah, você discorda, é? Então vai lá, prove - me o contrário.
     Não consegue, né?
     Então não tente queimar o meu filme.
     Deixa eu ver... mãe, Rihana... ah sim, falta o Jonathan e o papai.
     Jonathan era uma Rihana versão masculina. Também dez - em - tudo, também atraente, também fazia um sucesso bizarro com o sexo oposto. Ele também adorava e praticava zilhões de esportes, e era bom em todos.
     Sério, às vezes eu acho que me trocaram na maternidade e eu cresci numa família de deuses. Ou de monstros.
     Jonathan saiu de casa pra trabalhar para o papai. Na verdade, é bem evidente que ele vai herdar a firma quando meu pai... bem... como se diz? Bater as botas.
      Sobre o emprego do meu pai: não sei qual é. Mas pelo visto é integral de todas as maneiras imagináveis. Fico me perguntando se meu pai e Jonathan dormem.
      E pelo visto, lucra horrores. É óbvio que meu pai é o dono da firma. Ele manda pilhas e pilhas de notas pra minha mãe junto com as cartas. Uma vez eu fiquei assustado. Pra lucrar tanto assim e nunca vir visitar a gente... será que meu pai era um tipo de criminoso procurado?
     Minha mãe riu quando perguntei isso pra ela. Na verdade, gargalhou. Isso me fez rir também e me tranquilizou.
     Minha mãe fala de meu pai como se fosse um deus (claro, examina a porra da prole dele). O estranho é que ela fala que eu sou igualzinho a ele. Muito mais que meus irmãos. Pele de um tom um pouco mais claro que moreno, cabelos e olhos de um tom azul muito, muito escuro. Ela fala que ele era lindo. Eu me pergunto se eu sou. Depois de pensar muito cheguei à conclusão de que não, mas ainda posso ser.
     Qual é, me deixa ter esperanças.
     O problema é: tanto meu pai quanto meu irmão eram do tipo bom - em - tudo. Eu sou do tipo bom - em - nada.
     Relaxa, a introdução tá acabando. Agora só falta um detalhe: o famoso Instituto Black Wings. Ou IBW.
     É a segunda coisa que meu pai dirige (depois da firma). Uma escola para adolescentes superdotados. Pode ser parcial (no caso da minha irmã) ou integral (no caso do meu irmão). Acho que meu irmão já concluiu o curso, e está trabalhando como um tipo de estagiário de professor. Provavelmente, ele também vai herdar o instituto.
     Acontece que com quinze anos o garoto pode ir pra lá se passar na prova. Eu zerei a prova. Sério, todas as revistas falam que ela é absurda. Ainda assim, minha mãe está dizendo pra eu fazer as malas, pois vou fazer o curso integralmente. Sério... o que ela está pensando???
      O que acontece, é que em algumas semanas eu entraria pela porta do instituto. Porque a prova que eu fiz não foi avaliada somente pelas respostas, mas também pelo meu comportamento durante ela, e pelos meus padrões de raciocínio detalhados no papel. Existia uma segunda prova, um teste, escondido no primeiro. Um teste de aptidão que eu, vejam só, gabaritei!
     E adivinhem, "Black Wings" não é uma escola com um nome pomposo. Não é para superdotados... bom, depende da sua definição de superdotado.
     É uma escola para Anjos Caídos.
    

   


Notas Finais


Esse é o meu primeiro capítulo da minha primeira fic nesse app. Peço perdão pelos erros de português ou até coerência e espero que curtam muito!


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