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História Black X White - Um Inagawa deve agir como um Inagawa


Escrita por: KIAN-

Notas do Autor


Oláá~ <33

Primeiramente eu queria me desculpar pela demora em publicar capítulo e também de responder aos comentários. Eu li todos a muito tempo mas não tinha conseguido responder, aí um dia eu respondi, estava quase terminando de escrever e enviando e PAH! a bateria acabou ;-;

Bom, eu tenho notado a queda nos comentários e entendo que s demora em postar e responder faz o desanimo em comentar crescer, mas por favor, continuem comentando, okay?! TnT

Enfim, mais explicações nas notas finais <3

Desculpem os erros e boa leitura <333
P.S.: nas notas finais tem uma gif MUITO LINDA do nosso menino Hosoekão <333

Capítulo 26 - Um Inagawa deve agir como um Inagawa


Fanfic / Fanfiction Black X White - Um Inagawa deve agir como um Inagawa

Havia passado algumas semanas, Changkyun conseguira o celular de volta e mandou mensagem a Dilan, que não o respondeu de volta. Ele ainda não havia voltado a trabalhar, mas por hora se conteria sem isso, pois estava extremamente ocupado. Passou semanas treinado, por ordem de Kakuji, seu… pai. Ainda era estranho para o Lim considera-lo assim. Felizmente ele já sabia algumas coisas, coisas que aprendeu na mansão Towa, e por esse fato acabou por não ser tão difícil. Pelo menos em tiros com pistolas e em alguns treinos de luta, pois no restante foi ainda mais difícil. Teve treinos de todos os tipos, teóricos e práticos. Hyungwon lhe ensinou algumas técnicas no volante, coisa que achou particularmente difícil e sem dúvida perigoso. Com ele, também aprendeu táticas, estratégias diplomáticas e ética, como se portar frente a situações que necessitavam o bom senso e a cautela. Não era difícil de se lidar com a personalidade de Chae, ele era educado e calmo. Já Hoseok por outro lado, embora muito simpático, conseguia ser um perigo ambulante. Ele lhe ensinou várias coisas técnicas que provavelmente esqueceria. Mecânica, computação e bombas. Ah, bombas. Ele estava animado para isso e lhe ensinou a desarmar uma da forma mais lógica possível. Com uma de verdade, óbvio. Desde então Chang tem certo medo de despertadores e celulares Nokia. Kihyun foi o mais difícil e perigoso de se lidar. O rapaz tinha seu próprio jeito de ensinar, um jeito nada ortodoxo e sem dúvida letal. Ele possuía uma personalidade forte e ameaçadora que não condizia com sua aparência “delicada” e conseguia ser muito teimoso. Com o Yoo, Changkyun aprendeu diversas coisas, como combate corpo a corpo, lutas marciais, a usar uma faca. Os treinamentos de facas eram os mais assustadores, principalmente levando em conta que se você não se defendesse ou esquivasse rápido o suficiente, sem dúvida alguma você seria esfaqueado e poderia morrer. Não foi nada divertido treinar com Kihyun, pois era onde mais se machucava e segundo ele, “a dor física precisa ser sentida”. Aparentemente ele também treinava sua resistência física, e do jeito que as coisas andavam, provavelmente psicológica também. Além disso, Chang descobriu qual era o “trabalho” de Kihyun e Yoosu estava certo. Muitas coisas ainda o surpreenderiam. Ele ficou chocado, anojado e até assustado, mas se acostumou logo com a ideia, assim como aprendeu a se acostumar com diversas outras coisas. Também treinou e estudou com Gun, que lhe ensinou como ser Kobun. Chang notou que embora não fosse nada pessoal, ele não parecia contente em lhe ensinar a liderar e depois que descobriu como um Kobun era adotado, entendeu o porquê disso. O que incomodou Chang foi a forma como Gun lhe treinava. Seja em luta ou em tiro, as semelhanças com a forma que Jooheon lhe ensinava anteriormente eram grandes e isso o deixava desconfortável, sem saber o porquê.

Desde o dia em que viu Minhyuk no hospital não falou com mais ninguém da Towa e também nem os viu. Seu celular teve o chip trocado, de forma que só quem tinham seu número eram alguns da Inagawa e seus amigos e colegas de trabalho. Dessa forma ele não recebeu nenhuma mensagem ou ligação dos da Towa. De certa forma ele se sentiu aliviado, mas uma outra metade sua ficou decepcionado por terem desistido de lhe buscar. Ele estava dividido e admitia que sentia saudades de seu dormitório, de Minhyuk alegre de manhã, Shownu que acenava e dava um bom dia, dos irmãos Park fazendo interrogatórios, de sua carteira furtada por Naomi, de Inu e suas travessuras, Seokwon e seu jeito de ser e do… Enfim.

Cada vez mais Chang se via fazendo parte de algo que ele nunca imaginaria fazer. Estava cada vez mais dentro da Yakuza e estava começando a aceitar esse feito. Não tinha como sair disso, já havia entrado para o jogo e agora precisava ir até o final. Mas isso não quer dizer que mudou seu jeito de ser ou pensar. Pelo menos não completamente. Ele havia mudado, era fato. Estava mais frio, calculista, menos amedrontado. Mas ainda tinha seus princípios que evolviam salvar vidas. Uma grande controvérsia para um mafioso, filho de um Oyabun.

Ele sabia para que estava sendo treinado, um dia teria que sair em uma missão, obedecer às ordens e fazer coisas que não gostava. E esse dia chegou.

— Eu não vou fazer isso. — Falou firme.

— Sinto muito, mas isso não é um pedido. — Kakuji se levantou da sua mesa e apoiou as costas no batente da janela da sala de reuniões. — Já está mais do que na hora de você ir em missão. Deixei que se acostumasse a Inagawa, pois sabia que seria difícil para você se adaptar, mas você é meu filho. É um Inagawa e precisa começar a exercer seu papel nessa família.

Chang travou o maxilar. — E se eu negar?

— Você não pode, essa é minha ordem como Oyabun e como seu pai.

— Você não é meu pai. — Falou ríspido.

Suspirou. — Essa fase rebelde da adolescência. — Disse mais para si mesmo e desencostou do batente da janela. — Escute, será melhor não me contestar. Eu posso ser um ótimo pai, mas não me desacate, pois também posso ser um péssimo Oyabun.

Riu curto, indignado e descruzou os braços, se levantando da cadeira que sentava. — Você quer que eu vá nessa missão estupida? Então que seja. Eu vou nessa missão, mas não ache que pode mandar em mim por ser biologicamente meu progenitor. Eu não te considero meu pai e você não é o meu Oyabun. — Foram suas últimas palavras antes de sair da sala de reuniões.

O Oyabun riu nasalado com um sorriso de canto assim que a porta bateu. — Finalmente está agindo como um Inagawa.

Lim saiu da sala quase marchando. Aprendeu a odiar ordens, a odiar que os outros se fizessem superior. Ele era dono da própria vida, não iria mais aceitar quieto que outros fizessem o que bem entendessem com sigo. Ele já estava na merda, não precisava se afundar mais.

— E então, o que ele queria? — Gun perguntou logo que Chang passou por si. Ele estava sentado nas escadas que davam para o segundo andar e se levantou quando o mais novo chegou.

Suspirou e olhou para o Song. — Que eu fosse para a reunião da Yakuza.

— Então ele te pôs na missão? — Perguntou agora com os dois andando para fora da cada principal.

— É, ele pôs. — Sua face estava em um misto sem expressão e de irritação.

— Não se preocupe, você provavelmente não precisará matar ninguém.

Eles saíram da casa. — Provavelmente?

— Aí está você. — Kihyun estava no meio da rua e assim que os avistou se aproximou, olhando de um para o outro e parando o olhar em Chang. — Está na hora do seu treino, não me faça te procurar.

— Sinto muito, eu estava meio ocupado falando com meu querido pai. — Falou com sarcasmo e andou até parar ao lado do de cabelos rosa.

— Não me interessa o motivo, não me deixe esperando. E você… — Olhou para Gun e cerrou os olhos. — Ainda não acabou o mês.

Tirou um pirulito do bolço do moletom e o pôs na boca. — Eu não me esqueci. — Bagunçou os cabelos. — Aish! Hoje está todo mundo estressado. — Falou por fim e saiu andando em direção oposta aos dois.

— Vamos logo, você vai precisar de um treinamento extra antes da reunião de amanhã.

Chang saiu seguindo Kihyun até o habitual local de treinamento dos dois. Um galpão enferrujado que servia de deposito de ferramentas e também o local de trabalho de Kihyun nos sábados e segundas.

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— Eu estou com um péssimo pressentimento. — Jooheon falou, deitado na cama de Minhyuk de barriga para cima e com as mãos debaixo da cabeça, um joelho levantado.

— É de se esperar. — Shownu disse enquanto foleava um livro sentado em sua cama. — Fazia muito tempo que não tínhamos uma reunião das quatro famílias, e sinceramente, eu não me importaria se não tivéssemos nunca mais.

Minhyuk, que estava sentado aos pés de Jooheon com uma almofada no colo, franziu o cenho. — É a primeira vez que eu vou participar de uma reunião da Yakuza. É tão ruim assim?

Jooheon se sentou. — Está brincando? Uma reunião da Yakuza nunca termina bem. Já era bem difícil com a Yamaguchi e Sumiyoshi se odiando, depois que a Inagawa e a Towa entraram em rivalidade, piorou dez vezes.

— Mas se é tão ruim, então por que ainda fazem essas reuniões?

Revirou os olhos. — Nem parece que você é na Yakuza a anos, Minhyuk. — Jooheon respirou fundo. — Essas reuniões são necessárias de tempos em tempos por diversos motivos. Discutir assuntos de interesse a todos, punir uma família, juntar forças contra um inimigo em comum, fazer estratégias de batalha. São diversos os motivos das reuniões e a Yamaguchi precisa estar sempre de olho nas outras famílias. Gerenciando.

Anuiu. — Bem, não deve acontecer nada demais, afinal é só uma conversa, não é mesmo?

Riu e se deitou para trás novamente. — Claro.

Shownu se pronunciou enfim, olhando para o Nomura. — Você conseguiu alguma coisa?

— Não. — Olhou para Shownu, que não folheava mais as folhas. — Eu tentei ligar para ele, mas não deve estar com o mesmo número, Ele também não tem ido trabalhar e eu não posso simplesmente invadir a Inagawa. Pelo menos não ainda…

— Não se preocupe, está quase tudo pronto.

Anuiu e voltou a falar depois de um tempo em silêncio. — E vocês dois? Ainda estão sem se falar?

Minhyuk olhou para Shownu e esse desviou o olhar. — É… eu acho que sim. — Disse o loiro.

— Já faz o que? Três semanas? Mais? — Esticou as pernas, cutucando Minhyuk com o pé. — Ya! Façam as pazes logo, é estranho ver vocês dois brigados. — Novamente se sentou na cama.

Shownu se levantou. — Eu vou terminar de checar as entregas. — E saiu da sala.

Minhyuk olhou para Jooheon e este acenou com a cabeça para a porta. — Vai logo.

Em um pulo ele já estava de pé saindo do quarto. Jooheon bocejou e pegou o celular. Tinha tantas coisas para fazer, mas sua energia parecia se esvair. Se pudesse ficaria na cama o dia todo. Ele precisava de férias. Seokwon havia mandado por SMS a lista dos membros que iriam na reunião.  A maioria eram da elite. Iriam ele, Shownu, Seokwon, Minhyuk, que ainda não havia subido de patente e o Oyabun. Não era tanta gente se você não contasse com o número de 11 membros com a tarefa de guarda-costas. A reunião seria realizada no prédio de arquivos e documentos da Yakuza em Seoul. Jooheon agradecia por desta vez ser na Coreia. Ele queria distância do Japão por um tempo.

Se levantou da cama de Minhyuk e rumou com destino ao restante de suas tarefas. Satoru havia lhes dado uma missão e agora ele precisava cuidar de todos os preparativos para o bom resultado dela.

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Não levou muito tempo para Minhyuk alcançar Shownu. Desde a briga que tiveram, Shownu tem o evitado, mas depois de alguns dias ele pareceu mais calmo e as vezes até falava com sigo, mas não estava nem perto de ser como antes e Minhyuk já estava irritado com isso, mesmo que não pudesse culpa-lo. No corredor das salas de jogos foi onde o Lee conseguiu o parar, após chamar seu nome pela quinta vez e este se virar par si sem falar nada.

— Qual é, Hyunwoo, você ainda está com raiva de mim? — Shownu arqueou uma sobrancelha. — Até quanto tempo vai ficar sem falar comigo?

— Até quando tempo você vai ficar com aquele babaca?

Se aproximou dois passos. — Me desculpa.  Eu deveria ter pensado antes de fazer aquilo.

— É, mas você não pensou.

Suspirou. — Quer saber, eu não vou mais pedir desculpas. — Sua voz estava mais alta. — Não é como se eu tivesse feito algo errado, não tínhamos nada, eu não traí você. Me desculpe por não corresponder aos seus sentimentos. Me desculpe por ter gostado de outro garoto. Me desculpe, está bem?! — Son se surpreendeu pelo tom de voz do mais baixo. — Eu estou cansado de você me ignorando, fingindo que não sou nada. Eu sei que você sofreu, sinto muito. Mas você não foi o único, como você acha que eu me sinto?! E você acha que eu não sei o que você fez? Eu ouvi a voz de um garoto no outro lado da linha quando te liguei e também vi a marca em seu pescoço.

— Está com raiva de mim? — Perguntou indignado. — Não foi você que disse que não temos nada? Não é você que não sente o mesmo por mim? Eu estava com raiva naquele dia e agi por impulso, isso por acaso é errado?

Cerrou os dentes. — EU TAMBÉM AGI POR IMPULSO, PORRA! — Gritou e respirou fundo, se acalmando. — Naquela noite, não é como se eu tivesse planejado fazer sexo com Wonho, mas aconteceu, assim como aconteceu com você e esse outro garoto, então não venha descontar em mim só porque eu não sinto o mesmo que você, eu não fiz nada de errado. — Dessa vez foi Minhyuk a lhe dar as costas. Ele estava extremamente irritado naquele momento. Ele nunca quis magoar Shownu, mas ele gostava de Hoseok, isso não era um crime.

— Espera! — Shownu pediu. Mas Minhyuk não lhe deu ouvidos e saiu batendo os pés. — Mas que droga. — Falou baixo e logo se tornou pensativo. Ele já ouviu o nome Wonho em algum lugar.

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— Ainda está muito lento. — Kihyun reclamou com o tom de voz mal-humorado.

Lim ofegou. — Eu estou cansado, treinamos o dia inteiro.

— Ainda falta apender muito, com essa sua agilidade toda, não duvido que acabe levando um tiro no meio da cara.  — Mudou a faca de mão. — Anda, me ataca.

Revirou os olhos e atacou com sua faca. Kihyun esquivou com facilidade e por pouco Chang não ganhou mais um corte. Ele girou passando por Kihyun e ficando atrás de si. Yoo girou nos calcanhares e golpeou em uma linha horizontal, quase fazendo um rasgo no estomago de Changkyun, que deu um pulo para trás em reflexo. Kihyun avançou enquanto distribuía facadas que eram interrompidas ou desviadas.

— Pare de fugir e lute direito. — Provocou, enquanto Lim dava passos para trás pelo impacto das laminas se chocando e pelas desviadas ágeis que precisava dar. Estava cansado de apanhar e irritado. — Você não é ninguém com essas habilidades. Vai morrer pateticamente na primeira missão.

Cada vez mais Chang andava para trás, o tempo todo desviando as facas e esquivando-se. Fez uma tentativa de golpe, apunhalando para frente, mas Kihyun segurou o pulso que ele segurava a faca e parou o ato na metade, puxou-o bruscamente para frente, torcendo seu punho para baixo de forma a deixar a arma branca cair no chão em um tilintar e com a outra mão parou com a ponta da faca a milímetros do pescoço do mais novo. Seu celular tocou nesse exato momento e talvez por isso a faca não atravessou seu pescoço. Changkyun gostaria de acreditar que foi por espontânea vontade.

— Morreu de novo. — Falou o encarando e então o soltou, com um leve empurrão para trás.

A respiração do mais novo estava descompassada e seus cabelos bagunçados, um corte pequeno se via em seu ombro e em algumas partes de seus braços. Ele se abaixou e pegou sua faca do chão. Kihyun pegou o celular com o cenho franzido e digitou rapidamente, guardando o aparelho em seguida. Ele não tinha nenhum arranhão.

— Terminamos por hoje. — Disse e deu as costas para Chang, saindo do armazém.

Chutou um balde em frustração. — Que saco.

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Kihyun saiu do galpão e foi em direção a biblioteca, onde Gun deveria estar, já que estava trabalhando junto de Hyungwon em estratégias e rotas para a missão. Adentrou a casa verde de dois andares e encontrou os dois no segundo andar, de frente para uma mesa de tamanho médio cheio de plantas e papeis, discutindo táticas com outros membros que estavam presentes.

— Estará bloqueado, então vamos precisar dar a volta e passar por aqui… — Falava enquanto tocava e deslizava os dedos pela planta.

— Gun. — Chamou.

Song olhou para a direção de Kihyun e se voltou ao restante a mesa. — Com licença. — Com uma breve reverencia ele se retirou e seguiu com Kihyun até um local mais reservado. — O que foi?

Yoo o abraçou pelos ombros, em um ato inesperado. — Eu vou ter que sair.

— Sair? — Franziu o cenho. — Ahm… Tá legal. Aonde você vai? — Pôs as mãos em sua cintura e o afastou, para poder lhe fitar.

— Resolver um assunto.

— Está tudo bem? — Kihyun parecia sério demais e isso era estranho.

Anuiu com um sorriso pequeno. — Está sim, não é nada demais.

— Que horas você volta?

— Ahm… talvez eu não volte hoje.

Arqueou as sobrancelhas levemente. — O que? Mas a reunião é amanhã.

— Não se preocupe, eu acho que amanhã eu já estou de volta.

— Você acha?!

Riu curto. — O que foi? Está nervoso com a missão?

— Na verdade estou. Um pouco. — Admitiu. — Faz muitos anos que uma reunião desse tamanho não acontece e com os conflitos das quatro famílias tão grandes como ultimamente, é certo que não dará boa coisa.

— Huum… tem certeza que seu nervosismo não é outro?

Franziu o cenho. — O que mais poderia ser?

Kihyun segurou uma de suas mãos. — Eu acho que você está assim por ter que ver seus antigos amigos.

— Não, isso é bobagem. — Puxou a mão. — Eles não significam nada para mim.

Yoo sorriu de canto. — Tudo bem. Agora eu tenho que ir. — Gun anuiu e Kihyun deu as costas para ir embora, mas parou e se virou novamente. — Hyung.

— Hum? — O Song se virou para Kihyun.

A distância era pouca, mas foi encurtada pelos passos do mais novo em direção ao seu hyung. Kihyun levou as mãos até lateral do rosto de Song e o beijou. Calmo e sem pressa. O moreno correspondeu, com as mãos em suas costas. O ósculo se intensificou antes do contato ser cortado. Um sorriso de canto brincou nos lábios de Kihyun e antes de se separar completamente, ele lhe deu um selinho rápido.

— É bom que você sinta a minha falta. — Gun riu e Kihyun se separou dele, dando um breve “até” antes de ir embora.

Song voltou para a mesa estratégica da biblioteca logo após a saída do outro, mas não permaneceu por muito tempo, pois assim que olhou para o relógio de pulso viu que tinha mais um compromisso no momento, e era com Changkyun.

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Minhyuk terminou suas tarefas e saiu da mansão. Hoseok havia ligado e quando propôs que saíssem para tomar café, Lee aceitou. Ele não sabia dizer o que eram, pois não haviam titulado a relação que tinham e nenhum pedido oficial havia sido feito, mas pouco se importavam para essas formalidades. Eles estavam juntos e ponto.

Escolheram uma lanchonete perto do shopping e pediram tortinhas de limão e café com leite. Hoseok estava animado como sempre e Minhyuk se permitiu rir junto do mais velho, esquecendo momentaneamente da confusão com Shownu.

— Tem um filme muito bom em cartaz, a gente poderia ver. — O loiro mais velho sugeriu.

Negou. — Não, eu não quero assistir filme de terror.

Fez bico. — Tá bom. E o que você quer assistir?

— Eu estava pensando em fazer algo ao ar livre, não sei. — Deu de ombros, levando um pedaço de torta até a boca. — Ou a gente pode assistir um filme na sua casa. Não estou afim de ir ao cinema com um montão de gente.

Shin fez uma expressão maliciosa. — Claro, é muito melhor fazer isso sem ninguém por perto.

— Não foi isso que eu quis dizer. — Corou. — Eu só gosto de coisas mais caseira e me sinto melhor em lugares com pouca gente. Em público não dá pra fazer nada. — Dessa vez foi Minhyuk a fazer bico, tirando uma risada do Shin, que nem se tocou que Minhyuk referia-se a fazer “coisas de casal”.

— Por que não vamos para a sua casa então?

— E por que não a sua? — Perguntou. — Eu nunca fui na sua casa, nem sei onde você mora.

— Ahm… Melhor não. — Shin mordeu o lábio inferior olhando para o lado. — Eu divido aluguel com meus amigos e eles são um pouco malucos. — Era a pior desculpa de todas, embora não fosse de todo mentira.

Franziu o cenho. — Achei que morasse com seus pais.

— Não moro mais com eles a anos.

— Eu quero conhecer seus amigos.

Deu uma risada nervosa. — Qualquer dia desses eu apresento vocês. Mas que tal a gente ir para sua casa, hum?

— Nah, ela está uma bagunça. Minhas mães me disseram para arrumar tudo quando chegasse e esse não parece um programa divertido.

Sorriu, os olhos se apertando. — Eu posso ajudar você. Pode ser divertido com um pouco de música. — Balançou os ombros, como se dançasse sentado.

Minhyuk riu. — Então tá, mas eu já aviso que tem muita coisa para arrumar. Ah Ro tem a péssima mania de espalhar as roupas pela casa inteira.

Eles terminaram o café com risadas recíprocas. Resolveram ir andando até a casa de Minhyuk. Era um pouco longe, mas nenhum dos dois estava com pressa e a conversa fluía tão naturalmente que ambos não paravam de tagarelar. Quando estavam a poucas quadras de chegar, Hoseok segurou a mão de Minhyuk, lhe lançando um sorriso no mínimo fofo.

— Posso? — Lee anuiu levemente corado e com um pequeno sorriso no rosto. O sorrido do Shin aumentou.

Não era brincadeira quando Minhyuk disse que estava uma bagunça. A casa estava de pernas para o ar. Evidentemente as mães de Lee haviam dado uma festa ali, pois tinha garrafas de vinho em cima da mesinha de centro e da bancada que dividia a sala da cozinha. No carpete pardo da sala havia uma mancha arroxeada que provavelmente ficaria marcado para sempre. Algumas peças de roupas estavam espalhadas pelos cômodos da casa e pegadas caninas de barro marcavam o piso. As almofadas do sofá estavam perdidas por aí e o controle da televisão estava dentro da geladeira. Hoseok brincou que as mães de Minhyuk tinham mais vida social do que ele e para a surpresa de Hoseok, ele apenas concordou, afirmando que era verdade. Minhyuk colocou música nas caixas de som do segundo andar, alto o suficiente para que eles pudessem ouvir do andar de baixo. Para a felicidade dos dois, a bagunça só estava na sala e cozinha, fora a quantidade de roupas que Minhyuk teria que lavar.

— ONDE EU COLOCO ESSE SALTO ALTO? — Shin perguntou alto, tirando um salto agulha vermelho debaixo do sofá.

Minhyuk apareceu da lavanderia do banheiro com roupas nos ombros e sabão em pó na mão. — Põem ali na escada mesmo, depois eu levo para o quarto das minhas mães.

Deu de ombros. — Tá bom.

Minhyuk voltou para o banheiro e jogou o restante das roupas na máquina. Deixando o sabão em cima da pia e indo procurar mais peças perdidas. Foi para o segundo andar, com o salto em mãos, e procurou por roupas. Encontrou um vestido dourado em cima do seu PS4 e algumas meias no quarto. Desceu as escadas tendo a visão de Hoseok recolhendo alguns copos descartáveis do chão e jogando em uma sacola plástica.

— Toma, coloca essas roupas na máquina e põem para bater com sabão em pó. — Lhe entregou as peças. — Eu vou ver se consigo limpar essa mancha no carpete.

Wonho obedeceu e levou as roupas para o banheiro, voltando tempo depois e lhe ajudando a recolher as garrafas de vinho. Minhyuk tirou o carpete do chão e levou para o quintal, estendendo na cerca. Sanha começou a pular em si e rodear seus pés com o rabo abanando freneticamente e de língua de fora. O Lee não pôde deixar o cachorro entrar, pois de alguma forma ele estava todo embarrado. Sanha ficou sentado de frente para a grande porta de vidro que dava para o quintal, batendo a pata suja nela e sujando tudo.

— Terminei aqui, agora só falta limpar essas pegadas no chão.

— Nossa, você é rápido. — Minhyuk olhou ao redor.

Deu de ombros. — Me fale algo que eu não seja bom.

— Convencido. — Hoseok riu e o Lee foi atrás de um pano de chão.

Não demorou para as pegadas sumirem e só faltava limpar o Sanha e a porta de vidro que ele havia sujado.

— Ele morde?

— Não, o Sanha é manso. — Falou puxando Hoseok pela mão para o pátio.

O cachorro começou a cheirar suas pernas e com isso seus músculos ficaram tensos. — Você tem certeza? — Perguntou prendendo a respiração.

Minhyuk riu. — Ele só é grande, mas é bobão. — Fez carinho na cabeça do cachorro, que no momento seguinte estava abanando o rabo para Hoseok.

Hoseok se agachou e fez carinho no cachorro, parecendo uma criança animada. Minhyuk achou fofa a cena e ficou levemente hipnotizado assistindo. Para dar banho em Sanha ele precisou pegar uma mangueira e o shampoo de Stefany.

— Você vai ter que me ajudar a segurar ele. — Falou o Lee, com a mangueira amarela na mão.

O cachorro estava muito agitado e não parava de pular, mas Wonho conseguiu o segurar. Minhyuk se agachou junto do Shin e começou a molhar seu pelo, com o mais velho ajudando a espalhar o shampoo. O gramado onde eles davam banho no cão ficou encharcado e consequentemente barroso, o que não ajudou muito quando Minhyuk terminou de tirar o shampoo de Sanha e ele escapou das mãos de Hoseok e saiu correndo e rolando no barro.

— Ya! Sanha! — O Lee começou a correr atrás do animal, que achou que era uma brincadeira de pega-pega e começou a fugir. — Pega ele.

— Sanha, vem cá garoto. — Hoseok chamou ao lado oposto de Minhyuk. O cachorro estava entre os dois. — Vem cá, vem. — Se aproximou e quando quase o pegou ele fugiu novamente e o loiro mais velho correu atrás do cachorro com a mangueira na mão.

— Você não vai conseguir. — Minhyuk estava rindo descontroladamente do mais velho correndo atrás de Sanha.

Continuou correndo. O cachorro corria em volta do gramado todo e Shin o perseguia com a mangueira, enquanto Minhyuk tentava dar comandos ao cão, que estava eufórico demais para obedecer.

— Sanha, para quieto. Me deixa te dar banho.

O cachorro deu a volta em Minhyuk, que tentou o pegar e Hoseok o seguiu, com a mangueira jorrando água para todos os lados, mas foi uma má escolha, pois era a quarta volta ao redor de Minhyuk que Wonho fazia com a mangueira. Foi tarde demais quando Lee viu o emaranhado ao seu redor. Suas pernas se enroscaram, o derrubando no chão embarrado. Sanha correu até o dono e pulou em seu colo, lambendo seu rosto e o sujando ainda mais de barro.

— Você está bem? — Shin perguntou rindo. A mangueira ainda ligada estava abandonada ao seu lado.

— Tá rindo do que? — Pegou a mangueira e mirou no mais velho, o molhando todo.

— Ya!. — Era para ser uma reclamação, mas a risada alta não dava essa atmosfera. — Desculpa, foi sem querer.

Minhyuk abaixou a mangueira. — Para de rir de mim, isso não é engraçado.

— Desculpa. — Sorriu analisando seu rosto. — Deuses, você está todo sujo. — E levou uma mão até seu rosto, limpando o barro de sua bochecha e nariz, depois se afastou e sorriu aberto, de forma contagiante. Minhyuk não conseguiu não sorrir também. Hoseok estava lindo com seu cabelo repartido e a blusa rosa.

— Pelo menos pegamos o Sanha. — Falou com o cachorro sentado ao seu lado.

Eles terminaram de banhar o cão com certa dificuldade, depois o secaram com uma toalha velha e o deixaram dentro de casa para não se embarrar de novo. Tiveram que tirar os sapatos para entrar. Minhyuk olhou para o relógio de parede.

— Acho que a roupa já deve estar limpa. — Hoseok o seguiu e ele abriu a aporta do banheiro. — Woah!

A máquina estava fazendo muita espuma, tanta que transbordava pela tampa e enchia o banheiro inteiro. Minhyuk resvalou assim que entrou e lá estava ele de novo de bunda no chão. Hoseok que entrou logo depois patinou no piso e se segurou na pia, quase caindo.

— Quanto sabão você colocou? — Minhyuk perguntou, com espuma em todo seu cabelo.

— Todo.

— Todo? — Se espantou. — Tinha uma caixa inteira.

— Sei lá, eu nunca tinha feito isso antes.

Minhyuk se levantou com dificuldade e correu até a máquina, a desligando e pondo as mãos na tampa, na falha tentativa de faze-la parar de vazar. Shin se aproximou a escorregadas.

— Deixa que eu aju. Yah! — Escorregou e caiu no chão, levando Minhyuk junto, que caiu pela terceira vez no mesmo dia.

— Você é um perigo para a sociedade, Shin Hosoek. — Disse Minhyuk.

O Shin riu apontando para o rosto de Lee. — Você está parecendo um Papai Noel.

 — Aish! — Pegou um punhado de espuma na mão e tentou sujar o rosto de Wonho, que segurava seus pulsos para o impedir.

Minhyuk se ajoelhou de frente para o outro, rindo enquanto faziam uma lutinha de sabão. Por fim Minhyuk conseguiu o sujar de espuma, estando inclinado sobre seu corpo que agora encostava as costas na parede.

— Como você é vingativo. — Riu divertido e parou ao encarar Minhyuk, que tinha o rosto próximo ao seu. — Você é muito bonito, sabia?

Minhyuk também havia parado de rir e agora encarava seu rosto com detalhes. Hoseok era lindo e estava extremante atraente com o corte de cabelo e as roupas. Seu sorriso era o que mais o conquistava, era simplesmente apaixonante e hipnotizante. Sua gargalhada preenchia os ouvidos e o peito, era quente e reconfortante, como uma tarde de verão. Lee provavelmente corou, pois Wonho sorriu e Minhyuk não resistiu ao seu sorriso. Levou uma mão até a barra e sua camisa e a outra nos fios de sua nuca, se inclinando ainda mais em sua direção e o beijando. O beijo foi correspondido com prontidão, com as mãos do maior em sua cintura, apertando levemente enquanto as cabeças viravam para lados contrários, a procura de um maior encaixe. O ósculo foi profundo e quente, os estalos dos beijos aqueciam os corpos. A textura e o gosto dos lábios eram simplesmente viciantes, como uma droga. A mão de Lee subiu e se uniu junto a outra em sua nuca, fazendo um cafune naquela área. O beijo foi desfeito com um arfar e os rostos ainda próximos, os olhares eram intensos.

— Minhyuk, eu estou apaixonado por você. — Falou com o olhar penetrante no seu.

O mais novo se surpreendeu levemente e então sorriu, pegou uma de suas mãos e a conduziu até seu peito que batia com extrema velocidade. Aquilo valeu mais do que qualquer palavra e Hoseok deu o maior sorriso de todos, fazendo o coração de Minhyuk acelerar ainda mais. O Shin o puxou para mais um beijo e a espuma continuava caindo da máquina.


Notas Finais


Gif Wonho: https://68.media.tumblr.com/9868ec7a44244be2614b08bf7ebd4557/tumblr_ooyqx7uZUX1vnxycpo1_400.gif

Olááá~ <333

O que acharam desse capítulo? Digam aí!

Bom, vou explicar umas coisinhas antes de falar da fanfic...
Eu demorei bastante para postar por alguns motivos. Como sempre, a internet não colaborou. Mas além desse motivo mais do que habitual, eu também estava em semana de prova, tinha os treinos de vôlei e mais uma coisa chamada “evento de kpop”. Teve um evento aqui na minha cidade e eu estava louca para comprar um moletom do iKon que vi por R$100,00. O evento era no sábado e eu fiquei sabendo só quinta (por causa da internet), então eu cheguei no colégio e divulguei meus desenhos, oferecendo para todo mundo por um preço de 15 a 20 reais. Todos, exceto meu professor de espanhol, compraram por 20 e eu consegui juntar +/- 140 reais, gastei 18 com a coleira do meu cachorro (que arrebentou a terceira -_-) e depois gastei 6 com uma bebida chamada Jungkook (tinha gosto de Halls com água), depois gastei com bolacha salgada e marshmallow e agora estou com 102 reais ‘u’. De qualquer forma, estou cheia de desenhos para fazer e além disso agora vou começar um curso. Na verdade, três. Design gráfico, web design e edição de vídeos. E é por tudo isso e mais um pouco que eu não consegui postar antes, me perdoem e não desistam de mim ><

Agora vamos ao capítulo...


Lim Changkyun mudou um pouco, não é mesmo? Ele está mais destemido e ousado, mas no fundo ainda é um bom rapaz <3
Kihyun sendo Kihyun, nada a dizer :V
Agora, o que será que foi aquela mensagem? Onde ele vai ir? Fazer o que? Esse é um mistério. E awwwwt <333 amo esses beijos lindos que ele e Gun dão <333
Jooheon não desiste por um segundo. Eu gostaria que o Chang soubesse do quando ele está se esforçando <3
E Minhyuk irritado com Shownu. PARECE QUE O JOGO VIROU, NÃO É MESMO?
Huum, e que compromisso é esse que o Gun tem com Changkyun? ¬w¬
E agora falemos do Wonhyuk <333

Gente que coisa mais linda <3333 Não sei o que falar, só sentir <3
Aiai, Hoseok, conta logo que você é da Inagawa garoto, que mais tarde dará merda u.u
Não sei o que achei mais fofo, a cena do Sanha ou da máquina. Minhyuk disse algo certo: Você um perigo para a humanidade, Hoseok :V HSHSAHASHASH
Mas uma coisa que eu não vou me recuperar tão cedo é essa gif <3333 meu deus <333

Obrigada a todos os favoritos e a aqueles que comentaram e me ajudaram <333 =3 beijossssss <333


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